Joia de Família escrita por Denise Reis


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Continuo amando receber os comentários e já respondi a todos com o coração cheio de amor, alegria e gratidão.

Continuo maravilhada por ter minha fic incluída na relação de FAVORITOS das queridas leitoras "Luana Lima SKKB", "Bethlopes", "Glaucia", "Jansenizia Brasil" , "Fran Sousa" e "Fernanda Mônica Souza Silva". Obrigada por isso e vou continuar me esforçando para escrever.

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Obrigada por estarem aqui.

Bem, já falei muito, né... Normal!!! rsrs

Boa leitura e até breve! ❤

Denise❤



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Com um sorriso cortês, o Sr. Dummont fez um gesto educado, apontando para uma das poltronas em frente à sua mesa. — Antes de mais nada, Castle, sente-se. Inicialmente, vou resolver este problema administrativo com o Inspetor McGregor e logo converso com você.

— Ah, obrigada! – Tenso com a situação em que se encontrava, Castle deu um sorriso fraco e se acomodou, quando percebeu o Diretor enviar um olhar duro ao aluno Frederico Smith.

Após alguns segundos de meditação, o Diretor também indicou a outra poltrona para o Inspetor. Para o estudante, foi apontado um comprido banco de madeira, encostado à parede.

Todos acomodados, o Diretor encheu o peito de ar e demonstrou estar esperando a explicação do Inspetor — Então...

Já menos tenso e com o mesmo olhar gélido, o Inspetor narrou o incidente que acontecera no pátio com os alunos, informando os depoimentos que ouviu, ressaltando que chegou no momento em que encontrou o Frederico caído ao chão, com a camisa rasgada e os cabelos bagunçados e, ao lado dele, estavam o Castle, Brenda e apequena Kate.

Ao saber que o Castle estivera envolvido no incidente narrado pelo Inspetor, o Diretor o olhou confuso, mas nem chegou a falar nada porque o moço procurou explicar.

— Sr. Dummont, eu preciso esclarecer os fatos narrados pelo Inspetor. O senhor me conhece desde que eu era criança. O senhor sabe o modo como eu fui criado, ou seja, o quanto minha mãe foi rígida comigo, me cobrando comportamento e aprendizado. Eu procurei seguir os seus conselhos e nunca causei problemas aqui no colégio. Posso falar? – Castle pediu licença para falar.

— Sim, meu jovem. – O Diretor aceitou — Conheço suas qualidades e já ia pedir mesmo para você dar a sua versão, até porque, o Inspetor não chegou no início do conflito.

Frederico inchou de raiva e as veias do seu pescoço saltavam ao fazer um bico muito grande. Furioso, suas narinas estavam dilatadas e espremeu os olhos ao olhar na direção do Castle, principalmente quando ouviu que o Diretor o elogiou, concedendo permissão para o moço esclarecer.

Castle percebeu a fúria do aluno arruaceiro, mas não se intimidou e começou sua narrativa, não mais olhando na direção dele. Mirava apenas os olhos do Diretor.

— Sei que a situação é caótica e os fatos estão turvos, mas garanto que isto é muito fácil de explicar. Cheguei mais cedo para a nossa reunião. Por coincidência, quando eu estava para entrar na ala administrativa, eu ouvi sons de tumulto com vozes de crianças. Bem, não sou fiscal da escola, mas o senhor me conhece... Gosto de ajudar o próximo, então fui até o local do barulho de discussão e ao chegar lá no pátio eu vi uma pequena garotinha sendo erguida e sacudida por este rapaz aí, o Frederico.

O diretor direcionou sua atenção ao Inspetor acerca da identidade da tal pequena garotinha. Mesmo sem verbalizar sua pergunta, o Inspetor respondeu — A pequena Katherine Beckett.

O diretor fez um gesto com a mão direita, dando permissão para o Castle continuar sua narrativa.

— Bem, não é preciso ser um especialista em fisiculturismo para saber que Frederico é muito alto e forte para a idade. Ele chacoalhava a menina no ar com o objetivo de amedrontá-la e também a chamava de “fedelha”. Ele a ameaçava cortar suas longas tranças e transformá-la em “um mosquito despedaçado”. Eu vi que ainda não havia Inspetor nas proximidades e aquela garotinha estava em perigo, pois, as outras crianças não tinham coragem de enfrenta-lo, já que o Frederico é muito alto e forte. Então eu me aproximei e, com facilidade, a tirei das mãos dele e a coloquei no chão, sem ao menos empurrá-lo. Somente isso. Ainda não entendi como o Frederico se desequilibrou e caiu sozinho, já que não o toquei. O que eu sei, é que ele se aproveitou da chegada do Inspetor, quando ele pensou que as outras crianças olhariam somente para o Sr. McGregor. No momento em que ele pensou que ninguém o olhava, ele bagunçou seus próprios cabelos e rasgou a camisa do próprio uniforme escolar, com o objetivo de incriminar alguém.

