Amor Perfeito XIV - Versão Arthur escrita por Lola


Capítulo 17
Duas surras e muita risada


Notas iniciais do capítulo

Nooovidade: as narrações dos personagens secundários surgem a partir daqui! Escolhi deixar os meninos nessa versão e as meninas na original, pra tentar ficar um pouco mais organizado. Qualquer dúvida to aqui ♥
Boa Leitura ♥



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"Porque a verdade dói muito mais."

Ryan Narrando

A gente estava na choperia, quase todo mundo. Arthur havia ido levar Alice embora e Kevin... Nunca se sabe onde ele está. Sophia estava ao meu lado e bebia um pouco além da conta. Ela conseguiu misturar vodka com refrigerante, como todo o resto. Essas regras idiotas nunca eram cumpridas. Otávia tentava em vão explicar algo para Giovana e os meninos discutiam sobre um tópico sexual que eu preferia nem participar.

— Vou ir lá fora fumar. – avisei a todos e sai de forma rápida.

— Vim fumar também. – Rafael falou chegando ao meu lado e se encostou a parede assim como eu estava.

— Mas isso aí não é permitido pela lei né meu chegado? – falei olhando o seu cigarro.

— Tá vendo algum policial aqui? – ele perguntou erguendo a sobrancelha.

— Minha mãe é médica e todos a conhecem na cidade, se alguém ver isso vão sair falando que eu também estava usando.

— Então usa. – ele apontou aquilo. Dei uma risada anasalada.

— To de boa.

— Você é tão fechado.

— Esqueceu de acrescentar mal humorado.

— É. Deixa eu te fazer uma pergunta... Kevin sempre some assim do nada?

— Sim. Você ainda não reparou que ele não é normal?

— Tipo, é que o namorado dele nem está na cidade. Onde será que ele está?

— Você tá me achando com cara de puta do Kevin? – agora ele que riu.

— É que eu só queria entender.

— Você não era o garanhão que apavorava? O que o Kevin faz com as pessoas? Nota mental: devo manter distância dele.

— Somos apenas amigos.

— Não por sua vontade, claro. – nos olhamos.

— Se insistir nisso eu pego a Otávia de novo. – balancei a cabeça e estreitei os olhos. – Foi bom fumar com você Ryan. – ele sorriu descaradamente e entrou. Entrei logo atrás.

— Sophia. – Arthur chegou e abordou a sardenta. – Liguei para o celular da Alice e a mãe dela atendeu dizendo que ela o esqueceu em casa depois de ir para a sua casa pra dormir. Dá pra explicar isso?

— Não sei dela não. Na minha casa? Vai lá ue... Eu não sabia que ela ia dormir lá.

— Já fui. Lá ela não está.

— Alguém vai levar uns chifres hoje... – Alê brincou e riu. – Kevin não tá aqui... Talvez estejam juntos. Tenta ligar pra ele.

— Desgraçado! – ele saiu nervoso. Rafael foi atrás dele. Bom, pelo menos ele seguramente iria ver quem ele tanto queria ver.

Já havia passado algum tempo e estávamos indo embora. Yuri foi embora com Otávia. Lari foi com Alê. E eu fiquei de levar Sophia e Giovana, ótimo. Gioh foi ao banheiro antes de irmos. Soph passou da conta e eu a olhava... Vi que ela estava triste.

— Eu sou feia? – ela perguntou me olhando. – Chata? Desagradável?

— Feia jamais, chata um pouco e desagradável às vezes.

— Gosto de você porque você é sincero! – ela exclamou e sorriu. – Ninguém nunca me dá valor. Murilo me trocou pela minha irmã, Yuri só me enrola.

— Não é assim.

— É sim. Ele não me quer. – fiquei com dó dela.

— Estamos no mesmo barco. Otávia também não me quer.

— Acho tão bonitinho as coisas que você tenta fazer por ela. Otávia é uma idiota.

— Vamos? – Giovana chegou e nos levantamos. Sophia estava bem mole e quase tropeçou, então eu peguei sua cintura e andei com ela como se fossemos um casal. – Não sabia que estava rolando algo.

