Pokémon - Luz do Amanhecer escrita por Benihime


Capítulo 7
Um estranho pokémon




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Calista acordou devagar, ainda exausta. Havia passado duas semanas no hospital após o ataque dos Gengars, principalmente por causa das dores horríveis que sentia na perna direita, e a sessão de fisioterapia feita na tarde anterior não parecia ter ajudado. Pelo contrário, apenas a deixara cansada. Sua perna doía mais do que nunca e seu corpo inteiro parecia feito de chumbo. A exaustão era tanta que a jovem nem abriu os olhos.

— Mas que droga, Gary! — Calista ouviu uma voz familiar sibilar em um sussurro. — Pensei que tivesse dito que ela ia ficar bem, seu babaca! Ela não está melhorando, nós dois sabemos disso!

— Pare com isso, Ash. — Outra voz rebateu com impaciência. — A Caly vai ficar bem. Os machucados não foram tão profundos assim. Bom, exceto ...

— Ok, já entendi. — Ash interrompeu asperamente. — Mas e se a minha irmã foi envenenada por aqueles Gengars? Será que alguém pensou nisso?

— Claro que sim, Ash. — Gary rebateu. — Os médicos a examinaram. Não há veneno. Caly está bem. Além do mais, se houvesse veneno, os efeitos teriam aparecido bem antes.

— Bom ... Obrigado, de qualquer jeito. Por tirar ela de lá.

— Nem precisa me agradecer. — Gary respondeu. — Você não é o único que não quer perdê-la, Ash.

— Então você ... — A voz de Ash se afastou, sua voz se tornando baixa e distante demais para que Calista pudesse entender o que fora dito.

— Sim. — Ela ouviu Gary responder. — Mais do que tudo.

— Ótimo. — Ash bufou ironicamente. — E é bom que não esqueça disso, seu babaca.

Calista estava cansada demais para prestar atenção na conversa depois disso, e se deixou vagar para o sono mais uma vez. Acordou novamente algum tempo depois, finalmente se sentindo descansada o bastante para abrir os olhos.

Malditos analgésicos. Pensou Me sinto um zumbi.

De fato, os analgésicos tomados para a dor na perna ferida pelos Gengars eram potentes e a nocauteavam por boa parte do dia. Havia sido assim nas duas semanas no hospital, e nas três que precederam sua alta até aquele dia. E Calista agradecia aos céus pelo fato de os médicos haverem considerado contraproducente o uso contínuo das substâncias. Havia ocorrido uma melhora, e eles acharam mais sábio manter os analgésicos em uso ocasional. A morena não os tomava desde o dia anterior, e o efeito da última dose estava finalmente passando, deixando-a fraca, porém alerta.

Calista sentou-se na cama devagar. Estava no centro pokemon em Santalune. Era final de tarde, e a luz entrava pela janela, brincando de claro e escuro no quarto, fazendo com que tudo assumisse tons de bronze e sombras profundas.

Um chilro suave soou à sua esquerda, e a morena sentiu uma mão pequena tocar sua bochecha. Ao se virar, viu-se encarada com preocupação por dois grandes olhos azul-esverdeados.

Sem conseguir se conter, a irmã de Ash soltou um gritinho abafado de susto. O pokemon olhou em volta freneticamente, fazendo sinal para que ficasse em silêncio.

— O que foi? — A morena inquiriu, curiosa por aquela atitude. — Não quer que nos ouçam?

A pokemon assentiu, chegando ainda mais perto e se acomodando em seu ombro direito. Na pausa que se seguiu, a estranha criatura começou a cantarolar baixinho, um som que acalmou Calista e lhe causou um pequeno flash de memória: lembrou-se de haver visto aqueles olhos azul-esverdeados de relance, envoltos pelas sombras e pela densa folhagem das árvores na floresta de Santalune.

— Foi você, não foi? — A jovem inquiriu. — Você me salvou dos Gengars. Obrigada por ter ajudado. Aquilo foi bem corajoso, sabia?

