Spark escrita por Lady M


Capítulo 11
Uma vida inteira no meu coração


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas voltei...
Divirtam-se!!! =^.^=



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Pov Marinette Dupain-Cheng

Marinette acordou e ficou olhando para o sol que vinha da janela do ateliê, era fim de tarde e ela estava terminando um pedido de última hora bem especial para um certo rockeiro famoso. Jagged Stone pediu um par de óculos parisiense com designer inovador, mas para dar de presente de aniversário para o filho. Luka não era muito chegado nesse tipo de presente, Marinette até tentou argumentar com o músico, mas ele mostrou uma foto da infância do amigo, onde ele tinha em torno de 13 anos e estava com um óculos escuro que tinha as lentes nas cores da bandeira da frança, segurando um violão antigo preto que Marinette lembrava bem.

Jagged disse:

— Esse óculos era meu, eu o dei para Anarka, antes de ir embora em uma turnê. Quero mostrar para o Luka que eu estive ali, mesmo sem saber, eu estava presente em alguns momentos da vida dele. 

A estilista aceitou a tarefa relutante, mas era pelo amigo de infância que ela estava fazendo isso, não pelo famoso guitarrista que estava ali parado ansiosamente na sua frente.

Depois de seis desenhos diferentes, ela acabou caindo no sono. 

Mais tarde naquela noite Adrien, Gabriel e Tom ficaram jogando video game na sala antes do jantar, sua mãe e ela deram uma mãozinha para a Natalie na cozinha. A assistente pessoal do seu mentor era como uma eterna noiva esperando na porta da igreja por alguém que nunca chegava. Do ponto de vista da mestiça, Natalie estava sempre à espera, aguardando uma resposta para os seus sentimentos e Gabriel sempre desconversava ou parecia não enxergar isso. 

Depois do jantar ela e Adrien ainda passaram boa parte da madrugada jogando um contra o outro, mas no quarto dele e tentando não fazer grandes barulhos para não acordar o resto da casa, Marinette era claramente melhor que o loiro, mas ele não desistia fácil, competitivo como era, ela não ficou surpresa por ter tantos troféus na parede do quarto dele. Marinette dormiu tarde atracada no sofá com o namorado, embolada entre ele e as manetes.

Acordou cedo por causa da visita inesperada do Stone e saiu da cama antes do loiro, mas não se importou muito com esse fato, geralmente Adrien levantava antes dela, sempre cheio de fotos, entrevistas, planilhas e revisões. A coleção do Desfile de Primavera deu um grande retorno para a Agreste e o fato deles serem um casal  que estava em alta no mundo da moda rendeu algumas propostas inusitadas de marketing e parcerias lucrativas, até mesmo Audrey Bourgeois tinha algo para propor aos dois.

Marinette levantou o rosto do desenho e teve uma ideia audaciosa, misturar a Torre Eiffel com as cores da bandeira da França, a armação ficaria mais leve e vazada e ainda por cima ela conseguiria fazer dois modelos. Um sem lentes e o segundo com a armação dourada desenhando um contorno da Torre Eiffel para as lentes violeta-azuladas. Segurando os dois esboços, Marinette notou aliviada que o primeiro era bem Jagged Stone e o segundo exalava a personalidade do Couffaine. Um paralelo ideal entre pai e filho, ela sorriu satisfeita com o resultado.

Escutou a porta do atêlie sendo aberta e ao virar-se, ela se deparou com um Adrien Agreste de calça jeans escura, camisa preta com uma blusa de botões branca aberta sobre ela, nos pés um all-star vermelho e os fios loiros úmidos de quem acabou de sair do banho.

Sorrindo ele deu um beijo carinhoso na bochecha dela.

— Bom dia princesa!

A estilista soltou os desenhos sobre a mesa e perguntou apontando para eles:

— Qual desses óculos seria o presente perfeito de aniversário para o Luka?

Adrien posicionou-se atrás dela, deixando os braços dele em volta do corpo da garota sentada à sua frente e as palmas das mãos do loiro apoiadas sobre a mesa sem tocar nos desenhos. As costas da azulada ficaram a centímetros do peitoral do loiro, podendo sentir o calor que vinha dele para as suas costas nuas através do seu vestido frente única floral. O hálito dele sobre o ombro dela fazendo sua pele formigar em busca de mais contato.

Ele indicou o esboço de lentes violeta-azuladas:

— Acredito que esse.

