Spark escrita por Lady M


Capítulo 12
Enfim você...


Notas iniciais do capítulo

Demorou, mas aqui chegamos rsrsrs
Divirtam-se!!! =^.^=



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Pov Marinette Dupain-Cheng

Ela esperou até não conseguir mais distinguir o sobretudo preto do loiro no meio da multidão. Marinette poderia ter dado as costas para ele primeiro, mas isso seria muito mais perigoso, ela temia que a ideia de tê-lo ali enquanto esperava o avião decolar fizesse ela largar tudo e correr de volta para ele.

A estilista entregou  a passagem no terminal e entrou, assim que se sentou na janela do avião colocou os fones fornecidos pela companhia aérea e selecionou uma playlist aconchegante. Viajando de olhos fechados e sonhando com o último mês que passou morando com o seu namorado na casa de campo. Os dois fizeram planos, mesmo a distância teriam um cronograma, filmes para assistir juntos, exposições nas galerias de arte Italiana que Marinette iria transmitir por chamada de vídeo, dois desfiles em Paris que o loiro faria o mesmo para ela. Seria um tanto exaustivo, mas ela conseguia sentir o calor que aqueles pequenos momentos traziam.

A recepção foi relativamente calorosa por parte do amigo do seu mentor, mas ela não podia dizer o mesmo dos seus colegas de classe. Marinette já tinha uma marca de grife ao seu dispor, um nome no mundo da moda e muitas expectativas em relação aos seus futuros trabalhos, os outros aspirantes a estilistas não gostavam da ideia de competir com ela. Um comportamento hostil que ela podia compreender de cara, mas ela teria tempo para convencê-los de que ela só queria aprender cada vez mais.

Adrien não demorou a ligar para ela naquela noite, super pontual o loiro estava de pijama e deitado na cama quando ela atendeu.

Sorrindo amplamente para ela, ele disse:

— Boa noite, Princesa.

Ela sorriu de volta, mas diferente dele, ainda estava trocando de roupa, com o short do pijama e a blusa, ela estava secando o cabelo com a toalha, quando respondeu:

— Boa noite, Gatinho.

Ele sentou na cama e perguntou:

— Foi difícil chegar ao ateliê? O alojamento é seguro? Gostou do seu primeiro dia de aula? Você já está com saudades de…

Ela riu dele o interrompendo:

— De você? Nem deu tempo para isso ainda.

Ele bufou.

— Eu ia dizer de casa.

Ela jogou-se na cama segurando o celular com as duas mãos acima do rosto. O cabelo dela espalhou-se no lençol e ela sentiu-se grata por poder admirar Adrien de calça moletom e sem camisa. Estar no mesmo fuso horário que o namorado era uma benção.

Ela respondeu sincera:

— Esquece Agreste, eu te conheço muito bem para saber que isso é mentira. Sim eu gostei das aulas, elas são bem dinâmicas e é interessante ter mais de uma pessoa no ateliê. O meu quarto não fica longe do banheiro, o que por si só já é ótimo. E sim eu estou com saudades de você.

Ele assentiu e colocou o celular apoiado no travesseiro ao lado do rosto dele. Ela fez o mesmo que ele, assim pareciam estar dormindo um do lado do outro. O loiro pegou no sono primeiro e ela viu-se admirando os traços do rosto dele.

 

Pov Adrien Agreste

Depois de deixá-la no aeroporto, Adrien mandou uma mensagem para Sabine dizendo que tudo estava indo bem e que Marinette ligaria assim que chegasse em Roma. O loiro ficou com essa tarefa, porque Tom estava feliz em designá-la para ele. Adrien agora era parte da família Dupain-Cheng, Marinette o levou para jantar com eles no ano novo chinês e isso fez com que ele conhecesse os avós maternos dela, assim como os primos, tio, entre outros.

O pai dele não cabia em si de tanta satisfação, mesmo tendo que abrir mão dele por um tempo, pois Adrien foi morar na casa dele com a namorada durante um mês. Mas assim que ela afastou-se dele, o loiro levou sua mala de volta para a Mansão Agreste, ficar sozinho naquela casa tão alegre o deixaria cada vez mais ranzinza sem a presença dela, e o loiro não se permitiria isso.

