MIB - Homens de Preto: A Síndrome da Nação Humana escrita por Agente F


Capítulo 6
Uma Ladra Incomum - Parte 2 -




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/781276/chapter/6

L gagueja.

— Como não avisa sua família de que iria voltar à cidade? – continua a prima.

— Eu... preciso que... você fique quieta. Estou ocupada com uma coisa. Não posso explicar agora. – responde L.

A prima franze a testa.

— Ah, vai ter que explicar mesmo! – exclama a prima.

J vê, por um dos monitores, que L tem companhia. “Que droga!” – ele pensa. Ele olha para trás para avistar L. Em seguida, ao voltar a olhar para os monitores, vê a caixa de leite começando a sumir. Ele chega a falar qualquer exclamação de espanto. Eis que é chegada a hora.

J manda um bip para L pelo transmissor.

Enquanto isso, a prima de L, percebendo a rigidez de seu semblante, como vindo de alguém que quer conservar algum segredo obscuro, cala-se e fica apenas olhando ansiosamente a prima, esperando algum tipo de resposta.

 

Antes de continuarmos com esta cena, é mister situarmos o leitor quanto aos cuidados que se devem ter quando se é um Homem de Preto. Quando um indivíduo se torna um Homem de Preto, ele deve encontrar formas de forjamento de evidências para explicar a sua ausência de dentro do seio da sociedade.

Os Pioneiros da organização eram homens solteiros que moravam sozinhos, e que encontraram no ofício ultrassecreto uma forma de realização pessoal, que não demandaria maiores problemas.  

O caso excepcional foi o do jovem Kevin Brown, um rapaz que estava prestes a pedir sua melhor amiga em namoro, levando a ela um buquê de flores. Nunca Kevin imaginaria que aquele buquê, na verdade, iria para as mãos de um ser de outro planeta, no momento do Primeiro Contato, quando o jovem avistou um disco voador pousar bem nas matas da estrada por onde passava. A curiosidade para mistérios falou mais alto que o seu amor. Assim nasceria o grande Agente K.

Os bonecos mecatrônicos e fantasias humanas criados com o propósito de disfarçar o paradeiro dos agentes são do mesmo modelo dos que viriam a ser criados e utilizados pela agência para providenciar disfarces aos imigrantes aliens legais, para se passarem por humanos. Posteriormente, a tecnologia passou a ser pirateada por imigrantes aliens ilegais, para não só poderem se disfarçar e passarem despercebidos pelos humanos, como também para esconderem-se da própria MIB.

Após décadas de serviço, K, ao saber - por fontes que só ele tinha - que, mesmo passado tanto tempo distante, sua amada ainda não havia desistido dele, não tendo procurado outro relacionamento por todo aquele tempo, viu em sua farsa uma espécie de teste para comprovar o grau de amor da moça. Ele passou a achar que tinha o dever moral de retornar a ela. Não era à toa, portanto, que estava procurando um substituto, quando conheceu J. Mais do que não querer lembrar de aventuras bizarras de aliens, sobretudo, ele queria voltar à sua amada.

Após pedir para ser neuralizado por J, K voltou para ela e os dois acabaram se casando e tendo filhos. A sisudez de K só se intensificara enquanto agente, justamente pela dor e o vazio da carência afetiva. Sim, até mesmo Kevin "Muralha" Brown tinha suas vulnerabilidades. Isso explicava muita coisa. Eis que, agora, o ex-agente vivia feliz, em sua vida normal.

Voltando ao nosso casal de agentes, o forjamento de L (a então médica legista Laurel Weaver), por sua vez, consistiu na narrativa de uma mudança para o Egito. Foi mais fácil para L, uma mulher solteira e quase anti-social, que morava sozinha, e que via na vida no necrotério um refúgio dos problemas com a família, cuja falta de união a fizera se tornar uma mulher espirituosa e cinicamente crítica. Os vivos já haviam lhe causado tanta decepção, que ela se sentia mais confortável na presença dos mortos.