A pokemon sorriu largamente, parecendo orgulhosa de si mesma, então se recostou contra a bochecha de Calista, se envolvendo nas mechas de seu cabelo negro e brincando com elas, o que fez a irmã de Ash rir. Foi nesse momento que a porta se abriu, fazendo com que a pokemon pulasse de susto e se escondesse entre os cabelos de Calista.

— Caly! — O tom de Gary foi de alívio. — Quando você acordou? Como se sente?

— Agora. E estou dolorida. — Ela respondeu. — Mas tudo bem. Eu estou bem. Acordada, pra variar.

Gary sentou-se na beira da cama e Calista abriu os braços em um convite. Ele aceitou de imediato, descansando a cabeça contra o peito da jovem.

Ela o envolveu, passando um braço por suas costas e acariciando seu cabelo com a mão livre. O jovem se deixou ficar, passando os braços pela cintura dela como se ainda fosse um garotinho.

— Eu pensei que fosse te perder naquela noite. — O rapaz sussurrou. — Eu realmente pensei que você fosse morrer, Caly. Nunca mais me dê um susto daqueles.

— Mas eu não morri. — Ela o lembrou gentilmente. — Estou aqui. Deu tudo certo. Está tudo bem agora.

— Não está! — Ele se livrou daquele abraço bruscamente, endireitando a postura para olhá-la nos olhos. — Não tivemos a oportunidade de falar sobre isso antes, mas ... Você estava por um fio, Caly. Aqueles Gengars quase ...

— Quase. — Calista salientou enfaticamente. — Saímos de lá a tempo, e estamos seguros agora. Isso é tudo o que importa.

Gary balançou a cabeça, incrédulo com o que ouvia. Tão corajosa, e tão descuidada ... A pior parte é que ele já esperava que Calista dissesse aquilo.

Era a primeira vez que tinham a oportunidade de conversar desde que ela deixara o hospital, a primeira vez em que ele a via completamente alerta, e não entorpecida pelos remédios. E, ainda assim, ela reagira exatamente como ele esperava. Era exasperante. Dava vontade de sacudi-la até enfiar algum juízo naquela cabeça dura. E foi o que Gary fez, agarrando-a pelos ombros e lhe dando uma leve sacudida.

— Caly, nunca mais faça algo tão estúpido. No que diabos você estava pensando?

— Eu sinto muito. — Ela abriu um sorriso apologético, estendendo uma das mãos para bagunçar-lhe os cabelos já rebeldes. — Fui imprudente. Da próxima vez que eu entrar em uma briga, vou me certificar de estar preparada, está bem?

— Ótimo. — O neto do professor Carvalho tentou esconder o tremor em sua voz, sem sucesso. — Eu não quero ver você se machucar daquele jeito de novo. Nunca mais.

— Pare de se preocupar. — A irmã de Ash revirou os olhos, rindo baixo. — Eu vou ser mais cuidadosa de agora em diante. Prometo. Relaxe, ok?

— Foi minha culpa. Se eu não tivesse me atrasado, então ...

— Não. — Calista lhe deu um tapinha no ombro em repreensão, embora seu tom de voz tenha sido gentil. — Não diga bobagens. Você estava atrasado, mas fui eu quem entrou na floresta. Falando nisso ... Como está a nossa dupla?

— Umbreon está bem. Mirabelle ainda está fraca, mas já está de pé. — O rapaz informou. — Ansiosa para ver você. Ela até tentou, mas achamos melhor mantê-la afastada até você ... Bom, até você conseguir ser você mesma, e não sua versão zumbi.

— Babaca. — A morena sorriu, sem se ofender com a provocação. — Aposto que a Mira está adorando isso.

— Com certeza. — Gary finalmente se rendeu a uma risada, embora baixa e contida. — Ela é bem ... Temperamental para uma pokemon tipo Fada.

— Não precisa suavizar, Mira é uma brigona mesmo. — Dessa vez, Calista riu com gosto. — Ela sempre foi, mesmo quando era uma Eevee. Me lembre de te contar sobre a vez em que ela me acertou com Cauda de Ferro porque perdemos uma batalha.