Ela assentiu concordando enquanto deixava o corpo dela deslizar para trás de encontro ao dele.

Adrien respirou fundo traçando uma trilha do ombro dela até o pescoço e sussurrou:

— Estou de folga hoje e acredito que você também. O que acha de sairmos por aí esse final de semana?

Marinette sabia que sua voz iria sair trêmula se ela ousasse responder, então assentiu com a cabeça. Adrien rodeou o corpo dela com os braços e descansou a cabeça na curva do seu pescoço.

 

Pov Adrien Agreste

Três semanas desde o desfile e ele ainda relutava em contar a verdade para ela, o pai dele não tocou mais no assunto e como os pais dela vinham jantar na mansão duas vezes por semana, as coisas continuavam agitadas fazendo com que todos ficassem ocupados e o assunto eletrizante dele permanecia enterrado.

Voltar para a empresa foi a parte fácil, realocar os funcionários e abrir novas vagas nos departamentos que estavam sobrecarregados foi algo que Adrien fez sem pensar duas vezes. Já na música as coisas estavam confusas, a fama do pai do Luka e a dele próprio atraiu muita publicidade desnecessária para cima da Plagg, eles gostavam de levar as coisas como hobbie e nenhum deles estava interessado em fama, eles tinham suas carreiras fora da banda, por isso decidiram desmanchar e cada um seguir o seu rumo. Não foi uma decisão fácil, mas os membros encaravam aquele momento como parte do crescimento individual de cada um deles.

Marinette estava sempre sorrindo e ele conseguia sentir como ela estava feliz e isso deixava ele mais tranquilo em relação a Itália, mesmo que a namorada não quisesse voltar por conta dele, voltaria pela família dela com toda certeza. Adrien conversou com o pai dele sobre morar na casa de campo por um tempo, ele queria dar espaço para o pai dele e ganhar algum com a namorada antes da viagem dela. Gabriel achou a ideia interessante.

Com Marinette entre os seus braços ele até perdia a vontade de sair dali, mas ele queria levá-la para dar uma volta e espairecer do trabalho, os dois mereciam um descanso. Longe de tudo ele poderia ser sincero com ela sobre tudo.

Adrien sugeriu:

— Eu fiz um planejamento, se sairmos hoje antes de escurecer chegaremos ao nosso destino de noite, ficamos sábado e domingo voltamos. O que me diz?

Marinette ainda estava calada, mas não tentou afastar-se dele, dando esperanças ao loiro.

Depois de pensar um pouco, ela respondeu:

— Preciso de um tempo para arrumar a minha mochila e de algumas pistas do lugar para onde vamos. Além disso, tenho que enviar fotos desse esboço para Jagged e ver qual ele quer que seja produzido. 

Adrien assentiu lembrando-se que o aniversário do seu antigo guitarrista daria nesse final de semana. Soltou Marinette e ela levantou do banco e beijou o rosto dele antes de afastar-se segurando as duas folhas. 

Tirando o celular do bolso, ele enviou uma pequena mensagem de texto para sua amiga de infância e ex-namorada, Chloé precisava saber do aniversário do músico, ela merecia a oportunidade de encontrar alguém que a fizesse sorrir de verdade. Em seguida o loiro ligou para a casa de campo e terminou de ajeitar os últimos detalhes, entre eles a comida na geladeira, como ele não costumava passar algum tempo por ali, ela estava sempre vazia.

Assim que entrou no seu quarto encontrou Marinette sentada no sofá, vestindo uma roupa mais casual e segurando sua mochila, ela era relativamente pequena, as mulheres, no geral, as que ele conhecia precisavam de mais espaço para roupa, até mesmo ele estava levando mais coisas do que ela.

Sorrindo, a azulada deu um tapinha no estofado ao lado dela. Um convite ou uma ordem? Adrien não se importava desde que fosse para ele.

Sentando-se ao lado dela, ele perguntou:

— Vamos ficar o final de semana. Você tem certeza que pegou tudo que vai precisar?

Mari assentiu, respondendo:

— Sim, tem três mudas de roupa limpa, um biquíni e dois maiôs, porque não quero ter que encharcar as minhas roupas na hora de tomar banho, preciso de um all-star e do meu chinelo. Fiz até um check-list dos itens de higiene, mas tenho certeza que não estou esquecendo nada.

Adrien assentiu impressionado com a eficiência e praticidade dela.

Segurando a mochila da namorada ele levantou do sofá.