Já J - o então James Edwards - era um órfão, cuja mãe morrera durante o parto, em uma ocasião peculiar. Sua mãe lhe teve em plena viagem de carro, enquanto seu pai, Sargento do Exército, dirigia velozmente, fugindo de facções criminosas em seu encalço, em plena madrugada. Ela estava grávida de gêmeos. O susto e o estresse por parte dela, pelo fato de estarem sendo perseguidos por criminosos, fez com que perdesse um dos bebês – o irmão de J – e com que não estivesse psicologicamente preparada e capaz de suportar um parto, o que a fez morrer durante o mesmo.

A própria tia de J, enfermeira, que também estava no carro, realizou o parto. Após escaparem da fuga, seu pai o criou, com todo amor. Mas morreu quando J ainda tinha 8 anos, em função de uma doença degenerativa.

Após isso, James foi criado pela tia. A querida e amada tia Rose. Não à toa, ao crescer, tornara-se policial. Sua história de vida o levara ao desejo de ser um executor da Justiça. Para forjar sua ausência, ao se tornar Homem de Preto, ele só precisou explicar à tia que foi selecionado para um Programa de Treinamento de Policiais em outro Estado, para admissão em um emprego com salário maior. Se, por ventura, algum conhecido seu o visse pela rua, como Homem de Preto, e o reconhecesse, a organização já tinha uma narrativa falsa preparada para essa ocasião, que envolvia uma sobrevivência desconhecida do irmão gêmeo.

Já L, bem... as circunstâncias de seu recrutamento foram tão excepcionais, que a agência, até então, não havia ainda formalizado o forjamento de sua ausência. Acontece que L não foi recrutada pelos processos convencionais. Tendo sido ela o primeiro caso de uma vítima e testemunha que havia salvo agentes em missão, e por ter ela própria demonstrado interesse em ingressar na organização, foram considerados vários fatores para sua admissão:

— ter sido uma leiga que foi capaz de usar uma arma subatômica – um feito prodigioso;

— ter sua neuralização sido recusada por J, por preocupações por parte dele com a saúde mental dela – já que Laurel havia sido neuralizada várias vezes até então - (J já havia reclamado a K sobre isso) - caso ela não passasse nos testes, o que implicaria uma admissão involuntária para evitar a presença de uma civil não-neuralizada na sociedade;

— ter seus conhecimentos sobre anatomia humana avaliados como necessários para resolução de casos;

— ter J feito questão de ser seu mentor, auxiliando-a a desenvolver as aptidões não avaliadas positivamente nos testes, o que foi conveniente a ambos se tornarem parceiros, visto que havia um interesse romântico/atração sexual inerente entre os dois. 

Como J fez questão de apadrinhar a admissão de L na organização, não apenas por ter se afeiçoado a ela, como também por se sentir inseguro sem a parceria e a mentoria de K, a formalização de forjamento de ausência de L – sim, esse era exatamente o termo técnico da coisa – foi algo que não chegou a ser feito, já que sua admissão foi gradativa.

 

Eis que agora, voltando à cena na loja de conveniência, ela tem que pensar em algo para sair dessa situação. Droga! Não dá pra negar que ela é Laurel. Como se trata de uma parente que a conhece desde a tenra infância, o uso do neuralizador não seria adequado – se ela fosse tentar apagar toda a memória da prima em relação à sua pessoa, isso implicaria tirar dela a consciência de sua própria existência, o que era algo grave, e não era o desejado, além desse “esquecimento” não poder ter explicações junto à família dela. O propósito dos Homens de Preto é dar respostas satisfatórias às pessoas o suficiente para não saberem da existência de alienígenas, e não causar problemas a mais para as pessoas, decorrentes de neuralizações não-explicáveis.

Darla era uma prima relativamente próxima de Laurel, que havia crescido com ela; então, também não dava para apagar só uma parte da memória dela em relação à sua pessoa – no caso, sua fisionomia adulta. Bem, ela iria pensar em alguma solução.

Ao receber o bip de J, ela se afasta da prima.

— Com licença, Darla. Só um minuto. – diz L, constrangida e retraída.

— Aham. Toda. – responde a prima, um tanto confusa e inconformada.

Ela se dirige rapidamente até a prateleira de caixas de leite e pressiona o botão do desodorante. Aha! Temos nosso ladrão, cujos pêlos se fazem evidentes pela textura do ar do desodorante. Porém, ao perceber isso, a criatura se assusta e começa a tentar correr, histericamente, derrubando prateleiras pelo caminho.

