Amor Perfeito XIV - Versão Arthur escrita por Lola


Capítulo 16
Causar dor


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura ♥



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"Você não devia se afogar sozinho."

Arthur Narrando

Estava indo para a faculdade com Rafael. Já havia percebido que ele estava estranho e não queria conversa, mas não podia continuar daquele jeito.

— Dá pra você dizer o que tá acontecendo?

— O que você pensou quando me chamou para morar com você?

— Como assim?

— Você exige que eu mantenha distância do seu irmão. É a primeira das exigências que você me fará, porque eu sou como um filho, pois dependo de você? É isso? Já conversamos e o meu pai disse que pagaria como se estivesse no... – o cortei imediatamente. Eu fiquei tão nervoso que parei o carro.

— É isso o que ele faz Rafael! Ele não é perigoso porque ele mata pessoas ou as machuca fisicamente e sim porque ele entra na cabeça delas e as manipula. Olha isso, ele está fazendo a gente brigar. O Kevin é... – respirei fundo. – Ele não consegue ter valores e virtudes, confiança, por exemplo, não é algo que surge naturalmente pra ele. E agora que ele confiou em Murilo e se decepcionou ele vai ficar dez vezes pior.

— Tudo que ele fez e tudo o que ele faz é por amor. Não tem como uma pessoa assim ser tão ruim.

— Como você explica o fato dele gostar de causar dor aos outros? – ele ficou calado. – Por dezenove anos ele me atormentou, fez e disse coisas horríveis o tempo todo. Daí ele disse se arrepender e me pediu perdão. E quando ele perde o amor da vida dele o que ele faz? Não importa o que prometeu, ele me causou mais dor.

— Vamos chegar atrasados.

— Rafael... Eu amo o Kevin mais que tudo, mas se eu te pedi para se afastar dele é porque nesse momento ele é um risco pra você e sei que você não é preparado para lidar com ele.

— Tá bom Arthur. Só vamos pra aula.

— Sinto muito por você ter se magoado.

— Dá pra você ir pra porra da faculdade?

Fui sem dizer mais nada. No intervalo o questionei o fato dele não comentar sobre as garotas e nem dar em cima de nenhuma delas e o quanto isso era muito inacreditável e ele apenas disse que tá ocupado lidando com os dramas de toda família Montez. Quando chegamos em casa eu abri o portão da garagem, mas nem entrei ao ver quem esperava na porta.

— Conseguiu o que queria filho da puta? – o peguei pela blusa batendo seu corpo em seu carro. – Você colocou Rafael contra mim.

— Arthur tira as patinhas de mim.

— Você não pode mudar o que você é.

— Que ótimo. Por que nem quero. – ele arredou um pouco o rosto. – Você vai ficar só olhando? Seria bom se o tirasse de cima de mim.

— Por que eu te ajudaria?

— Porque eu vim me desculpar, mas se eu apanhar vai ficar meio difícil.

— Se desculpar? Você se arrependeu? – eu o soltei totalmente impressionado.

— Está me confundindo com alguém que sente remorso. – ele disse debochadamente antes de correr para dentro do carro. – Tchau irmãozinho, Rafael chega aí. – passei os olhos de um para o outro e vi que o loiro queria ir.

— Vão se foder vocês dois. – sair dali era o melhor que eu fazia.

— Não é esse plano, mas você mandando com essa entonação... Deu vontade. – olhei para o Kevin depois de entrar em meu carro. Lancei um olhar raivoso e segui em frente. Não estava nada com saudade dele assim.

Kevin Narrando

Rafael chegou perto da janela e ficou me olhando. Era uma merda eu ter que abrir uma exceção justo agora, mas eu tinha que seguir os meus instintos.

— Eu disse aquilo mais cedo para que você brigasse com Arthur. – olhei em seus olhos.

— É, ele falou depois que eu iniciei uma briga. – ele continuou sério e nada amigável.

— Mas assim que você saiu da minha casa eu me arrependi.

— E demorou o dia todo para me dizer isso?

— Acredite que eu nunca diria. E estava lutando para não dizer.

— Então é simples, finja que não disse nada e vá embora.

— Não, porque se eu fizer isso eu não vou consertar o que eu fiz.

— Não tem conserto Kevin. Essas merdas que você faz, essa loucura que você vive... Isso é irreversível demais.

— Naquela segunda pela primeira vez em muito tempo eu me senti bem. E eu devo isso a você. Desculpa, sério.

— Só com uma condição. – ele respondeu após uma longa pausa dramática.

— Você é muito corajoso. – falei não aguentando segurar o sorriso.

— Eu nem disse o que é.

— Você quer isso de novo desde o segundo em que aconteceu.