Ele costumava ligar para ela à noite e ela preferia ligar para ele pela manhã, sempre  no mesmo horário. Nos finais de semana eles costumavam fazer algo “juntos”, um filme aqui, uma série ali, desfiles, jantares e piqueniques por vídeo chamada. A rotina dele estava cada vez mais pesada quando o assunto era o trabalho, administrar a Agreste e desfilar, ele não dava grandes pausas, mas isso era algo que deixava ele mais tranquilo e ocupado, já que estava planejando passar o aniversário da namorada com ela em Roma, Adrien precisava deixar a sua carga de trabalho adiantada.

Naquela noite ele decidiu variar, andou até a Torre Eiffel e ligou para Marinette, ela atendeu deixando o celular sobre a mesa do ateliê, ela estava trabalhando em um vestido vermelho com bastante tule. Sua namorada estava com o cabelo preso em um coque improvisado, os fios levemente soltos, de calça jeans e usando uma blusa de frio de lã branca. Ele não conseguia ver os seus pés, mas imaginava que ela estava de all-star. Com uma almofada de alfinetes no braço e a fita métrica em volta do pescoço. Ela sorriu para ele, mas estava concentrada no vestido, ele não disse nada, porque gostava de admirá-la fazendo o que amava, os olhos azuis brilhavam e ele podia sentir o amor em cada linha daquela roupa.

Ele olhou ao seu redor e avistou um casal passeando por ali, de mãos dadas com o filho, a criança se aproximou dele.

— Você poderia me dar um autógrafo?

Adrien assentiu, pegando a caneta e a folha.

— Qual nome eu coloco aqui?

O menininho ficou acanhado, mas respondeu:

— Angel, a minha irmã, ela é sua fã.

O loiro escreveu e devolveu a folha para o menino.

— Posso te pedir um favor?

O garotinho assentiu curioso.

— Pode sim, mas o que você quer?

Adrien explicou para o garotinho.

O loiro andou até a Torre, o menininho estava gravando admirado cada passo do modelo. Adrien sorriu para a tela do telefone fazendo a letra L, depois o O, então o V e enfim o E, rodou a torre e mandou um beijo para o celular dele que estava na mão do garoto. 

A namorada do loiro assistiu a tudo e sem rodeios deixou o vestido para uma outra hora. Quando Adrien pegou o seu telefone, o garotinho ria dele, assim como Marinette do outro lado da tela. A azulada fez um coração com as mãos, deixando-o contente, como se pudesse escalar até o topo luminoso daquele marco de Paris.

O garotinho acenou despedindo-se e Marinette disse:

— A irmã dele vai ficar bem feliz com o seu autógrafo.

Adrien sorriu convencido.

— Eu pensei que estava ocupada por aí.

Ela deu de ombros segurando o celular com as duas mãos.

— Não o suficiente para me fazer esquecer de você, sempre presto atenção no que está fazendo, Agreste. Só não entendi porque ficou tão quieto hoje.

Ele suspirou.

— Achei que ia te atrapalhar se falasse alguma coisa.

Marinette sussurrou:

— Você nunca atrapalha, gatinho.

Os dois ficaram ali, conversando sobre banalidades, fazia seis meses que ela estava longe dele. Tinha horas em que a saudade era sufocante, mas com as ligações e a esperança de poder comprar uma passagem quando ela estivesse de folga o motivava a continuar ali.

Sentado atrás da sua mesa ele observava o movimento das ruas de Paris pela janela da sua sala quando Nino entrou afobado.

— Sua secretária falou que até o seu horário de almoço está ocupado essa semana, Bro. 

Adrien riu dele e respondeu despreocupado:

— Então você decidiu que essa era uma boa hora para vir falar comigo?

Nino jogou-se na cadeira de frente para a mesa do Adrien de forma descontraída.

— Sim, ela falou que você tem uma reunião, mas só daqui a trinta minutos.

Adrien também relaxou na mesa dele.

—O que te trás aqui Nino? Se não fosse algo urgente você não largaria a sua empresa de TI para vir até a minha sala.

O moreno ajeitou os óculos sobre o nariz.

— Estou pensando em pedir a Alya em casamento. Mas para isso dar certo estou pensando em pedi-la onde nos conhecemos.

Adrien observou o amigo com interesse.

— Onde exatamente eu me encaixo nisso?

Nino sorriu e disse maroto:

— Você é o vocalista da Plagg, então tem um papel fundamental na história.

O loiro lembrava-se vagamente de Alya em alguns shows da banda.

Nino cortou os pensamentos dele, dizendo:

— Já falei com o resto do pessoal, então só falta você.