Todos os clientes percebem e se assustam. Aff! Que ótimo! Não conseguiram apreender o elemento sem causar alvoroços. Enfim, o importante agora é capturar a criatura, e deixar a histeria das pessoas a ser solucionada com o uso do neuralizador depois.

A prima de L grita.

J pede para que todos se acalmem, coloquem as mãos na cabeça e se abaixem. Até então, não se sabe o grau de periculosidade da criatura – se é apenas um furtador, ou alguém disposto a cometer um latrocínio. Então, todo cuidado é pouco. Ao ver que o espécime não porta nenhum acessório perigoso, J pede que o gerente trave a porta de entrada da loja. Ele o faz.

Ouve-se barulhos na porta de vidro, e percebe-se que algo debate-se contra ela. É a criatura tentando fugir. L vai até o local e usa mais uma dose do desodorante contra ela. A criatura para de se debater, e sua forma vai começando a poder ser vista. O efeito da camuflagem, que é temporário, está passando. L usa uma espécie de algema especial para capturar a criatura.

Trata-se de um mamífero marsupial de outro ecossistema planetário. Pela presença de uma bolsa na parte da barriga, em que carrega o que seria um filhote – semelhantemente aos cangurus – depreende-se ser uma fêmea. Ela está bastante assustada. Os olhares de L tornam-se serenos, e ela achega-se à criatura, erguendo a outra mão carinhosamente. A criatura emite um som que mais parece um ronronar.

— Calma, calma! Está tudo bem. Ninguém irá te machucar! Calma. – diz L.

L acena para J com a cabeça. J volta-se para os clientes.

— Tudo bem, pessoal. Podem se levantar. Não há perigo algum. – diz J.

Filhos levantam e agarram-se aos colos de seus pais. Pessoas levam mãos à boca, e outras suspiram. Por vários minutos, as pessoas desviam totalmente sua atenção das compras, para olharem para a estranha criatura.

A caixa de leite rasgou pelo caminho e ficou derramando leite pelo chão.

J vai até L.

— Você a leva para o carro, enquanto eu neuralizo o pessoal. – pede J a L.

— Tá bom. Você adora ter o controle do neuralizador, não é?

J ri e abaixa a fronte.

— É, um pouco. Tudo bem pra você?

— Claro! Você é meu mentor. Além disso, você foi legal comigo na minha admissão, impedindo que eu fosse neuralizada uma... quarta vez (pelas nossas contas)?

— Pelas minhas contas, sim.

Todos os clientes estão simplesmente parados, olhando para eles.

— Alguém vai me explicar o que está acontecendo? – diz um senhor de meia idade.

L encaminha a alien em direção à saída da loja.

— Vamos. Está tudo bem. – diz L à alien.

Darla vai até ela.

— Prima, aonde você vai? O que significa isso tudo? – pergunta Darla, perplexa.

L ofega.

— É uma longa história. Por favor, preciso que fique aqui, e ouça as orientações daquele nobre homem negro logo ali. Daqui a pouco, falo com você. - responde L.

A mulher obedece, transtornada. Bingo! Parece que L conseguiu contornar a situação em relação à prima. Com a neuralização que ela receberá juntamente com as outras pessoas, a memória da aparição de um ser extraterrestre se confundirá com a memória do reencontro da prima. Ambas as memórias seriam devidamente apagadas, ao mesmo tempo. O útil se uniria ao agradável.

J pede a atenção de todos.

— Por favor, olhem nessa direção. – pede J.

Todos obedecem. J aciona o neuralizador.

— Calma. Meus colegas já estão atrás do homem que tentou assaltar essa loja. Não há o que temerem. – diz J.

As pessoas olham para o leite derramado, quase que ao centro da loja. A associação lógica entre a fala de J e o que vêem os ajuda a “entenderem” a situação.

J vira-se para o gerente.

— Não se preocupe, senhor. O desperdício daquela caixa será reparado. -  diz J.

— Descobriram o que está fazendo desaparecer o leite? – pergunta o homem, atordoado.

— Mas o quê...? – diz J.

J fica confuso. Em seguida, entende. Ele havia regulado o neuralizador para todos os presentes no local, ou seja, para um efeito de memória imediata. Entretanto, para o gerente da loja, ele precisaria ajustar o tempo para um efeito de mais de um mês, para que ele se esquecesse de toda a história envolvendo o incidente do sumiço misterioso das caixas de leite, para que a narrativa de um ladrão humano comum que acabara de criar servisse para ele também.