— Ela fez isso?! Nossa!

— Sim, essa fadinha não é fácil.

— Falando nela ... Tem certeza de que está melhor? Aquela maluca está querendo te ver a todo custo. — Gary esqueceu a preocupação por um momento, soltando uma sonora gargalhada. — Ash tentou colocá-la na pokebola. Ela o acertou com aquelas fitas, direto na cara. Foi hilário. Ele caiu sentado como um saco de batatas.

— Essa é a minha garota! — Calista exclamou, divertida. — E sim, eu estou bem.

— Ótimo. Vou chamá-la, então.

— Obrigada. Mas não pense que essa conversa acabou. Ainda tenho uma coisa pra te dizer.

— Então diga.

— Mais tarde. — A morena respondeu. — Aposto que o Ash vai estar aqui a qualquer momento. Ele tem sido insuportavelmente super protetor nessas últimas semanas.

— Ele esteve aqui uma hora atrás. Aposto que não vai voltar tão cedo.

— Caly? — A voz de Ash soou da porta, seguida pela cabeça do garoto espiando para dentro do quarto. — Hey, é bom te ver acordada, mana.

— Eu te disse. — Calista riu enquanto acenava para seu irmão mais novo. — Oi, Ash. Entre.

— Melhor deixar vocês dois conversarem. — Gary disse. — Vou buscar a Mirabelle.

— Tudo bem. Até mais, Gary-Ados.

— Até, Caly-Nite.

Assim que Gary saiu, Ash soltou uma risada maliciosa, sentando na beira da cama de sua irmã.

— Ele gosta mesmo de você. — O garoto declarou. — E acho que o sentimento é recíproco. Certo, mana?

— Cale a boca, pirralho. — Calista riu, feliz demais para sentir raiva. — Então, como vão as coisas? O que eu perdi?

— Não muito. Mamãe está um pouco melhor, os médicos dizem que ela pode acordar a qualquer momento.

— Já era tempo!

Ash não pôde dizer mais nada, pois Mirabelle entrou correndo. Ela saltou sobre a cama e se jogou nos braços de Calista com um gritinho de alegria, derrubando a morena contra os travesseiros. A irmã de Ash soltou uma sonora gargalhada.

— Oi, garota. — Ela disse calorosamente. — É, eu sei. Também fiquei preocupada com você. Agora calma, sua louca, ou vai acabar me esmagando!

Mirabelle não recuou, se aninhando ainda mais nos braços de sua treinadora. Suas fitas azuis a envolviam com tanta força que quase chegava a machucar, mas Calista não protestou, pois seus braços envolviam a Sylveon da mesma maneira.

— Desculpe. — Serena disse da porta. — Foi impossível contê-la. Ela correu para cá como um míssil assim que Gary falou seu nome.

— Sem problemas. — A performer kantoniana declarou, sorrindo tranquilizadoramente para a jovem loira por cima do ombro de sua pokemon. — Estou perfeitamente bem agora.

— Tem certeza? — Serena perguntou, ainda relutante. — Você ficou muito machucada. Os médicos disseram ...

— Tenho certeza. — Calista interrompeu. Seu tom, embora gentil, não admitia discussão. — Além do mais, você sabe que sou uma garota durona.

A performer kalosiana deu uma risadinha, lembrando-se de Ash na floresta, no dia em que conhecera os dois irmãos. O próprio Ash riu ao perceber que sua irmã se lembrava tão bem daquelas palavras proferidas tantos anos atrás.

O grupo ficou reunido o resto do dia. Dawn chegou algum tempo depois trazendo doces e a reunião se transformou em uma festa informal, que só foi interrompida quando o professor Carvalho bateu na porta, já perto das nove da noite.

— Tudo bem, pessoal. — Ele disse severamente. — Hora de deixar Calista dormir.

— Awn, professor! — Ash protestou, desapontado. — Ainda não é tão tarde.

— Sua irmã precisa descansar, Ash. Venham, vocês podem vê-la amanhã. Ela não vai fugir, sabiam?

