For Grissom escrita por Dama das Estrelas


Capítulo 3
O que os ventos nos trazem


Notas iniciais do capítulo

Fala, galera, cheguei com mais um capítulo! Esses dias foram um sufoco total, não consegui postar o cap novo por conta de imprevistos, mas consegui uma brecha hoje. A fanfic não está 100% pronta, mas quero ir compartilhando com vocês quando possível.

Antes de começar, não posso me esquecer de agradecer aos comentários e acompanhamentos para esta fanfic: Ana Camila, Fofura e Molly, muito obrigada, de coração, por terem acreditado nesse projeto e por terem me agraciado por comentários maravilhosos. Vocês são demais, que bom que estejam gostando. Obrigada, também para quem está acompanhando, vocês me motivam a continuar a escrever ♥



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Olhares aflitos e assustados em torno do CSI. Não se sabia dizer se era por causa da camisa ensanguentada ou por causa da notícia que já se espalhou como fogo em palha seca. Warrick sentia que era o centro das atenções, afinal, era óbvio que as pessoas pensassem que ele foi o primeiro a chegar à cena do crime. Mal escapara de ser incriminado e agora enfrentava outro inferno. 

Warrick caminhou por um trajeto de espinhos. Olhar desolado, postura pesarosa, de alguém que fora terrivelmente surpreendido. Segurava-se para não fugir dali e começar uma caçada em busca da pessoa que feriu seu amigo. Depois da recuperação de Grissom, saber quem foi o autor do crime era seu maior desejo. 

Ao chegar na sala de análise, Warrick encontrou Hodges pronto para recebê-lo. O perito se encontrava aflito como os outros, mas pior. Para David, Grissom era sua maior referência de um profissional e fazia de tudo para ganhar pontos com o supervisor. Diferente de como sempre o viam, Hodges se mostrava ansioso e indignado. 

— Como ele está? — Ele perguntou de cara assim que o CSI entrou.  

— Eu não sei, Hodges. — Warrick respondeu claramente irritado. — Não me deixaram ficar no hospital. 

— Meu Deus... Logo o Grissom. — O técnico cobriu a testa. Como sempre, Hodges exagerava em suas declarações. — Ah, mas eu não vou descansar até esse suspeito for encontrado. 

Warrick ficou calado, sem discordar ou concordar de sua opinião. Na verdade, pensava quase o mesmo. 

— Eu imagino que você tenha feito todos os procedimentos para socorrê-lo, não é? 

— O que você acha que eu fiz lá? Que fiquei vendo o Grissom definhar e sangrar até a morte?! — Irritado, Warrick não se conteve e aumentou a voz. A vontade que tinha era de brigar com qualquer um que falasse demais com ele, ou melhor, que viesse com segundas intenções. Queria ficar sozinho, longe de toda aquela gente enquanto rezava para que Grissom sobrevivesse. 

Hodges ergueu os braços na defensiva já percebendo a hostilidade vinda de Warrick. 

— Ei, ei! O que tá havendo aqui? — Wendy entrou na sala quando soube da chegada de Warrick. Ao notar que o clima dentro da sala não estava bom fez questão de intervir. 

Nenhum dos dois quis responder. Warrick se afastou por alguns passos e bateu na parede com o punho fechado, assustando tanto a mulher quanto Hodges. 

— Você tá bem, Warrick? — Ela perguntou receosa. — Se machucou? 

— Só vou ficar quando acharem o desgraçado. 

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Catherine e Nick seguiram até a cena do crime para processá-la. Diferente das outras, esta carregava uma atmosfera densa, um peso terrível nos ombros. A alguns metros dali a eles se reuniram num jantar em comemoração por provarem a inocência de Warrick. Agora, em vez de descansarem eles encaravam um duro trabalho; atuar no caso aonde a vítima era alguém deles, alguém da família. 

Não havia motivação para trabalhar, uma ironia e até mesmo uma contradição. Queriam estar lá no hospital, atentos a qualquer notícia ou atualização sobre o quadro do supervisor. Talvez aquele deveria ser o caso mais importante da equipe, um caso que se tornara pessoal no momento em que era um deles a pessoa numa sala de cirurgia. Raiva, frustração e um sentimento de remorso tocavam a todos. 

