Amor Perfeito XIII escrita por Lola


Capítulo 37
Reconciliação


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura ♥



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Murilo Narrando

Era um pouco antes do jantar, eu estava jogando basquete sozinho na quadra ao lado do campo e vi Kevin entrando.

— Quer jogar? – perguntei o olhando.

— Pode ser. – dei uma risada da forma como ele respondeu. – O que?

— Você é engraçado.

— Por quê? – ele perguntou enquanto acertava a cesta.

— Você claramente quer falar alguma coisa, mas prefere fingir que veio jogar basquete.

— É, eu não vim jogar basquete. – ele sorriu de lado. – O que o Arthur te falou?

— Ele quer saber o que eu fiz para você pedir paz a ele. – falei com dificuldade devido ao meu pulo.

— E o que você respondeu?

— Que eu só falei para você pedir paz a ele.

— Por que não contou que eu te devia um favor?

— Você não me devia um favor. Eu podia te fazer um pedido. É diferente. – ele deu uma crise de riso.

— Analisa o que você disse e vê se não é a mesma coisa.

— Mas da forma como você coloca parece ruim. Não te ameacei nem nada.

— Tá, que seja Murilo. – ele se preparou para jogar. – Mas por que não disse a ele? Queria que ele te achasse o fodão?

— Não disse por que não preciso me explicar pra ele nem pra ninguém. Na real eu nem estou entendendo essa insistência dele em saber o motivo.

— Ele acha que eu amo você. – iria jogar e parei na hora. Fiquei olhando para ele. – A namorada dele cismou que sou gay e ele acha que por eu ser gay e ter atendido ao SEU pedido eu tenho alguma paixão louca e escondida por você. Algo do tipo. – ele pegou a bola da minha mão e eu continuei boquiaberto sem reação. Quando ele voltou ficou me olhando e sorriu. – Sua cara está impagável. Mas pode respirar aliviado que não é verdade.

— Você ser gay ou ser apaixonado por mim?

— Ser apaixonado por você.

— Eu me senti ofendido agora. – ele deu uma risada.

— Não se sinta então, porque eu menti. – o olhei e vi que ele não falava sério.

— Dá pra parar com as gracinhas?

— Que mundo algum cara vai te querer Murilo? Fica esperto.

— Você é gay mesmo? – franzi a testa. Ele gargalhou, como sempre.

— Pergunta a sua irmã. – ele viu que eu fiquei puto e começou a correr, assim que o alcancei eu o puxei pelo moletom e ameacei soca-lo. – Foi mal, foi mal. – ele colocou os braços a frente para se defender.

— Bastava falar que não era idiota. – o larguei com força.

— Você sabe que eu não sou. – ele arrumou sua roupa e veio andando ao meu lado. – Quem é a pessoa mais próxima a mim Murilo?

— A vadia da sua mãe. – ele me empurrou me fazendo cair no chão. Fiquei rindo porque eu consegui o fazer ficar muito mais puto que ele conseguiu fazer com que eu ficasse. – Quando eu te fizer mudar você vai deixar de ser tão violento. – falei enquanto me levantava.

— Não faça de mim seu passatempo seu idiota.

— Estou fazendo de você uma pessoa melhor. – passei o braço em volta do ombro dele. – Não precisa me agradecer. – ele me olhou segurando um sorriso. – Retribua deixando sair toda essa amargura. – bati em seu peito. Paramos na saída da quadra. – Até porque qualquer dia desses você poderia morrer engasgado com o próprio veneno. – sai andando e ele ficou parado. – Nossa! Consegui deixar o demoníaco Kevin sem reação.

— Isso não vai dar certo. – ele veio até a mim. – Não consigo ser de outro jeito.

— Relaxa cara. – respirei fundo e fiquei reto, falando mais sério. – Sei que não é fácil. Só lembra que sou seu amigo e não inimigo. Já é um bom começo.

— Que fique claro que isso não vai fazer você deixar de ser idiota.

— Ah, qual é você me ama. – ele revirou os olhos e saiu andando. – Era você que sentia minha falta.

— Já me arrependi! – ele apontou o dedo do meio me fazendo rir.

Alice Narrando

Estávamos jantando e ninguém falava nada, o que era muito um milagre. Passei os olhos entre Larissa e Giovana, uma hora essas duas iriam ter que se enfrentar e não acabaria nada bem.

— Bora para o banco. – Alê chamou assim que acabamos de comer. Até Kevin estava com a gente, o que era um pouco atípico.

— Cadê a Fabiana? – Murilo perguntou e eu o fuzilei com os olhos.

— Qual é, só tô perguntando, não quero ficar com ela.

