Pequenas Mentiras escrita por unalternagi


Capítulo 6
Sexta coisa: parece errado desistir


Notas iniciais do capítulo

Olá, gente!

Mais um pedacinho do quebra-cabeças, não está longe de entrarmos na história principal...

Espero que gostem!



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Sexta coisa: parece errado desistir

Jasper podia sentir a mão passando ritmada em seu rosto com a barba rala. Não suportava os pelos faciais e, mais de uma vez, pensou em se livrar deles com depilação a laser, mas ela gostava tanto que ele abdicava de sua preferência. Com sinceridade, dizia que aprendia, aos poucos, a amar sua barba.

Mesmo assim, nunca a deixava muito aparente. Alice tinha o rosto jovial demais, era bem mais nova que ele já e, de fato, não queria parecer velho para sua namorada. Achava que faziam um bom casal, mas – não importa o quanto negasse – seu íntimo não gostava de saber de qualquer discordância daquele pensamento.

Lembrava-se da primeira vez que contou para seus pais sobre eles, como ambos ficaram surpresos por ele se dizer apaixonado e, ao conhecer a garota que roubou o coração do filho deles, ambos apresentaram a mesma preocupação: a intensidade do relacionamento e a pouca idade de Alice.

Tudo foi ignorado. Por Jasper, que sempre se preocupou tanto com opiniões externas.

A mão passou do rosto para os cabelos bem cortados dele. A questão do cabelo era um pouco por conta do trabalho, os cabelos curtos impediam de precisar de cuidados extremos com as madeixas castanhas, por viver no mar, sabia o cuidado que um cabelo mais comprido exigiria dele.

—Sei que está acordado – ela sussurrou pertinho do rosto dele.

Jasper permaneceu de olhos fechados, apesar de ser incapaz de conter o sorriso que apareceu em sua face assim que a voz de sinos soou em seu ouvido. Ele pensava que, se assim quisesse, Alice poderia ser uma cantora famosa. Sua voz era perfeita, como toda a garota era na perspectiva dele.

Ele não sabia o porquê, mas sabia que não poderia abrir os olhos e, apesar de sentir uma urgência insana de ver o rosto de Alice, se manteve com os olhos fechados, sentindo o carinho e o cheiro dela que o tomava por completo agora que ele cuidava da respiração, como um esforço para conter os olhos de o trair.

—Vamos, fale comigo ao menos – ela pediu docemente, sentiu a cabeça deitar no peito dele.

Queria correr os dedos pelo cabelo sedoso de sua noiva, mas não podia. Ele sabia que não podia e o irritava não saber o motivo. Queria a tocar.

—Não posso me mover – ele sussurrou, como quem contava um segredo.

A risada tomou o ambiente inteiro e o coração de Jasper se aqueceu com o som. Era um lindo som.

—Não pode ou não quer? – a garota perguntou, Jasper sentia que ela o encarava, então sorriu.

—Não posso, sinto que perderei muito se o fazer – ele contou e então sentiu os lábios dela em seu maxilar.

—Você inventa cada uma.

—Prometo que não é invenção, não quero perder nada – ele falou, sentiu um medo lhe tomar e não sabia dizer o porquê.

—Querido, está ofegante – ela percebeu, a voz saiu preocupada.

—Acho que tive um pesado – ele contou e sentiu o carinho voltar ao seu cabelo.

—Quer falar sobre isso? – ela perguntou docemente.

Ele respirou fundo, pensando na pergunta.

Ele queria falar sobre aquilo? Primeiro tinha que lembrar qual era o pesadelo e então uma cena forte da pequena briga que aconteceu no corredor do hotel o fez despertar um pouco mais a mente. Jasper se lembrou de coisas que não lembrava antes.

Que Alice o segurava, não gostou que ele tivesse bebido demais, quando ele tinha certeza que não o tinha feito.

O cheiro ao redor de Jasper começou a mudar, ele começou a sentir o desconforto em suas costas.