— Vamos?

Ela ficou em pé no sofá e cruzou os braços.

— Não, só vou sair daqui se você me carregar, Agreste.

Ela estava fazendo charme e ele amava a maneira como ela ficava fofa fazendo isso. Ele sorriu ladino e estendeu a mochila na direção da sua namorada.

— Coloca ela Cheng e eu levo as duas.

Marinette arqueou as sobrancelhas com desconfiança, mas fez exatamente o que Adrien disse.

 

Pov Marinette Dupain-Cheng

Ela queria passar mais tempo com ele. Os pais dela e o seu mentor no mundo da moda estarem se dando bem era ótimo, mas isso deixava muito pouco tempo para Marinette aproveitar com o seu namorado. Principalmente por causa da Itália, Gabriel enviou o seu formulário de última hora, mas ele foi aceito e ela sabia que precisava deixar as coisas entre ela e Adrien claras. A possibilidade nebulosa de três anos fora em um relacionamento a distância estava deixando-a realmente apreensiva.

A sugestão do loiro veio a calhar, agora ela estava descendo as escadas principais da mansão nas costas do seu modelo favorito. Adrien segurava-a pelas pernas, enquanto ela mantinha os seus braços sobre os ombros firmes e largos do loiro. Ela trocou o vestido florido por um short jeans escuro com cintura alta, uma camiseta vermelha de malha e por baixo de tudo um maiô retrô preto com detalhes vermelhos, de maria-chiquinha e chinelo, com protetor solar na ponta do nariz e óculos de sol, a mochila preta com chaveiro de patinha de gato verde fazia parte do seu visual. Adrien também estava despojado, vestindo uma camisa de botões branca com os três primeiros fora de suas casas, protetor solar, óculos de sol, bermuda preta e de chinelo, o cabelo levemente bagunçado.

Gabriel estava lendo uma revista sentado no sofá da sala e sorriu quando os olhos azuis esquadrinharam o casal no final da escada. 

Ele disse despedindo-se deles:

— Aproveitem o final de semana de folga, mas não se esqueçam de usar o juízo de vocês. Adrien o carro já está pronto e a chave está na ignição.

Marinette conseguia sentir a alegria que emanava do corpo entre os seus braços. Adrien sempre aproveitava as pequenas brechas de independência que conseguia conquistar e dirigir com a aprovação do pai dele, era uma delas.

Os dois entraram no modelo jipe preto, Mari acomodou a sua mochila no assento de trás junto com as duas malas médias do loiro com espanto.

Ela perguntou rindo:

— Você vai precisar de tudo isso no final de semana?

Ele assentiu, abrindo o porta luvas do carro e tirando de lá dois bonés, um preto que ele colocou nele e o branco que ele ajustou na cabeça dela. Marinette ainda não tinha se acostumado com essa parte, sempre que saiam havia alguém para fotografá-los, isso era estressante, mas ela se sentia grata por ter o loiro ao seu lado quando isso acontecia. Marinette conseguia imaginar como foi muito pior para ele que passou por isso tão novo e praticamente sozinho.

Ele respondeu afastando os pensamentos dela para longe:

— Como não costumo receber visitas por lá, preciso levar roupa de cama e outras coisas…

Marinette o interrompeu colocando o indicador sobre os seus lábios.

— Estamos indo para aquela casa onde observamos o pôr do sol juntos?

O loiro aproveitou a deixa e beijou o dedo dela, para depois dar uma pequena mordida no mesmo, fazendo ela recuar com as bochechas coradas.

Com essa reação, Adrien respondeu triunfante:

— Exatamente.

Marinette ligou o rádio e colocou o pendrive dela para rodar, e pode deliciar-se com Adrien cantando as próprias músicas, ela percebeu que amava como a voz dele oscilava quando ele estava distraído batucando com os polegares no volante.

O sol estava se pondo e os feixes de luz alaranjada na estrada tornavam o caminho muito mais bonito, a subida, as árvores e a colina atrás da casa, ela foi admirando o caminho como ela não foi capaz de fazer da primeira vez e notou que aquela casa fazia parte de um condomínio afastado das ruas movimentadas de Paris. Um refúgio que Adrien criou para si e estava claramente o estendendo para ela.

Ele estacionou mais próximo da casa dessa vez e Marinette ficou boquiaberta com a arquitetura levemente rústica e bastante elegante da fachada. 

Ela estava pronta para descer quando Adrien segurou a mão dela.