Adrien sorriu, sair da rotina ia ser interessante, ainda mais se fosse por uma boa causa.

Ele respondeu animado:

— Estou dentro.

Nino começou a passar os planos para o amigo, por sorte isso seria antes da data de aniversário da sua estilista preferida.

 

Pov Marinette Dupain-Cheng

Ela estava exausta e contente, as peças dela sempre tinham um destaque por parte dos professores e os seus colegas estavam respeitando-a, embora ainda tivesse um pouco de dificuldade em se comunicar com eles em italiano, ela percebeu que o inglês era a melhor forma para ambos os lados.

Marinette falava com os seus pais uma vez por mês e com o loiro quase todo dia, mas nos últimos dois meses ele estava claramente ocupado e isso a deixava com bastante tempo livre e ao mesmo tempo entediada. Alya também estava meio estranha, Marinette percebeu isso nas últimas mensagens que elas tinham trocado. 

Depois de tomar banho ela optou por vestir uma calça preta e blusa de frio vermelha, a mesma do ensaio do dia dos namorados, depois subiu para o terraço do dormitório e ligou para o seu loiro.

Ele atendeu, e aos poucos ela reconheceu o estúdio da casa de campo do loiro. Adrien estava de bermuda preta e regata da mesma cor, os fios bagunçados e estava segurando um pote de sorvete de morango.

Ela disse divertida:

— Não sei o que está me tentando mais.

Adrien arqueou uma sobrancelha e colocou a colher de volta no pote.

— O que quer dizer com isso, Mari?

Ela deu um sorriso contido.

— Faz algum tempo que não tomo sorvete, mas também faz um tempo que não posso estar tão perto de você. Estou sentindo inveja dessa colher, só isso.

Adrien deu uma risada.

— Eu te entendo perfeitamente.

Ela desviou os olhos dos dele, mesmo sendo uma vídeo chamada ela podia sentir como ele estava a despindo, aquele calor que só os olhos dele eram capazes de emanar, uma promessa sórdida e deliciosa que ela estava sentindo falta. Marinette suspirou, algo entre a frustração e o prazer, os dedos dela não eram nada comparados às mãos dele.

Adrien desviou do assunto de maneira sutil:

— Como foi a sua avaliação?

Ela contou para ele tudo que aconteceu e mais um pouco, mas antes de voltar para o dormitório, ela perguntou:

— Está rolando uns rumores pela internet.

Ele se fez de desentendido:

— Sobre?

Ela respondeu, fingindo não estar realmente interessada:

— Um último show da Plagg.

O loiro quase caiu da cadeira em que estava confortavelmente apoiado.

— Onde você viu isso Mari?

Ela riu dele.

— O Nino me contou.

Ele suspirou aliviado.

— Isso é mais por causa dele, do que pela banda em si.

Marinette assentiu.

— Ele está montando o pedido de casamento perfeito, para Alya não ser capaz de dizer nada além de sim.

Adrien riu e levantou da cadeira, levando o celular com ele para cozinha.

— Ele te contou há quanto tempo?

Ela mostrou o número três com os dedos da mão para a tela do telefone.

— Faz três semanas, ele falou que iria transmitir ao vivo, para que eu não perdesse esse momento. E quanto a você, já deve saber disso a uns dois meses, não é mesmo? É por isso que anda tão ocupado.

Ele sorriu e deu um beijo na tela do telefone, algo que ela pode sentir, ele fazia isso toda noite, dava um beijo em sua testa.

— Exatamente, my Lady.

Marinette queria muito dizer para ele que tinha conseguido transformar os três anos em um ano e meio de estudos, mas ela pretendia voltar no meio do ano e fazer uma surpresa para ele no desfile de 45 anos de aniversário da Agreste.

 

Pov Adrien Agreste

Para o seu espanto e surpresa o show de pedido de casamento correu relativamente bem, nenhum acidente, tirando o escândalo entre a Chloé e seu namorado Luka. Graças a um carinha ousado na platéia do bar, Luka declarou para todo mundo ouvir que a loira era dele, beijando-a de maneira selvagem para quem quisesse ver, isso desencorajou os possíveis corajosos a chegar na Bourgeois, enquanto o seu namorado estivesse ocupado tocando.