— Droga. Droga! — Nick não parava de lamentar o que aconteceu. O estresse não o deixava pensar e tudo que queria fazer era voltar no tempo e impedir que aquilo ocorresse, como toda pessoa próxima à vítima. Ele chegou a começar a fotografar a cena, mas parou e ficou olhando para o automóvel. 

— Nick. — Catherine o chamou. 

— Isso não é justo! Por que alguém iria querer atirar no Grissom? No Grissom! — Inconformado, o CSI ergueu os braços na tentativa de procurar por uma resposta. 

— É o que nós temos que descobrir! — Ela, que cobria o perímetro ao redor do carro, se aproximou de Nick para tentar consolar o amigo. — Mas nós não vamos conseguir se ficarmos só reclamando! 

A mulher o encarou nos olhos e aos poucos, viu uma lágrima escorrer no rosto dele. Nick deu as costas a ela e se afastou. 

— Agora ele tá... ele tá lá numa sala de cirurgia. Por quê?! 

— Isso poderia acontecer com qualquer um de nós, Nick. Ouça uma coisa: se achar que isso nunca vai acontecer com a gente então saia daqui. — Catherine não poupou suas palavras. Saíram duras como uma rocha. Fez isso apenas para que o amigo tivesse foco no trabalho e não fosse levado pelas emoções, ou ao menos as contivesse na maior parte do tempo. — Se esqueceu do que houve com você? Com o Greg? Com a Sara?! 

A dura pareceu funcionar. Nick fechou a cara, mas pareceu ter entendido. Ele ficou calado, chegando a observar a câmera em sua mão; calado, mas não menos irritado. Só decidiu guardar toda fúria para dentro de si. 

Sem declarações os dois voltaram a fotografar a cena. Não levou muito tempo até que Nick encontrasse uma bala com sangue no chão próximo à porta do motorista; era uma 25. Catherine, que abriu o carro para fotografar seu interior acabou achando dois cartuchos e pistola, todas 25. Ela informou ao parceiro assim que os encontrou. 

— Grissom não anda armado. 

— Não mais. Só pode ser a arma do crime. — A mulher afirmou. 

— Não dá pra entender, porque Grissom foi um alvo? Tá na cara que isso foi um acerto. Mas por que o Pritchard iria querer o Gil morto? 

— Grissom fez de tudo para ajudar Warrick a provar sua inocência. 

— Tem algo errado nisso. 

Catherine parou para analisar o que realmente via e criar uma suposição. Notou o vidro abaixado e outros detalhes que davam a ideia de que o assassino estava fora do carro. Nick concordou com a teoria, dizendo que se for verdade haveria resíduo no teto. Para comprovar isto Catherine fez o teste.  

— Temos chumbo — confirmou ela. 

— O assassino não estava dentro do carro, mas fora dele. E a única janela abaixada era a do carona.  

— A noite devia estar quente, talvez... 

— Se fosse por isso então Grissom deveria baixar a janela do motorista... 

Quanto mais eles averiguavam a cena, mais ela se complicava. A janela do carona abaixada continuava a intrigar os CSIs. Se Grissom tivesse visto o assassino portando uma arma com certeza tomaria uma atitude, ainda que no fim fosse atingido. Houve um silêncio perturbador entre os dois peritos. 

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De volta ao hospital, Catherine, Nick e Warrick se encontraram para saber do estado de Grissom. Greg, que decidiu retornar à Vegas no momento em que recebeu a notícia por Catherine, saiu do aeroporto e tomou caminho direto para o hospital. Faltavam poucos detalhes para entrar no avião quando desistiu deixá-lo de lado e voltar à Vegas.  

A expectativa e ansiedade corroíam os peritos, que chegaram a parar o que estavam fazendo para saber da boca do médico o que estava acontecendo com o amigo baleado.  

Ao ver Warrick na sala de espera, Catherine notou que ele havia trocado de roupas e parecia tão aflito quanto antes, só que menos disperso. Ela e Nick se encontraram com ele a fim de esperar pela chegada do médico. 

— Warrick. — Nick chamou por ele, que estava de pé ao lado de um sofá. 

Ele se virou para a dupla que se aproximou com pressa. Seu rosto não mudou muita coisa como antes. Só que agora parecia mais apto a manter uma conversa. 