— Droga! Peraí. Deixe-me ver como vou fazer isso. – diz J para si mesmo.

Se ele neuralizar o gerente, irá acabar neuralizando todos novamente. Ele pensa em usar sua autoridade policial para pedir que as pessoas virem o rosto para o outro lado, mesmo sem entenderem. Mas isso faria com que os outros ouvissem a narrativa falsa de novo, e isso seria estranho.

O jeito é tirar o homem dali e levá-lo para um canto em que fosse possível neuralizá-lo individualmente. Mas algum passante na rua poderia vê-los fazendo uso do neuralizador em alguém. Ai, ai! Bem, a menos que... ele o levasse para o carro e fizesse isso ali dentro.

— O senhor queira me acompanhar até aquele carro. Não demorará muito tempo. – diz J.

— Eu fiz algo errado? – pergunta o homem, apreensivo.

— Não, claro que não. Na verdade, pelo contrário. O senhor foi um herói hoje, salvando as pessoas aqui daquele delinquente. – disfarça J.

— Eu fui? – pergunta o gerente, coçando a cabeça, tentando lembrar-se do que raios aconteceu há pouco.

— Sim. Só queremos algumas informações do senhor. – diz J, enquanto retira seus óculos escuros.

Antes que pudesse sair da loja, J se lembra de que a neuralização das pessoas foi gravada pela câmera de segurança da loja. Ele precisa ir à sala restrita a funcionários para obter aquela gravação e posteriormente se livrar dela.

— Ah, eu já ia me esquecendo. Precisamos da gravação de sua câmera de segurança para análise e reconhecimento do assaltante. – pede J.

— Ah, claro. Vou chamar minha filha. Por aqui, agente. – diz o gerente.

Eles entram na sala. A filha está sentada numa cadeira de rodinhas, em frente a um computador, com um headphone, ouvindo um heavy metal em um nível altíssimo.

O pai a cutuca.

Ela vira-se para eles, girando 180 graus no assento que é rotacionável sobre o eixo da perna da cadeira. Sua distração é visível em seu olhar vago e no fato de estar mascando chiclete. Ela retira o headphone.

— Filha, a loja acabou de ser assaltada! – avisa o gerente.

— Sério?! – surpreende-se a filha.

— Você deveria estar prestando mais atenção ao movimento da loja. Prazer. Sou o agente J. Preciso da gravação da câmera de segurança para posterior reconhecimento do assaltante. – diz J à moça.

— Tá. - diz a moça, com uma surpresa contida.

Ela vira-se de volta para a escrivaninha. Ela leva a mão até um dispositivo e aperta um botão de pausa. Ao averiguar o conteúdo da fita num monitor de TV pequeno próximo ao monitor do computador, ela se surpreende com o que vê referente aos últimos minutos do vídeo.

— O que significa isso? – pergunta a filha, que fica boquiaberta.

O gerente acaba vendo o ocorrido pelo monitor. J solta um palavrão. Parece que ele terá que neuralizá-lo ali mesmo. Ótimo. Enquanto isso, neuraliza a filha também. Dois coelhos numa cajadada só.

O gerente vira-se para J, surpreso, enquanto J volta a colocar seus óculos escuros.

— Ué, mas você disse que... – diz o gerente.

— Vire-se para cá por um momento, por favor, moça. - pede J à filha do gerente.

Antes que o gerente possa terminar a frase, J neuraliza a ele e à filha. Em seguida, repete a eles tudo o que disse aos clientes da loja há poucos minutos.

— Calma. Meus colegas já estão atrás do homem que tentou assaltar essa loja. Não há o que temerem. Não se preocupe, senhor. O desperdício daquela caixa será reparado. – diz J.

— Minha loja foi assaltada? – pergunta o homem, transtornado.

— Quase. E não só um roubo, como também um latrocínio, se o senhor não tivesse salvado as pessoas aqui daquele delinquente. – diz J.

— Eu salvei? – pergunta o homem.

— Que corajoso, pai! – exclama a filha.

