Pequenas Mentiras escrita por unalternagi


Capítulo 7
Sétima coisa: O que eu dou não é retornável


Notas iniciais do capítulo

Com saudades do nosso surfista injustiçado?

Desculpa a demora para atualizar essa história, mas eu estava criando toda a tensão nas outras e o Jazz está simplesmente preso na espera de saber o que caralhos está acontecendo (ele e nós todxs)

Espero que gostem do capítulo de hoje e prestem atenção nos detalhes...



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Sétima coisa: O que eu dou não é retornável

Dentro da cela fria no centro de detenção o tempo era um grande inimigo de Jasper, ou era o que ele pensava.

A cada vez que o sol se punha e depois se mostrava no horizonte, que ele enxergava atrás da janela quadrada com barras de ferro do lado de fora, ele pensava que era menos uma chance dele sair daquele local e, pior do que aquilo, uma chance menor de Alice sobreviver ao que quer que a tinha acometido.

Ele sentia frios na espinha ao pensar sobre a possibilidade de nunca mais sair daquele lugar, nunca mais ver os olhos que mais amava na vida, os únicos que realmente tinham despertado algo nele.

O sol que entrou em sua cela era apenas uma tortura para ele, não queria ter que pensar naquilo, então fechou os olhos com força, tentando ver os pequenos sinais de tudo o que o levaram até aquele lugar, até aquele ponto de sua vida onde tudo parecia tão fodidamente errado e doloroso.

Por que Alice nunca compartilhou o fato de ser adotada? Aquele era seu primeiro pensamento sempre quando tentava se lembrar da noiva, parecia que não a conhecia como pensava. Havia decorado cada pequena pinta do corpo da mulher, mas sua mente e passado eram um completo vácuo para Jasper e o pensamento de que, talvez, para sempre seria, o tirava de seu eixo, sentia vontade de gritar, mas aprendeu de forma dolorosa que os guardas não apoiavam aquele tipo de terapia que ele tentava fazer.

Então resolveu começar a pensar nas pessoas que prometeram encontrar Alice e o tirar de lá. O agente Swan explicou o plano de deixa-lo como bode expiatório para não perder o efeito surpresa, Jasper entendia aquilo, ela havia pedido o mesmo.

 

“Amor, me escute”a voz suplicou em seu ouvido e Jasper suspirou sentindo a cabeça pesar, não sabia como dizer a ela que ele escutava, que ela poderia falar o que quer que queria dizer “Eu vou voltar e vou voltar melhor e mais forte, nunca mais irei desmaiar ou convulsionar ou te assustar com qualquer uma das merdas que acontecem esporadicamente, precisa acreditar em mim, vai ficar tudo bem e nós vamos ficar juntos, mas preciso que não desista de mim, que se cuide e ore por mim, eu preciso ganhar a paz de espírito que nunca tive. Eu apenas me lembro da mentira, Jasper, preciso acabar com isso! Com ele! Eu não posso viver na sombra do medo e da dor, não posso me perder de mim toda vez que dói de mais, eu quero lembrar, Jazz, eu preciso saber o que aconteceu antes de me lembrar”.

 

Jasper podia sentir o beijo demorado que ela depositou nos lábios dele depois daquilo, conseguiu sentir a impotência por não conseguir levantar o braço para abraça-la e mantê-la ali, a urgência de perguntar o que estava errado, como ele poderia ajudar.

 

“Fale a ele o que combinamos, ele precisa nos ajudar, se ele lembrar de algo...”

“Amor, ele disse que é meu irmão e algo em mim o reconhece. Consegue acreditar em mim? Preciso que fique calado. Não minta, apenas não diga nada, se lembrar de algo, qualquer coisa, não conte, Jazz, por mim, para a minha segurança. Se algo sair do plano nós não conseguiremos cuidar de tudo da forma que tem que ser cuidado”. 

 

Jasper se debatia na confusão do que tudo aquilo significava.

Sempre achou estranho, parecia um delírio que ele se obrigou a obedecer, mas de uma coisa sempre teve certeza: Alice era filha única.