— Não prometo nada.

— Calista ... — O professor balançou a cabeça em desaprovação, mas não conseguiu conter um pequeno sorriso. — Você não tem jeito, menina.

Ainda relutantes, Ash e os outros deixaram o quarto. O professor Carvalho ficou sozinho com Calista, e a fitou com preocupação paternal. Afinal, havia visto aquela garota crescer. Prometera que a protegeria. Ela própria o considerava quase como um segundo pai. Ele não podia evitar se preocupar.

— Você está bem mesmo? — Ele inquiriu enfim. — Precisa de alguma coisa?

— Eu estou bem. — A jovem garantiu. — Obrigada, professor.

— Ei, vovô. — Gary chamou, parado no corredor atrás do avô. — Encontrei o que o senhor estava procurando.

— Que ótimo! — O velho exclamou, se entusiasmando de imediato. — Vou dar uma olhada. Boa noite, Calista. E para você também, Gary.

— Boa noite, professor.

— Boa noite, vovô. 

Quando seu avô saiu, Gary entrou e sentou-se na beira da cama de Calista mais uma vez.

— Gary, eu te devo desculpas. — A morena declarou em voz baixa. — Minha reação no festival foi ... Muito além do necessário.

— Eu fui o idiota que te deixou esperando. Me desculpe também.

— Então, como estamos? — Ela inquiriu, bem humorada. — Quites?

— Sim. Estamos quites, desde que isso nunca mais aconteça de novo.

— Parece um bom acordo.

— Ótimo. — Ele sorriu. — Eu tenho uma coisa para você. É uma surpresa, então feche os olhos.

Essa ordem fez Calista estreitar os olhos jocosamente, encarando-o com desconfiança fingida.

— Gary Carvalho, o que diabos você está aprontando?

— Não confia em mim, Caly?

— Claro que confio.

Calista fechou os olhos e Gary envolveu algo frio em volta de seu pescoço. Ela pôde sentir que era um colar, e com um pingente pesado.

— Ok, pode abrir agora.

A jovem obedeceu e sua mão se ergueu para segurar o pingente, que cabia perfeitamente no côncavo de sua palma. Ela o admirou, quase hipnotizada. Era uma pedra brilhante com asas ao redor. As correntes que formavam o engaste tinham a forma de chamas que espiralavam ao redor da pedra e a prendiam no centro do pingente.

— Uau! — Calista exclamou, deliciada com a beleza do presente. — É magnífico!

— Que bom que gostou. — Gary sorriu orgulhosamente. — Isso me lembrou de você, então ...

— Também tenho uma coisa pra você. Está na segunda gaveta da escrivaninha.

Ele abriu a gaveta e encontrou algo cuidadosamente embrulhado em papel presente.

— Um livro. — O jovem adivinhou, rindo. — Obrigado, Caly.

— Abra primeiro, me agradeça depois.

Gary desembrulhou o livro. Era sobre fatos evolutivos pokemon pouco conhecidos, lançado alguns anos atrás pelo Professor Elm, da região de Johto. Um livro relativamente antigo, mas ainda muito conceituado, e muito difícil de conseguir.

— Como você sabia?! — O jovem pesquisador pokemon exclamou, surpreso. — Esse era exatamente o livro que eu precisava!

— Seu avô me disse. — Calista riu, dando de ombros delicadamente. — Um agradecimento por ter sido meu herói naquela noite.

— Foi você a maluca que enfrentou uma horda de Gengars com as mãos nuas. — Gary rebateu jocosamente. — Eu só peguei carona.

A morena sorriu, divertida com aquela resposta, e estendeu uma das mãos com a palma para cima. Gary aceitou o convite e sentou-se ao seu lado novamente. Para sua surpresa, Calista não soltou sua mão. Ao invés disso, entrelaçou os dedos aos dele.

— Obrigada, Gary. — Ela disse suavemente. — Por ter voltado mesmo depois do que eu disse. Por estar ao meu lado quando eu precisei.

