Conforme combinado, Jim e Johanna prepararam o chalé para receber a filha com o namorado e a filha dele.

O clima estava excelente, e os lindos canteiros e o jardim sentiam isso, pois estavam repletos de flores, contudo as que chamavam mais atenção eram as petúnias de todas as cores... vermelhas, rosas, amarelas, fuxias, brancas, mescladas e lilases.

Essas flores não ornamentavam somente os jardins. Elas também estavam nas floreiras sob as janelas da cabana. O colorido delas dava vida e um charme todo especial ao local.

Na parte onde o sol não alcançava diretamente, também havia grandes vasos de cerâmicas com lindos ramos de Impatiens de todos os tons de rosa, do mais claro ao mais escuro, inclusive branco.

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Castle, Kate e Alexis chegaram ao chalé às dezenove horas da sexta-feira e foram recepcionados com sorrisos sinceros, muitos abraços e beijos, assim que saíram do carro.

O carro foi deixado sob o gramado, em frente a casa.

Toda a área em volta do chalé era belíssima.

Feitas as apresentações, ainda do lado do carro do Castle, Johanna ficou impressionada com a beleza e a simpatia da filhinha do seu genro — Bem que minha filha falou que você é muito linda e muito doce, Alexis. – a acolhedora senhora comentou, fazendo um afago nos cabelos ruivos da garota.

Tímida, o que é bastante natural diante de pessoas e ambiente ainda estranhos, a criança deu um sorriso acanhado ao agradecer o carinho daquela amável senhora — Obrigada, Sra. Beckett.

— Ah, meu anjo, pode deixar esse “Sra. Beckett” de lado, viu? – muito simpática, Johanna Beckett demonstrava querer se aproximar da ruivinha — Seja bem-vinda a família Beckett, e pode me chamar de vovó Jô, tia Jô ou somente Jô... Você escolhe, a depender de como se sentir melhor, está certo, querida?

Sem falar nada, a menina fez um gesto afirmativo com a cabeça, no entanto, o sorriso era de quem gostou do que ouviu.

Johanna Beckett irradiava simpatia e, pegando na mão de Alexis, se afastou do carro e passou a caminhar junto com a menina e subiram os quatro degraus que davam acesso a ampla varanda frontal da casa.

Era um espaço coberto, rodeado por parapeito de ferro fundido pintado de preto e, em pontos específicos, o ferro era trabalhado, formando desenhos arredondados de formas clássicas, o que dava à varanda uma característica bem bonita e marcante.

Com piso em madeira, o local era lindamente mobiliado no estilo provençal, com vários conjuntos de sofás e poltronas e, mais para o lado direito, havia uma grande mesa retangular também em madeira, ladeada por cadeiras, além de um longo banco lateral.

— Venha, querida. – Johanna ainda levava a criança pela mão — Vamos tomar uma limonada com um bolo de chocolate que eu tirei do forno um pouco antes de vocês chegarem.

— Adoro bolo de chocolate! – a menina deu um lindo sorriso ao dar aquela informação – Tem cobertura de chocolate também? – ela perguntou com curiosidade normal de qualquer criança, demonstrando que já se sentia mais à vontade.

— Sim! Imaginei que você iria adorar, pois quando a Katie tinha sua idade, ela também amava cobertura de chocolate. – Johanna estava muito feliz com a presença de todos.

Assim que terminaram de subir os quatro degraus, Johanna girou o corpo na direção do pessoal que ainda estava junto ao carro numa conversa animada que parecia não ter fim — Hey, vocês três, venham tomar uma limonada... Eu sei que a viagem foi curta, mas venham fazer um lanche e mais tarde eu sirvo o jantar.

— Vou pegar as sacolas... – Castle informou, mas Johanna logo o interrompeu.

— Depois você faz isso, meu jovem.

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Todos estavam sentados nos sofás da espaçosa varanda e Johanna Beckett serviu limonada, bolo, biscoitos caseiros e pães gourmet para os convidados e, enquanto degustavam o lanche, todos conversavam acerca do itinerário até a cabana.

— Isso que eu chamo de uma recepção aconchegante, viu, Johanna. – a pedido da sogra, Castle já a tratava pelo primeiro nome.

