Joia de Família escrita por Denise Reis


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Olá!

Continuo valorizando os detalhes da história, portanto, muito atenção nestes momentos que as vezes possam ser interpretados como dispensáveis... Insisto para que não pulem linhas ou parágrafos...

Amei os comentários que vocês postaram. Li todos e amei todos. Vou ser repetitiva, mas preciso falar: Os comentários me motivam a escrever.

Boa leitura.

Beijos. ❤

Denise ❤



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Doze anos se passaram...

Desde que se formou na Columbia University, Richard Castle era um excelente Administrador de Empresas e, com muito empenho, tornou-se um empresário de sucesso. Ele era o proprietário da Castle's Planned Furniture, uma rede de lojas de móveis planejados, que, desde a inauguração, foi sucesso absoluto e muito rapidamente as lojas se espalharam pelo mundo, por meio de franquias.

A Castle's Planned Furniture era especializada em projetar e fabricar móveis para residências, escritórios, consultórios médicos, estantes, bancadas e acessórios em geral, incluindo leitos hospitalares para clínicas e hospitais.

Ele morava em um lindo, espaçoso e luxuoso loft duplex em Manhattan com sua filha, Alexis. Quem também morava com ele era sua mãe, Martha, uma ruiva bonita e charmosa que beirava os cinquenta anos.

Sempre que não tinha compromissos profissionais durante a tarde, Richard Castle se organizava para chegar mais cedo em casa a fim de estar com sua filha, Alexis. Era sempre assim... Ele aproveitava todos os minutos que podia para ficar com sua garotinha linda, pois ela era a pessoa mais importante da sua vida e a amava com todas as suas forças.

Ao chegar ao loft, Richard Castle o encontrou silencioso.

Consultou o relógio de pulso e percebeu que ainda era cedo e sua filha ainda não deveria ter chegado do colégio. Sendo assim, foi direto para sua suíte master e ao abrir a porta do cômodo ouviu som de vozes que vinham do seu closet e lá encontrou sua mãe que orientava a Arrumadeira a organizar os armários e as gavetas.

O seu closet era amplo e ao centro havia um pufe muito grande e sobre ele estavam várias peças de roupas, objetos diversos, inclusive algumas caixinhas de joias.

Assim que percebeu a presença do filho, Martha enviou um sorriso de satisfação ao se deparar com ele — Criança, que bom te ver! Chegou cedo, eihm! – o amor no olhar e na voz de Marta era algo lindo e Richard Castle também a amava muito.

— Olá, mamãe! – ele foi até Martha e depositou um beijo na testa dela. Em seguida, ele cumprimentou a Arrumadeira — Olá, Sra. Schineder.

— Olá, Sr. Castle! – a Sra. Schineder devolveu o cumprimento ao patrão. Trabalhava para ele desde que Alexis nascera.

— Estamos no final da organização de seus armários e de suas gavetas, Richard... – Martha sorriu para o filho — No máximo cinco minutos, ok? Logo sairemos daqui e o deixaremos à vontade.

— Tudo bem, mãe... Pois é... Cheguei cedo porque a reunião agendada para o final da tarde terminou antes do esperado.

— Richard, seus armários e gavetas já estão todos arrumados. Eu separei algumas caixinhas que encontramos espalhadas em várias gavetas e a Sra. Schineder vai reuni-las em uma só gaveta para facilitar você localizar suas coisas... Só estojos e caixinhas.

— Ah, tudo bem, mãe! Ótimo! Boa ideia! – Castle elogiou a iniciativa da mãe e da Sra. Schineder.

Ao ouvir o comentário da mãe, Castle olhou na direção das tais caixinhas que estavam sobre o pufe e, curioso, foi lá ver o que havia nelas. Com exceção dos relógios que sempre pegava, ele tinha certeza que não se recordava da maioria delas.

