O Senador Rebelde escrita por André Tornado


Capítulo 21
Nas planícies geladas




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Depois do combate espacial contra os caças TIE imperiais, a viagem foi até bastante pacífica e Heskey conseguiu descansar. Dormiu pesadamente durante três horas-padrão e quando despertou estava totalmente recuperado. Precisava de um banho, de roupas novas, de um charuto cigarra e de uma bebida forte, mas fora isso considerava que estava na sua melhor condição física e psíquica.

Sentou-se no banco onde dormira e recebeu a informação de que se tinha passado todo esse tempo com relativa indiferença. No seu íntimo, contudo, achava que estava a afastar-se demasiado de casa – três horas-padrão e ainda faltava cerca de mais duas horas-padrão até ao destino – e que se enfiava num qualquer buraco, numa região remota da galáxia, onde se situava essa base secreta dos rebeldes. Provavelmente o piloto estava a tonar precauções para que não fossem seguidos ou importunados pelo Império optando por uma rota indireta, só que ele não conseguiu evitar o sentimento de distância e de solidão.

Deixou-se estar sentado no banco, de olhos fechados, a nuca apoiada no encosto, a marcar cada inspiração e expiração que fazia. O astromec estava menos elétrico, o rapaz não fazia qualquer barulho desde a cadeira de pilotagem. Rodeava-o apenas o zunido dos motores e os habituais estalos da fuselagem. A temperatura no interior era agradável, mas ele sentia-se gelado.

A Aliança teria entrado em contacto com o seu assistente pessoal, cogitou, inventando essa verdade para ficar menos apreensivo. Lishma contara aos rebeldes que era ele que guardava os planos dos compressores dos TIE, assim como teria relatado toda a história relacionada com a sua fuga, incluindo a colaboração de Onca e de Jotassete. Alguma missiva encriptada teria chegado ao conhecimento do ithoriano e estaria tudo bem em casa. Todos a salvo, portanto. Ele, Onca e Jotassete.

E então pôs-se a pensar em Emile Omonda e na forma como o iria destruir para todo o sempre. O juiz tinha acabado de colocar em risco a sua carreira ao tê-lo feito penar todo aquele martírio – o envenenamento com o vinho, a sua venda a mercenários e posteriormente para a escravatura, a sua apresentação numa arena e a evidente destruição da sua dignidade. Ele faria de tudo para caluniá-lo, de uma forma inteligente, claro, de modo a que Omonda fosse acusado pelo próprio Darth Vader. Bastava solicitar a colaboração de Jotassete…

A ideia era mesquinha e feia. Naquela fase Heskey não se importava sobremaneira com a censura moral que pudesse acontecer, mais tarde. O Império usava a delação como meio para castigar os comportamentos desviantes e, bem, ele ainda se considerava um senador imperial, apesar de estar a colaborar com a Aliança, naquele momento. E iria usar da sua imunidade diplomática para alcançar todos os seus objetivos de vingança.

Tinha plena consciência de que Omonda era um magistrado e também tinha os seus privilégios, mas ele haveria de demonstrar que o nome da sua família, em Corulag, tinha um certo peso que desequilibraria qualquer balança, quando ele se encontrava num dos pratos.

Olhou para as suas mãos, pousadas nas coxas. Olhou para os dedos compridos e brancos, as unhas sujas devido à falta de cuidado e de asseio das últimas horas-padrão.

A sua moralidade estava a ser colocada em causa e ele fazia as piores escolhas que em nada o enalteciam ou desculpavam. Raiva, despeito, retribuição, maldade. Ele nunca fora assim… ou, pelo menos, nunca se tinha apercebido de que alguma vez tinha sido assim para os outros que se cruzavam no seu caminho.

Era alguém com muita personalidade, senhor de si e das suas opiniões, incapaz de compromissos fundos e duradouros, um sobrevivente e um cínico. Isso não fazia dele, todavia, alguém cruel ou repulsivo.

Ou talvez nunca se tivesse apercebido em como a sua teimosia tornava-o mais solitário e de trato difícil.