—Não vá, não – ele implorou – Alice, o que há? Não me deixe aqui sozinho – suplicou o surfista, amedrontado ainda sem conseguir abrir os olhos.

—Preciso que confie em mim, não pode contar a ninguém, nada. Promete que ficará calado? Eu volto e te salvo, mas antes preciso saber que o seu silêncio é garantido – a mulher dizia ao ouvido de Jasper.

O cenho dele estava franzido, podia sentir, não entendia nada. Faltava algo.

—Você corre perigo? – perguntou e ela suspirou.

—Não se preocupe comigo, apenas tente se manter fora de confusão – ela falava, a voz se movimentava, ela estava fazendo algo.

—Para onde vai?

—Jazz, sem mais perguntas, por favor – ela pediu com a voz sofrida e ele suspirou, sentindo toda a saudade lhe sufocar.

—Eu te amo – ele falou e sentiu um beijo em seu rosto, um em cada olho, um em seu nariz.

—Eu amo você, meu amor, muito e sempre. Não importa o que aconteça – escutou a voz sussurrar perto do ouvido dele e então sentiu o beijo casto em seus lábios.

Foi quando ele sentou rapidamente na beliche. Dormia na parte de cima e seu espanto fez a cama toda se mexer.

Estava sozinho na cela fedorenta que o tinham jogado desde que ele chegou aos Estados Unidos da América. Sabia que só estava sozinho na cela porque não tinha com quem dividir, não era um privilégio, mas ele com certeza agradecia à qualquer autoridade divina que o livrou de dividir.

Já era ruim o bastante estar lá para ainda correr risco de vida com verdadeiros criminosos.

Percebeu que os raios de sol que entravam na janela distante de sua cela e pensou que horas eram, sem sequer poder saber o posicionamento do céu para chutar um horário.

Diferente da Austrália, o peso daquela cadeia era diferente, mais infeliz.

Não que houvesse uma prisão feliz, mas aquela era ainda mais infeliz. Ele se perguntou se os pais dele viriam atrás dele ou se já haviam desistido. Culpava-se por estar fazendo aquilo com eles, mas ele não conseguiria se livrar de nada, mesmo que dissesse algo, que ao menos mantivesse a promessa que fez para Alice e Ava.

Ava.

Perguntava-se se a sua “aliada” apareceria, não foi como um pressentimento, ele pensava aquilo diariamente, mas ironicamente, naquele mesmo momento ela entrava no presídio, acompanhada pelo respeitado agente Swan.

Emmett deu uma carteirada logo na entrada do local e as portas foram abertas com maior facilidade. Ainda que eles tivessem que apresentar documentos e afins, ao menos Ava sentiu maior facilidade para visitar Jasper naquele local.

Um guarda foi buscar o novo detento.

Ainda não haviam entendido qual era a daquele surfista. Evitava sair da cela e estava sempre quieto e sozinho, não causava problema nenhum. Era claro demais, para quem quisesse ver, que aquele homem não pertencia àquele contexto.

—Visita – o guarda avisou.

Jasper estava distraído com os padrões do teto, achava que o guarda falava com alguém das celas por perto, mas se sobressaltou ao ouvir o barulho feito com o choque do cassetete contra as grades de sua cela.

—Vamos, garoto – o guarda ordenou e Jasper pulou de sua cama, apressado.

Sentiu a rigidez dos músculos por ter se mantido tanto tempo parado, mas não alongou seu corpo, andou contra toda a dor que sentia e se virou para que fosse algemado.

O guarda desenvolveu maior admiração por aquele detento. Parecia ser um bom rapaz e, se tivesse feito algo mal, ao menos aceitava sua sentença. A apreciação não foi demonstrada em gestos. O guarda foi tão rude quanto o poderia e o empurrou até a sala de visitas, era mais clara que a da Austrália, Jasper percebeu, era diferente da que tinha usado para conversar com o advogado que aparecera ali uns dias atrás.

Estava tão distraído com o local bem iluminado que se esqueceu de checar quem era ali.