Sem se sentar, ele apenas curvou o corpo, esticou o braço e passou a tocar as tais caixinhas e foi abrindo uma a uma e constatou que estava certo, pois, realmente, eram coisas que nem se lembrava mais.

No meio delas encontrou também muitas embalagens dos relógios que usava com frequência. No entanto, ao abrir uma antiga caixinha de couro, reconheceu imediatamente seu conteúdo. Havia um par de abotoaduras que herdara de seu avô e, na mesma caixinha também estava uma corrente em ouro amarelo, estilo Piastrine, de onde pendia uma medalhinha, também em ouro, com a figura de Divino Espírito Santo em alto relevo.

Antes mesmo de tocar na peça, Richard Castle percebeu que ela se abria em duas partes como um livro e, desligando-se do presente, sua mente foi para o passado.

Em silêncio, Martha assistia o filho fazer aquela análise, enquanto a Sra. Schineder continuava a arrumação.

A sensação de voltar a ver aquele adorno em ouro o fez sentar-se no pufe. Era como se tivesse entrado no túnel do tempo. Ele lembrou que dentro daquela pequena peça valiosa continham duas pequenas fotografias. De um lado havia a foto de um homem e no outro lado, estava a foto de uma belíssima mulher. Na parte inferior de cada uma das duas fotografias continham as inscrições “papai’ e “mamãe”, respectivamente.

Seu coração deu um salto ao mirar a joia que ainda repousava ao lado das abotoaduras que pertenceram ao seu avô.

Imediatamente, fez um rápido cálculo mental... “Já tem aproximadamente doze anos”... ele pensou, e visualizou na sua mente a imagem nítida do doce rostinho da linda menina de tranças que ele acreditava ser a dona daquela joia.

Maravilhado, Castle retirou a correte com o pingente do interior da caixinha de couro e ficou a admirar as duas pequenas fotografias existentes dentro da medalha e ficou a devanear acerca daquela joia e da destemida garotinha de tranças.

Percebendo a expressão abalada do filho, Martha sondou com muito carinho — Tudo bem, filho? Você ficou surpreso ao encontrar esta joia... – ela franziu a testa em sinal de que não reconhecia a peça— Não é sua. Pelo menos eu não me lembro de tê-la visto antes...

Após alguns segundos de silêncio, Richard respondeu — Você está certa, mamãe. Esta joia não é minha... A senhora nunca a viu mesmo.

Enquanto Richard Castle examinava os objetos, a Sra. Schineder continuava a fazer seu trabalho. Ela pegara as demais caixinhas que estavam no pufe e as acondicionou em uma gaveta — Sra. Rodgers, terminei! Veja, reservei esta gaveta somente para estas embalagens e caixinhas.

— Ficou ótimo, Sra. Schineder! Obrigada! – Martha agradeceu.

— Obrigada, Sra. Schineder! – Castle também agradeceu.

— Bem, eu já vou.

Após os cumprimentos e despedias de praxe, a Arrumadeira saiu e Martha voltou a indagar ao filho acerca da bela joia.

— Então, de quem é, querido?

Torcendo levemente a boca e fazendo lentamente um sinal negativo com a cabeça, indicando desconhecer seu real dono, ele olhou para a mãe e repetiu a pergunta, mas ele mesmo respondeu — De quem é? Não sei...  – Richard falava devagar — Na verdade, mamãe, eu até imagino de quem seja, mas não tenho certeza. Acho que deve ser de uma linda garotinha que estudou no mesmo colégio que eu estudei... Só que eu já estava na faculdade na época em que encontrei esta corrente com a medalha, mãe. Naquele dia, por curiosidade, eu abri a medalha e vi as fotos deste casal que talvez sejam os pais da menina, já que a mulher é uma versão adulta da tal garotinha.

Richard mostrou à sua mãe o jovem casal, cujas fotografias estavam coladas no interior da medalhinha— Você os conhece, mamãe?

Martha analisou os traços do jovem casal e fez um gesto negativo com a cabeça— Infelizmente,  nunca os vi, filho.