Mas a certeza se perdeu dentro de si, cada vez que lembrava daquilo parecia mais real. Lembrava-se da voz do homem e de sua sombra caminhando pela suíte presidencial que ele dividiu com sua noiva nas melhores e piores férias que eles já tinham compartilhado. Talvez as últimas também.

Jasper bufou alto e se levantou, não queria voltar a cair naquelas lembranças, era difícil demais, mas mesmo assim, caiu na memória dela de novo.

 

“EU NÃO QUERO FICAR AQUI, ESSA NÃO É A MINHA CASA, ME LEVE PARA CASA, EU NÃO TE CONHEÇO”, Alice gritou com agonia e Jasper a abraçou, tentando a fazer parar de tremer.

“Amor, estamos no seu apartamento, quer ir para a minha casa? O que aconteceu?” se lembrava da penumbra do lado de fora da janela, ainda estava de madrugada e Alice acordou irrequieta de um pesadelo que Jasper nunca soube qual era.

“Minha mãe, ela estava chorando, estava machucada”, Alice dizia sem parar, repetiu aquela frase inúmeras vezes por cima dos pedidos de explicação de Jasper, mesmo sem perceber, ela estava encostada no peito de seu – na época – namorado, ele a embalava tentando sair de seu torpor de sono para entender o que estava acontecendo.

“Foi apenas um sonho ruim, amor, um sonho ruim”, ele murmurava calmamente no ouvido dela “Você, Alice, está aqui comigo, Jasper, e nós estamos bem. Você está bem, está segura, está em casa, Alice” ele disse e, ao perceber que durante sua fala ela foi diminuindo os tremores, resolveu voltar a repetir aquilo, repetiu como um mantra pelo tempo que foi necessário, até o momento que ela ficou fraca em seus braços, inconsciente. Jasper a ajeitou na cama e, mesmo sem ela escutar, ele repetiu as frases mais algumas vezes, querendo deixar aquilo guardado na mente dela. Funcionou. No dia seguinte quando ele perguntou sobre o ocorrido Alice ficou confusa, não se lembrava de nada daquilo e ele, no fundo, achou melhor.

Havia sido a primeira vez que ela tinha tido um surto, mas não a última. Sempre que Jasper estava presente ele repetia o mantra, trocava uma coisa ou outra, mas a essência era a mesma, ele repetia o nome dela e o dele, afirmava que estavam bem e ela estava segura e ela desmaiava em seus braços.

 

Jasper nunca parou para pensar o quão estranho era ela não se lembrar dos sonhos, nem ao menos uma vez, ou como ela parecia confusa sempre que acordava dos pesadelos o vendo dividindo a cama com ela. Por reflexos ela já tinha o machucado, unhas gravadas nos braços, arranhões, tapas contra o peito dele e uma vez até o braço tinha mordido, mas ele nunca deixou de tentar acalmá-la e nunca tinha falhado.

Foi tirado brutalmente de seus devaneios por um chamado firme e alto.

—Whitlock! – o policial repetiu pela quarta vez e Jasper se sentou apressado na cama, confuso por ser obrigado a voltar para a realidade – Telefone – o guarda avisou e Jasper se apressou para ser algemado e sair da sala.

Diariamente a mãe o ligava para saber como estava, se precisava de algo, às vezes era o advogado dele o avisando sobre algum trâmite. Parecia que o processo estava congelado, mas ninguém saberia explicar ao certo o porquê.

—Jasper – ele atendeu, a voz rouca pela falta de uso agora que nem Ava/Marie nem o agente Swan haviam voltado há...

Naquele momento Jasper percebeu que não fazia mais ideia da quantidade de dias, semanas, ou meses que estava detido, seus ombros caíram em desanimação e todo o pensamento que correu, se esvaiu quando ele escutou a voz do outro lado da linha.

Jasper, que bom que aceitou conversar comigo, querido— Carmen Brandon disse do outro lado da linha.

Ele franziu o cenho.

—Carmen? O que quer comigo?

A mágoa do abandono, das mentiras, de tudo o que os sogros haviam escondido dele borbulhava nos seus sentimentos desgovernados de uma mente perdida.

Sei que falhei com você, Jasper, mas ela é tudo o que temos...