— É a sua chance de ser desculpado.

— Entra aí. – ele entrou e eu o olhei. – Por que te fiz mudar de ideia?

— Senti verdade no que você disse. E não foi só você que se sentiu bem. E, além disso, a minha condição é uma boa motivação.

Entrei na garagem da minha casa e ele ficou me olhando parecendo um pouco assustado.

— O seu pai não está em casa?

— Sei lá. Eu não me importo.

— E se ele vê a gente? E o seu namorado? Você não vai vê-lo hoje?

— Você tá nervoso. – dei um sorriso chegando mais perto dele. – Por que você quer isso de novo?

— Porque você me deu a foda da minha vida. – fiquei inteiramente sem reação. – E se eu não sentisse que você quer não teria imposto essa condição.

— Como você sente que eu quero? – cheguei mais perto ainda.

— É uma intuição que as pessoas que já foderam muito tem.

— Para de usar essa palavra se não eu não vou aguentar chegar ao quarto.

— Qual palavra? Fo... – o beijei antes que ele terminasse e realmente não chegamos ao quarto, mas depois fomos pra lá.

— O seu cabelo fica bonitinho molhado. – falei após sairmos do banho.

— Ah, eu vou deixar sair o loiro. Eu acho. Mas eu sempre mudo de ideia. – ele olhou em volta. – Eu nunca estive em seu quarto antes.

— Ninguém vem aqui. É... Exceto por Murilo que já trouxe uma garota e transou com ela. – fiz uma expressão de preguiça.

— Você não o esquece né? – ignorei.

— Vou te contar uma coisa sobre mim que nem o Murilo sabe. Eu tenho um hobby.

— Eu já sei. Dar socos. O Arthur comentou... Ele ficou impressionado.

— Não. Socos é um tipo de... Esporte? Não sei. É mais para movimentar o corpo, ter adrenalina, extravasar o stress. Hobby é algo mais profundo e pessoal.

— Fiquei curioso.

— Vem cá. – o guiei até o porão. – Aqui é o meu refúgio. – ele olhou parecendo estar impressionado. – Até um monstro como eu precisa de uma válvula de escape. – sorri. Peguei em sua mão e o levei até um pouco mais a frente. - Moldagem de barro. – falei vendo seus olhos curiosos. – Eu o coloco sobre essas rodas, vou amassando de dentro para fora num movimento circular e dando a forma que eu quiser.

— Algo que exige muita habilidade e destreza. Por que eu não estou surpreso? É muito a sua cara.

— Eu diria mais concentração e calma. – ele começou a andar pela prateleira de madeira observando os vasos prontos.

— Faz um pra mim! – ele deu um sorriso largo.

— E você vai chegar lá com um vaso e dizer o que? Foi na feira? A noite?

— Não. Hum... Faz assim, ele fica aqui. Mas ele é meu. Quando eu for embora eu o levo comigo.

— Isso vai ser daqui... – me fiz pensativo. – Três anos e alguma coisa né?

— Três anos e três meses.

— Talvez eu tenha que restaura-lo até lá, mas tudo bem. Como você quer?

— Como é mais difícil? – dei uma risada. – Estou brincando. Quero assim. – ele apontou para um pronto. – Bem desse jeitinho.

— Tá bom. Vou preparar tudo.

— Por que você está tão bonzinho assim? Já imaginei você reclamando que se sujaria ou que não queria.

— Não estou em posição de te negar nada.

— Você realmente se arrependeu.

— Sim. – o olhei. – Você estava duvidando?

— Ah, eu não sei. – ele se sentou em cima da mesa ao lado da máquina. - As coisas com você são tão nebulosas.

— Eu não vou fazer joguinhos com você, prometo. – não gostei nada da forma como ele reagiu. – Não me olha assim como se eu tivesse feito uma declaração de amor e nem se compare a ele. Ele conseguiu que eu não fosse assim. Você conseguiu que eu não te atingisse. É totalmente diferente.

— Tem droga nesse barro? – não aguentei e ri. – Relaxa Kevin. Você quer que eu assine um contrato? Cláusula 1 – Não me apaixonar. Cláusula 2 – Não me comparar ao Murilo. Vai ditando as cláusulas, guardarei em minha mente e depois vou redigir. Ah, esqueci que eu devo me lembrar que você namora. Isso entra em não me apaixonar né?

— Você me cansa. – liguei a máquina.

— Sim, concordo. Pelo tanto de suor que vi em seu rosto hoje...

— Você não surtou em nenhum momento? Você tem noção que está transando com um cara né? Não sei se sua ficha ainda caiu.

— Não. Inclusive eu queria mesmo era sair por aí incentivando todos os caras a testarem.