Gary subitamente se viu incapaz de falar. Estava com a língua presa, paralisado, com o coração a mil. Só conseguia olhá-la nos olhos, como se vítima de um feitiço.

Tudo bem, ele disse a si mesmo. É agora ou nunca. Diga a ela!

— Caly, eu ... Aquilo foi ... Quer dizer ... — Ele parou, passando os dedos da mão livre pelo cabelo em um gesto nervoso enquanto procurava pelas palavras certas. — Eu não quero estar do seu lado só uma vez. Quero ser aquela pessoa com quem você pode contar, não importa o problema. E eu teria feito mais naquela noite. Teria feito qualquer coisa que fosse preciso para não perder você.

— Você não vai me perder, seu bobo. — A morena riu suavemente, seus olhos verdes brilhando como folhas iluminadas pelo sol. — Venha cá.

Ele obedeceu. Calista se inclinou e seus lábios se tocaram. Não foi um beijo como os dos filmes, foi apenas um toque de lábios, um selinho. Os de Calista ainda tinham gosto de morango e chantilly do bolo que Dawn trouxera. E Gary quis mais, muito mais. Mas não teve coragem de aprofundar o beijo. Bastou poder abraçá-la depois, saber que ela estava bem.

Passos soaram no corredor, seguidos pelo farfalhar de algo caindo, fazendo com que os dois se separassem abruptamente.

— O que foi isso? — Calista perguntou, assustada.

— Não sei. Espere, vou dar uma olhada.

Gary olhou primeiro através uma fresta na porta. Ao se certificar de que não havia ninguém no corredor, a abriu e pegou alguma coisa. Era um pequeno buquê de margaridas.

— Isso estava na frente da porta. — O rapaz informou. — Um admirador secreto, Caly-Nite? Já se cansou de mim assim tão rápido?

— Bobão. — Ela riu com gosto da piada boba. — Ash, Dawn ou Serena devem ter deixado o buquê. Provavelmente não quiseram ... Nos interromper.

— É, talvez ...

— Hey, não precisa ter ciúmes. Eu não ligo para quem deixou o buquê. 

— Tudo bem. — Gary sorriu, satisfeito com aquelas palavras. — Vou te deixar dormir. Boa noite, Caly.

— Boa noite, Gary.

Ele se inclinou e a beijou na testa antes de sair do quarto, desligando as luzes ao passar. Calista ligou o abajur. Assim que a porta se fechou, o pequeno pokemon de olhos azuis de antes reapareceu.

— Ah, aí está você! — A mulher sorriu. — Estava com medo do pessoal, é?

O pokemon assentiu enquanto Calista se deitava, acomodando-se bem ao lado de sua cabeça, virado de frente de modo a olhá-la nos olhos e brincando mais uma vez com uma mecha do cabelo da morena. Parecia ter fascinação pelos cachos negros.

— Não se preocupe, eles são legais. — A irmã de Ash assegurou gentilmente. — Você vai gostar deles quando os conhecer.

Calista estendeu uma das mãos para o buquê, que Gary deixara na mesinha ao lado da cama. Com o gesto, um pequeno pedaço de papel dobrado caiu sobre sua barriga. Ao pega-lo e desdobrar a folha, viu a assinatura: Clemont.

— Oh, que droga! — Exclamou.

O pokemon misterioso chegou mais perto, acariciando sua bochecha em um gesto de conforto. 

— Obrigada. — A morena disse, esboçando um sorriso. — Você é um doce, sabia?

Calista deixou a luz acesa e tentou dormir, mas o sono não vinha. Foi então que o estranho pokemon ao seu lado começou a cantarolar. A canção era suave, quase como o sussurro do vento. Se prestasse muita atenção, Calista quase podia discernir a letra. Lembrava uma antiga canção de ninar de sua infância.

Sem perceber, a jovem finalmente se entregou ao sono, adormecendo tão profundamente que nem percebeu o pequeno pokemon de olhos azuis desligar o abajur e se deitar novamente ao seu lado, o rosto aninhado contra o seu.


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