—Qual a finalidade dessa ligação? – ele demandou novamente, a voz altiva.

Preciso ser sincera com você, Eleazar é contra, pensa que você é o único culpado do que aconteceu com Alice, mas nós não fomos completamente sinceros sobre ela também...

O coração de Jasper falhou antes de bater desgovernado dentro de seu peito, imaginou que o guarda que o encarava poderia escutá-lo se se esforçasse para tal feito.

—Como o fato dela ser adotada? – Jasper demandou e a voz do outro lado da linha se calou.

Então era verdade, o agente e Ava/Marie estavam certos? Claro que sim, todas as lembranças e peças tinham se alocado com maestria na mente de Jasper, fazia tanto sentido que ele sentiu-se um tolo por nunca ter desconfiado, mas mesmo assim, ele confiava em sua noiva. Eles sempre dividiram tudo um com o outro, por que Alice não contou a ele sobre aquilo?

Ela não sabia de nada— Carmen disse como se pudesse escutar os pensamentos de Jasper e aquilo o confundiu.

—Carmen? Ela tinha o que? Sete, oito, no máximo nove anos quando foi adotada, como uma criança dessa idade não tem consciência...

Não a adotamos por meios legais, Jasper— a frase foi dita no idioma nativo de Jasper, mas se houvesse sido proferida em russo não faria diferença, Jasper não entendeu nada do que Carmen falou.

—O que quer dizer com isso? – ele pediu abaixando a voz, parecia o certo a fazer.

A compramos... Não foi para isso que liguei— Carmen se controlou para não cuspir toda a verdade em seu genro – Jasper, preciso que seja sincero comigo, o detetive particular que nós contratamos nos atentou sobre uma mulher que sempre o visitava e também quando um agente o fez... Demorei um tempo para aceitar que tinha que falar com você, mas só quero que me responda. Preciso que fale com todas as palavras, Jasper, eu confio em você, confiei meu maior bem a você e essa confiança não desaparecerá ao menos que provas mais concisas sejam apresentadas, mas preciso escutá-lo dizer... Você fez alguma coisa com a minha filha?— a mulher demandou aflita, aquela conversa estava tão atrasada que destruía o coração da mãe.

—A amei com toda a minha alma, ainda amo – Jasper falou sério – Isso foi tudo o que fiz com ela, Carmen, e achei que soubesse disso.

Eu confio em você, Eleazar está perdido entre o que sabemos e o que achamos. Você ter a machucado seria menos doloroso se compararmos com o que pode ter acontecido.

—Chega de mistério, Carmen, você me ligou por um motivo – Jasper demandou desgostoso.

Ela não teve a vida perfeita que sempre pintamos, Jasper, você deve ter entendido isso em certo ponto, ela me falou sobre os pesadelos que esquecia, como você cuidava dela nas manhãs que os seguiam, mesmo que ela não lembrasse... Você a manteve sã sem ao menos saber— um suspiro. Jasper ficou tentado a interrompê-la de novo, cansado daquele jogo de suposições, de ideias jogadas ao vento, ele queria saber o que de fato acontecia com sua mulher – Preciso que escute, apenas escute, e fale com o seu amigo agente, acho que ele está te ajudando no que quer que seja... Alice é doente, não sabemos ao certo o que, nunca foi diagnosticada, mas ela se nega a lembrar de algo que tenha acontecido antes da adoção.

Jasper franziu o cenho, não fazia ideia do que caralhos aquilo significava, mas já tinha resolvido não interromper a sogra, percebeu que era mais dolorido para ela falar daquilo do que ele imaginava.

Passei muito tempo tentando te falar isso, mas Eleazar não saiu do meu lado desde o momento que soubemos que ela havia sido levada...— um novo suspiro – Alice é a nossa filha, a que amamos e cuidamos desde os oito anos, mas a outro alguém dentro dela, alguém que ela foi do nascimento até chegar a nossa casa e ela não fala nem nunca falou sobre isso.

De repente, algo bateu na mente de Jasper.

