Connie viu quando Luke virou a esquina com lágrimas nos olhos e passos rápidos e sorriu, vitoriosa. Luke é e sempre foi uma pessoa precipitada, ela sabia que assim que ele visse Maya relativamente próxima de Josh, surtaria. Ela ajeitou o cabelo loiro num rabo-de-cavalo alto e, aproveitando que ele estava distraído demais para reparar, se posicionou na calçada para amarrar o tênis e esperou que ele trombasse em si. 

Luke se sentiu ainda mais idiota enquanto seu corpo ia ao chão. Primeiro Maya, depois aquilo. O universo estava realmente se esforçando para o ferrar naquela segunda-feira e, quando viu em quem esbarrou, teve certeza de que nada mais poderia dar errado. Fazia alguns anos que Luke não via Connie, a última vez foi quando ela contratou uma atriz para o enganar e armou um casamento na varanda da sua cobertura. 

— Connie? - Ele gaguejou, e ela sorriu o oferecendo uma mão para se levantar, ele hesitou, mas aceitou; Connie parecia estranhamente equilibrada. 

— Olá, Luke Pookie. - Ela riu quando ele ficou sem jeito a menção do apelido que lhe dera no passado. - Quanto tempo. 

— Pois é... - O irmão mais novo de Emma riu nervoso, querendo deixar aquela conversa o quanto antes, colocou as mãos nos bolsos e balançou o corpo para frente e para trás por alguns instantes antes de dizer. - Então... 

— Constrangedor. - Ela assoviou, surpreendendo-o. - Olha, eu te devo desculpas. - Disse. - Sabe, por todo aquele lance de "você é meu" e tal. 

— Tudo bem. - Ele deu de ombros, podia ser loucura, porém Connie parecia estar sendo uma presença agradável naquele momento, e era tudo o que ele estava precisando. Ela sorriu, envergonhada, e o de sardas percebeu que a olhava por algum tempo. - Quer dizer, eu sou mesmo irresistível. 

— Que convencido! - Ela exclamou, com os braços cruzados. - Eu não era apaixonada por você... 

— Imagina se fosse. - Ele assoviou, Connie rolou os olhos. 

— Ei, é sério. - Ela advertiu, de jeito doce. - Eu era doente. - Mordeu o lábio inferior. - Mas o último reformatório tinha uma psiquiatra que me ajudou. - Acrescentou.

— Nossa, sério? 

— Sim. - Ela sorriu, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha. - Inclusive, eu estou namorando o filho dela. - Mentiu, balançando a mão direita na altura do rosto para Luke ver a aliança. 

— Uau, Connie. - Ele estava realmente surpreso. - Meus parabéns! - Felicitou. - Eu fico realmente feliz por você. - Acrescentou. 

— Obrigada. - Ela sorriu ainda mais abertamente e olhou as horas no relógio de pulso. - Olha a hora, preciso ir, Josh deve estar me esperando. 

— Josh? - Luke perguntou, confuso e sentindo o coração apertar. Quais eram as chances? — Josh Matthews? 

— Sim! - Connie respondeu, sorridente. - Não vai me dizer que o conhece? - Indagou, não conseguindo conter a felicidade de seu plano estar dando certo. Luke hesitou. - Que coincidência... 

— Connie, eu nem sei como começar a te contar isso. - Ele suspirou. Seria outro coração partido por Josh Matthews.