O Diretor ouviu com atenção a narrativa do Richard Castle e, com a testa franzida, mirou o Inspetor de modo questionador – E onde o senhor estava nesse momento, Sr. McGregor?

— Sr. Dummont, preciso que o senhor entenda que o pátio do colégio é muito extenso e eu estava fiscalizando as crianças do outro lado...

— Estou procurando entender, Sr. McGregor.

O jovem Frederico Smith ouvia atento a conversa dos adultos quando o Diretor se virou na sua direção — Frederico, sei que você sabe que o pátio tem dezenas de câmaras espalhadas para fiscalizar a recreação e, com certeza, esta cena narrada pelo Sr. Richard Castle está registrada. No entanto, antes de tomar alguma atitude, preciso saber se você tem algo a dizer em sua defesa.

— Não... – ele tinha um olhar de garoto atrevido – Aliás, eu tenho, sim. Vou contar tudo para meu pai... Ele vai processar aquela fedelha, o colégio e esse grandão aí... Podem esperar... Meu pai é o advogado mais famoso deste país.

— Vou fingir que nem ouvi suas ameaças, Frederico. Sei que está assustado e acredita que suas palavras tolas vão me amedrontar. – O diretor torceu a boca com desdém — Você só tem tamanho, garoto! Além de já ter repetido várias séries, você é baderneiro e brigão! Inaceitável que você tenha agredido uma menina de onze anos! Estou horrorizado! Você vai receber uma punição. Tomara que um dia você cresça!

Frederico fez bico e, furioso, passou as mãos pelos cabelos de cachos loiros com o intuito de arrumá-los, mas não obteve êxito.

— Frederico, aguarde o Inspetor lá fora. Não retorne para sua sala. – o Diretor falou com autoridade.

Assim que o adolescente briguento saiu, o Diretor se dirigiu ao Inspetor — Sr. McGregor, providencie um novo fardamento para o Frederico e o encaminhe até a sala de aula dele. O professor dele deverá ser avisado para não admitir conversa em sala de aula, principalmente sobre o assunto do incidente no horário do intervalo. Feito isso, Inspetor, encaminhe intimações para os pais do Frederico e aos pais da Katherine e agende, com a minha secretária, dias e horários separados para reuniões deles comigo e também com a Orientadora Educacional. Com certeza ela vai ser muito importante no momento das reuniões, já que o papel dela é zelar pela formação dos alunos como cidadãos, analisar o comportamento deles junto aos professores e seus coleguinhas e cuidar da relação deles junto à comunidade estudantil. No final do dia, Inspetor, venha até minha sala e traga a Orientadora Educacional, pois, antes da reunião com os pais do Frederico e da Katherine eu quero conversar com vocês dois sobre o incidente. O senhor também está liberado.

Assim que o Inspetor saiu da sala, o Diretor não demonstrava a animação inicial. Ao invés disso, aparentava estar pensativo. Ele levantou e foi até a garrafa térmica na bancada lateral e serviu duas canecas de café. — Açúcar ou adoçante, Richard?

— Açúcar.

O Diretor entregou uma garrafinha com água gelada e uma caneca de café com um pequeno pote de cubos de açúcar para o Castle.

Ao retornar à sua poltrona giratória, Pablo Dummont bebeu vagarosamente a água e depois o seu café fumegante.

Um silêncio incômodo se fez naquela sala e isso chamou a atenção de Richard Castle, que preferiu esperar.

Passados alguns segundos, o Diretor tomou o último gole do café e, ao depositar a caneca à mesa, a afastou para o lado e olhou firme para o ex-aluno sentado à sua frente que também já tinha bebido tanto a água quanto o café.

— Richard Alexander Castle! – O Diretor falou o nome do moço com orgulho — Pois bem, Richard. Quero te dizer que foi ótimo que você se inscreveu para a única vaga de estágio daqui do colégio. Eu me informei sobre sua vida acadêmica na Columbia University e sei que é um excelente aluno no curso de Administração. Sei ainda que tem dezoito anos e que tem um comportamento irrepreensível. Também analisei seu currículo escolar aqui no colégio e vi que foi um aluno exemplar, e foi por isso que eu o convoquei para esta reunião, com o objetivo de te oferecer o emprego... Aliás, o estágio remunerado.

