Capítulo 15 — Mamãe 

Por Angela Weber 

Bella terminou de falar e eu fiquei confusa.

— Então vocês foram para o apartamento do Edward?

— Isso — concordaram juntos. 

— E depois? — questionei.

Os dois olharam um para o outro e compartilharam uma risadinha.

— Nós tivemos um encontro normal — disse Bella.

— Comemos — falou Edward.

— Tomamos meu sorvete favorito — completou Bella.

— Nos beijamos. Um encontro normal — finalizou Edward.

Eles sorriam como quem guardava segredo, mas eu sabia que não conseguiria arrancar nada deles, então deixei passar e perguntei:

— E quando foi o encontro seguinte?

Sebastian riu baixinho, enquanto Bella soltou um resmungo baixo.

— Foi o jogo beneficente das estrelas. Não sei se você lembra, mas é um evento que acontece anualmente para arrecadar fundos para instituições que levam comida para pessoas carentes — explicou Edward. — Naquela época acontecia apenas um jogo e eles arrecadavam dinheiro através da venda de ingressos. Atualmente o dia todo é preenchido por jogos e além dos ingressos, as pessoas podem doar enquanto assistem a transmissão online.

— Nós vamos todo ano — contou Sebastian.

— Eu sou ótimo jogando — disse Edward.

— Não é, não. Quem joga bem é a mamãe — contestou Sebastian. — Eles só te chamam porque você é famoso.

Bella deu risada do comentário do filho e concordou com a cabeça, enquanto Edward fazia um biquinho.

— A gente sempre se diverte, mas esse dia não foi muito divertido — falou Bella com uma careta.

— E eu vou contar primeiro, porque Bella tem uma tendência a exagerar os fatos desse dia — disse Edward.

— Ei!

— É a verdade, meu bem — respondeu Edward.

21 de julho de 2007

Edward Cullen

No sábado do dia do jogo, nós tivemos sorte de que as nossas agendas batiam, como nas primeiras vezes em que nos falamos.

Aquilo me fez pensar em quantos eventos talvez estivéssemos juntos, mas que não notamos a presença um do outro.

Naquele evento, ao contrário dos outros, minha mãe iria comigo. Eu e Bella não iríamos nos assumir nem nada, mas eu não queria esconder a existência de Bella da minha mãe. Então eu estava um pouco ansioso sobre isso.

Mamãe agenciava alguns artistas, mas desde que eu havia voltado a atuar, tinha decidido que outras pessoas cuidassem da minha carreira. Não que ela não fosse capaz, ela era até demais, cuidava da carreira de alguns dos artistas mais bem sucedidos das últimas duas décadas. Mas ela era meio controladora e eu não queria que acabassemos levando nossos problemas para a família.

Conhecendo minha mãe como eu a conhecia, tinha medo de que ela assustasse Bella antes mesmo de nós termos algo real.

Nós — eu e mamãe — chegamos ao estádio juntos, com meu carro, o que me impossibilitava de voltar para casa com Bella.

Não conseguia vê-la em lugar nenhum e fiquei agitado, batendo o pé sem ouvir o que minha mãe falava.

— Desse jeito você vai gastar sua energia toda antes de jogar — disse Esme colocando a mão na minha perna pra me fazer parar de bater. — Você tá muito ansioso, qual o motivo?

Eu era um livro aberto. Mas talvez fosse melhor falar para minha mãe logo, garantir que ela fosse legal.

— Uma amiga minha vem assistir o jogo e ela ainda não apareceu — contei.

Esme estreitou os olhos, séria.

— E eu vou conhecer essa amiga? — questionou.

— Se você quiser, sim.

Mandei uma mensagem para Bella, que respondeu que estava estacionando e voltei a balançar a perna, o que fez minha mãe revirar os olhos.

Quando ela finalmente entrou no meu campo de visão, eu sorri, fiquei em pé e acenei. Ela estava tão bonita, como sempre.

Assim que ela se aproximou, segurei a vontade de beija-la e a apresentei.

— Bella, essa é Esme Cullen, minha mãe.