Castle e Jim comentavam sobre a estrada e sobre as lindas propriedades verdejantes que havia pelo caminho como se fossem velhos amigos e isso agradou Kate, no entanto, quem mais gostou daquela interação foi Johanna, pois demonstrava que seu marido deixara de lado o ciúme da filha e a cisma gratuita e equivocada que tivera do genro antes mesmo de conhece-lo.

Sentindo-se mais à vontade, Alexis já andava pela varanda observando o local — Achei lindo o seu jardim, vovó Jô. Suas plantinhas estão cheias de flores... – a garota apreciava os vasos de cerâmica e depois correu até a floreira de uma das janelas da casa que davam para a varanda — E aqui também tem... Que lindo, olha, papai!

— Eu amo flores, querida! Acho que o colorido delas alegram a nossa vida, não é? – Jô pegou novamente a mão da menina e a levou até o local onde o carro do Castle estava estacionado — Veja, meu bem, daqui de onde estamos dá para ver algumas das janelas da casa. Todas elas também têm floreiras.

— Que lindo! – a menina estava visivelmente maravilhada — e todas estão cheias de flores.

Johanna e a garotinha retornaram à varanda — Se você quiser, Alexis, você pode me ajudar a cuidar do jardim amanhã cedo, que tal?

— Sério!? – boquiaberta, a menina arregalou os olhos, contente com aquele convite — Eu nunca fiz isso... Eu moro em apartamento e lá até que tem vasos de cerâmica com plantas... Plantas estranhas... – a ruivinha olhou ao redor, em êxtase — ... Mas aqui é diferente! Eu vou adorar mexer na terra, pegar nas plantinhas... – a menina sorria feliz da vida.

— Então, está combinado!

— Eu vou poder pegar na terra, vovó Jô?

— Claro, meu bem!

Sorridente, Alexis bateu palmas, empolgada com a sua programação do dia seguinte.

Johanna retornou à varanda e percebeu que todos já tinham terminado o lanche — Bem, que tal agora eu instalar vocês, eihm?

— Vamos pegar as sacolas do carro, Castle. – Jim sugeriu ao levantar-se.

Castle estava se sentindo muito bem na casa dos sogros. Era ótimo ser bem recebido com sorrisos pelos donos da casa. Ele detectou sinceridade nos gestos deles.

— Querido, vá com Katie acomodar nossos hóspedes. – Johanna aconselhou ao marido — Enquanto isso eu vou recolher os copos, os pratinhos e os talheres que usamos e também vou guardar os alimentos. – ela concluiu — Você me ajuda, Alexis?

Era visível a alegria da menina ao receber aquele convite, pois a cada minuto que se passava, ela se sentia mais incluída no seio da família da namorada do seu pai — Claro, vovó Jô!

Segurando sua sacola de viagem e também a da namorada, uma em cada mão, Castle foi guiado pra dentro da casa a fim de ver o local onde dormiria. Kate ia junto do namorado na incursão liderada por Jim e, no ombro direito, levava a mochila da Alexis com todas as roupinhas que a menina usaria naqueles dois dias.

Jim entrou em um quarto amplo e arejado e convidou o genro para entrar.

— Bem, meu jovem, você vai dormir aqui. – seguido pelo sogro, Castle entrou no espaçoso quarto de paredes brancas.

Ao entrar no quarto, o aroma agradável de limpeza encheu os pulmões de Castle e percebeu que a brisa suave que circulava era por conta da ampla janela aberta, cuja vista dava para o as montanhas.

— De dia deve ter uma vista espetacular, não é, Jim?

— Ah, sim! E nesta época do ano as montanhas estão verdes. Uma maravilha!

Tal e qual a varanda, a sala e a cozinha, a decoração daquele quarto também era no estilo provençal e Castle imaginou que o mesmo devia acontecer com o restante da casa.

Como trabalhava com móveis, o mobiliário daquele quarto chamou atenção do Castle.

Havia um guarda roupa, um grande gaveteiro e duas bancas de cabeceira que ladeavam a cama de casal, cuja cabeceira era belíssima. O colcão se encontrava arrumado com uma colcha branca e seis travesseiros alinhados simetricamente com estampas variadas, todos com suaves traçados ou desenhos clássicos em vários tons de azul e um dos estampados era o mesmo que ornava a janela.

Próximo a janela estava uma porta que dava acesso ao banheiro privativo daquele quarto.