Alya aceitou o pedido do moreno entre lágrimas de alegria e Adrien acabou pegando um momento que deveria ser só do casal. Pois a noiva do seu amigo estava grávida e contou isso para ele no momento que o loiro estava conversando com a sua namorada por chamada de vídeo no lugar menos barulhento daquele bar. Marinette e ele parabenizaram os noivos pela descoberta.

Segurando o celular, ele disse maroto:

— Vou passar o final de semana com você aí em Roma, nós podemos treinar para sermos os próximos a receber parabéns o que me diz, Princesa?

A namorada dele estava tomando café e engasgou com o conteúdo.

— Adrien, nem brinca com isso, ainda temos algumas coisas para resolver antes de um…

Ele cortou ela, tranquilizando-a:

— Estou falando que vamos treinar, treinar e treinar. Não estou sugerindo que devemos alcançar eles de cara Mari, um bom trabalho exige dedicação.

Ela corou até a raiz do cabelo, mas não disse nada, apenas se escondeu atrás da sua xícara de café.

Adrien decidiu voltar ao assunto principal.

— Você já fez planos para o seu aniversário?

Ela piscou os olhos azuis depois os semicerrou encarando-o fixamente.

— Como você sabe do meu aniversário?

Ele deu de ombros.

— Como eu não saberia? Eu sou o seu namorado, vai fazer um ano que somos um casal, Mari. Por que eu não saberia?

Ela mordeu o lábio inferior de maneira delicada, prendendo toda a atenção dele em si.

— Eu não lembrei do nosso aniversário de namoro na semana passada e você lembrou, isso me coloca na posição de péssima namorada, então achei que você poderia se vingar, se quisesse esquecer o meu aniversário eu não acharia estranho.

Ele deu uma risada tranquila fazendo-a corar.

— Não sou tão mesquinho, pensei que você já soubesse disso, Bugaboo. Estou planejando o seu aniversário desde o momento em que te deixei no aeroporto, então não vou deixar passar de forma alguma.

Ela sorriu e completou:

— Então eu tenho planos. Passar o final de semana com o meu namorado, comer bolo e…

Adrien emendou interrompendo-a:

— Passar bastante tempo entre os meus braços. Acho que isso vai ser…

Ela se sobrepôs a ele:

— O melhor aniversário da minha vida.

O resto da noite foi tranquila assim como aquela semana. Ele estaria mentindo se dissesse que não estava contando os segundos para o final de semana. Antes de viajar na sexta-feira à tarde, Adrien passou na padaria dos sogros e pegou os presentes que eles gostariam de enviar para a Mari, depois recebeu uma caixa do seu pai e outra da noiva do amigo. A bagagem do loiro era composta por uma mochila com as suas roupas e itens de higiene, e uma mala com os presentes da sua namorada.

Gorilla o levou para o aeroporto e a viagem de avião foi rápida e monótona. Quando chegou no aeroporto a sua namorada estava o aguardando com uma placa escrita à mão, “Esperando pelo meu gato de botas”, ele sorriu e correu até ela.

Marinette jogou-se contra ele, os braços sobre os seus ombros, as mãos entrelaçando-se em seu cabelo e os lábios cálidos matando as saudades que sentiam um do outro. Adrien deixou uma mão em sua cintura e a outra em sua nuca, puxando-a para si até o ar se fazer necessário.

Os dois ficaram ali de olhos fechados sentindo o perfume e o calor que emanava de maneira sublime entre eles.

Marinette sussurrou:

— Eu estava morrendo de saudades de você.

Ele deu um beijo suave na ponta do nariz da sua namorada.

— Idem.

Os dois sorriram e fitaram-se novamente antes de voltarem a se beijar, dessa vez de maneira mais contida e menos desesperada. De mãos dadas pegaram as malas dele e rumaram para um táxi.

Dentro do carro Marinette falou sobre o dormitório e suas regras que incluía: Nada de pessoas do sexo oposto; Isso fez com que ela alugasse um quarto de casal em um hotel recomendado pelo seu pai, Gabriel Agreste não perdia uma oportunidade como cupido. Agora a mochila que a sua namorada tinha em suas costas fazia sentido.

Desceram na frente de um prédio de cinco andares, com uma fachada intimista e muito aconchegante, uma imagem que divergia dos outros hotéis ao redor.

Marinette deu a mão para Adrien e disse:

— Vamos senhor Agreste, eu serei a sua guia durante esse final de semana.