A olhar para as suas mãos, recordou-se dos caças TIE a atacar aquele cargueiro, de como se deixara levar pela excitação e pelo rancor e disparara uma arma pela primeira vez na sua vida. Durante o ataque e na pressa de destruir os seus inimigos embotou o seu pensamento mais racional e agiu, com um calculismo frio, acutilante e mortífero. Talvez não pudesse fazer de outra forma, já que estava sob perigo mortal e era uma questão simples de sobrevivência – assim como acontecera na arena de Pesak – mas isso não esbatia o facto de que estava perigosamente a resvalar para o lado rebelde, afastando-se cada vez mais da sua faceta imperial que haveria de lhe dar vantagem no seu caso contra Omonda.

Ou estaria a tornar-se num agente duplo…

Isso Heskey não desejava! Ele era homem de apenas uma cara, uma causa. Não se passeava entre dois lados de um conflito, conforme os ganhos pessoais. Veio-lhe à ideia a conversa que tivera com Mon Mothma sobre a sua escolha, que iria acontecer em breve, quando a guerra civil se firmasse na galáxia. Pois, ele teria mesmo de escolher um lado e abdicar do que deixava de controlar com essa decisão.

A curta batalha contra os TIE incendiava-lhe a memória e ele revia os detalhes numa espécie de câmara lenta, a velocidade reduzida para que conseguisse decorar todos os gestos que fizera e que lhe tinham permitido abater os três caças. Quando acontecera, fora rápido e incongruente. Agora, no quase silêncio da nave, a fixar as suas mãos, as mesmas mãos que tinham operado os comandos do canhão, decompunha cada momento e percebia que tinha sido eficiente, num registo quase perfeito. Havia que dar o mérito ao piloto, que soubera conduzir o cargueiro na direção certa de modo aos caças aparecerem na mira, mas fora ele que carregara no botão e despedira o tiro fatal. Estava feliz, satisfeito, orgulhoso? Não, não estava. Iria ignorar essa façanha no seu currículo.

Nessas cogitações, deixou o tempo alongar-se até que o rapaz o chamou.

— Estamos a chegar! Ocupa a tua cadeira de passageiro. Está equipada com cinto de segurança e ficarás mais protegido, quando atravessarmos a turbulência do planeta.

O androide apitou o que lhe pareceu o reforço daquele pedido e ele juntou-se ao rapaz na carlinga.

— Onde estamos? – perguntou.

— Hoth.

— Nunca ouvi falar…

— Nem o Império, é por isso que a Aliança estabeleceu aí uma base temporária. Estamos sempre em movimento, para não sermos descobertos, mas neste momento o Alto Comando da Aliança encontra-se em Hoth. A base Echo ainda está a ser construída e equipada… temos tido alguns problemas operacionais, nomeadamente com as novas naves de assalto terrestre que foram compradas. Arirspeeders, do modelo T-47. Por isso vamos precisar dos planos dos compressores dos TIE. Os mecânicos estão convencidos de que vão ajudar-nos a adaptar as naves ao terreno do planeta. Continuamos na Orla Exterior. Este é o setor Anoat.

— Hum…

— É um planeta… especial – avisou o rapaz.

— Especial… que defeito é que tem?

— Muita neve e muito frio.

— Ótimo! – exclamou ele num tom de ironia. – Depois de quase cozido ao sol de Pesak, vou congelar até ficar roxo e paralisado.

— Basicamente. Tem também umas bestas perigosas que são bastante territoriais e que costumam atacar-nos chamados wampa.

— E que mais?

— É tudo.

— Bastante encorajador, sem dúvida… – resmungou e apoiou o queixo na mão.

— Terás cuidados médicos para curar o teu tornozelo, comida e outra bebida mais forte do que água. Terás ainda uma cama confortável para descansar, roupas novas e talvez um dos teus charutos cigarra para te acalmar os nervos. A neve fica do lado de fora da base. Acho que são excelentes condições, Heskey. Não sejas tão exigente!