Richard ficou desanimado.

— O que você foi fazer no Saint Anthony of Padua Educational Institute depois que saiu de lá, Richard? E como você conheceu esta garotinha?

— É uma longa história, mãe... Eu estive lá porque fui convidado pelo Diretor para uma reunião... Ele me oferecera uma vaga para estágio lá no colégio... Mas nem consegui... – Castle explicou tudo à mãe, mas não deu muitos detalhes — E naquele dia eu encontrei esta corrente com a medalhinha no pátio do colégio, mãe. – ele finalizou a narrativa.

— Então, querido, porque você não entregou esta joia ao Diretor no momento em que você esteve com ele para a tal reunião? Oh, filho!

— Fiquei tão entretido com os assuntos estressantes antes e durante a reunião, que eu esqueci completamente de entregar... Até pensei em retornar lá depois para devolver, mas também esqueci... O Diretor explicou que não podia me recrutar no estágio que me oferecera, mas conseguiu outro ainda melhor. O meu curso na faculdade e o novo estágio tomavam muito do meu tempo e aí foram passando semanas, meses, anos... Eu esqueci completamente desta medalhinha, mamãe. Minha vida mudou completamente... Formatura, emprego, a fundação da empresa e tantas outras atividades que me fizeram esquecer totalmente disto. – ele olhou a medalhinha e, com o misto de saudade e culpa, encheu o peito de ar.

— Estou vendo que você a guardou junto de outra joia...

— Sim, mamãe, eu guardei a medalhinha na mesma caixinha da abotoadura do vovô que herdei do papai... – Castle ergueu a abotoadura e a mãe conseguiu ver com mais clareza a joia do seu falecido marido – Eu queria usar esta abotoadura em alguma ocasião importante, só que nunca a usei e, assim, nunca mais abri esta caixinha, ou seja, não vi mais esta medalhinha. Acho até melhor guardar as abotoaduras em uma caixinha separada.

— Filho, será que se você for ao Saint Anthony of Padua Educational Institute, você consegue localizar a tal garotinha? Você tem livre acesso ao colégio porque a Alexis estuda lá.

— Eu sei, mãe, mas isso aconteceu há... – Castle ficou a meditar e a calcular novamente quanto tempo aquele episódio havia acontecido — Creio que isso aconteceu há uns onze ou doze anos... Acho que doze... E a tal menina de tranças com certeza já deve ter saído de lá. E até onde eu sei, o novo Diretor do colégio é o Sr. John Zimmermann e tanto o Inspetor McGregor quanto o Sr. Pablo Dummont, o antigo diretor, já se aposentaram.

— Sim, filho, mas como você é muito comunicativo e tem um bom relacionamento com o Sr. John Zimmermann, você pode pedir a ele para encontrar a tal menina...

— Mãe, eu mal sei o nome da menina, quanto mais o sobrenome dela.

— Ih! Aí a coisa muda de figura.

Castle franziu a testa, pensativo, e arriscou — Se não me falha a memória, a menina se chama Kathelyn, Kathleen, Katherine ou Ketherine, não me lembro bem... Contudo, eles a chamavam de Kate.

— Ainda acho que você deveria tentar falar com o Sr. John Zimmermann, filho. Acho que eles teriam alguma notícia sobre o paradeiro tanto do Inspetor McGregor quanto o Sr. Pablo Dummont, o antigo diretor.

— Vou seguir o seu conselho, mamãe. – Martha o olhou com atenção e o viu tirar o seu telefone celular do bolso — como ainda é cedo... Vou telefonar para a escola e dispensar o transporte escolar da Alexis e avisar que eu mesmo irei pegá-la e que também quero falar com o Sr. John Zimmermann, o Diretor, pessoalmente.

— Faça isso, filho! – Martha comentou e logo recebeu do seu filho um beijo estalado no rosto.

ೋ ✿ • ♡ •✿ ೋ

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

Que venham comentários!



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