— Você está vendo algo rolando? – olhei a loira. – Só estou a ajudando.

— Deixa de ser estressado garoto!

Deixei Giovana em casa primeiro e depois segui para a casa de Soph. Ela andava quase se soltando de mim, a sorte é que tudo era perto.

— Meus pais já devem estar dormindo e a Larissa transando com Alexandre em algum motel. – ela abaixou o rosto. – Fica comigo. – fiquei olhando pra ela. – Por favor.

— Tá bom. Depois que você dormir eu vou embora.

Entramos devagar e sem fazer barulho. Ela se deitou em sua cama do jeito que estava. Tirei sua sandália e a tampei. Deitei ao seu lado.

— Minha mãe me contou uma vez que o meu pai custou a admitir o que sentia por ela. Será que vai ser assim comigo? Será que o Yuri sente alguma coisa e na verdade não admite?

— Não sei Soph.

— Para de ser tão sisudo e rígido, se solta. – ela pegou meu braço. – Faz carinho em meu cabelo? – Sophia tinha o cabelo enorme, olhei para ele e pensei no quanto eu queria que fosse ali um cabelo mais curto, claro e enrolado. Suspirei e a afaguei com cuidado. Só esperava não cair no sono, pois se Gustavo abrisse aquela porta iria ser muito difícil de explicar essa cena.

Kevin Narrando

Quase chegávamos em Alela quando meu celular começou a tocar. Olhei para tela e sorri.

— Oi irmãozinho. – atendi usando a minha voz debochada e irritante que Arthur detestava. Alice se encolheu no banco.

“Cadê ela Kevin? Onde vocês estão? Quero falar com a Alice!”

— Seu namoradinho quer falar com você. – passei o celular a ela. Ela balançou a cabeça negativamente. – Ela não tá muito afim de conversar agora.

“Kevin, por favor, não faz nada com ela.”

— Você tentou me tirar o seu amigo e eu acabei roubando sua namorada. Estamos empatados Arthur. Beijo.

Assim que eu desliguei Alice me olhou.

— Como você consegue sempre fazer com que o fato gire em torno de você?

— Você estava tão lindinha caladinha. – entrei na cidade. – Então... – respirei fundo. – O carro do seu pai é chamativo, mas existe a possibilidade dele não estar no carro dele. – a olhei. – Talvez ele pensou nos filhos e resolveu ser cauteloso.

— Vamos andar a cidade toda?

— Tem outra ideia? – perguntei tentando não me estressar.

— Não. – ela se deu por vencida. Meu celular tocou novamente. Olhei a tela e meu coração disparou. E não foi pouco. Disparou pra caralho.

— O seu namorado deve ter mandado o seu irmão me ligar. – falei e rejeitei a ligação.

— As pessoas tem nome, sabia?

— Hoje não Murilo. – peguei o celular ao vê-lo tocar novamente e o bloqueei.

— Você vai magoa-lo fazendo isso. – a olhei por um tempo. – Olha pra frente, você tá dirigindo.

— Olha para os lados procurando o carro do seu pai.

— Sei que parece que não tem solução, mas vocês dois ainda se amam sabe...

— Achei! – virei o carro de uma vez.

— SEU DOENTE! – ela colocou a mão no peito e depois de respirar começou a me bater.

— É essa placa mesmo, não é? – ignorei seu ataque.

— Sim. – acabei de estacionar e saímos.

— Tá com fome? – olhei o local. – Vamos entrar em um restaurante.

— Comida tailandesa? O meu pai detesta!

— Que? Ah não. Tem um ensopado de camarão maravilhoso nesse lugar.

— Eu te odeio Kevin! – ela apertou as mãos e bateu os pés.

— Não estou sendo debochado. Eu gosto mesmo.

— Dá pra você parar de agir como se tudo fosse normal? Eu posso entrar nesse lugar e ver meu pai com outra mulher. – vi que seus olhos estavam cheios de água.

— Você não quer saber a verdade? Se quiser desistir a gente vai embora.