— Nem ficaria, até porque tudo que vai volta e nem tudo que volta encontra o que deixou. – Rafael falou fazendo todos o olharem confusos.

— What? – Muh perguntou e riu.

— Você foi, voltou e nem vai encontrar o que deixou, ela.

— Eu só perguntei cadê a garota, que neurose de vocês.

— Nossa, estou reparando uma coisa... – Alicia começou a falar e ela com certeza iria alfinetar alguém. – Alice e Kevin até que fariam um par tão lindo... Um filho deles iria nascer com o olho muito da hora, porque ela com o olho de cobra e ele tem o olho verde água quase transparente... Não acham?

— Você calada é poesia. – Murilo respondeu e a maioria riu.

— Arthur não está nem ligando para o que você está dizendo amiga, supera. – Soph disse com tom de ironia e riu.

— Ei... O Kevin não xingou ela toda. – todos olharam para ele.

— Meu olho é verde água transparente? – ele perguntou franzindo a testa. Todos ficaram assustados. – Estou tentando focar em outras coisas. Foda-se o que ela acha. – ele deu de ombros.

— O que seriam essas outras coisas? – perguntei curiosa.

— Nada que te envolva... Quer dizer... Não fica sem graça... É que você sabe...

— Tudo bem. – encerrei aquilo.

— Desculpa. – ele pediu e todos que já estavam em silêncio continuaram.

— Ah, legal... – sorri. – Aquele Kevin que só eu conheço está surgindo publicamente. Fico feliz por isso.

— O que eu perdi? – Fabiana perguntou ao chegar.

— Onde estava mulher? – Otávia falou pela primeira vez aquela noite, o que também era um pouco estranho.

— Suprindo a falta do Murilo... – ela falou com maldade e o olhou. – Se isso é possível.

— Relaxa daqui a pouco vocês estão se agarrando novamente.

— Qual é marrentão? – um cara chegou do nada perguntou olhando para o Kevin. – Tá dando em cima da minha namorada descaradamente?

— Tá louco? – ele olhou pra cima e continuou tranquilo.

— Cabelo preto, liso, alta, branquinha e linda. Bianca.

— Nem sei que é sua namorada filho.

— Vai ficar me tirando? – ele pegou Kevin pela gola da camisa e na hora os meninos ficaram tensos.

— Tira a mão dele. Se ele tá falando que não sabe quem é sua namorada, ele não sabe. – Arthur falou em um tom grave.

— Então o marrento coloca o irmão fortão para defendê-lo?

— Eu tomaria cuidado. Vai ser preciso muito mais que arrogância para intimida-lo, se o conhecesse saberia que ele pode acabar com a sua vida. – meu irmão falou e o cara riu. – E seria muito mais fácil eu ter dado em cima da sua mina.

— Você? – ele riu mais ainda. – Você parece uma boneca, não faz o tipo dela. Ele é o tipo de qualquer garota.

— Tá dizendo que o Kevin é mais bonito que eu? Ah, não! Pode bater nele Arthur, anda, soca a cara dele toda.

— Sua namorada é meio asiática? – Fabiana perguntou pensativa.

— Um pouco, por quê?

— Ela que estava olhando para ele enquanto ele estava na função dele hoje a tarde. E não foi por pouco tempo, porque eu vi. Ele nem notou isso.

— Filha da puta. – ele saiu andando parecendo ter acreditado em Otávia. Mas quem não acreditaria, ela exala credibilidade com seu jeitinho.

— Isso é verdade? – ela olhou Lari e confirmou gestualmente. - Kevin era o esquisito, agora ele é o gostoso cheio de esquema?

— Mas ele não é mais bonito que eu. – Murilo estava inconformado. – Nem fodendo. – ele ficou em pé no banco. – Eu exijo uma votação.

— Deixa de ser infantil retardado.

— A Otávia não tem os olhos claros e é linda! Sofia também, o Yuri, o Alê... Aí já peguei pesado. – ele riu. – Os olhos dele não fazem dele lindo. A minha boca é de outro mundo de tão maravilhosa e eu tenho covinhas! Eu sou atraente pra caramba e tenho olhar sedutor. – todos estavam rindo muito.

— O Kevin não quer nenhuma mina que você quer Murilo, se acalma.

— Isso é uma bicha afetada. Ele sabe que o Kevin é mega misterioso e pode ser gay e roubar os caras dele e dai tá desesperadinho.

— Isso não fez nenhum sentido. – Arthur falou olhando para Rafael.

— Eu sei, estou tirando com a cara dele.

— Não me incomoda. Não sou um idiota que apela por orientação sexual.

— Mas apela por beleza?

— Eu me senti depreciado.

— Você é mais bonito que eu, a minha opinião conta?