— Eu acho que eu estava errado e você é meio gay sim.

— Ou eu estou muito apaixonado. – ele disse e depois riu.

— Vou começar a mexer, então para de gracinha porque eu preciso me concentrar.

Durante o processo ele ficou calado, sem tirar os olhos de cima de mim. Ou das minhas mãos, eu não tinha a visão tão ampliada assim. Menos de dez minutos e eu havia acabado.

— Agora eu tenho que... – parei de falar ao vê-lo pulando da mesa e olhei para a escada para ver se era o meu pai.

— Kevin. – ergui a sobrancelha. – Fiquei excitado. – dei uma risada. – Para de rir. Você parado já me excita, imagina tão concentrado dessa forma e usando as mãos com toda essa destreza. Eu te quero aqui e agora.

— Eu acho que você tem um sério problema.

— Sim. Sempre tive. E agora você tem um mais sério ainda. Porque eu direcionava toda minha energia sexual ao mundo e atualmente é a você que eu direciono.

— Você vai ter que tomar outro banho. – me levantei e passei a mão suja de barro em seu rosto antes de beija-lo e então ele deslizou seus dedos em meu braço e sujou o meu rosto também. Rafael era como uma criança. Se você o soltasse em um playground ele brincaria com todas as crianças antes de ir embora. E certamente seria lembrado por elas como o mais divertido.

— Por que o Murilo não sabe? – ele perguntou enquanto se vestia.

— Sobre o barro? – ele concordou gestualmente. – Não tivemos tempo.

— Como ele fica assim? – ele chegou mais perto do seu vaso pronto. – Parece mágica.

— O barro é uma substância maleável, até que seja submetido à alta temperatura. Essa exposição altera sua estrutura molecular de forma permanente transformando-o em cerâmica. Por isso ele fica assim.

— Eu tô sempre aprendendo algo com você.  É um tipo de barro especifico?

— Sim. Tem mais de duzentos tipos de barros no planeta, mas só oito deles servem para fazer um vaso.

— É... Lembrou muito a sua vida. Existem mais de duzentos homens. Mas só o Murilo é especial.

— Isso te incomoda?

— Jamais. Só acho egoísmo... E idiotice. Ele não tá com outro?

— Rafael... Você já sabe, mas eu vou dizer assim mesmo. Eu tenho pouco pra dar.

— Por que foi tudo para o Murilo?

— O que eu tive com ele eu não vou ter com mais ninguém, mesmo que eu queira. Foi amor demais.

— Mesmo que não seja comigo, não devia estar tão fechado Kevin.

— Sempre fui. Ele foi o único que mudou isso. E agora nem ele vai ser capaz de voltar a mudar. – respirei fundo. – Não seja assim. O que a gente tem é bom demais pra poder estragar com as suas opiniões sobre o que eu sinto pelo Murilo.

— Tá bom. Eu devo acrescentar essa questão aí nas cláusulas.

— Só pra você saber não existem mais de duzentos homens. O único além do Kemeron é você.

— O prazer é todo seu. – ele fez um semblante de arrogante.

— Ahhh... Eu devo gravar os seus gemidos na próxima vez para te lembrar que o prazer é compartilhado?

— Vamos. – ele sorriu. – Estamos sujos. – ele bateu no próprio rosto. – Fica durinho.

— Não mais que você quando olha pra mim.

— Calado. Quero o meu vaso totalmente finalizado amanhã de manhã.

— Sim. – concordei enquanto subíamos a escada. – Vou deixar de ir a aula para finalizar o seu vaso, porque é mais importante. – respondi debochadamente.

Depois de tomarmos banho a gente se deitou. Já estava tarde e eu devia leva-lo embora, mas eu estava tão cansado. E acho que ele também.

— Rafael... – nos olhamos. – Você sabe que se você se apaixonar vai estragar tudo né?

— Você lembra que não conseguiu perceber que eu amava Alícia né? – franzi a testa. – Escondo bem as minhas paixões ou amores. Você nunca saberia.

— Isso é... Um inferno. Você faz o que eu faço. Mas você não pode ser tão bom assim. Uma hora você deixa suas emoções te guiarem.

— Você não é o melhor? Repito: você não percebeu sobre Alícia. E eu admito que você é bom mesmo, porque eu nem disse quase nada e você logo concluiu quem era.

— É porque eu não reparava em você. Mas eu tenho que te dar um crédito. – suspirei. – Isso complica as coisas pra mim. Como vou saber que tenho que me afastar? Eu não quero que você sofra.

— Eu acho que tá todo preocupado assim porque é você que já está apaixonado e quer na verdade saber quando vai ser correspondido. – dei uma risada.

— Por que você não estava aqui antes?

