Mundo Verdadeiro - Isekai escrita por Crascutin


Capítulo 2
Fase 01


Notas iniciais do capítulo

Notas Iniciais do Autor
Peço que me desculpem pela inaptidão em descrever melhor o cenário, personagens e enredo (resumindo, tudo). Eu não sou um escritor “profissional” e nem tenho tanto conhecimento acerca deste tipo de conteúdo, mas eu quis fazer algo novo sobre essa temática e espero corresponder a estas expectativas de escrita amadora que estou fornecendo. :P
Desculpem-me pelo meu péssimo senso de humor... Esse foi o meu jeito de amenizar o clima e desenvolver a "primeira impressão" acerca deste personagem.
Eu não pretendo demorar muito nas explicações e desenvolvimento geral do enredo, então uma forte sensação de história apressada pode ser sentida agora no início. Talvez eu depois modifique essas partes e agregue mais fatores esclarecedores e preenchedores...
Enfim, se estiver faltando algo, estou aceitando sugestões... ^.^
...



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Fase 01 - O que aconteceu no meu sonho? – Problema de Realidade
— Não. Não, não e não e não! Que... O que está acontecendo? Isso... Esse não é meu quarto! Eu nunca teria... Eca! Isso é pele de animal? Que... Não. Espera! Primeiro, analise a situação. Deve ter alguma explicação lógica e sensata para esclarecer isso...
O quarto era bem aconchegante, na verdade. Mas tudo nele inspirava um sentimento estranho, como se o rapaz estivesse fora do hábitat natural dele. Os lençóis eram feitos de pele de animal; caça. Uma prática que não deveria ser legalizada no país dele. Os demais tecidos do ambiente pareciam ter sido confeccionados à mão, e de forma muito rústica e pouco tradicional para a era moderna a qual ele vive... E dentre todas as surpresas deste novo ambiente, o mais estranho foi não encontrar uma única tomada ou lâmpada no quarto.
— Será que eu estou em uma área rural e isolada da civilização? Arg. Não importa o quanto eu tente, a única bobagem que consigo pensar é que eu posso ter sido raptado enquanto dormia. Não. Isso é ridículo... Não tem razão para alguém fazer isso... Será que é alguma pegadinha? Uhn... Ou eu sou sonâmbulo, andei milhas de distância da minha casa e alguma boa senhora me acolheu do frio da noite e me trouxe até aqui para repousar?
Certamente este não é o rapaz mais esperto do mundo. E se isso fosse um relatório que contabilizasse a pontuação geral, este rapaz receberia uma pontuação bem ordinária...
— Em segundo lugar, eu devo pensar... Eu tenho que manter a calma e pensar em um plano para resolver esse mistério. Eu não posso surtar e denunciar a minha estratégia para tal raptor. Seja mais esperto do que a velha que fez isso comigo!
Levantando sutilmente, este rapaz começou a averiguar quais opções tem para sair dessa situação conturbada. Ele procurou outra vez pelo celular, somente para ficar mais frustrado e decepcionado... Ele também procurou por algo que lhe desse alguma informação. A mesa ao lado da cama, na verdade era um antigo e enferrujado baú vazio e bolorento... Não havia guarda-roupa ou algo que abrigasse vestimenta. Não havia coisa alguma que fosse o mínimo possível de conforto moderno...
Quanto mais o rapaz buscava por qualquer coisa que lhe fosse familiar, menos ele se concentrava em manter a compostura; e o plano estava menos realista a cada instante passado.
Não demorou muito para o rapaz começar a surtar e perder o último parâmetro estratégico do próprio planejamento...
— O que eu faço?! O que eu faço??? Arg... Eu não sei aonde estou, eu não sei o que aconteceu... E eu nem sei o porquê isso está assim! Um quarto cheio de carcaças mortas e eu nem tenho o meu celular para pedir ajuda! Eu não sei o que fazer. Se eu tentar fugir pela janela... Putz. Eu serei pego... E se eu gritar por ajuda... Eu serei pego do mesmo jeito! Montar uma armadilha caso algum dos bandidos tentem invadir o quarto. Até parece que eu consigo fazer isso só com cortinas e lençol... Snif... Snif... Snif... Mãe! Pai! Irmãzinha!!! Eu fui raptado por alguma senhora horrenda que quer me adotar como seu novo neto forte e bonito! Depois ela vai querer me dar banho e depois ela vai querer me cozinhar em uma sopa! Socorro! Mamãe!!! Arrrg! Eu tenho que fugir daqui!!!