— Alguma novidade? — Catherine perguntou e respondeu um gesto negativo. 

— Vim pra cá assim que terminei lá no laboratório. — Ele disse. 

— Há quanto tempo está aqui?  

— Não contei.  

A resposta de Warrick saiu um tanto seca, Catherine percebeu. O CSI se virou de costas para eles e voltou a se manter quase diante da porta de onde sairia o médico. 

— Já falei com o Greg. Ele vai retornar e nos ajudar com o caso. — Catherine comentou. 

— Isso é bom. — Brown respondeu. 

Notando que ele não estava a fim de conversa, a mulher resolveu se sentar no sofá enquanto aguardava o médico. Quem estava no clima de se manter lúcido, tentando "ignorar" que Grissom estava a algumas paredes de distância, entubado e lutando para viver? 

— Alguém já contou isso pra Sara? — Nick não suportava o silêncio entre eles e acabou falando. 

Ela visou o colega assim que recebeu aquela pergunta. Tanto ela quanto ele sabia que entraram numa questão delicada. 

— Não... Acho que não. 

— Eu... Acho melhor não fazerem isso.  

A declaração de Nick chocou Catherine e despertou a atenção de Warrick, que se virou ligeiramente para se manter na conversa. 

— Por que não, Nick?  

— Sara foi embora justamente para não se envolver mais com Las Vegas. — Ele afirmou com clareza, ainda que a expressão em sua face não demonstrasse o mesmo. 

— Privar a Sara do que aconteceu com o Gil? — Warrick o questionou. Não mostrava surpresa, apenas seriedade. — Eu não tô entendendo. 

— Sara é amiga nossa há um bom tempo. Se souber de uma notícia dessa o que acham que vai acontecer com ela? — Stokes argumentou, fazendo um gesto para trás com o polegar. Todos sabiam que a ex CSI era uma pessoa que agia muitas vezes guiada pela emoção. 

— Não importa. Perto ou longe, a Sara e o Gil ainda estão juntos. Ela tem que saber disso! — Catherine foi incisiva. Ficou perplexa com o desejo de Nick em manter Sara longe do acontecimento. — O que faria se fosse uma namorada sua e você ficasse sem saber o que aconteceu? 

Ainda assim Nick ainda não concordava com a ideia. Sara era praticamente uma irmã. Para ele, causar sofrimento com uma notícia daquela seria desnecessário. Ela foi embora de Vegas porque precisava descansar, o que Grissom havia dito a ele num dia. Pedir que voltasse seria fazer com que ela se encontrasse com os problemas novamente. 

— Eu não quero soar egoísta, é que- 

— Nick, o Grissom tá morrendo! — Foi a primeira vez que Warrick aumentou a voz desde que se encontrou com eles. — Não percebeu isso? Ele está morrendo! Vamos esconder isso da Sara até quando? Até ele... — Ele parou de falar quando percebeu que suas palavras ficariam pesadas demais. 

— Eh... pessoal? 

A voz masculina a alguns metros do trio chamou a atenção deles. Era Greg. O CSI chegou vestindo as mesmas roupas que usava quando seguiu para o aeroporto. Nem parou em casa. Chegou um pouco antes de Warrick desabafar em voz alt. Não imaginava que a situação do supervisor pudesse ser tão grave. Ficou sem saber o que dizer. 

— Greg. — Catherine o chamou, olhando brevemente para Warrick que acabou se virando de lado. 

— Eu... vim pra cá assim que você me ligou. Desculpe... acabei me atrasando... — Greg caminhou cautelosamente para perto dos dois, receoso que o clima estivesse tenso ainda. — O trânsito não colaborou. 

— Não se preocupe com isso, Greg. 

— Como ele está? 

— A gente não sabe ainda. — Catherine falou, tentando não lhe fazer acreditar no que Warrick vociferou. — E eu vou ligar pra Sara assim que o doutor falar com a gente. 

Para Greg as palavras da amiga não adiantavam tanto. Ele sabia que Warrick o havia socorrido, então ele era a pessoa quem mais conhecia a situação de Grissom. O jovem CSI assentiu e esperou alguns segundos para garantir que a poeira havia baixado. 