— Eu estava. Mas eu era amigo do Murilo. Que você roubou de mim.

— Estou começando a achar que vocês dois tinham um caso.

— Uhum. E eu surtaria daquele jeito. E seria tão... Escroto. – ele respirou fundo. – Se o meu pai soubesse o que estou fazendo ele quebraria a minha cara toda, eu juro.

— O meu quebrou. – o olhei e sorri. – Toda a agressividade e fúria dele dos últimos dias no abrigo foram porque ele não aceita que eu me relacione com homens.

— E agora você namora numa boa?

— Interesses maiores. – tentei não ficar estressado. Ele fez carinho em meu rosto com o indicador e o polegar.

— Você não precisa ser desse jeito. Seja diferente dele.

— Quando eu baixei a guarda só fui magoado. Não consigo.

— Você tá muito machucado. Mas não é machucando as pessoas que vai curar todas essas feridas.

— Se você é tão sábio assim porque não conseguiu resolver as coisas com a garota que você ama?

— Quando espalharam fotos dela... – eu o interrompi.

— Isso é algo que te deixa triste e não precisa ser mexido.

— O fato é que quebramos tanto a confiança um no outro que nos odiarmos era só o que restava. E mesmo que o Arthur diga o contrário, eu não acho que isso tenha reversão. Mas estamos falando de você, suas escolhas e isso tem como reverter.

— Você está tentando fazer o que ele fez e isso está me irritando.

— Tá bom. Vamos dormir.

— Você vai dormir aqui? – ele concordou. – Tá. Então apaga a luz. – virei para o canto.

— Folgado pra caralho você hein Kevs?

— Gentil pra caralho você hein Rafs?

— Boa noite. – ele disse depois de dar uma risadinha.

— Boa noite. – dormi tão rápido que nem vi. Acordei cedo para ir pra escola.

— Lembra quando eu disse que você não resistiria àquele rosto másculo e olhos azuis? – meu pai perguntou assim que comecei a fazer meu café.

— Você abriu a porra da porta do meu quarto? Quantas vezes vou ter que te dizer que não quero que faça isso?

— Assim, só a título de esclarecimento eu sou seu pai. Abro a porta do seu quarto a hora que eu quiser.

— Pai? Hum.

— Vai começar a trazer caras pra casa?

— É... Eu acho que eu vou sim. – me sentei na bancada.

— Você sabe por que ainda não fiz um escândalo?

— Lógico que eu sei. Porque Kemeron pegou um avião e foi correndo dizer ao pai o quanto era injusto todo esse terror que ele estava nos causando. No caso eu tive que me incluir né? Para funcionar. Imagino que já tenha recebido noticias muito boas.

— Continue assim Kevin. – ele deu três tapinhas em meu ombro. – A propósito... Foi uma boa escolha. Ele é bem mais bonito que o seu priminho.

— O que uma dívida de milhões perdoada não faz.

— Continue satisfazendo Kemeron. – ele me olhou de forma séria. – Vou ir trabalhar.

Fui para a escola e por lá foi o mesmo de sempre. Quando voltei Rafael já estava acordado.

— Estava te esperando para eu ir embora. Já ataquei a geladeira, fucei suas coisas e vi televisão na sala como um soberano, dono de tudo. Eu curti. Muito. Mas chegou a hora de ir embora. – ele deu um pulo da cama. – Só não fui ainda porque seria indelicado né? Tchauzinho Kevs. – ele apertou minha bochecha e depois saiu andando.

— Até logo Rafs. – fiquei parado encostado à porta o observando até ele sair do meu campo de visão. Agora eu tinha que ser rápido. Um dos meus planos iria entrar em ação.

— Olá senhora Raíssa. – falei ao ser atendido.

— Não finja que é educado. Alice está dormindo, os remédios que passaram parece que foram fortes para ela.

— Percebo que está cansada. E preocupada. - suspirei. - Não vim pela Alice.

— O que você quer aqui Kevin? – caralho aquela mulher me odiava.

— Ter uma conversa sem rodeios, franca e transparente.

— Sobre? – olhei em seus olhos.

— O seu marido. – ela respirou fundo.

— Entre. – agora eu só tinha que fazer o que faço de melhor, entrar na mente das pessoas. E dessa vez não era qualquer pessoa. Era a minha ex sogra que nutria uma antipatia enorme por mim.

 

"Eu só estou tentando ver onde isso pode nos levar, porque tudo sobre você é tão contagiante."


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Notas finais do capítulo

Eu amo quando acaba no suspense kkk
Esse capítulo é muito meu amorzinho ♥ Não só pelo Kevin, as falas do Arthur foram muito pontuais.
Até amanhã ♥



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