Os barulhos do andar de baixo foram abafados por tanta gritaria histérica da parte dele... Novas pisadas barulhentas passaram a ressoar pelo quarto. O som estava ficando mais alto e mais forte... Alguém estava se aproximando. E o garoto já se preparava para o possível fim precoce de sua jovial adolescência inocente e sem problemas...
Batidas firmes foram ressoadas na porta do quarto pelo outro lado.
O momento para bolar uma estratégia acabara... A melhor saída era tentar fugir pela janela e esperar para não ser mais emboscado.
Mas o tempo para qualquer reação... Acabou.
— Deixe de escândalo, moleque! Cale a boca e desça já, ou ficará sem café! Que porcaria de fedelho mais chorão!
— Iiiirrrg. M-mas... Não! E agora? Como eu faço para fugir dessa senhora raptora?
— Eu não raptaria um marmanjo crescido igual a você! E tenha respeito para comigo, seu moleque. Eu sou um homem ainda com a força da minha juventude! E-hehe-hhehe.
Frustrando toda a imaginação fértil do rapaz acerca de quem hipoteticamente o havia sequestrado; estava ali diante dele um homem viril, com cerca de um metro e sessenta centímetros de altura, pele bronzeada e músculos torneados! Além de uma rala barba dourada e uma incrível imponência... Tal homem dava a impressão de que o mundo pode ser bem cruel, as vezes.
Em contra partida, o nosso protagonista possui um metro e setenta centímetros de altura, pele branca, quase pálido demais para um garoto de quinze anos, aproximadamente sessenta e poucos quilos... E ele também é um pouco magricela.
Não haveria chances de contra-ataque... Ele estava perdido nessa disputa de forças.
— Antes que você decida tentar me amarrar e cobrar um resgate à minha família, eu devo alertar que não somos ricos, então, encarecidamente, cobre um valor mais acessível... Ugh... Isso dói, seu velho que sequestra pessoas sonâmbulas!
Não aguentando mais ouvir tanta asneira de um simples adolescente birrento, esse homem, de aparentemente meia idade, aproximou-se do rapaz e desferiu um potente cascudo em tal jovial cabeça. Nos instantes seguintes, duas coisas mudariam o rumo dessa conversa...
Uma é que a aproximação simpática de ambos os lados não seria algo viável...
E a outra...
— Ué, que negócio esquisito é esse que eu estou enxergando? P-parece... Com... N-n-números? Que troço é esse?!
Estranhamente, após receber essa represália em forma de cascudo, uma combinação de caracteres surgiu diante do seu campo de visão piscando em tons claros.
A melhor descrição para tal anomalia era comparar isso a uma tela interativa que mostrava informações ainda confusas...
“Isso é uma piada, não é? Isso é uma brincadeira, como eu pensava antes... Ou eu levei uma pancada forte o bastante para me fazer ver o que não existe, ou eu...”.
A informação piscando por alguns segundos diante do garoto era algo muito simples. Uma combinação que qualquer indivíduo familiarizado a esse tipo de 'linguagem' hoje em dia conseguiria decodificar.
HP 50 => 48
Junto a essa informação, três barras horizontais de diferentes cores apareceram totalmente preenchidas abaixo dos valores de HP. Com todos esses caracteres alfanuméricos piscando diante dos olhos dele por alguns segundos, depois sumindo...
Isso só poderia significar uma coisa.
Sem dizer uma única palavra mais, e totalmente estático e sem reação, o garoto se encolheu no chão e assumiu a famosa postura fetal; totalmente desiludido e amedrontado. Somente tal coisa era decifrável dentre tantos murmúrios ininteligíveis que saíram da boca dele após isso tudo. E era...
— Só pode ser piada... Isso não é real!
#Continua...?


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