Ele perguntou:

— Podemos ver as estrelas aqui fora mais tarde. O que me diz?

Ela assentiu e pegou a mochila dela, Adrien descarregou as duas malas e entrou na casa segurando a porta para que ela passasse.

A lareira de pedras e o tapete felpudo marrom que combinava com o sofá, os pufes e as almofadas, não decepcionaram a sua imaginação, toda a decoração era linda e aconchegante, mas bem diferente da Mansão Agreste. Tudo ali tinha um jeitinho do loiro e Marinette estranhamente se sentiu em casa, mais em casa do que em seu próprio quarto.

Adrien parou no meio das escadas virando-se para dizer:

— Vai dormir na sala mesmo?

Ela negou e começou a seguir o loiro, até o quarto.

Ali tinha uma sacada com sofá suspenso e uma mesa de centro de vidro, as portas eram de vidro, mas daqueles em que você pode ver o que há lá fora sem saber o que há por trás delas. A cama sem cabeceira onde o loiro começou uma batalha com o lençol e Marinette logo foi em seu socorro, os dois juntos deixaram a cama estendida com a colcha branca e os travesseiros na fronha azul como o lençol sob ela. Marinette aproveitou que Adrien estava orgulhoso do seu feito para jogar-se de costas na cama. Ela estava esperando que ele fizesse o mesmo, mas em vez disso ele tirou o celular do bolso e bateu uma foto dela.

Ela o encarou indignada, porque tinha certeza que o seu cabelo devia estar um caos completo e ao notar os olhos assassinos da namorada, ele disse sorrindo:

— Você está linda.

Ela escondeu o rosto entre as mãos tentando evitar que os olhos esmeraldinos alcançassem o estrago que aquele mero elogio tinha feito nela, mandando a raiva para bem longe.

Ela escutou o barulho de uma porta sendo aberta e espiou Adrien arrumando o banheiro, ele não precisou de ajuda com essa parte, por isso Marinette foi explorar os outros cômodos da casa, um quarto completamente mobiliado com instrumentos e uma pequena cabine de estúdio de gravação. Para surpresa dela, na mesa de som havia fotografias, que ela pode reconhecer como paisagens do jardim da Mansão Agreste com a Emilie junto do Gabriel, também tinha o próprio namorado com os pais e sem eles em idades variadas.

No outro quarto não havia nada, sem mobília, apenas o papel de parede como o resto da casa e o piso. Desceu as escadas e viu a cozinha, abriu a geladeira e os armários e sorriu aliviada por Adrien ter pensado em abastecer a dispensa.

Ela decidiu preparar um jantar para eles, assim veriam as estrelas de barriga cheia. Ligou a caixinha de som que encontrou na sala, perto da Tv e começou a cozinhar uma macarronada simples.

 

Pov Adrien Agreste

Ela deitada a meia luz sobre a cama que eles tinham acabado de arrumar era uma cena que ele gostaria de guardar em sua memória, por isso fotografou aquele momento.

Desceu as escadas depois de colocar as coisas em ordem no banheiro do quarto e rumou para o banheiro perto da sala, mas assim que terminou de descer o último degrau a imagem da namorada dele dançando na cozinha, com molho de tomate na ponta do nariz e farinha no short jeans, o deteve.

Ele deixou o jogo de toalhas e sabão que estava carregando sobre o sofá e foi juntar-se a ela.

Sentando na bancada da cozinha, ele disse:

— Posso tirar foto disso também?

Ela deu de ombros, parecia não notar como estava irresistivelmente linda.

Adrien pegou seu celular e registrou Marinette cozinhando, sorrindo, provando e se viu com saudades. Ela não tinha ido ainda e ele já sentia saudades.

Deixou o celular na bancada e abraçou-a por trás, acompanhando-a pela cozinha. Marinette não ficou surpresa como ele esperava, na verdade virou-se entre os seus braços e começou uma dança lenta e tímida, até que ele se viu rendido e entrou na brincadeira com ela. Os dois jantaram sujos de massa de tomate e queijo ralado, mas isso não o incomodou nenhum pouco, na verdade, fazia anos que ele se sentia tão à vontade.

Tomaram banho juntos e Adrien sorriu ao notar que ela estava de maiô daquela vez, depois do desfile de primavera Marinette começou a pensar em peças de verão e os biquínis vieram a mente dela como uma bela solução para o constrangimento da azulada ao ficar de roupas íntimas na frente dele.