—Boa tarde – o guarda falou com certa reverência na voz.

Jasper estranhou a voz do guarda e reparou que Ava estava ali, mas não sentiu o alívio que ela geralmente lhe entregava, ao contrário, achou estranho a companhia dela. O homem era imponente e seu terno bem alinhado não trouxe boas coisas a Jasper. Não confiava em ninguém e, de repente, pensou se foi tolo ao confiar em Ava.

—Obrigado – o homem ao lado de Ava disse depois que o guarda prendeu Jasper na mesa e então o mesmo se retirou avisando que estaria do lado de fora caso precisassem.

Jasper voltou o rosto para Ava, não disse nada, seu rosto demonstrava sua insegurança e acusação.

—Vou te explicar – ela disse rapidamente – Esse é Emmett, nos conhecemos há muito tempo...

—Ele conhece Alice? – perguntou o surfista, sem paciência.

O agente tomou a frente.

—Senhor Whitlock, sou o agente Swan – Emmett se apresentou e, decerto falaria mais coisas, mas Jasper ficou ultrajado com a informação.

Olhou acusatório para Ava.

—Como ousa? – o surfista perguntou se sentindo um tolo.

Tinha jurado a Alice que manteria segredo e, na menor pressão, tinha se aberto para aquela estranha. Contou o que lembrava e tudo o que sabia sobre Alice.

—Acalme-se – o agente pediu altivo.

Foi desnecessário Jasper já estava resignado, encarando Ava.

Emmett se surpreendeu com como ele parecia calmo, apenas cansado das coisas que deveria ter passado nos últimos dias.

—Já disse que não me lembro de nada e não endosso nada o que Ava disse – o surfista falou recostando na cadeira, pronto para voltar a ficar completamente calado.

—Ava? – o agente perguntou e Jasper reparou que a chamou daquela forma em voz alta.

A mulher sorriu de canto, abaixando a cabeça e deu de ombros quando o agente o encarou.

—Nunca soube o nome dela, então a apelidei em minha mente – o surfista explicou, voltando a sua posição, tentando deixar o rosto mais impassível que conseguia.

Emmett o estudava, cada movimento, cada expressão, cada olhar. Nada o indicava como um perigo, ao contrário, não parecia ser alguém desequilibrado e o agente estudava se aquilo era bom ou preocupante. A mulher tirou as costas da cadeira e olhou para o surfista.

—Pode me chamar de Marie – ela falou e Jasper se surpreendeu.

Não era um nome muito comum em seu convívio e, mesmo assim, pensava no porque parecia tão natural em sua mente, como se tivesse algo interessante atrelado àquele nome. Mas o que?

—Jasper, sou um agente, mas tirei licença para poder ajudar você a sair daqui.

—Não me interesso em sair daqui...

—Jasper, ele diz no sentido de encontrar M-... – Marie suspirou pesadamente – Alice. Encontrar Alice.

Jasper pareceu mais aberto a conversar, apesar de ter se mantido numa expressão limpa, Emmett percebeu o brilho no olhar dele, como se – aos poucos – voltasse a sentir o oxigênio lhe encher os pulmões.

—Como? – o surfista perguntou.

Emmett contou que conhecia Marie de um dos casos mais antigos no qual ele tinha trabalhado, que aquele caso ligava-se um pouco a Alice, mas que não poderia dizer nada até que o surfista lhe desse mais algumas informações.

—Não vou cair nesse jogo – Jasper bufou, fechando a expressão – Se soubessem o quanto de coisas já me disseram para fazer-me falar algo – ele disse entediado.

O agente começou a pensar. O que aquele homem sabia e, se a coisa protegesse sua inocência – se é que ele era mesmo inocente – por que ele guardava aquilo?

—Quer saber o que acho? Que você fez isso, que matou Alice e escondeu o corpo dela e por isso não quer colaborar com as investigações. Porque é um psicopata que se acha tão brilhante que pensa ser impossível encontrar o corpo dela – Emmett disse rapidamente, o modo agente ativado.