— Tá dizendo isso só porque agora você quer ser um cara legal.

— O Kevin quer ser legal? – Gio perguntou confusa.

— É lerda mesmo! Ele até pediu perdão ao Arthur e disse que o ama.

— Ele encontrou Jesus.

— O capiroto deve estar triste uma hora dessas...

— Se eu fizer uma tatuagem no rosto diminui minha aparência de boneca? – olhei para Murilo indignada.

— VOCÊ É LINDO, PARA COM ISSO. – gritei nervosa.

— Mais um trauma para a conta do analista. Problemas com o pai e agora inferioridade em relação ao Kevin.

— Ai gente, eu to tirando onda com a cara de vocês. – ele riu alto. – Vocês são muito retardados, caem em qualquer coisa, não é possível. Mano, quem no mundo é mais gostoso que eu? Não existe. Até o Arthur perde pra mim porque sinceramente... Essa cara séria de “sou preocupado pra caralho” fode com tudo.

— Posso bater no seu irmão? – Rafael perguntou me olhando.

— Todo dia sai um trouxa de casa e hoje foi você. – ele disse e quase enfiou os dedos nos olhos de Rafa.

— Não sai de casa porque nem em casa eu estou. – o outro devolveu o gesto.

— Sinceramente, às vezes eu acho que vocês não saíram do primário.

— Vamos dormir vai, por hoje chega. – todos se levantaram menos eu, fui questionada e disse que queria ficar ali mais um pouco. Foi um custo convencer Murilo a me deixar sozinha e ele só deixou porque eu não ficaria completamente só... Fabiana estava ao meu lado.

— Seu irmão é muito fofo. – ela sorriu. – Ele se preocupa muito com você.

— Nem sempre foi assim. – contei. – Mas não guardo mágoas. – suspirei. – Você não consegue esquece-lo né?

— Você conversou com ele?

— Sim. Ele disse que tem conflitos internos. – contei pensativa. – Ele não se sente bem por não gostar das coisas que nosso pai gosta, por não ser como ele acha que nosso pai queria... Na verdade sinceramente acho que Murilo não é esse pegador idiota, ele faz isso para camuflar muita coisa ou para lembrar o que a gente sabe que meu pai era na adolescência dele, não sei... Não o entendo. E eu queria tanto ajuda-lo.

— Ele procura a aprovação do pai. – ela conclui depois de um tempo. – Mas ele parece ter uma mágoa ou algo mal resolvido com ele.

— Faz sentido.

— Talvez as garotas não tenham nada a ver com isso... Ele só não está disponível, focado, pensando em viver algo, de tão ocupado com todo esse drama.

— Não concordo. Ele nunca se apaixonou se não iria focar. Não tem como. Você é apaixonada por ele, sabe como isso devasta a gente Fabiana.

— É. Mas se não tivermos abertos não nos apaixonamos.

— Não tem como se fechar completamente. Pelo menos tentei e não consegui.

— Nada de novo com Arthur?

— Ainda temos algumas demonstrações de carinho quando somos apenas nós dois, mas... Sinto que estamos nos afastando cada vez mais. Isso é tão doloroso.

— Não importa mais quem fez o que, vocês só tinham que esquecer e ficar juntos. É tão simples.

— Ah, mas não é mesmo. Sentimentos nunca são simples.

— Não estou gostando da Gi andando com a Alícia... Ela é bobinha demais. Alí é maldosa e vai acabar colocando coisa na cabeça dela.

— Mais? Ela já colocou. Mas não a culpo. Está na cara que Lari tá com Alê.

— É... Eles nem disfarçam muito. – ficamos um tempo em silêncio. – Você acha que vai dar certo?

— Quem?

— Larissa e Alexandre.

— Bom... Ela tem mais em comum com a personalidade dele que a Giovana, mas os dois fazia um casal muito fofo. Então não sei. Nunca dá para saber.

— Acho que Aline ainda vai conseguir conquistar seu irmão.

— Velho você é aleatória demais! Muda de assunto do nada.

— Você não acha? – ela nem ligou para a minha observação.

— Não. Se não aconteceu até hoje... Acho impossível.

— Mas ele gostou dela.

— Superficialmente. Fabiana... Para acontecer de o Murilo gostar de alguém, se apaixonar de verdade, vai ter que ser de primeira e ele vai se entregar, ele não vai ficar lutando contra isso. Conheço o meu irmão. Ele fazia maior hora com a Aline. Ele não vai ser assim se amar alguém.

— Queria que fosse eu essa pessoa.

— Também queria, eu juro. – suspirei e dei um sorriso triste.