Optou por não responder ou arranjaria uma discussão desnecessária. Na janela da cabina apareceu a curvatura branca e deprimente de um pequeno planeta, que seria Hoth. Ele não se dava bem com o frio, nem com o calor também. Apreciava os locais com um clima ameno, os locais climatizados e civilizados, que lhe permitiam usar roupas elegantes, distintas.

O cargueiro abanou fortemente quando cruzava a atmosfera de Hoth, entre nuvens escuras e compactas, mas assim que passou essa barreira, o voo foi suave e discreto. Heskey não se interessou pela paisagem, composta por vastas planícies alvas cobertas de gelo e alguns picos nevados. Olhava em frente e remoía a sua falta de sorte, sem, contudo, observar o que quer que fosse. A base deu autorização para a aterragem, o rapaz trocou códigos de acesso e de identificação e foi quando surgiu no horizonte uma estrutura que se recortava em diversos hangares ligados por contentores que Heskey se endireitou no assento e aguardou pela próxima etapa daquela viagem involuntária.

Assim que desembarcaram, foi levado por um carro-maca para a enfermaria da base, sem se ter despedido do rapaz e do seu androide. Julgou ter escutado Luke a dizer-lhe: “que a Força esteja contigo”, mas podia ter sido um mero delírio.

O hangar onde o cargueiro estacionara, soltando espirais de fumo branco dos seus motores quentes, fervilhava de movimento alegre e triunfante. Androides, pilotos, mecânicos, pessoal auxiliar, num típico ambiente de base militar em pleno conflito. Luzes, vozes ampliadas, avisos sonoros, ordens, regras e procedimentos. Tudo aquilo lhe deu dor de cabeça.

Ficou internado na enfermaria e o diagnóstico preliminar do androide médico, após análise do seu ferimento, foi que a estadia teria de durar dois dias. Ele não se importou. Ao fim de um dia já estava a sentir-se melhor, ao fim do segundo dia já andava sem coxear. O tornozelo fora apropriadamente curado com doses massivas de bacta e o seu corpo, no geral, com refeições razoáveis, tendo em conta que era comida de campanha e rações militares. O espírito, porém, ansiava por um copo generoso de whisky corelliano e um charuto cigarra. Disseram-lhe que podia conseguir a bebida e o fumo na cantina da base. Era para aí que se dirigia logo que lhe deram alta.

Vestia um casaco branco acolchoado, ideal para protegê-lo das baixas temperaturas – mesmo dentro da base fazia muito frio, havia gelo junto às paredes e neve pelos corredores – quando recebeu uma visita. A única que receberia durante o seu internamento, que terminava, naquele momento em que deixava a enfermaria.

— Senador.

— Sua Alteza.

Ela estava muito bonita, mais bela do que se lembrava da última vez que se tinham encontrado, ainda em Coruscant. Tinha crescido, amadurecido, acentuado todas as linhas e curvas que faziam dela uma mulher interessante, diferente e magnífica. Nunca tivera dúvidas de que iria desabrochar naquela beleza firme e calma, que escondia um espírito indomável, inquebrável e singular. Havia doçura, mas também havia determinação. Suavidade e dureza. O choque das contradições que ela cultivava, num registo tanto dissimulado como genuíno, era intrigante. E quando ela lhe sorriu, ele sentiu-se privilegiado por receber a atenção dela.

— Por favor, já não sou uma princesa…

Agarrou-lhe na mão e depositou-lhe um beijo nos dedos.

— Para mim, serás sempre da realeza… minha querida.

— Trata-me apenas por Leia…E eu posso tratar-te por?

— Heskey. Julgava que não te tinhas esquecido de mim.

— Continuas a ser um sedutor – observou ela libertando-se dele.

— Os meus defeitos são tão antigos, que se me tornou impossível livrar-me deles. São já parte do meu organismo e não adianta tentar arrancá-los ou disfarçá-los. Ficaria enfermo e despojado de uma parte vital de mim mesmo. A que devo a honra de receber a tua visita… Leia?

A princesa de Alderaan estendeu-lhe um cartão eletrónico.