— Uauw! Que beleza! Nada como dormir em um quarto bonito e arejado – Castle comentou e encheu o peito de ar— Amei esta atmosfera agradável do quarto, Jim... Aliás, da casa toda, e com certeza serão dois dias maravilhosos aqui com vocês.

Ao terminar de falar, Castle pôs as duas sacolas de viagem sobre o longo banco de madeira que estava posicionado ao pé da cama, só que Jim, com firmeza, mas com muita educação, o corrigiu — Somente a sua sacola, meu rapaz. Vamos levar a sacola de Katie para o quarto dela.

Ao ouvir aquele aviso, Castle procurou os olhos da sua namorada, mirando-os, a fim de pedir uma orientação.

Entendendo o apelo do namorado, Kate foi em socorro dele... Ou melhor dizendo, ela foi em socorro dele e dela.

Simulando não dar muita importância aonde iria dormir, Kate comentou — Pai, eu posso ficar aqui com o Castle... Por mim, tudo bem... – de uma forma teatral, ela olhou a cama como se estivesse fazendo uma inspeção do tamanho do móvel e até passou a mão sobre a colcha, alisando o tecido e ajeitou um dos travesseiros — Não se preocupe, papai, acho que tem espaço para eu e ele. – Kate sorria, tentando fazer o pai alterar sua intenção de acomodá-la separada do Castle — Então, que tal deixarmos o meu quarto para a Alexis, eihm? Ela vai adorar o meu quarto.

Tal pai, tal filha... Então, do mesmo jeito teatral que Katie abordou o pai, Jim também respondeu a ela — Ah, filha, sabia que você iria querer acomodar a Alexis no seu quarto. Eu fiz justamente isso.

Kate e Castle ficaram animados ao ouvirem aquela notícia e trocaram um olhar cúmplices, esforçando-se para prender o riso de alegria, pois conseguiram ficar juntos no mesmo quarto.

— Eu pensei em tudo, filha. Armei uma cama de solteiro ao lado da sua e coloquei uma banca de cabeceira entre elas, então vocês duas ficarão acomodadas confortavelmente. Que tal a surpresa, eihm, minha querida? As duas garotas no mesmo quarto.

— Aaaahh, pai... Que surpresa... – Kate olhou desanimada para seu namorado que, obviamente, tivera a mesma reação — Você, eihm... Pensa em tudo, papai! – Com um sorriso sem graça, Kate concordou com o pai.

— Claro! Faço de tudo para fazer você feliz, filha!

— Mas não sei de onde o senhor tirou outra cama...

— Ah, querida. É uma antiga cama que estava desarmada lá no celeiro. Assim que você me falou que vinham para cá com seu namorado e a filhinha dele, eu limpei e cuidei de cada peça da cama e a armei. Sua mãe até providenciou duas colchas idênticas. Ficou lindo, você vai ver.

— Nem precisava esse esforço todo, pai.

— Não foi esforço nenhum. Eu só queria vê-los felizes.

— Ah, você não faz ideia de como estamos felizes com essa novidade, pai, não é, Rick? – Kate forçou um sorriso e induziu o namorado a fazer o mesmo — Ah, como estou...

Igual a namorada, Castle fingiu aprovar a ideia do sogro — Que ótimo! – desta vez ele não conseguiu esconder sua tristeza — Pelo visto teremos duas noites longas... Também fiquei muito feliz com isso, Jim. – Castle balanço a cabeça em sinal afirmativo, quando, na verdade, queria negar.

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Dez minutos mais tarde, após acomodar suas roupas e as da Alexis no armário e nas gavetas do seu quarto, Kate foi ver a mãe e assim que se viu sozinha com ela, queixou-se de modo suave — Mamãe, você viu o papai armar uma cama para a Alexis e não falou nada? Você permitiu isso, mãe?

— O que é que tem isso, filha, ele ficou tão contente em fazer isso... Você não achou que ficou lindo?

— Sério!? Mamãe! – Kate percebeu que Johanna achou normal a atitude do marido.

— O que é, querida? Não entendi...

— Jura que a senhora não captou que eu e o Castle queríamos dormir juntos? – Kate conversava baixinho com sua mãe — Eu ficaria com ele no quarto de hospedes e a Alexis ficaria no meu quarto. Simples assim, mãe!