— Vamos ir dormir? – concordei e me levantei. Analisar casais era uma tarefa cansativa e que realmente deu sono.

O dia não estava sendo muito bom. Vi Arthur de conversinha com Aline e, além disso, as meninas estavam em um clima horrível. Não dava mais para aguentar, coloquei Gi e Lari para conversarem.

— Vocês duas tem que resolver isso entre vocês. – ordenei e as olhei.

— Eu não te obrigo a se reconciliar com cada um que você tem atrito, então dá para me deixar em paz? – Giovana perguntou e Larissa riu.

— Como se Alice tivesse atrito com alguém.

— Ela tem sorte que você não se interessou pelo Arthur.

— Mesmo se eu me interessar... Sabemos que o Ar não ia responder a nenhuma investida. Minha e de ninguém. Ele vive para Alice.

— Então a errada no mundo sou eu que não soube fazer o Alexandre viver para mim.

— A gente se apaixonou Giovana! Ele te respeitou até o último minuto do namoro de vocês. Não houve traição! Eu juro.

— Sabia que intenção é traição? – não me meti em momento algum na conversa delas.

— Não Giovana, eu não sabia. Talvez para ele não seja, para mim não seja, para várias pessoas não seja.

— Eu te odeio tanto. Eu o amo Larissa.

— Eu sei. E é por isso que eu não estou com ele. Se quiser saber mesmo a única coisa que rolou foram alguns beijos... Eu e ele decidimos que é melhor evitar, ainda mais aqui, que não tem muito para onde fugir.

— Não precisam ficar poupando a coitada aqui! Querem ficar juntos fiquem.

— Alê tem um jeitão barulhento e engraçado, mas por trás existe um coração enorme e ele se culpa muito por você estar sofrendo.

— É mesmo? Agora me explica como uma pessoa que diz que ama uma se apaixona por outra de uma hora para outra?

— A gente se encontrou um no outro... Ele te amou sim, mas as diferenças foram muito grandes... Acho que isso fez vocês se afastarem. – Gi pareceu pensar no que ela disse. O silêncio estava durando tempo demais. A tensão podia ser sentida a distância. – Você foi a primeira namorada dele, sempre vai ser lembrada, será especial eternamente e se um dia ficarmos juntos eu não pretendo roubar o seu lugar na vida dele e nem tirar as memórias. Sua amizade é muito importante pra mim Gio, me perdoa por ter me apaixonado, não queria que tivesse acontecido, tentei não sentir, fui contra isso, a Alice é testemunha eu desabafava com ela e... – Giovana nos surpreendeu completamente abraçando Lari. Fiquei olhando  abismada.

— Você sempre se explica tanto para as pessoas! – Gi disse com os olhos marejados. – É injusto! É só um cara. Eu vou esquecê-lo. Para. Já basta o que sua irmã fez por causa do Murilo. Não quero fazer isso com você. Tudo que eu precisava era de honestidade Larissa. Você podia ter conversado comigo antes.

— Estava com medo. Com vergonha. E na defensiva também.

— Mas eu dei uma ajudinha. – falei e sorri. – Vocês vão ficar bem? – elas fizeram sinal positivo. – Então vou deixa-las sozinhas, amo vocês.  – beijei as duas e sai. Minha parte estava mais que feita, esperava que essa paz se mantivesse por maior tempo possível. Esse climinha entre elas era péssimo.

— OOOOOOI. – gritei sentando ao lado de Otávia.

— Esse bom humor não está servindo pra mim. – ela resmungou e fiz careta. – O que aconteceu?

— Ajudei Lari e Gi a ser acertarem. – ela arregalou os olhos. – Pois é. – vi que todos estavam indo para sua função ou já estavam fazendo e lembrei que eu me atrasaria se não fosse ir trocar de roupa agora. – Seu péssimo humor se deve a que?

— Olha em volta! Estamos presos na merda de um abrigo e um inferno de uma doença mortal lá fora que não acaba! Quero ir embora. Quero minha casa, minha cama, minhas coisas, meu chuveiro, minha caneca de leite linda que eu sinto tanta falta! Até do idiota do Yuri me acordando de manhã eu sinto saudade.

— Nesse caso eu já não posso ajudar. – suspirei. – Também sinto falta de tudo.

— Ah você? – ela me olhou embravecida. – Não mente pra mim! O Arthur estando aqui pode acontecer o que for... Você não sente falta de porra nenhuma.

— Nada a ver. Nem somos mais tão próximos. Eu quis o Kevin, me arrependi e não dá para voltar atrás. Quantas vezes vou ter que dizer isso para todo mundo? Que saco. – ela conseguiu acabar com minha alegria, então fui para o meu dormitório me trocar e ir cuidar das plantas.


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