 

Pov Marinette Dupain-Cheng

Assim que entraram no quarto, eles jogaram a bagagem no chão perto da cama de casal. O quarto era bonito e simples, o banheiro sem banheira, na sacada um pequeno sofá de um lugar, ao lado da cama uma cômoda com abajur, tudo em tons claros, indo do creme ao vinho.

Adrien foi para a sacada e Marinette o seguiu de perto, admirando todos os seus traços, curvas, deliciando-se com o cheiro dele, traçando com o polegar o contorno dos seus ombros à distância.

Ela suspirou contente.

Adrien virou-se pegando-a de surpresa, colocando-a entre ele e o beiral a sacada de frente para a paisagem da cidade, o sol estava se pondo e as luzes estavam começando a ser acesas, dali eles podiam ver parcialmente a Fonte de Trevi e o movimento dos turistas a sua volta.

O loiro sussurrou na curva do seu pescoço:

— Eu amo poder estar com você.

Ela jogou-se contra o peito dele de olhos fechados, sentindo-o atrás de si e colocando as mãos sobre as dele, absorvendo aquele calor gostoso que a envolvia da cabeça aos pés.

Ela respondeu exultante:

— Eu também.

Ele sentou no sofá puxando-a consigo, Marinette sentou-se no braço do sofá deixando as pernas descansarem no colo do namorado, os dois estavam de blusa de frio e calça jeans, mas ela queria sentir o corpo dele mais próximo do seu, por isso colocou a mão na nuca dele e fez um carinho nos fios loiros abaixo da touca cinza. Adrien colocou as mãos dele para trabalhar livrando-se primeiro dos sapatos dela e depois das meias. Marinette sentou-se no colo dele, livrando-se da touca do loiro, depois da blusa de frio e da camisa dele. Adrien gemeu de satisfação quando as unhas dela foram dos ombros dele até o cós do seu jeans.

Ele tirou a blusa dela admirando o sutiã rendado azul, um contraste que ela tinha escolhido a dedo para aquele momento, quando se olhava no espelho usando aquela cor ela sabia que os seus olhos tornavam-se um caminho sem volta. Marinette nem corou, porque estava extasiada com o desejo que dominava os olhos verdes que subiam e desciam pelo seu corpo, como se pudessem tocá-la até a alma. 

Adrien beijou-a subindo até o lóbulo da sua orelha onde deu uma leve mordida, fazendo-a suplicar por mais com todo o seu corpo, rebolando sofregamente sobre os quadris dele e arqueando os seios na direção do tronco do loiro sob si.

Ele falou divertido:

— Experiências ao vivo são sempre mais satisfatórias.

Ela precisou concordar descendo as alças do seu sutiã em um convite explícito para as mãos dele. Adrien abriu o sutiã dela sem pressa, todos os toques dele eram precisos e inebriantes para os dois. Eles voltaram a se beijar, agora pele contra pele, ambos seminus na sacada do quinto andar, Marinette sentia-se feliz por ter escolhido o quarto mais alto, assim ninguém poderia vê-los dali.

De olhos fechados ela sentiu o seu corpo ser colocado no sofá. Adrien de pé, inclinado sobre ela sorriu, colocando ambas as mãos dela presas entre as suas, prensadas contra o estofado do pequeno sofá, fazendo uma trilha de beijos e mordidas tentadoras do seu pescoço até o vale dos seus seios.

Ela murmurou entre os gemidos:

— ...desce mais…

O loiro não demorou a atender o seu pedido, com uma velocidade incrível ele se livrou da calça jeans e da peça de baixo rendada azul que o separava do seu objetivo. Quando ela sentiu o hálito quente dele de encontro a sua coxa, Marinette mordeu o lábio inferior segurando um gemido de antecipação que queria escorregar pelos seus lábios. 

Os olhos verdes ferinos voltaram-se para ela com satisfação.

— Não precisa se segurar para mim Princesa.

Provando o seu ponto de vista Adrien tomou-a com a boca cheio de volúpia, fazendo Marinette arfar, delirar, ansiar e agarrar-se aos fios loiros da nuca dele em busca de um elo com a realidade dentro daquele turbilhão de prazer e luxúria que a consumia por completo.

Ela chegou lá mais rápido do que gostaria.

Adrien subiu o rosto e ela ficou encarando-o completamente rendida, ver aquele loiro de olhos verdes ajoelhado entre as suas pernas, só de calça jeans, sorrindo vitorioso era realmente o caminho da perdição.

