Reconstrução escrita por Gabs Germano, Indignado Secreto de Natal


Capítulo 14
Andromeda


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que estou sumida, mas minha vida está bem confusa nesse começo do ano. Acho que até o fim da semana eu termino de postar.
Espero que gostem! (:



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/785305/chapter/14

O braço de Remus ao seu redor, fez Sirius ter um sono tranquilo que a muito não tinha. Entretanto quando o sol nasceu e os dois despertaram, os beijos trocados não foram citados e pareceu que nada havia ocorrido. Black optou por não ser impulsivo como normalmente era e deixou aquele assunto para outro momento, os dois tinham um compromisso importante com Andromeda a respeito da guarda de Harry.

O luto finalmente deu lugar para uma energia eufórica, Sirius queria honrar a memória de James e Lily e ser o melhor padrinho e tutor que existia. E sentindo a energia mesclar-se com ansiedade, ele e Remus andaram lado a lado para o Caldeirão Furado, onde seria a pequena reunião com sua prima.

Andromeda estava linda e deslumbrante como sempre, em seus trajes bruxas bem alinhadas e um sorriso sincero e feliz ao ver os dois. Ele sorriu abertamente, demorando-se em um abraço saudoso.

O início da conversa transcorreu tranquilamente, porém a euforia de Sirius começou ser dominada ainda mais por sua ansiedade, tornando-se quase insuportável, principalmente ao notar que conseguir a guarda de Harry não seria tão simples como imaginara.

― Eu não entendi direito, Andie. ― Confessou. ― A guarda provisória de Harry pode demorar de 4 a 6 meses perante a lei trouxa? ― Questionou confuso, tentando compreender tudo que fora dito até aquele momento por ela e por Remus. ― E diante das nossas leis?

― Um pouco menos, Sirius, mas além de ser algo referente aos dois mundos, nossos tribunais estão travados com os processos devido a guerra. O Ministério está uma verdadeira bagunça, afinal, faz um pouco mais de 1 mês que a guerra acabou. ― Explicou. ― Entretanto, eu estarei a frente de tudo, talvez eu consiga usar um pouco da minha influência e desenrolar um pouco.

― Mas e a questão de Dumbledore não ser a favor desse pedido? Isso dificultaria ainda mais para nós? ― Perguntou, movendo o suporte de guardanapo que está sobre a mesa de um lado ao outro, sentindo tudo dentro de si agitado demais.

― Sim, mas eu tenho uma estratégia. Quero marcar uma reunião, ainda essa semana se possível, com ele e explicar seus motivos. Explicar tudo que vocês me disseram aqui, inclusive do seu luto, Sirius. O que acha? ― Questionou a mulher, anotando algo em seu pergaminho.

― Se quiser e achar bom, posso te acompanhar. ― Propôs Remus.

― Claro, seria ótimo ter você. ― Respondeu. ― Minha linha de defesa, de qualquer forma, será de provar sua convivência com James tal como dois irmãos de sangues. Você fugiu para a casa dos Potter com 16 anos, viveu com eles até James e Lily se casarem. Você conviveu durante toda gravidez com Lily, foi escolhido como padrinho e cuidou de Harry. Acredito que conseguiremos mostrar que você tem muito mais vínculo com Harry do que a irmã de Lily e caso necessário podemos falar com ela e conseguir uma guarda compartilhada.

Sirius não concordou a respeito da possibilidade de guarda compartilhada, porém optou apenas por um resmungo de insatisfação. De qualquer modo, ele daria um jeito de observar Petunia de longe e conseguir saber se a irmã de Lily estava cuidando bem de Harry, pois lembrava-se com exatidão dos comentários que a ruiva sobre sua irmã ser preconceituosa e até cruel com os bruxos.

 

(...)

 

Sirius amava sua forma animaga. Snuffles tinha grossos pelos negros e sempre repelia o frio com facilidade. E ali, parado, escondido em uma moita na Rua dos Alfeneiros, o vento era forte e extremamente de gelado, ele provavelmente estaria tremendo de frio caso estivesse como humano.

Remus havia sido contra a sua ideia de vigiar os Dursley, mas ele tinha a sensação de que caso ele fosse, poderia usar algo nas audiências. Imóvel, ele permaneceu ali durante o começo da manhã, aguardando ver algum movimento suspeito naquela rua incrivelmente tediosa e silenciosa.

Ele esperou quase que uma eternidade sem ver movimento algum, xingando mentalmente aquele lugar tão pacato e tedioso. Parecia até mesmo que ninguém saia aos sábados de manhã, nem mesmo para uma singela caminhada.  Porém quando estava quase por desistir e voltar para o apartamento de Remus – onde ele estava morando, ou algo assim –, a porta da casa número 4 da Rua dos Alfeneiros se abriu.

Pela porta saiu primeiramente um homem gordo com um bigode enorme e ridículo e após ele, uma mulher esguia que não se parecia em nada com sua amiga Lily. A mulher carregava um garoto rechonchudo no colo. Os três saíram, trancaram a porta e caminharam tranquilamente em direção ao carro. E para o total espanto de Sirius, os três entraram dentro do carro e foram embora.

Três. Apenas três pessoas e não quatro como deveria ser.

Black teve que reunir todo seu auto controle para permanecer ali, parado, apenas aguardando os Dursley voltar. Ele aguardou sentindo um misto de ódio, revolta e tristeza o dominar por completo. Sua maior vontade naquele momento era invadir aquela casa e pegar Harry. Seu afilhado de 1 ano e 5 meses, não deveria ficar sozinho. Aquilo era mais que errado, era cruel e perigoso.

 

(...)

 

Demorou para que suas mãos parassem de tremer e ele conseguisse formular uma frase sem gritar. Andromeda aguardou pacientemente aquilo ocorrer, para então entender a gravidade do que seu primo falava.

― Isso é a coisa mais ridícula que eu já ouvi, primo. ― Declarou após alguns segundos tentando absorver o que fora dito. Sentou-se na sua mesa na cozinha, enfrente a Sirius, mirando-o de forma preocupada. ― Harry é um bebê de apenas 1 ano, ninguém em sã consciência o deixaria sozinho.

― Estou falando sério, Andie, eu jamais mentiria com algo tão sério assim. ― Esbravejo, sentindo seu sangue borbulhar devido ao ódio dentro de si.

A culpa o corria de dentro para fora, o fazendo sentir incapaz. Ele era culpado por tudo aquilo. Se Harry estava naquela situação era devido a sua negligência ao desaparecer durante o mês que havia passado.

― Ok, calma Sirius. ― Pediu, segurando as mãos do primo por cima da mesa, tentando o acalmar. ― Eu vou solicitar que os Dursley sejam observados para ser levado em conta o comportamento deles com Harry.

Sirius suspirou cansado e nervoso, mas pelo menos já era um passo dado a mais.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Reconstrução" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.