[Página 04: Bom dia, meu amor]

Depois de perambular um pouco pela cidade, eu comecei a pensar no "nosso relacionamento".
Como posso dizer que eu estou apaixonado por ela se nós nem conversamos muito? Como posso me comunicar com ela sem parecer que eu estou muito envergonhado?

Se eu soubesse como cuidar disso, sem pensar em várias tolices, eu já teria posto em prática tal solução e não me concentraria tão fortemente nestes planos toscos!
Eu estou nervoso! Eu preciso de algum conselho...

Mas, se eu perguntar à minha mãe... Ela vai me paparicar, encher-me de perguntas sobre quem é ela e vai me dar vários conselhos estranhos... Ela pode até, mesmo, se intrometer e estragar as minhas chances!
Porém, ela teria a coragem para resolver isso tudo, enquanto que eu...

Eu estou tremendo, fugindo covardemente!

Não! Chega de fugir. Amanhã... Amanhã eu irei falar com ela. Eu vou pedir para conversar durante o horário do intervalo e vou ser bem amigável e divertido. Eu irei causar uma boa "primeira impressão".
Eu, como um homem, devo me preparar para fazer isso.
Eu espero somente que ela não me ignore e que eu não seja rejeitado...

Há também alguma chance de ter zombaria dos nossos colegas, já que eu sou tão patético nessa coisa toda de romance. Se eu envergonhar ela de alguma forma.... Eu não posso! Então, qual a forma de evitar isso?
Um espaço reservado... Para a gente conversar. Essa é uma boa ideia. Mas isso poderia assustá-la! E eu só quero me aproximar mais dela... Eu quero que ela confie em mim.

Então eu deveria falar com o meu pai sobre esses sentimentos? Mas, ele vai me dizer, com um enorme sorriso e me dando leves tapinhas nas costas, para eu ser um "garoto corajoso". Depois ele vai ficar sussurrando e sonhando acordado, junto com a minha mãe, sobre eu já estar na idade de flertar com as garotas...
Isso é muito vergonhoso!

Então, somente me resta...

...
Ligar para o meu melhor amigo, Brenno.
...
Esperar pelo amanhã e ter coragem para dar o meu "bom dia" a ela.
...

#Continua...