 

Pov Adrien Agreste

Marinette estava deitada de bruços, o lençol deixando as suas costas nuas para o calor da luz do sol que entrava no quarto. Os fios preto-azulados espalhados pela cama e pelo braço dele que estava abaixo da cabeça dela. As mãos delicadas que deixaram marcas em suas costas, agora estavam presas em seu braço e sobre o abdômen do loiro.

Aquele fim de tarde e madrugada foram dedicados a matar a saudade que os dez meses de distância impuseram sobre eles. Mesmo assim Adrien não conseguia manter suas mãos, desejos e anseios longe dela. Com carinho e devoção ele passou a palma da mão no rosto da garota, retirando os fios de cabelo que estavam caídos ali.

Ela abriu os olhos sorrindo para ele, depois aconchegou-se sobre o seu peito escondendo o rosto na curva do seu pescoço.

Adrien disse rouco:

— Feliz aniversário Mari.

Ela beijou o pescoço dele.

— Obrigada, mas acredito que desembrulhei o meu presente ontem.

Adrien riu da maneira natural com que ela disse isso. Ele sabia que ela devia estar corada até a raiz do cabelo, entre os dois, o Rei das frases safadas, cantadas clichês e descaradas era ele.

Sem pressa ele virou-se encarando-a.

— Aí que você se engana, eu trouxe uma mala cheia de presentes para você.

Os olhos que estavam recheados de desejo ganharam um ar alegre e infantil que deixou-o extasiado, ela era assim, meiga e feroz, uma combinação que sempre o deixaria louco.

Adrien levantou da cama vestindo uma calça de moletom preta sem cueca, sentindo os olhos azuis queimando sobre si. Virou-se de frente para ela jogando a blusa preta que fazia par com a calça na direção dela que vestiu, assim como ele sem a roupa de baixo.

Quando ela foi para a beirada da cama, ele colocou os embrulhos na frente dela.

Marinette perguntou:

— São todos seus?

Ele riu dela dizendo:

— Claro que não Bugaboo. Eu também comprei algo para você, mas não está aí.

Ela pegou a primeira caixa e quando viu os macarons sorriu oferecendo para ele.

— Esse aqui veio do meu pai, tenho certeza.

Adrien assentiu sentando-se ao lado dela na cama.

— Tem três presentes dos seus pais, dois da Alya, um do meu pai e o meu vou te entregar quando estiver indo embora amanhã.

Os olhos alegres logo ficaram amuados, mas sua namorada sempre conseguia esconder bem as suas frustrações dos outros, mas ele ainda podia ver, mesmo que ela se empenhasse em fugir das suas emoções negativas.

Ele desviou do assunto estendendo a caixa de Alya para ela.

— A noiva do Nino falou para abrir esse comigo.

Marinette segurou a caixa e a sacudiu com desconfiança.

Vendo o olhar do loiro sobre si, ela justificou:

— Não confio muito nos presentes da Alya, no meu aniversário de dezoito anos ela me deu um ingresso para um clube de strip-tease e um vibrador, meu pai ficou uma semana inteira tentando digerir isso, porque abri o presente na frente de todo mundo.

Adrien tentou não rir, mas foi impossível.

Um pouco emburrada, a namorada dele abriu a caixa. Segurando o par de camisas surpresa. Adrien viu os dizeres Madrinha e Padrinho assim que o telefone de Marinette apitou, junto com o dele. Pegando os aparelhos eles vislumbraram uma mensagem com o macacão de bebê escrito Afilhado.

Jogando-se no colo dele Mainette disse animada:

— Estamos sendo convidados para sermos os padrinhos do pequeno ponto da Alya.

Ele assentiu.

O resto da manhã resumiu-se ao café da manhã, um bolo que Adrien encomendou na recepção unido aos presentes comestíveis da padaria dos Dupain-Cheng. O pai dele deu um vestido de festa para Marinette usar na conclusão do seu curso, pelo menos foi o que a namorada disse para ele.

Devidamente vestidos depois de terem uma diversão rápida dentro do box do banheiro eles rumaram para a Fonte de Trevi, onde tomaram sorvete e jogaram uma moeda juntos. Almoçaram no Centro Histórico da cidade e Marinette fez questão de comprar lembranças para o pai do loiro, Natalie, Gorilla, para os pais dela, Alya, Nino e o afilhado deles. Adrien achou que ela não iria lembrar dele até que o estômago do loiro roncou.