— Querida, não é tão simples assim. – Johanna tentava tranquilizar a filha.

— O que que não é tão simples, mamãe? – com doçura, mas com curiosidade, Kate indagou — Desenvolva.

— Ah, Kate... Uma coisa é a gente imaginar que você passa as noites com seu namorado lá na capital... – ao sussurrar aquela informação como se fosse um segredo de estado, a distinta senhora arregalou os olhos e torceu a boca — E outra coisa é acomodar vocês dois aqui em casa no mesmo quarto, minha filha.

Kate escutou, mas não argumentou. Ela demonstrava que tentava entender o ponto de visa dos pais.

— Mãe, juro que eu até tento te entender, mas o que a senhora e o papai não entendem, é que eu já sou uma mulher de vinte e três anos, sou médica e moro sozinha... Estamos no século XXI, mamãe.

— Eu e seu pai somos de outra época filha... Procure entender.

Kate cruzou os braços e mantinha a mesma expressão de antes, mas logo suavizou sua feição, sorriu e deu um beijo no rosto da mãe — Tudo bem, mamãe, vai ficar tudo bem... apesar de saber que vocês estão tratando deste assunto como se eu fosse uma menininha de doze anos.

Johanna olhava a filha, mas não disse nada.

— Não vou mentir dizendo que estou contente, mas eu te entendo e, principalmente, entendo o papai. Com certeza isso não é assim tão simples como eu imaginei. Eu amo vocês demais! – dito isso, encheu a mãe de beijos e se ofereceu para ajudá-la no preparo do jantar.

— Ah, já está tudo pronto, filha, só falta dispor os pratos, os talheres e as demais coisas na mesa da sala de jantar.

— Eu faço isso! – Kate se ofereceu.

Neste momento Alexis se aproximou — Vovó Jô, eu ajudo a arrumar a mesa.

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Depois do jantar, Kate e Castle lavavam a louça e ajeitavam tudo na cozinha, enquanto os pais dela estavam na varanda com Alexis, conversando sobre os animais e as plantas da região e a menina ficava cada segundo mais à vontade.

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— Amor, essa do seu pai nos colocar em quartos separados, eihm... – Castle sussurrou para que ninguém mais ouvisse aquela queixa.

— São somente duas noites, Rick! – Kate sorriu da expressão insatisfeita do seu namorado — Eu também não gostei, mas... Depois eu compenso você.

— Ah! – ele deu um sorriso largo — Aí eu gostei!

— Amorzinho, quando papai e mamãe estiverem dormindo, a gente pode sair de casa de modo bem silencioso e dar um passeio lá no celeiro... Imagino que deve ser bem romântico a gente se encontrar escondido... Além, obviamente, de ser bastante excitante.

— Ah, meu Deus!!! Já vi que este final de semana promete... Fiquei excitado só de pensar, viu, mocinha... — Castle comentou bem baixinho — Adorei sua ideia, Kate.

Kate começou a rir sozinha e o Castle parou o que fazia para olhar para a namorada — Hey, o que é tão engraçado para você rir tanto, eihm?

— Uma cena passou na minha mente... – ela parou um pouco de rir e tentou falar — Rick, se fosse você recebendo Alexis e um namorado para passarem um final de semana juntos no mesmo quarto, eihm, amor?

Castle franziu a testa e o nariz e, pensativo, mirou o teto da cozinha e respondeu com a maior certeza do mundo— Isso nunca aconteceria.

— Jura?

— Claro! Primeiro que ela nunca viajaria sozinha com um namorado... Imagina! Aliás, eu não a deixarei namorar... Namorar para que? Ela tem tantas coisas para estudar! Alexis só vai namorar quando fizer trinta e cinco anos. E outra, esse negócio de namorados dormirem juntos... Acho isso uma loucura! – ele fez esse comentário com a fisionomia séria e a cada palavra que dava, Kate ficava pasma, mas logo ele mesmo não se aguentou e começou a rir das lorotas que disse e Kate riu junto.

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Os quartos separados não tiraram o brilho do final de semana. Todos aproveitaram cada segundo.

Castle se sentiu muito acolhido pela família da namorada e com a Alexis não foi diferente, tanto que tratava os pais da Kate como “vovô” e “vovó”, deixando-os felizes da vida.