— Obrigada, Sr. Dummont. Fico feliz com esta notícia. Isto é maravilhoso e minha mãe vai ficar orgulhosa de mim.

— Por coincidência, eu e minha esposa acompanhamos a carreira de sua mãe desde o início, antes mesmo de ela te matricular aqui... Você ainda era um menininho quando chegou aqui no colégio, Richard. com exceção de um ou dois eventos isolados sem tanta importância, ela deve se orgulhar muito de você mesmo.

— Obrigada!

— Martha é uma excelente atriz! Como ela está? Minha esposa comentou comigo que sua mãe está montando uma produção.

— Mamãe está ensaiando para um musical da Broadway. Ela será a protagonista e a estreia deverá ser no próximo semestre.

— Ah, que ótimo! Assim que estrear eu e minha esposa iremos assistir.

O Diretor se levantou e pegou outra garrafinha de água gelada. Retornou à sua cadeira, sentou-se, abriu a tampa da garrafa e bebeu um grande gole d’água.

— No entanto, meu jovem, a situação mudou após este incidente no pátio de recreação. Não sou escravo de ameaças de alunos... Todavia, o pai do Frederico Smith é sócio do maior e mais conceituado escritório de advocacia do país e, por infelicidade nossa, amigo pessoal e também advogado de dezenas de políticos influentes. O Frederico é um sujeito ardiloso e vai contar ao pai um monte de mentiras sobre o incidente com a Kate e com você. Mesmo com as imagens que irão desmentir o que ele disser ao pai, acredito que teríamos uma dor de cabeça muito grande com o pai dele e, por não ter escrúpulos, muito provavelmente, faria tudo para prejudicar o senhor, a mim, a Katherine e o colégio e, com certeza, não é isso que queremos. Em outras palavras, não poderei contrata-lo como Estagiário. Creio que você pode nem gostar disso, mas há de entender que minha posição é muito difícil.

Castle ficou pasmo e muito triste com aquele posicionamento do Diretor — Nossa Senhora! Por esta eu não esperava... Lamento mesmo esta sua decisão de não mais me contratar como estagiário e acredito que um dia eu vou compreender a sua posição... – Apesar de lamentar a decisão do diretor, Castle falava baixo e em tom brando — Sim, Sr. Dummont, porque ainda, eu não entendi... Até porque a minha intenção foi ajudar aquela garotinha. Acho injusto eu ser penalizado pelo mal comportamento de um jovem baderneiro, egocêntrico e mal-educado. Isso só o estimula a continuar agindo assim, de modo desprezível com as pessoas ao seu redor por conta da posição social e profissional do seu pai. Que adulto ele será se não for punido nas vezes em que cometer erros? E o pior, outros sendo punidos no lugar dele... Ele não vai saber ouvir um “não”. Hoje ele agride com as mãos e com palavras ofensivas, amanhã, infelizmente, pode vir a fazer coisa pior. Se hoje ele agride menininhas, amanhã vai importunar mulheres, por entender que ninguém pode contra ele e contra o poder do nome do pai dele. Ele vai se tornar um homem com... Aliás, ele não vai se tornar um homem, se continuar assim ele até pode crescer e se tornar um adulto, mas vai ser um adulto bobão, filhinho do papai.

— Entendo... Sinto muito, Richard, mas estou priorizando o bem-estar de todos, inclusive o seu.

— Não me leve a mal, Sr. Dommond... Se o senhor não vai punir severamente o Frederico, então porque mandou convocar os pais dele para uma reunião? – Com uma expressão calma, Castle indagou curioso, mas com muita educação, tanto que o Diretor até respondeu.

— Esta reunião vai ser somente para ele saber que estou tomando providências. Vou relatar o ocorrido aos pais dele, sem ocultar nenhum detalhe. Vou exibir aos pais dele o vídeo da cena que você me relatou, onde o Frederico aparecerá agredindo Kate e ainda bagunçando os próprios cabelos e rasgando seu fardamento. Vou também exigir que o Frederico respeite todas as crianças. Se os pais o punirem em casa, ótimo, mas aqui, vou apenas suspendê-lo por quatro semanas das atividades sociais e esportivas. Enquanto os outros alunos se divertem, o Frederico deverá ficar na biblioteca organizando livros e seguindo as diretrizes do Bibliotecário Chefe, ou seja, uma punição branda e educativa que os pais não vão se insurgir.