Acanhada Marinette perguntou para ele:

— O que me diz de uma parada para o lanche?

Ele sorriu de lado.

— Não vou mentir, já que o meu corpo me entregou, estou faminto.

Marinette olhou em volta e avistou um restaurante chinês em meio a tantos restaurantes de massa, dando um amplo sorriso ela o arrastou porta a dentro. Depois de comerem eles receberam um brinde do restaurante que era oferecido aos recém-casados que passavam a lua de mel por ali, Marinette tentou explicar para a dona do restaurante que eles eram apenas namorados, mas a senhora não deu ouvidos. 

Quando Adrien estava pagando a conta, a senhora de meia idade estendeu o chaveiro de yin yang para o loiro.

— Vocês formam um belo casal.

Adrien aceitou o chaveiro e percebeu como eles pareciam mesmo yin yang, ela era a sorte e ele o azar, ela era a luz em meio a sua escuridão, como ímãs de polos diferentes, ela era o isolante e ele a eletricidade. Sorrindo consigo mesmo ele viu ela por o chaveiro em sua bolsa, como ele colocou na sua mala. 

Na noite de domingo Marinette o levou até o aeroporto, tudo parecia estar nublado, cinza e sem emoção, mas ele podia distinguir a falta de animação dele do cenário belo da cidade italiana. Quando pararam na entrada do embarque, ele tirou uma caixa de veludo vermelha de dentro do bolso lateral da sua mochila.

Os olhos azuis se fixaram na caixinha.

Adrien disse sorrindo:

— Quando você voltar eu vou pedir da maneira correta, por enquanto eu queria te dar isso assim.

Ele abriu a caixa e puxou uma corrente prateada com o anel de noivado belo e delicado pendurado nela.

Marinette assentiu segurando as lágrimas de alegria que antes eram de tristeza e saudade. Nenhum dos dois ousou dizer mais nada, as promessas mudas traçadas pelos amantes sonhadores costumam ser as mais belas e sinceras.

 

Pov Marinette Dupain-Cheng

Os últimos oito meses pareciam ser níveis intransponíveis de um jogo muito chato e complicado. Marinette estava contando os segundos dos minutos para poder voltar para Paris de vez. Apenas sua mãe e Gabriel sabiam que ela conseguiria voltar antes do planejado.

Ela esteve em Paris a exatos sete meses atrás, para o casamento da sua melhor amiga. Viu o namorado que só se tornaria noivo quando realmente pudessem estar mais tempo juntos e matou a saudade dos pais e do mentor. Mas nos últimos dias ela mal falava com o loiro, sempre que ela podia ele não tinha tempo e vice-versa. Pareciam estar em um beco sem saída, sempre brigando por causa de coisas bobas, tudo por conta das frustrações e receios de estarem distantes.

Marinette terminou de arrumar as malas, mas não se deu ao trabalho de ligar para Adrien, ela sabia que ele estaria ocupado. O desfile de 45 anos da marca Agreste era um evento e tanto, os moldes e peças que ela fez em colaboração com Gabriel foram enviados por e-mail, vídeo chamadas exaustivas e muito empenho de ambos os lados, ela tinha que admitir passou mais tempo com o mentor naqueles últimos quatro meses do que com o namorado.

Ela chegaria em Paris faltando exatos quinze minutos para o ínicio do desfile, a roupa dela estava pronta, foi costurada por Gabriel e Adrien a entregou no dia do seu aniversário, sem saber o real motivo. Um modelo com corte canoa nos ombros, decote coração, de tule azul acinzentado, drapeado e com a saia em forma de sino, algo que dava uma maior mobilidade para o salto de dez centímetros com cristais azuis que ela usaria junto com a peça. No caso do cabelo, ela optou por um coque e o arranjo de flores de cristais já estava fixado no penteado, assim seria mais fácil de manter tudo no lugar.

Gorilla a estava esperando na saída do voo, ela desceu entregando a mala para ele  e vestiu o vestido de gala dentro da limousine, colocou na orelha um brinco com um pequeno ponto de luz azul que combinava com os sapatos e arranjo do cabelo. Tirou o colar colocando o anel no dedo anelar direito, ela preferia que isso fosse feito por Adrien, mas não combinaria com a ocasião, muito menos com o seu vestido deixar o anel pendurado no seu pescoço e ela se recusava a deixá-lo guardado longe dela.