Dentro do box ele elogiou galante:

— Gostei do maiô, Bugaboo.

Ela mostrou a língua para ele e passou espuma no rosto dele, ao segurá-lo entre as suas mãos.

— Não sei porque demorei tanto tempo para pensar nisso.

Ele deu de ombros e inclinou o rosto na direção dela para que se beijassem, mas antes disso acontecer, ele arriscou dizer em tom conspiratório:

— Talvez me ver só com a roupa de baixo te deixe um pouco lenta.

Marinette piscou, mas em vez de deixar a vergonha dominá-la, ela também resolveu entrar na brincadeira.

— Na verdade Agreste, ao contrário do que você pensa, eu sou bem rápida quando quero alguma coisa.

Adrien ficou em choque quando sentiu as mãos da Marinette passeando pelo seu abdômen sem pudor algum, parando em sua cintura e o puxando para si. Os olhos azuis dela diziam claramente tome cuidado, mas ele não gostava de respeitar as regras muito menos avisos, por isso segurou o queixo dela puxando-a para um beijo sensual e quente. A água do chuveiro não estava incomodando-os, muito menos as roupas de banho, eles estavam mais concentrados em sentir o corpo um do outro cada vez mais próximo.

Adrien não viu o sabão no chão, muito menos Marinette que estava no colo do loiro, mas esse detalhe insignificante foi capaz de atrapalhá-los. O loiro escorregou, levando Marinette com ele direto para o chão, o barulho e as gargalhadas de ambos foi o suficiente para estragar o clima completamente. Talvez a marca daquele sabão fosse Natalie e ele não sabia disso, Adrien pensou consigo mesmo ao pegar o seu pijama para aquela noite.

Os dois saíram do box e foram trocar de roupa, Marinette no banheiro e o loiro no quarto. Devidamente vestidos, Adrien de moletom branco com a calça e blusa de frio, porque a noite estava levemente gelada e Marinette com uma calça de pijama rosa clara de flanela e a blusa de frio branca fina.

Saíram para fora da casa e sentaram-se no capô do carro, assim como da primeira vez em que estiveram ali juntos.

 

Pov Marinette Dupain-Cheng

Marinette e o loiro disseram ao mesmo tempo:

— Preciso te falar uma coisa.

— Tenho algo para te contar.

Eles se entreolharam, se tivessem ensaiado não teria saído em um time tão perfeito.

Marinette não queria dizer nada, mas ela sabia que precisava e isso já era motivo o suficiente para insistir naquela conversa chata sobre a Itália.

Adrien disse:

— As damas primeiro, my Lady.

Ela notou que embora o seu namorado estivesse tenso, ele preferia ouvir o que ela tinha a dizer.

A azulada evitou olhar para ele, o que o deixou mais angustiado. Encarando fixamente a noite estrelada que abria-se diante dos seus olhos, longe da poluição luminosa da Torre Eiffel, a noite podia ser mesmo estonteante.

Marinette começou incerta:

— Eu fui aceita no curso de aperfeiçoamento para designers da Itália.

Ele sorriu aliviado, era só isso.

Adrien passou o braço sobre os ombros da sua namorada, acomodando-a melhor do seu lado, uma reação que acalmou Marinette.

— Eu sei Mari, meu pai recebeu uma ligação do amigo dele e eu estava perto, então acabei ouvindo sem querer.

Ela olhou para ele, sentindo-se culpada e grata ao mesmo tempo.

Perguntou preocupada:

— Então está tudo bem eu ir? Você não vai sentir dor, ficar machucado ascendendo feito uma lâmp…

Adrien a interrompeu com um selinho.

— Vou, vou morrer de saudades, mas isso não é motivo para você ficar aqui.

Ela negou:

— Não estou falando disso…

Ele a interrompeu novamente, mas dessa vez com o polegar.

— Shiu, olha para mim. Não estou mais carregado, na verdade, a eletricidade deixou o meu corpo no dia do desfile de primavera.

Marinette sorriu e a felicidade estava alcançando os seus olhos, quando ela jogou-se sobre o loiro e o abraçou. Ele enfim estava bem, aquela preocupação com a saúde dele deixaria ela de vez. Eles não precisavam mais um do outro e isso fez com que Marinette se sentisse menos importante por um instante, mas de maneira rápida ela lembrou das semanas após o desfile e da forma como Adrien fazia questão de estar cada vez mais presente em seu dia a dia.