 

A primeira vez que viu o agente Swan, a postura altiva, como ele tentava lhe arrancar informações e lembranças “Mary tomou do vinho?” lembrou-se do agente perguntar, a confusão que fez sobre aquele nome, como pensou que ele falava sobre Maria antes de Ava/Marie o desviar do pensamento “Alice. Ele está falando de Alice”

 

Pensou que havia sido um imbecil de não reparar a gafe, mas ficou confuso.

Marie/Mary, os nomes eram parecidos demais, mesmo que a fonética pudesse ser mudada, ainda assim, era muito parecido.

—Carmen...

Claro querida— escutou a sogra dizer e não precisou ser um gênio para saber que ela não estava mais sozinha.

—Tentarei fazer o melhor que puder com essa informação – ele falou, mas a verdade é que não tinha o que fazer. Ele estava tão a espera de Ava/Marie e do agente Swan quanto Carmen esperava para saber de Alice.

Nos vemos em breve— ela falou antes de finalizar a chamada.

Jasper bateu o telefone no gancho e suspirou alto, virou para o policial que o esperava. Como era um centro de detenção ele poderia fazer mais de uma chamada, com o tanto que estivesse ali naquela sala. Pensou que a mãe dele não teria a chance de falar com ele naquele dia, mas não se sentia bem para ligar para ela.

—Posso parar um tempo na biblioteca? – Jasper pediu educadamente ao guarda.

Ele olhou para os dois lados e levou Jasper até o local. Jasper parou na parte de psicologia e folheou alguns livros para ver no índice algo que demonstrasse que acharia respostas ali dentro. Parou em um que mostrou exatamente o que ele precisava:

TDI – Transtorno Dissociativo de Identidade

Ele olhou para o guarda que o esperava e colocou o livro embaixo do braço fazendo o caminho de volta para sua cela. Passou o resto da tarde lendo sobre aquela condição psíquica da mente.

Pode-se definir o transtorno como uma condição psicológica severa em que aspectos importantes como memórias, comportamentos, sentimentos e a própria identidade são afetados. O TDI se configura como um processo mental dissociativo responsável pela falta de conexão ao que a pessoa traz em sua personalidade ‘real’.

O Transtorno Dissociativo de Identidade é causado por um grande trauma sofrido pela pessoa ainda na infância. Em muitos casos, esses eventos traumáticos são fruto de abusos sexuais, físicos ou psíquicos. Ao passar por essas situações, as crianças começam a desenvolver outras personalidades com o intuito de se defender dessa exposição prejudicial. Esses personagens atuam como objetos de autodefesa para suportar momentos de dor e angústia.

Leu tudo o que o livro o dava sobre o assunto, mais de uma vez, encaixando Alice em tanto aspectos que fechou o livro, fraco, não conseguiu caminhar até a cama, mas sentia que precisava deitar, então se estirou no chão de sua cela, tentando saber o que faria com aquela informação.

Queria poder ligar para Ava/Marie ou então o agente Swan, mas percebeu que não tinha o que fazer a não ser o que estava fazendo por tanto tempo que o deixava a beira de sua sanidade.

 

“MARY, temos que ir”

 

Escutou a voz ressoar em sua cabeça em uma nova lembrança.

 

“Já disse para não me chamar assim”, ela demandou enquanto Jasper sentia as mãos ajeitando o travesseiro em sua cabeça.

“É o seu nome.”

“Não comece com isso de novo, você disse que poderia me ajudar e é até esse ponto que acredito, mais do que isso...”

“Mary King desde o nascimento” escutou a voz mais perto, repetiu isso por um tempo, uma quantidade absurda de vezes enquanto Jasper se sentia pesado, irritado com aquela repetição sem sentido ele logo sentiu os tremores na cama, abriu os olhos vendo Alice deitada aos seus pés, um homem a segurava parada, mas ainda assim, ela estava convulsionando, de novo.

“Mary King” o homem disse de novo e subiu o olhar para Jasper que tentava se debater, mover de qualquer forma “não vou entender como parece que você ainda está consciente” o homem falou sério o encarando de perto, esquecendo por completo de Alice “Juro que se abrir a boca para qualquer pessoa eu acabo com ela e volto para matar você”, a ameaça firme não demonstrava nenhuma dúvida de que era aquilo que aconteceria.