Emmett reparou a falta de orgulho em seus movimentos. Não houve nenhuma reação em Jasper, ele apenas revirou os olhos.

—Artilharia pesada – Jasper ridicularizou.

Marie encarava o agente, sem entender, mas resolveu não se intrometer. Precisava que ele soubesse que Jasper era inocente para que eles pudessem ir para a segunda parte da equação.

Emmett estava pensativo.

—Marie me contou tudo o que disse a ela – Emmett avisou e Jasper bufou.

—Já disse que não embaso nada.

—Já pensou que sua bebida estava batizada e é por isso que não se lembra de nada? – o agente perguntou deixando Jasper mais consciente, não havia pensado naquilo.

Estavam em um restaurante cinco estrelas, o vinho foi qual ele pediu, quem poderia ter  feito algo com sua taça de vinho?

Jasper não contou nada a ninguém, apenas Marie sabia sobre os flashes de memória que ele tinha então, escutar a opinião de um profissional, de alguém que já tinha visto as coisas mais absurdas acontecerem, realmente deu uma nova perspectiva ao surfista que começou a pensar, a refazer a noite.

—Alice não bebeu do vinho? - Marie perguntou.

—Ela estava estranha, lembra que eu te contei? – falava olhando a Marie que assentiu, parecendo mais calma do que realmente estava – Ela foi ao banheiro e-

O garçom. Não era a mesma pessoa que os atendia quando eles primeiro chegaram ao restaurante e Jasper pensou, depois de um tempo, que não o viu mais depois de tomar aquela taça de vinho, mesmo que não se lembrasse de tudo, não acreditava o ter visto novamente.

—Não faz sentido – Jasper começou, descrente de que alguém o teria drogado.

—Penso que começou a lembrar de mais algumas coisas? Por isso sempre dá novas informações a Marie quando ela te visita – Emmett falava profissionalmente.

O perfil de Jasper não batia. Ele era muito franco em suas expressões, estava reagindo como qualquer pessoa faria, não era um psicopata, Emmett sabia daquilo e, com pesar, teve que assumir que Marie estava certa. Elas corriam perigo.

—O que isso significa? Por que fariam isso comigo? – Jasper começou a se preocupar ao perceber que era um plano premeditado, muito premeditado.

—Mary tomou do vinho? – o agente voltou a perguntar a mesma coisa que Marie, ainda completamente sério e estudando Jasper sem parar.

O surfista franziu o cenho, confuso. Achou que falava de Maria e aquilo o desconcertou.

—Quem? Maria?

—Mary – Emmett repetiu.

—Alice. Ele está falando de Alice – Marie explicou.

A mente do surfista girava, os flashes que tinha da noite o bombeava pequenos detalhes e ele tentava não perder nenhum.

—Eu não lembro, mas penso que não, ela estava brava que eu estava bebendo, mas era natural que tomássemos algumas taças antes de irmos dormir – ele falava pensativo – Eu não sei se ela bebeu mais – o surfista disse se desesperando – E se eu alucinei? E se ela também estivesse drogada e alguém a levou?

—Alice estava normal no jantar? Como se comportava? – Emmett perguntou aproveitando o desequilíbrio do surfista, sabia o que ele tinha dito a Marie, queria confirmar.

—Estava estranha, passamos o dia separados, eu fui surfar e ela foi relaxar no spa – ele dizia, transparente como o era – Ela estava diferente, parecia mais séria e, durante os dias na ilha, ela estava mais calma, mais animada...

—Não estranhou?

—Ora, mas é claro, mas Alice não gosta de ser pressionada a falar nada, se abre fácil quando o quer.

Marie estava inquieta, a perna dela mexia sem parar embaixo da mesa. Emmett tentava ignorar, mas começou a dar nos nervos, então ele colocou a mão no joelho dela a lançando um olhar de repreensão. Ela parou na hora.

Jasper percebeu a interação, pensou se Emmett era o irmão mais velho de Marie, mesmo sem as aparências parecidas.