Ainda quase em estado catatônico, a filha fica sem saber o que fazer em seguida. J dá um sorrisinho de constrangimento, vai ele mesmo até o dispositivo em que está a fita da gravação, interrompe a reprodução, retira-a e a coloca em um dos bolsos.

— Vocês devem estar em estado de choque, e isso é normal. Deixe-me que eu mesmo pego a fita para extrair informações para reconhecimento do assaltante. - diz J.

A filha abraça o pai.

— Como o senhor está? Oh, pai. Me desculpe, tenho sido uma filha tão relapsa!

— Tudo bem, minha filha, está tudo bem.

— Prometo ser melhor do que tenho sido. - diz a filha.

— Nossa! Acabei de ter um dejá vu. - diz o gerente.

— Sério? Ahm... O senhor já havia sido assaltado antes? - pergunta J.

— Sim. Mas há muito tempo.

— Deve ser isso. Bem, tenho que ir. Ah, moça, eu já ia me esquecendo. Seu pai precisa que vá limpar aquele leite derramado. Está uma zona. Ah, e à propósito, sons no volume máximo ensurdecem. E não se joga partidas de Paciência Spider durante o expediente. – orienta J.

— Tá legal.

Antes que possa sair, J avista um recipiente com balas numa mesa próxima à porta.

— Obrigado. Ah, será que eu poderia pegar uma dessas? – pede J.

— Claro. Fique à vontade. - responde a moça.

Ele retira uma e sai da sala.

Ao passar pelos clientes, enquanto caminha rumo à saída da loja, J volta a acalmar os ânimos.

— Podem voltar normalmente às compras, senhores. Agradeço sua atenção.

J sai da loja, ofegando. Mais um serviço bem-sucedido. L está esperando-o no carro, no banco do carona, ninando a criatura em seu colo.

— Tudo certo? – pergunta L.

— É. Tudo certo. – responde J.

J vai para o banco do motorista. L cobre a criatura com um cobertor. Antes que possam sair dali, a prima de L aparece para ela na janela do carro.

— Vai me explicar o que está acontecendo ou não? – pergunta Darla.

Ela olha confusa para J.

— Você não neuralizou todos eles? – pergunta L.

— Sim, neuralizei. – responde J, confuso.

— O que significa “neuralizar”? E, à propósito, o que tem no colo, Laurel? – pergunta Darla.

— Meu... filho. Ele está com uma doença contagiosa. - mente Laurel.

— Virou mamãe? E não me conta nada?! "Parabéns, prima?!"

— Este é meu marido, James. - disfarça L, se referindo a J.

A prima se surpreende. Darla se aproxima. Ela faz uma expressão de alegria contida e leva uma das mãos ao peito.

— Quero vê-lo. - diz Darla, referindo-se ao "bebê".

— Melhor não, prima. Pode ser perigoso. - disfarça L.

— Eu sinto muito. Mas só quero vê-lo. Sem tocar.

Quando ela se aproxima mais, o bichinho surge de sob o cobertor, emitindo um som indescrtitível.

A mulher se espanta e desmaia.

J e L se entreolham.

— Aff! Que ótimo! – diz J.

— Vamos ter que levá-la conosco. – diz L.

L acalma a criatura, pedindo para que fique quieta e parada, no banco do carona. Ela parece entender L.

J e L colocam a mulher desmaiada no banco de trás. L deixa-a numa posição adequada para circulação de oxigênio e tenta reanimá-la.

A criatura está insegura, ronronando.

— Quem vai ficar com a criatura? Será que ela fica quieta? – pergunta J.

— Tenho que ficar com Darla aqui atrás, enquanto você dirige.

J acaricia a cabeça da criatura, que se deixa tocar.

— Que gracinha! Acho que ela vai ficar quietinha. – diz J. - Oi, eu soi J. E você é...?

Supreendentemente, a criatura fala.

— Leite! – diz ela.

J e L se entreolham.

— Preciso de leite! - exclama a criatura.

— Ela fala! E sabe o nosso idioma!? – diz J para L. Em seguida, vira-se para a alien. – Consegue aguentar alguns minutos?

A alien sinaliza positivamente com a cabeça.

— Está bem. Vamos chegar à MIB logo, logo. Lá, estará segura.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "MIB - Homens de Preto: A Síndrome da Nação Humana" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.