Desceu na parte de trás da Mansão Agreste onde os funcionários estavam organizando a recepção da festa. A estilista não daria as caras no desfile, por conta do conflito de horários, ela acabou ficando responsável pela recepção da festa, coisa que seria função de Natalie, mas a assistente pessoal do seu mentor seria sua auxiliar na tarefa. 

Assim que as duas se avistaram, Natalie encaminhou Marinette para o quarto de Adrien onde uma maquiadora a esperava, do ponto de vista dela não havia necessidade para isso, mas como Gabriel fazia questão de todos os detalhes, por mais efêmeros que fossem, Marinette cedeu. 

Devidamente vestida e maquiada ela começou o discurso de boas vindas daquele jantar, Adrien estava de terno, maravilhosos e alinhado com a gravata verde que ela mandou no Natal para ele. Os olhos verdes que estavam extremamente frustrados e entediados encheram-se de vida como um caleidoscópio. Ela tentou manter-se imparcial para não errar nenhuma palavra, mas foi difícil desviar sua atenção dele.

Assim que terminou ergueu a taça de champanhe em sua mão e disse:

— Um brinde a Agreste.

Os funcionários da empresa, o seu mentor que não cabia em si de orgulho, o namorado e principal modelo da marca, assim como os poucos repórteres que estavam permitidos naquele salão, a acompanharam no brinde. 

Ela desceu as escadas indo em direção ao loiro, mas foi interceptada por Jagged Stone.

— Preciso agradecer pelos óculos, já que eu não tive chance. Quando te procurei depois do meu último show você já estava em outro país.

Marinette sorriu tentando manter a calma, mas quando olhou em volta Adrien também parecia estar ocupado com os repórteres. E assim eles passaram pelo menos duas horas daquele reencontro.

Ela subiu as escadas a fim de ir ao banheiro, mas quando chegou na porta percebeu que o namorado teve a mesma ideia.

Marinette sorriu para ele a meia luz, pois a festa só podia ficar no andar de baixo, deixando o restante da casa em um grande breu.

Adrien segurou-a pela cintura beijando a testa dela.

— Bom te ver em casa.

Ela segurou-o pelos ombros e depois ajeitou a gravata dele com a mão direita. Os olhos do loiro fitaram a aliança com interesse. 

Ele segurou a mão dela e perguntou:

— Isso significa o que eu acho que significa?

Ela assentiu, sorrindo cúmplice para ele.

— Significa que a sua noiva está de volta à Paris essa noite e não pretende se afastar de você nunca mais.

Adrien beijou-a de maneira apaixonada, depois beijou a mão dela onde estava o anel.

Desajeitadamente ele contou que estava treinando outros administradores para assumirem a Agreste por três meses, pois ele pretendia viajar para encontrá-la e passar um tempo com ela em Roma, estava olhando até mesmo alguns imóveis, quando Gabriel o impediu naquela tarde, ele não entendeu bem os motivos do pai dele.

Adrien disse surpreso e conformado:

— Ele sabia que você voltaria hoje, não sabia?

Marinette assentiu levando o loiro consigo para o quarto dele.

— Ele e a minha mãe.

Adrien jogou-se no sofá enquanto ela se ajeitou ao lado dele.

Um pouco receoso ele perguntou:

— Você desistiu do curso? Era uma oportunidade muito boa de se aperfeiçoar, você não dever…

Marinette se apressou em calá-lo com o seu dedo indicador sobre os seus lábios.

— Não pense demais, Adrien. Eu terminei o curso com um ano e meio, conversei com o amigo do Gabriel e nós chegamos a um acordo, eu era a única aluna que tinha aulas de manhã e pela tarde, assim fiz nesse espaço de tempo o que seria feito em três anos.

Ele sorriu e beijou o dedo dela.

— Então agora você está livre.

Ela assentiu e beijou-o, o vestido, o terno, a festa, as bebidas a comemoração, tudo foi esquecido por eles. 

Amaram-se.

Deitados na cama do loiro olhando um para o outro, eles perceberam que a vida acontece quando você menos espera, as coincidências são a parte mais intrigante do destino.


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Notas finais do capítulo

Terminada ^.^
Espero que tenham gostado!
Agradeço a todos que comentaram e leram até aqui e um beijo especial para cada leitor fantasma (que lê e não comenta srsrs) Eu era assim ^.^
Até uma próxima!



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