— Eu vim pra ajudar no caso. O que tiver de ser feito é só me falar. 

— Obrigado, Greg. — Nick bateu levemente no ombro do amigo. 

Greg levou as mãos aos bolsos da calça cargo e depois, inquieto por estar de pé por ali acabou se sentando ao lado de Catherine. Queria fazer mil perguntas a Warrick e criar em sua mente uma narrativa da qual Grissom se recuperaria logo. Mas viu que não era uma boa hora para isso, então se manteve quieto assim como os outros. 

Os minutos se passavam, minutos que pareciam horas. O grupo começava a se preocupar. Catherine e Nick precisavam sair do hospital logo para voltarem a trabalhar no caso; quanto maior o atraso, maior o tempo para finalizar o caso. Warrick ainda era uma incógnita, então os outros não pensavam na possibilidade de ele se juntar por enquanto.  

Enfim a porta foi aberta, uns dez minutos após a chegada de Greg. Quem saiu dali foi justamente a pessoa que mais aguardavam, o doutor Reed. Como no automático, Catherine e Greg se ergueram do sofá para ouvir do médico cara a cara o que ele tinha a dizer. 

— E então? — Warrick foi o primeiro a se manifestar. 

O homem de meia idade retirou os óculos e olhou para cada um antes de falar. Olhar era sério e incisivo, assim como toda vez que o fazia quando chegava esse momento.  

— O senhor Grissom precisou passar por uma cirurgia de emergência. Ele perdeu muito sangue e também precisou de uma transfusão.  

— Qual estado dele? — Catherine, já nervosa por não saber com exatidão o que estava acontecendo com o supervisor, soltou a pergunta de uma vez. 

— O estado dele é grave. Ele corre o risco de vir a óbito. — O médico foi direto, sem deixar de minimizar a situação do paciente para eles. 

A voz séria e firme ecoou por entre eles. Ainda que houvessem mais pessoas naquela área, o espaço pareceu silencioso após a declaração do médico. 

— Ah, não. — Nick lamentou, já se afastando deles. 

— O quê? — Catherine parecia não acreditar. Greg ficou em choque, encontrando em seus colegas de trabalho e amigos quase a mesma expressão. Warrick não se manifestou por voz. Ele baixou a cabeça e fechou os olhos; o silêncio já falava por si. 

— A cirurgia precisou ser adiada para retirar a bala que se alojou no tórax porque a condição do senhor Grissom é delicada. No momento, tivemos que induzi-lo à sedação para que seu corpo pudesse se recuperar. Ainda não temos previsão de quando a cirurgia vai ocorrer. 

— Não é possível. — Warrick balançou a cabeça repetidas vezes. Olhou para o alto incrédulo e apoiou a mão sobre a parede. — Não é possível. 

Olhares de desolação encheram os rostos dos CSIs. Ninguém sabia o que dizer a não ser lamentar e dizer que aquilo não podia ser possível. A verdade era que Grissom estava entre a vida e a morte. 

— E as visitas? 

— No momento estão suspensas. Mas assim que for possível iremos avisar. — O médico respondeu. 

— Ok... Obrigada. — Catherine ficou tão imersa nos pensamentos que a voz quase não saiu. 

Assentindo para Catherine e os outros — que mal prestavam atenção nele mais —, Reed se despediu e voltou para dentro da área de acesso restrito aos restantes. O que restou foi um silêncio perturbador. 

— O Grissom tá morrendo mesmo. — Warrick disse, quase rindo por não acreditar. Ficou calado por quase um minuto. — Eu devia ter chegado antes. 

— Isso não foi culpa sua, Warrick. — Nick logo se manifestou, temendo que ele se declarasse culpado. 

— Olha só como ele está. Se eu tivesse dado um jeito de... eu não sei, ter falado com ele por mais tempo... 

— Pare de pensar assim, Rick. — Greg se manifestou. — O único culpado aqui foi o cara que atirou no Grissom. 

Warrick tentou buscar aquelas palavras para si, tentando se reconfortar apesar da turbulência pela qual passava. Mas era difícil. 

— Se você não tivesse socorrido ele não estaríamos nem aqui. — O jovem CSI completou-se. 