— Não. – ela respirou fundo algumas vezes. – Vamos.

— Temos que disfarçar e ver onde ele está bem rápido para podermos ficar longe dele.

Assim que nos sentamos à mesa percebemos que não teríamos muita dificuldade. Ele não estava perto. Mas o interessante era com quem ele estava.

— Um homem? Será que o meu pai... Sei lá... Tá... Experimentando ficar com caras? – fiquei olhando para ela. – Super normal. O Rafael não experimentou com você? O Murilo é filho dele!

— Isso não é genético Alice. – tentei olhar para ele e entender a conversa. – Estamos muito longe para eu conseguir saber o que eles estão falando. Ele respondeu que não... Cala a boca Alice. – mandei quando que ela iria falar algo. – Ele falou o nome do seu irmão. – a olhei assustado. – Advogado. Ele deve estar discutindo sobre pensão e essas coisas... Tá bem claro que não é um encontro romântico ou com qualquer intenção sexual.

— Já decidiram o que vão pedir? – o garçom chegou parecendo perceber que nem pegamos no cardápio.

— Vamos sair daqui. – olhei para Alice sem entender.

— Nem a pau, vou comer o meu ensopado.

— Kevin nós já fizemos o que viemos fazer. – ela falou quase rangendo os dentes. Garota estranha. Saímos rápido para não sermos vistos e entramos em meu carro.

— Eu não estou acreditando que ele... – antes que ela acabasse de falar eu a olhei.

— Vamos fazer o seguinte. Você não tem mesmo lugar pra ir, não pode ir pra sua casa, o seu namorado já vai brigar com você de qualquer forma e eu estou com fome. Então o resto dessa noite nós dois vamos fingir que nada existe, separação de pais, decepções amorosas, nada. Combinado?

— Por que isso?

— Você se fodeu pra estar aqui. E ele nem traindo sua mãe estava. Então vamos pelo menos tentar aproveitar. – liguei o carro e sai indo para um bar que eu conhecia.

— Kevin! – Luís me viu assim que entrei e veio até a gente. – Não acredito que o meu deus grego dos olhos verdes veio me ver. – notei os olhos arregalados de Alice.

— Arruma uma mesa pra gente Lu.

— Aí, sempre misterioso, você me excita tanto Kevin.

— Tá. O que foi isso? – Alice perguntou baixo assim que ele saiu. – Você é discreto demais pra isso!

— Isso o que? – a desafiei. Tentei não sorrir.

— Você sabe o que eu estou dizendo.

— Só pelos trejeitos e a voz dele?

— Kevin se a calça dele fosse só um pouquinho mais justa eu iria dizer que era uma pintura. – não aguentei e ri. – Também pelos trejeitos e voz. Ele é...

— Um gay escancarado. Afeminado como dizem. – a ajudei.

— O seu namorado e o Murilo, eles... Achei que caras como eles eram a sua.

— Podem vim. – ele surgiu e nos encaminhou até uma mesa vazia. Pedi cervejas, já que ali naquele bar não havia tanta rigidez e também uma porção de qualquer coisa para que eu comesse.

— Então... – a olhei. – Eu gosto dos aparentes como o Lu, quando não são chatos. A maioria é. Eles me cansam. Eu não tenho muita paciência, esse que é o problema.

— Chato em que sentido?

— Eles vivem em uma bolha. E mesmo que eu me identifique, eu não consigo ficar só naquela bolha saca? Eu tenho outros gostos, outros interesses, outras atitudes... Minha vida não se limita em gostar de homens.

— Acho que eu entendo. Como foi sua primeira vez Kevin?

— Com qual dos dois? – ela deu uma risada tímida.

— Homens né.

— Foi gostoso. Eu só segui os meus instintos. Fica bem mais fácil quando você não pensa muito e deixa rolar.

Meu celular começou a vibrar em meu bolso, o peguei contrariado. Rafael. Só podia ser a mando de Arthur. Pensei em rejeitar, mas o melhor era acabar com isso.

— Oi. – atendi olhando para Alice.