— E a garotinha... A pequena Kate?

— Vou falar para os pais dela sobre o que aconteceu e comunicar que o garoto será punido, ou seja, uma satisfação para a família dela. Não haverá a sensação de impunidade. Os pais dela também têm um grande escritório de advocacia, só que são pessoas boas e sensatas, ao contrário dos pais do Frederico.

— Não tem risco da pequena Kate sofrer uma nova agressão por parte do Frederico? Ela é aguerrida e demonstra não ter medo, mas sabemos que é apenas uma garotinha de onze anos.

— Não! Fique tranquilo. Vou mandar outro Inspetor ficar mais atento especialmente na Katherine e no Frederico.

— Ah, eu já ia esquecer de falar uma coisa...

— O que, meu jovem?

— O incidente começou por causa da namorada do Frederico... Se não me engano, ouvi a Kate chama-la de Brenda... Não me recordo o sobrenome dela...

— Brenda Leroy?

— Sim, ela mesma. Essa garota vem praticando bullying com a pequena Kate... Diz que Kate deveria ser um menino porque faz Jus-Jitsu... E coisas assim. A Kate me disse que isso a magoa muito.

— Foi bom você me falar sobre isso, Richard. Vou mandar chamar também os pais da Brenda Leroy.

O diretor usou o intercomunicador e avisou a sua Secretária que o Inspetor Sr. McGregor iria procura-la para marcar reuniões com pais de alunos. Em seguida, mandou que ela buscasse no sistema os nomes e sobrenomes do Frederico, da Brenda e da Kate e colhesse informações sobre telefones e endereços deles.

Assim que o diretor desligou o aparelho, Castle se levantou e se dirigiu com respeito ao idoso — Sr. Dummont, eu não consegui o meu estágio aqui no colégio, mas, pelo menos, fico contente que o senhor vai cuidar para que a pequena Kate não seja novamente agredida física e psicologicamente. Sabemos que o bullying pode fazer a criança se retrair. Tomara que Kate não mude o jeito destemido que ela tem. Espero que ela se transforme em uma mulher guerreira e determinada.

— Sim. Eu te dou a minha palavra que ninguém mais vai constranger a pequena Kate.

— Obrigada!

Pablo Dummont apreciou bastante o comportamento íntegro e o modo de pensar sensato e conciliador do ex-aluno e se sentiu orgulhoso dele ter estudado naquele colégio — Sente-se, meu jovem.

Mesmo sem entender qual seria o objetivo de permanecer na sala do Diretor, Richard Castle atendeu ao pedido e se sentou.

— Como forma de me desculpar por não mais oferecer o estágio remunerado aqui no colégio, Richard, vou telefonar agora para um grande amigo meu que dirige o Setor de Recursos Humanos da Columbia University. Encaminharei seu currículo exemplar, e vou dar ótimas referências suas. Vou mencionar que você foi um excelente aluno daqui do colégio e que, atualmente, estuda lá e vou pedir que ele lhe dê um estágio remunerado lá mesmo, dentro da sua universidade, de modo que não atrapalhe seus estudos. E garanto que vai ser muito melhor. Pode acreditar! Vou até propor para ele que se não tiver vaga de estágio lá, vou pedir que ele troque um estagiário comigo, ou seja, um que está lá vem para cá e você fica lá. Com isso, ninguém sai perdendo. O que não posso é deixar você sem estágio.

— Que maravilha! Eu te agradeço muito, Sr. Dummont. Com certeza, vai ser mais prático, pois nem vou precisar sair do perímetro da minha universidade, já que eu moro no dormitório universitário.

Pablo Dummont fez a ligação telefônica e, imediatamente conseguiu falar com o Diretor de Recursos Humanos da Columbia Univsersity. Sem interromper a ligação telefônica, os dados do Castle foram pesquisados e, muito rapidamente, o estágio remunerado para o Richard foi confirmado, pois havia uma vaga. Como estavam no meio da tarde da sexta-feira, ficou decidido que o Castle iniciaria seu estágio na segunda-feira seguinte.

Assim que a ligação telefônica se desfez, Castle e o Sr. Dummont conversaram animados sobre o novo estágio, mas o Sr. Dummont fez uma ressalva.