— Eu quero ajudar. — De uma hora para outra, não muito tempo depois Greg terminar de falar, Warrick se dirigiu aos três. — Sei que devia ter levantado meu traseiro antes, mas... 

— Tá tudo bem. — A mulher se ergueu e tocou no ombro dele. Após isso ela se afastou e comentou com eles. O rosto aflito que tentava a todo momento se manter firme era evidente. Ela respirou fundo e visou seus companheiros — Vão na frente. Eu... vou ligar pra Sara. 

Os três encararam Catherine meio receosos, e até envergonhados por deixarem a amiga cuidar de uma tarefa tão difícil. Por dentro Nick ainda não concordava com a ideia, porém era minoria naquele caso e de uma forma ou de outra Sara iria saber.  

— Deixa que eu faço isso, Cath. — Greg se manifestou, estendendo a mão direita para ela. — Eu falo com a Sara e explico a situação. 

— Não, não. É meu dever fazer isso. Sou a supervisora-chefe no momento. — A mulher forçou um breve sorrisinho em gesto de agradecimento. — Vá com eles. 

Longe ou perto Sara continuava sendo amiga deles e continuava sendo a namorada de Grissom. O que acontecia no relacionamento dos dois não era da conta dos outros, mas era de suma importância que ela soubesse. 

Warrick levou os colegas junto deles em seu carro de volta ao laboratório. Catherine acenou com um simples gesto para se despedir. Pegou o celular da bolsa, suspirou, e começou a pensar em várias sentenças possíveis. Ao imaginar o que dizer o peito lhe apertava. Não era qualquer um de quem estavam falando, era de Grissom. A pessoa que estava a uns metros dela, sedado e Deus sabe como. Cercado por tubos e respondendo seus sinais por uma máquina. 

Catherine se sentou no sofá novamente e selecionou o contato de Sara. Ela havia mudado de número não muito tempo após deixar Vegas e deu seu número apenas para os mais próximos. Na verdade foi Grissom quem compartilhou seu número mediante sua permissão.  

— Ai, Deus... — A mão esquerda livre abria e fechava por nervosismo. Olhou para o lado, em direção à porta de onde o doutor Reed saiu. A ficha parecia não querer cair. — É, Catherine, é fazer isso ou não fazer mais. 

A CSI tomou coragem, então chamou pelo número. Torceu para que não caísse na caixa postal ou que estivesse desligado, se não perderia a vontade ou ficaria mais angustiada. 

— Alô? Catherine? 

— Ah, oi, Sara... — Ela forçou um tom amigável. — Tudo bem? 

— Sim, tudo bem, sim. E com você? 

— É... eu estou bem. — Mesmo tentando forçar, Catherine perdia força em sua atuação. 

— Que bom. — Sara falou como quem não soubesse o que dizer em seguida ou como se esperasse por ela. 

Para não se alongar demais em contar o que planejava, ela decidiu não deixá-la esperando. Tinha de ser direta ou poderia piorar as coisas. 

— Sara? 

— Sim? 

— Tá em casa? 

— Sim, estou. 

— Ok. Eu preciso te contar uma coisa. 

— O que foi? — A tonalidade na voz da ex-CSI não pareceu mudar. Claro que Sara ficou curiosa e até um pouco confusa sobre isso. 

Catherine suspirou baixo e fechou os olhos por um instante. Não era assim que as coisas deveriam ser. Não era desse jeito que ela queria contar uma notícia daquelas. 

— Sara... o Gil foi baleado. 

Em São Francisco, Sara se preparava para sair de casa e participar de uma Conferência sobre estudos de conservação de florestas tropicais. Deixaria o país em poucos dias ainda por cima. Estava na cozinha quando atendeu a ligação e quase deixou o celular cair quando ouviu a notícia. De repente, seu mundo se tornou em preto e branco e o estômago começou a revirar. 

— O q-quê? 


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Notas finais do capítulo

É isso aí, o momento em que a Sara soube da notícia chegou. É, as coisas vão se apertar por aí.

Mais uma vez, obrigada a todos que leram, vocês fazem a história crescer. Peço desculpas por não conseguir atualizar logo, mas estou fazendo o possível para terminar a fic logo.

Um grande beijo e até o próximo capítulo! ♥



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