No sábado, Alexis não somente ajudou a vovó Jô a cuidar das plantas do jardim pela manhã, como também, à noitinha, foi a auxiliar da avó quando esta preparou um lindo bolo confeitado que seria servido no dia seguinte. A menina passou a farinha na peneira, quebrou os ovos, separou as gemas das claras, e tantas outras atividades típicas de vó e netinha, inclusive aprendeu a untar a forma onde a massa do bolo foi colocada para assar. Ao final do preparo, a menina estava com farinha de trigo por toda a roupa e cabelo, mas nunca esteve tão feliz. Os olhinhos dela brilhavam e Jô também não cabia em si de tão contente com aquela experiência nova para ela.

 Durante o lanche na manhã do domingo, todos estavam reunidos nos sofás da varanda, saboreando os quitutes preparados por Johanna, com um refrescante suco de frutas da estação.

— Que bolo delicioso, mamãe! — Kate elogiou.

— Quero avisar a vocês que este bolo foi a Alexis quem fez. 

— Sério!? — Castle indagou, orgulhoso da filha e do acolhimento que sua sogra deu à menina — Está uma delícia mesmo!

— Eu ajudei, né, vovó Jô? — Alexis sorriu, tímida, mas muito feliz com os elogios.

— Sim, querida, mas sem a sua ajuda o bolo não ficaria tão lindo e tão gostoso.

Kate se levantou e deu um abraço e um beijo estalado na menina.

— Minha princesinha já sabe fazer bolo. — Kate sorria.

— Eu adorei quando eu soube que o papai estava namorando com você, Kate. — Alexis sorriu para Kate e devolveu o braço apertado — Eu adorei mesmo e agora, então, que eu conheci a vovó Jô e o vovô Jim... Adorei mais ainda.

— Oh, meu anjinho, eu amei também, viu, porque agora eu posso te ver quando eu quiser? Eu te amo! — Kate abraçava a garotinha.

— Também te amo, Kate... Sempre! — Alexis arrodeou seus bracinhos no pescoço de Kate. 

— Eu também quero te ver sempre, viu, Alexis? A vovó Jô te ama também, meu anjinho!  — Johanna Beckett acrescentou sorridente.

— Hey, eu também amo a Alexis!  — Jim falou lá do outro lado do sofá.

 Castle estava muito feliz com o entrosamento entre sua filha e sua namorada e também com a família dela.

A conversa seguiu animada até que Castle puxou um assunto que estava martelando na sua mente. — Jim e Johanna, não me levem a mal, mas desde que os vi no momento em que chegamos aqui na sexta-feira, eu tive a nítida impressão de que já os vi antes.

Os pais de Kate e até a própria moça franziram as testas, pensativos.

— Bem, meu jovem... Eu e a Jô somos advogados. Até decidirmos nos aposentar, trabalhamos na capital e frequentamos todos os Tribunais.

— Vocês trabalharam como advogados em alguma empresa? Será que conheço vocês assim?

— Tivemos centenas de empresas como nossos clientes, mas quase nunca íamos às empresas, pois os representantes destas empresas iam ao nosso escritório de advocacia.

— Ah, tá... Entendi... – Castle tinha certeza que já conhecia a fisionomia dos pais da sua namorada.

— Será que você não esteve em alguma audiência que eu e a Jô estávamos atuando como advogados?

— Acredito que não, Jim, porque nunca estive em uma audiência. Meu divórcio, por exemplo, foi uma coisa muito simples e rápida e minha empresa nunca esteve envolvida em litígio, graças a Deus.

— Eu tive a mesma impressão quando eu vi a Kate lá no hospital. – Castle explicou— Eu tinha certeza de já tê-la visto antes e o pior, ou melhor, é que ela teve a mesma impressão com relação a mim. Ela tem certeza que me conhece, no entanto, nem eu nem ela lembramos de onde.

— Que estranho, isso... – Jim comentou.

— Talvez em alguma festa... – Johanna sugeriu.

— Já nem temos mais palpite, papai, tanto que eu, particularmente, nem penso mais nisso. Acho que se acontecer de a gente se lembrar de onde nos conhecemos, vai ser assim do nada..., de repente. – Kate estalou os dedos — Tipo, um toque de mágica.

Kate riu do seu próprio comentário chistoso e todos a acompanharam.

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Continua...