— A vaga é sua, meu jovem! Mas a única coisa que eu te peço, Richard, é que não retorne a este colégio para evitar problemas... Você notou que o Frederico Smith é problemático.

— Tudo bem, Diretor! Eu entendo... Aquele baderneiro é um poço de problemas e se pudermos evitar... – Richard Castle levantou as sobrancelhas em sinal de que concordava com o Diretor.

— Outra coisa, Castle... Vou usar da minha experiência de vida para te dar um conselho. – o moço olhou para o Diretor e esperou ouvir a sabedoria do mais velho — Eu sei que os jovens usam cabelos compridos como o seu, mas eu o aconselho visitar um cabeleireiro antes de se apresentar para o estágio.

Castle deu um sorriso meio tímido — O senhor falou uma coisa que minha mãe já tinha falado. – e passou os dedos pelas madeixas em fio reto, cujo comprimento ia até abaixo da orelha.

— Não veja isso como uma imposição, intolerância ou preconceito.

— Não se preocupe, Sr. Dummont. Eu só tenho é que agradecer, pois foi uma advertência muito importante, pois vou iniciar minha vida profissional. Vou providenciar o corte de cabelo neste final de semana.

Depois de mais um pouco de conversa, eles se despediram de forma respeitosa, deixando claro que não ficou nenhum tipo de mágoa ou aborrecimento entre eles.

 

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Castle não retornaria naquele dia à Columbia University, pois, apesar de morar na residência universitária, sempre passava os finais de semana em casa, com sua mãe.

Ao chegar em casa não encontrou Martha, pois a mesma estava atarefada com os ensaios da sua nova peça que estrearia na Broadway no semestre seguinte, então se dirigiu ao seu quarto. Muitas vezes ela chegava muito tarde.

Castle resolveu tomar banho.

Retirou o blazer e ao conferir os bolsos e esvaziá-los antes de guardar a peça de roupa, encontrou a correntinha e a medalhinha em ouro.

— Oh, meu Deus! Tantas coisas aconteceram e foram ditas na sala do Diretor, que eu esqueci completamente de comentar acerca desta joia de família e entrega-la ao Sr. Pablo Dummont a fim de que ele pudesse devolvê-la à pequena Kate. – ele pensou alto chateado por seu esquecimento.

Castle pegou rapidamente o celular para falar com o Sr. Pablo Dummont, no entanto, consultou o relógio de pulso e constatou que já passava das dezoito horas e naquele horário não haveria mais ninguém no Saint Anthony of Padua Educational Institute e, obviamente, não tinha o telefone particular do Diretor.

O moço olhou novamente a linda joia de família da menina e a colocou em uma caixinha de couro onde guardava uma abotoadura de ouro, herança de seu avô, joia esta que esperava um grande evento para poder usar.

Após recolocar a caixinha em uma das suas gavetas da cômoda do seu quarto, Richard Castle decidiu que telefonaria para o Colégio na segunda-feira seguinte e combinaria com o Sr. Pablo Dummond sobre um jeito de devolver a medalhinha da pequena Kate.

 

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Durante o café da manhã do dia seguinte Richard Castle narrou para sua mãe tudo que acontecera na véspera, desde o instante em que chegara ao colégio e salvara a pequena Kate, até o momento em que se despedira de forma respeitosa do Sr. Dummont, sem omitir os elogios do idoso para o talento de sua  mãe, bem assim sobre o conselho para que Castle cortasse os cabelos.

— Ah, que maravilha! Que bom que você ouviu o Pablo Dummond. Só assim para você fazer uma visita ao Cabeleireiro, não é, Richard? – Martha sorriu, achando divertido que o filho iria, finalmente, cortar os lindos cabelos compridos.

— Ah, mamãe! Eu gosto do meu cabelo assim... Mas confesso que a senhora e o Diretor estão com razão.

— Ah, Richard, você é lindo de qualquer jeito, querido. Você é o meu Bonitão! – o moço sorriu com o elogio da mãe — Você vai cortar o cabelo hoje ou...

— Vou agora mesmo! Já terminei a refeição. – Richard Castle levantou-se e depois de dar um beijo estalado na mãe, enviou a ela um sorriso encantador — Te amo, dona Martha! Estágio novo, vida nova e cabelo novo! – e se dirigiu à porta rumo ao Cabeleireiro.

 

 

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Continua...

 


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Notas finais do capítulo

Vou amar receber comentários!!! Eles me motivam a continuar a escrever.
Conto com vocês.



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