—Jasper, esquece todo o durante, quero saber de antes – Emmett pediu, tentando achar pistas – Como Alice era?

—Ótima, a melhor pessoa que já cruzou minha vida, verdade. Não digo isso como um homem apaixonado apenas. Eu a amo mais que tudo, ela é tudo – ele dizia intensamente. Não poderia ter feito mal à garota, Emmett decidiu – Sei que soa suspeito, mas é a verdade. Nos damos muito bem, nos amamos.

—Certo, não me interessa essas coisas. E a vida dela? – perguntou Emmett, sério.

—Os pais são donos de grandes fazendas, ela é a única herdeira – ele disse, Marie fechou as mãos em punhos.

Não era ódio, era nervosismo.

—Como era a relação dela com os pais? – perguntou o agente, ainda sério.

—Excelente, eles a tratam como uma verdadeira princesa e o castelo deles é a fazenda de azeite onde vivem na Nova Zelândia. Alice está temporariamente na Austrália para terminar o curso de administração, mas depois do casamento vamos ter casa fixa perto da fazenda dos pais dela já que é onde Alice pretende trabalhar... – Jasper pensava no que mais poderia ser útil – Ela é louca com a mãe, minha sogra tem em Alice todo o ar que respira e, meu sogro, protege ela até dos menores inconvenientes – Jasper lembrou como ele ficou quando viu Jasper depois do desaparecimento de Alice.

—Os viu depois da viagem ao Havaí? – Emm perguntou tomando notas mentais.

Pensou que deveria anotar o que Jasper falava, mas sabia que o surfista se fecharia se agisse como um agente normal, tinha que manter a conversa casual.

—Sim, logo no aeroporto. Carmen só chora, mas Eleazar quase me bateu, não ficou feliz que eu a tenha tirado do país sem ele saber, mesmo depois de inúmeras viagens que fizemos pela Europa, acho que a América não é o continente favorito deles – Jasper dizia, pensativo ainda com tudo o que lhe era apresentado naquela nova conversa.

Reparou que Marie estava completamente quieta, mas parecia prestar atenção em tudo o que ele falava.

O agente Swan pensava no que ele tinha dito agora.

A América não é o continente favorito deles.

Bingo.

—Já foi à fazenda da família de Alice? – o agente perguntou.

Jasper sorriu, simploriamente.

—Sim, algumas vezes, Alice ama aquele lugar. É seu local favorito no mundo – Jasper falou.

Emmett tamborilava os dedos na mesa agora, sorriu para o que Jasper disse apenas para mostrar empatia.

—É uma bela mulher, os pais devem tê-la criado bem – Emmett comentou – Vocês não pensam em ter filhos?

—Quando ela terminar a faculdade conversaremos sobre isso, minha vida é muito corrida...

Ele estava fugindo do foco de Emmett.

—Ela deve ter sido um bebê muito bonito – Emmett disse com humor.

A expressão de Jasper ficou séria. Ele começou a pensar em algo que nunca tinha reparado antes.

—Nunca vi uma foto – ele disse simplesmente.

—Não? Como? Os Brandon não têm fotos dela?

—Sim, têm – Jasper falou rapidamente – Fotos de grandes momentos espalhadas por toda a casa, mas não me lembro dela bebê – ele disse pensativo.

Emmett olhou para Marie que mordia os lábios nervosamente. Jasper também a olhou e se surpreendeu com aquilo, Alice fazia a mesma coisa quando estava ansiosa.

—Alice te contou algo sobre ser adotada? – o agente perguntou suavemente.

Jasper parou. A expressão impassível voltou ao rosto do surfista antes da compreensão atingir o rosto dele.

Aquilo explicava tanto.


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Notas finais do capítulo

Tem muitas pequenas dicas nesse capítulo hahaha o que acharam do agente Swan em ação? Qual acham que será a próxima movimentação deles?

Não se esqueçam de deixar suas apostas nos reviews, devo atualizar logo "Em Cima do Muro".

Um beijão!