“Convence a Alice a falar com ele, por favor. Ele já invadiu sua casa, ameaçou o seu pai e tá rodando Torres inteira. Ele pode acabar... Sei lá Kevin.”

— Você tá com ele?

“Não. A gente brigou porque ele queria que eu te ligasse e eu não quis.”

— Daí você se sentiu culpado e me ligou em seguida? – ouvi sua respiração forte. – Você é tão fofo Rafael.

“É sério. Ele vai ter um ataque cardíaco se não souber que ela tá bem.”

— Vou desligar pra ela ligar pra ele.

“Tá bom. Tchau.”

— Liga pra ele. – entreguei o celular para Alice. Ela fez semblante de insatisfeita. – Ele vai acabar contando a sua mãe. Ou sabe-se lá o que Arthur é capaz.

— Odeio esse jeito controlador dele!  - ela respirou fundo. - Vou lá fora. – assim que ela saiu Luís se sentou em seu lugar.

— Dando um passeio no mundo dos héteros?

— Não. Ela é namorada do meu irmão.

— Fiquei sabendo que você estava namorando um gostoso empresário... Filhinho de papai igual você né? Mas pelo que eu ouvi esse parece dar mais valor aos negócios da família. O que a família dele faz mesmo?

— Eles têm uma empresa multinacional de meios de comunicação social.

— Então eles meio que fazem a propaganda do hotel?

— Mais ou menos. Por que você tá tão interessado em meu namorado?

— Ai meus olhos de esmeralda... Você não reparou no quanto gato é o cara que você tem né? Você devia lançar um livro sabia? – ele começou a gesticular. – Como apropriar-se do gato dos gatos.

— Voltei. – ele se levantou rapidamente ao ver Alice.

— Pensa no que eu te falei. – ele piscou ao sair.

— O que? – a olhei.

— Como foi a conversa?

— Disse que estava com você porque eu te pedi um favor e que eu não podia contar nada por telefone. Eu o deixei calmo. Mas vamos brigar de qualquer forma.

— Então... – levantei o copo. Ela levantou o dela e brindamos.

— Sabe o que eu acabei de lembrar? – ela perguntou e riu. – Quando eu quis sair escondido e chamei logo... Você. – rimos juntos.

— E acabamos parando em um motel. – lembrei.

— Acho que sempre que eu quiser fazer algo errado eu vou recorrer a você.

Alice parecia estar se divertindo muito. Depois que comemos, fomos jogar dardos e ela ficou impressionada com a minha habilidade.

— Tenho um na porta do meu quarto, gosto de pensar que é a cabeça do meu pai. – ela deu uma risada escandalosa.

— Me ensina a jogar sinuca? – ela me olhou igual criança. – Vai, ensina. Ensina.

— Tá bom. – mesmo que eu não tivesse muita paciência eu ensinei e acabei rindo muito da falta de desenvoltura dela.

— Aê! Encaçapei. – ela comemorou levantando o taco pra cima.

— Ok, agora eu vou ao banheiro.

Resolvi sair um pouco e tomar um ar. Eram quase três da manhã e o bar daqui a pouco fecharia. Estranhei quando vi alguém vindo em minha direção, já que naquele horário as ruas estavam desertas.

— Não precisei te esperar muito. – um cara com mais ou menos a altura do Arthur e o semblante nada amistoso. Era melhor eu pensar bem rápido. – Você achou que iria vim até o lugar que você deu em cima do meu namorado e eu não veria esse seu carro idiota e não iria me dar o deleite de quebrar essa sua cara pintada escrota?

— Está havendo um engano. Não sou eu a pessoa que você tá procurando.

— Agora que eu estou com as mãos bem perto de você é um engano né?

— Sim, é um engano. Se você puder deixar essa agressividade de lado a gente conversa e tenta se entender. – acho que eu só o ofendi porque agora invés de me segurar ele me jogou com muita força no chão e me chutou.

— Kevin! – Alice apareceu ficando assustada. – O que é isso?

— Isso é uma lição que caras como ele devem ter.

— O que ele fez com você?