Jasper queria levantar e acabar com o rosto daquele maldito. Sentiu a cama afundar aos seus pés, Alice levantou encolhendo os ombros, a mão na cabeça como se sentisse dores.

“Jay, me leva para o meu quarto” ela pediu com a voz mais baixa e fina.

“Vamos Mary, eu vou cuidar de você” ele prometeu.

Alice andou encolhida perto do homem, parecia tão menor do que realmente era. As pernas vacilavam em cima dos saltos que ela usava. Jasper queria fazer algo, mas o que?

 

Ele voltou a si, percebeu que a cela já estava escura e pensou por quanto tempo estava ali, não tinha comido nada durante o dia todo, olhou para o canto da cela, a comida fria e pensou que seria melhor do que dormir com fome, de novo.

Se levantou comendo rapidamente todo o alimento e deixou a bandeja ali no canto, deitou-se na cama.

O sol nasceu, então se pôs e repetiu isso por vezes enquanto Jasper mantinha-se quieto, parecendo ter voltado aos primeiros dias de sua detenção. Não levantou mais para atender telefonema algum, pensava que era inútil, ele já não entendia quem era Alice, quem ele era, porque ele protegia uma desconhecida com toda a sua força, por que ainda a amava com todo o seu coração?

Pensou que sempre estivera certo, o amor era uma maldição, bem nenhum poderia sair daquele sentimento tão desgovernado, tão ridiculamente pesado. Não sentia seus braços ou pernas, apenas a dor alucinante que lhe rasgava o peito a preocupação com a vida do amor de sua vida não lhe dava espaço para se preocupar com sua própria vida e teria entrado numa depressão profunda sem volta alguma se demorassem mais poucos dias para o que aconteceu a seguir.

—Whitlock, você está liberado – escutou uma voz bem no fundo de sua mente.

Levantou-se com uma rapidez insana, como se o espírito houvesse voltado ao seu corpo de forma abrupta.

—Liberado? – voltou a perguntar.

—Foi o que eu disse, estão lhe esperando do lado de fora.

—Então a encontraram?

—Sua muda de roupas e pertences pessoais – o guarda o entregou, sem se preocupar em responder.

Jasper se trocou ali mesmo, sem vergonha. Colocou a touca e a camisa de flanela.

—Pode me dizer-

—Whitlock, vá para a sala na qual seu advogado lhe espera – o guarda ordenou sem paciência, abrindo a cela do mesmo.

Jasper seguiu pelos corredores em silêncio, sentia as dores provindas de seu estado vegetativo dos últimos dias. Parou nas últimas grades que o deixava entrar na sala que um homem loiro com barba e terno o esperava, ao lado do último advogado que conheceu.

—O que houve? – perguntou meio aliviado e meio aflito, não sabia o que aquilo significava.

—Jasper, esse é o agente Nomad, responsável por sua liberação e o caso todo...

O advogado mesmo ainda não sabia o que aquilo tudo significava.

—O que houve?

—Encontraram a garota e – Alistair foi interrompido pelo toque de seu celular

Ele levantou um dedo, pedindo licença e, ao ver o nome no visor, atendeu o telefone prata.

—Nomad – o homem falou altivo – Estou com ele agora, porque acabei de chegar... Aguarde.

Jasper encarava toda a interação, confuso, o inútil advogado parecia tão ou mais perdido que o surfista. O agente ali entregou seu telefone para Jasper que o agradeceu ainda confuso.

—Jasper – atendeu.

Jasper, sou eu, agente Swan. Tudo está pronto para a sua viagem...

—Minha viagem?

Ninguém te falou nada?

—Acabei de ser liberado.

Encontramos Mary, Jasper, mas estamos esperando que você nos ajude com Alice.

A mente de Jasper deu um nó enquanto a confusão o deixava com dor de cabeça.

O que havia acontecido com Alice?


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Notas finais do capítulo

Estou ficando apaixonada em parar a história em pontos confusos, desculpa.

Logo logo eu volto com mais... Provavelmente em "Entre Nós"???

Espero que estejam gostando, não deixem de comentar, por favor e... ah, se quiserem, me sigam no twitter para trocarmos ideias: @porgiovannad

Beijos