Joia de Família escrita por Denise Reis


Capítulo 16
Capítulo 15




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Ainda sentado no sofá, ao lado de sua mãe, Castle consultou seu relógio de pulso e viu que já se passara aproximadamente quarenta e cinco minutos desde o momento em que Kate deixara do hospital.

— Mãe, vou telefonar para a Kate lá do meu quarto. – ele se levantou e já ia se retirando quando girou o corpo para olhar para Martha – Mamãe, a senhora pode ficar com a Alexis, caso a Kate aceite se encontrar comigo hoje à noite?

— Ah, claro, filho! – ela deu um largo sorriso de felicidade e fez um gesto animado com as mãos, o dispensando dali de forma bem amorosa e divertida — Vá logo telefonar para essa moça. Anda! Vai, vai, vai, filho... Não a perca.

Ele já tinha se afastado quando ouviu a mãe o encorajando — Boa sorte, querido!

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Kate não demorou no trajeto do hospital até seu apartamento, pois morava relativamente perto.

Vestira uma calça legging preta com uma camisa básica fúcsia e confortável com gola canoa.

Kate se jogou no sofá macio em frente a TV. Aquela roupa era própria para ficar em casa.

Prendeu o cabelo com um nó frouxo no alto da cabeça e acionou o controle remoto da smart TV, a fim de localizar a sua série favorita na grade de programação de um aplicativo.

Kate localizou sua série favorita, escolheu o episódio desejado e deu o “play”, Kate ouviu, ao longe, o toque do seu telefone.

Ela deu uma pausa na exibição da série e refletiu, rapidamente, onde estaria seu celular, mas logo se lembrou que ainda não tinha usado o aparelho depois que chegara em casa. Então ela se levantou e foi pegar sua bolsa que tinha deixado no quarto.

Assim que Kate abriu o a bolsa, o toque do celular ficou mais alto e logo o pegou para atender, ficando ao mesmo tempo sobressaltada e muito feliz quando leu no identificador de chamadas o nome do Richard Castle.

Kate atendeu imediatamente a ligação e, ao invés de se falar seu nome, como normalmente fazia, ela logo o cumprimentou, contudo, tentou ao máximo controlar sua ansiedade, afinal de contas ele sumira sem ao menos dar qualquer justificativa.

— Oi! – ela não se mostrou entusiasmada, mas também não demonstrou indiferença.

— Oi, Kate, sou eu... Rick... Rick Castle! – ao contrário dela, ele não escondia sua alegria por conseguir, finalmente, falar com ela.

— Eu sei... Eu vi seu nome na tela do celular... – Kate continuava se esforçando para não demonstrar sua felicidade ao ouvir a voz dele.

— Kate, estou te ligando para te pedir desculpas pelo meu silêncio.

Kate gelou ao ouvir o Castle se desculpar— Você sumiu... – ela foi sucinta – Não deu mais notícias...

— Sinto muito! – ele se expressava com gentileza — Kate, eu quero te ver. – de modo bem direto, ele concluiu com um tom decidido

— Ah... – por mais que ela quisesse vê-lo, receber aquele convite a deixou indecisa e não sabia o que responder.

— Como eu te disse, Kate, eu quero te ver e gostaria muito que você aceitasse sair comigo. – ele repetiu o convite de modo elegante.

— Então, Castle... – Kate fez uma rápida reflexão e achou que a verdade sempre era o melhor caminho, mas seria delicada— Para ser bem sincera, eu fiquei triste e até chateada com o seu sumiço, mas confesso que também fiquei preocupada e nem sabia no que pensar. Você não atendeu minhas ligações nem telefonou mais para mim e também não se deu ao trabalho de responder às minhas mensagens.

— Eu preciso falar com você sobre isso, mas seria melhor se fosse pessoalmente, então, se você não tiver compromisso agora à noite, que tal a gente se encontrar, eihm, aí eu vou poder te explicar tudo e espero que você compreenda.

— Eu cheguei agora do hospital e estou muito cansada e sem disposição para sair.

— Ah... Então é um “não!”? – ele indagou, demonstrando ansiedade.

Passados alguns segundos, ele refez a pergunta – Kate, então... é um “não!”? – ele repetiu, ansioso para ouvir um “sim”.

— Não, Castle, isso não é um “não!”. – ela explicou — Eu apenas não quero sair de casa, mas você, se quiser, pode vim até aqui ao meu apartamento.

— Ah, que ótimo! Você já jantou, Kate? – ele se adiantou antes que ela mudasse de ideia.

— Eu comi uma quiche de legumes com ricota e um soco de frutas no meio da tarde, só que já são mais de dezoito horas... – ela sorriu – continuando com a minha franqueza, Castle, estou com fome, sim, mas com muita preguiça de preparar algo...

Castle ouviu um sorriso que Kate deu do outro lado da linha e isso o agradou— Então eu vou até aí e pedimos alguma coisa no delivery, pode ser?

— Pode, sim.

— Então, daqui a pouco eu chego aí. Até logo.

— Castle! – ela o chamou para evitar que ele encerrasse a ligação.

— Oi! Sim! Estou aqui.

— Você vai chegar aqui, como?

— Vou de carro.

— Sim tudo bem, mas é que você não sabe onde eu moro... Eu ainda não te dei o meu endereço...

— Oh, que cabeça a minha... – ela riu do jeito atrapalhado e ansioso do Castle e ele próprio deu uma gargalhada diante da sua confusão.

A ligação foi desfeita após Kate passar seu endereço para o Castle.

..................................

Ainda segurando o aparelho celular, Kate refletiu sobre aquela ligação telefônica com um misto de ansiedade e inquietação, no entanto, tentaria ao máximo ser otimista, mas com um grande toque de realismo, já que na última vez que marcaram um encontro ele não compareceu.

Pensando sobre este prisma, ela analisou a calça legging e a camisa que usava e decidiu que não trocaria de roupa, até porque, não só estava se sentindo muito bem com elas, como também não iria passar pelo mesmo transtorno da outra vez.

— Mas não custa nada passar um delineador nos olhos, né, Kate, e passar um brilho labial. – ela pensou alto e se dirigiu ao banheiro.

Escovou os dentes e logo depois, ao passar o brilho labial, ela olhou de forma crítica o seu reflexo no espelho – Que tal um traço de delineador nestes olhos..., uma máscara nos cílios e um pouquinho de blush, eihm, Dra. Kate, mas bem levinho, viu, mocinha? – quando ia saindo do banheiro, ela retornou — Ah, acho que uma gotinha de perfume também não faz mal, né?

Depois de borrifar seu perfume na nuca, ela se mirou no espelho e desfez o nó nos cabelos, balançando-os e arrumando com os dedos, deixando-os naturalmente livres e lindos – Já chega, né, Kate! Agora é respirar fundo, manter a calma e esperar para ver o que acontece. Se ele chegar, ótimo, mas se, como da outra vez, ele não aparecer, então, paciência...

Assim que retornou à sala, Kate ouviu três batidas fortes na porta de aço do seu apartamento e, tensa, sentiu como se o seu coração estivesse pulsando na garganta.

— Calma, Kate! É só o Richard Castle! – ela murmurou para si mesma — É só aquele homem lindo e maravilhoso que você está apaixonada! – ela completou sussurrando.

Reconhecer aquele sentimento a assustou.

Ansiosa, ela foi em direção à porta, estancando assim que chegou lá.

Ela encheu o peito de ar e o soltou com força, na tentativa de se acalmar. Não sabia se tinha dado certo, mas iria em frente.

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Continua...

 


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