— Só tentou levar o meu namorado pra cama.

— Não tem como, ele jamais daria em cima do seu namorado! – ele parou de me bater e olhou pra ela. – Ele não é gay. Ele é o MEU namorado. E a gente namora há dois anos.

— Eu sei que alguém deu em cima do Jordan aqui na noite em que teve uma comemoração e me contaram que era ele.

— Você acredita em tudo que ouve? Nem tem certeza e já sai agredindo assim, isso é um absurdo. Eu vou te denunciar! Que mundo nós vivemos? Voltamos a viver na era das pedras? E como você acha que o seu namorado ficaria se soubesse que você espancou um cara por apenas achar que ele deu em cima dele? Seu namoro não vai muito longe. Eu acho que você deveria... – ele me olhou enquanto Alice continuava falando.

— Chata pra caralho hein? – ele me deu a mão para eu levantar. – Por isso eu sou gay, não aguento mulher não. Você é um guerreiro. – ele bateu um meu ombro. – Foi mal mesmo. Deixa eu te pagar umas cervejas vai.

— Não, tá tudo bem.

— Você devia procurar o cara que tem uma estrela no rosto e dá em cima de caras em bares aqui em Alela.

— Deixa quieto.

— Vou lá então, foi mal mais uma vez.

— Você tá bem? – Alice perguntou chegando perto de mim assim que o cara saiu.

— Você é bem louca né?

— Um obrigado por eu ter salvado sua vida já tá de bom tamanho.

— Vou lá dentro pagar a conta pra gente ir embora, espera no carro. – joguei a chave e entrei. Fui direto em que eu queria.

— Você sabe alguma coisa sobre um cara fortão achar que eu dei em cima do namorado dele?

— Não. – Luis franziu a testa ao me responder. – Mas você sabe que cada gay que vem aqui mira em você quando você está presente. E não foi propaganda minha, eu juro!

— Tô saindo fora. Se te perguntarem alguma coisa de mim, você não sabe de nada e para de pesquisar sobre a minha vida e o meu namoro.

— Kevin, Kevin... Um dia eu desmonto esse muro que você tem em sua volta.

Assim que comecei a dirigir vi que Alice queria falar alguma coisa e se tratando dela certamente era uma dúvida.

— Vai, pergunta. – incentivei sem olha-la.

— Você deu em cima do namorado daquele cara? – não respondi e dei uma risadinha, a irritando. – Que Kevin é esse que eu não conheço? Em Torres você é todo quietinho e ninguém sabe nada sobre os seus casos ou namoros e aqui em Alela é um putão? – a olhei.

— Eu não dei em cima dele. Se for quem eu estou pensando foi ele que me olhou quase o tempo todo que eu estive naquele bar.

— Então o valentão é chifrudo! – ela concluiu e riu.

— Você devia rir mais. Não se contamine com a seriedade do Arthur.

— Será que ele vai me desculpar?

— É o que vamos ver agora.

— Acha que ele está acordado me esperando? – ela perguntou como se fosse ridículo. E era. Mas era o Arthur e ele faria esse tipo de coisa ridícula.

— Olhe você mesmo. – parei o carro em frente a minha casa. Lá estava ele encostado em seu carro com Rafael.

— Legal da sua parte esperar sua donzela, mas poderia ao menos não obrigar o seu amigo... – não deu tempo de eu concluir a frase porque eu fui brutalmente atacado. Mesmo que Rafael tentasse tira-lo, ele não conseguia, Arthur era mais forte. Não foi a primeira vez que brigamos de porrada, mas era a primeira em que eu estava consciente que eu havia ido longe demais. Ele não me bateu apenas por eu ter sumido com Alice e sim porque eu o provoquei a noite toda. E esse Kevin já havia sumido de sua memória. Era demais pra Arthur. E o saldo da noite foram duas surras e muitas risadas. Acho que eu ainda estava em vantagem.

"Parece que o tempo está se movendo em câmera lenta só tentando ocupar a minha mente para que eu não pire por sua causa."


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Notas finais do capítulo

Até amanhã ♥



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