Afastando-se um pouco do abraço dele, ela alfinetou em busca de respostas:

— Isso quer dizer que estamos dormindo juntos por pura conveniência sua? Não vou nem falar dos banhos e eu poderia ter voltado para ca…

Adrien prensou-a contra o carro, prendendo-a entre ele e a lataria do capô.

— Eu não suporto ficar longe de você, é por isso que menti e agi feito um idiota. Sabe Mari, eu te amo, simples assim.

Marinette estava deitada sobre uma superfície gelada e agradeceu mentalmente por isso, caso contrário o calor que tomava conta do seu corpo a incendiária por completo. Adrien contra o céu estrelado era uma verdadeira visão, daquelas que lembram um milagre gracioso. Marinette passou as mãos dela sobre os ombros dele, colocando o capuz branco na cabeça do loiro. Foi assim mesmo que ela se sentiu segura pela primeira vez, dentro dos braços dele debaixo de um letreiro em curto.

Adrien sorriu, os olhos verdes hipnotizantes não exigiam uma resposta, ele estava bem, o amor dele era o suficiente e essa pequena esperança fez ela puxá-lo para si, segurando as bordas do capuz de moletom ela o beijou, os lábios carregavam uma certa eletricidade. Uma corrente gostosa que passava de um para o outro, ditando um ritmo irresistível entre eles.

Adrien afastou-se dela para beijá-la na curva do seu pescoço e quando ele voltou a fitá-la, Marinette sussurrou:

— Eu também te amo.

E o rosto do seu gatinho abandonado iluminou-se diante dos seus olhos.

 

Pov Adrien Agreste

As palavras dela deslizaram para os seus ouvidos, fazendo uma grande festa pelo seu sistema nervoso. Adrien voltou a beijá-la, mas dessa vez com mais paixão e menos suavidade, ele precisava dela urgentemente, ele sentia uma necessidade primitiva de prensá-la contra ele até ter certeza de que eram um único ser. 

As mãos de Marinette entraram dentro do seu moletom, alcançando a sua pele, porque ele fez questão de ficar sem blusa por baixo daquela peça de roupa. Adrien tomou um rumo parecido, colocando uma mão na cintura dela por dentro da blusa e a outra na nuca da garota, ela soltou um suspiro de satisfação embaixo dele.

Quando ele rumou na direção do pescoço dela, Marinette o abraçou com as suas pernas, fazendo sua ereção colidir com o calor que clamava por ele entre as suas pernas. Adrien soltou a nuca dela e com as duas mãos dedicou-se a explorar o que estava abaixo do tecido da blusa de pijama dela. Suas mãos encontraram os bicos intumescidos dos seios dela por trás da renda do seu sutiã, ele concentrou-se ali, apertando-os moderadamente e alternadamente. Marinette remexeu-se empinando o corpo da direção do seu toque, oferecendo-se de maneira clara para ele.

Ela disse entre gemidos abafados pelos beijos dele:

— Eu não aguento mais… Adrien eu preciso…

Ele mordeu de leve  o lábio inferior dela e desceu uma das mãos para dentro da sua calcinha, Marinette semicerrou os olhos de satisfação. A textura rendada estava encharcada, dando para ele o incentivo que ele precisava para massagear aquela região sensível com o polegar e penetrá-la com os dedos ao mesmo tempo.

Quando ele sentiu que ela começava a contrair-se, ele sussurrou mordendo de leve o lóbulo do seu ouvido:

— Pode gozar princesa, faz isso para mim.

Ela fechou os olhos e mordeu os lábios, entre um gemido longo e sôfrego, Marinette entregou-se àquele frenesi. O corpo dela tremeu abaixo do dele e Adrien sentiu-se mais duro do que nunca, mas aquela doce tortura fazia de todo aquele momento memorável, a espera por estar dentro dela era estaxiante por si só.

Os olhos azuis se abriram e percorrem o corpo dele de cima a baixo, com agilidade Marinette colocou Adrien sentado abaixo do seu corpo. 

Ela disse com a voz rouca por causa do desejo:

— Minha vez, Chaton.

Marinette tirou o moletom dele e mesmo que estivessem do lado de fora da casa e a noite um pouco fria, ele não se importou, muito menos ela, ao livrar-se da própria blusa, ficando de sutiã preto rendado diante dos olhos dele.

Ela traçou o contorno do abdômen dele com as unhas, enquanto rebolava sobre ele, fazendo-o gemer de antecipação.

Admirada, Marinette declarou:

— Você é tão bonito que chega a doer, Adrien.

Ele sorriu ladino segurando-a pelo quadril fazendo-a sentir como estava maluco por ela.

— A recíproca é verdadeira, acredite.

Ela empurrou as mãos dele, deixando-as na barra da sua calça cor de rosa. Os olhos dela brilhavam de satisfação ao admirar a ereção dele, deixando-o um pouco vermelho. Adrien notou com certa surpresa que os olhos dela tinham esse poder sobre ele, eles julgam, agraciam, parabenizam, consolam e desnudam-o por completo. Ele sentiu-se na obrigação de ficar exatamente onde ela mandou e Marinette aproveitou esse momento para pôr suas mãos e boca em ação, fazendo o mesmo com ele, envolvendo-o em suas mãos levando-o ao limite enquanto o beijava, guardando os gemidos dele para si.

Antes que ele gozasse ela parou, Adrien não teve nem tempo de sentir-se frustrado, porque ela o tomou em seus lábios, estimulando-o até o orgasmo, mas ela não parou por ali, ela engoliu tudo e continuou com ele em sua boca, fazendo-o endurecer novamente.

Quando ele achou que não tinha como melhorar, lá estava ela, vestindo a sua blusa de moletom branca, com os fios de cabelo levemente úmidos de suor, sem calça e calcinha, ele pode sentir pois estava dentro dela.

Marinette segurou nos ombros dele e quicou a primeira vez.

 

Pov Marinette Dupain-Cheng

Enquanto estava escutando os gemidos dele, ela fazia contas mentais, mesmo que estivesse prestes a entrar naqueles dias, ela podia terminar aquilo da maneira mais gostosa para ambos, pois o seu anticoncepcional estava em dia.

Mas o vento frio que batia as suas costas fez ela se sentir um pouco acanhada, por isso aproveitou que ele estava de olhos fechados para livrar-se da sua calça e junto com ela, da sua calcinha que estava mais do que molhada. Vestiu a blusa dele que estava jogada ao seu lado e tirou o sutiã, assim que sentou-se sobre ele e desceu levando-o para dentro de si, viu os olhos esmeraldinos abrindo-se, revelando para ela todo o calor selvagem que o loiro guardava, Adrien era o seu princípio, meio e fim, ela conseguia sentir por todo o seu ser. Por isso segurou nos ombros do loiro e desceu e subiu, cada movimento em uma lentidão sôfrega que queria dizer, você é meu e eu sou sua, você faz parte de mim assim como eu faço parte de você, eu te amo e isso basta.

Ele segurou o quadril dela preenchendo-a mais fundo, sussurrando rouco:

— Eu amo você.

Ela fechou os olhos e aumentou o ritmo, não viu quando as posições se inverteram, nem quando as calças do loiro foram parar no joelho dele e nem como as mãos do seu amante de olhos verdes começaram a passear livremente por todo o seu corpo abaixo do tecido da blusa. Marinette só tinha olhos para o rosto dele e vez ou outra para o céu estrelado atrás dele, ela temia que nunca mais na sua vida seria agraciada com algo tão belo diante dos seus olhos.

Os dois chegaram ao segundo orgasmo daquela noite juntos.

Adrien vestiu a sua calça e Marinette continuou com a blusa dele, que tampava o suficiente do seu corpo, já que ela estava deitada sobre o loiro que a mantinha aquecida. Os dois estavam admirando o nascer do sol juntos quando Adrien deu um beijo na testa dela, fazendo-a semicerrar os olhos e sentir-se mais do que amada.

Ela esticou a mão livre para os raios de sol que despontavam no horizonte e Adrien a acompanhou, a mão dele ao lado da sua, logo ele estava segurando a mão dela, a palma da mão dele sobre as costas da sua, dando suporte, carinho e segurança. Mais uma vez ela desejou não ter sido aceita para o programa da Itália.

Adrien disse:

— Está tudo onde deveria estar Mari, amanhã a gente pode continuar assim.

Ela assentiu sentindo saudades daquele momento, mesmo estando ali ainda. No final das contas o seu mentor estava certo, Gabriel insistia em dizer que o amor acontece quando você menos está esperando.


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Notas finais do capítulo

Time no sentido de tempo ^.^
Agora só falta mais um capítulo...
Obrigada por lerem até aqui =^.^=



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