— Vim entregar-te pessoalmente a indicação do teu alojamento aqui, na base Echo. E agradecer-te, também pessoalmente, pelos esforços que envidaste para que os planos dos compressores dos TIE chegassem às mãos da Aliança. A tua colaboração será recompensada, em devido tempo. Neste momento, não nos é possível agraciar todos os heróis que estão a contribuir para que os rebeldes continuem a enfrentar o poder do Império, mas os seus feitos estão registados. Incluindo o teu feito.

— Não preciso de qualquer compensação. Podes apagar esse registo. Se o fiz, foi porque acreditava que estava a fazer o que era mais correto. Os planos estão convosco, viremos a página.

— O comandante Skywalker disse-me que não te pretendes demorar em Hoth.

Ele arqueou as sobrancelhas.

— O rapaz que é o melhor piloto da galáxia fez essa inconfidência?

Leia riu-se discretamente.

— O Luke disse-te isso? Que é o melhor piloto da galáxia?

— Comprovei que não era apenas bazófia. Se não fosse por ele, éramos poeira estelar quando o cargueiro onde viajávamos enfrentou a ameaça de uns caça TIE bastante insistentes.

— Ele também me disse que tu o ajudaste a destruir os TIE.

— Não tive outra alternativa, minha querida – suspirou Heskey num tom de falsa modéstia. – Era ele a pilotar e eu a disparar. Mais o androide barulhento a apitar e a orientar a navegação da nave. Estivemos todos bastante ocupados.

De seguida, Leia tornou-se séria.

— Infelizmente, não nos podes deixar nos tempos mais próximos. Temos recebido relatórios de exercícios militares no setor Anoat e não podemos arriscar sermos descobertos nesta fase sensível, em que estamos a nos reorganizar numa estratégia coerente que permita derrubar o Império Galáctico.

— O que quer dizer que ficarei aqui, a congelar na tua companhia.

— Confirmo, Heskey. Vais ter de ficar aqui.

— Durante quanto tempo?

— Não te consigo dar essa informação, por ora. Peço-te que compreendas. O sucesso dos rebeldes nesta guerra depende bastante das nossas ações de guerrilha contra o Império. Não temos capacidade para enfrentar a marinha imperial de igual para igual, o desequilíbrio de forças é demasiado grande. Por outro lado, após a destruição da Estrela da Morte, temos conseguido importantes recrutamentos e financiamentos avultados, que ajudam a cobrir os custos da Aliança… que continuam a ser muito grandes. Não nos podemos dar ao luxo de perdermos os nossos patrocinadores, os apoios dos sistemas que começam a revoltar-se, as pequenas conquistas da nossa tímida rede de espiões. Para manter a organização rebelde coesa e credível é necessário coordenar todas essas operações a partir de um local fixo. Uma base principal.

— Hoth é essa base principal.

— De momento, Hoth é a base principal da rebelião – confirmou Leia, assentindo. – Vader percorre todas as rotas galácticas, apoiado pela sua Esquadra da Morte, com o único objetivo de descobrir onde se situa a base da Aliança. Seria um triunfo gigantesco para Palpatine encontrar-nos e destruir-nos. Tudo o que temos alcançado até aqui, com as pequenas vitórias, seria desbaratado e a guerra conheceria, provavelmente, um fim abrupto, com evidente vantagem imperial. Por isso temos de conseguir, a todo o custo, esconder-lhe essa informação. Conseguimos manter-nos em Yavin Quatro o tempo suficiente para criar sérios dissabores ao Império, incluindo o derrube da sua preciosa estação espacial. Esperamos fazer semelhante, aqui, em Hoth. – Esmoreceu e negou devagar, com a cabeça. – Apesar de…

— Apesar de?

— Bem, as condições em Hoth não são as melhores. É um planeta árido e agreste, com o qual estamos constantemente a lutar para sobrevivermos.

— No entanto, o Império nunca iria considerar procurar pela base principal da Aliança num lugar como este, tão inóspito.

— Correto.

Heskey deu-lhe o braço que Leia aceitou. Saíram juntos da enfermaria, para os corredores frios. Andavam devagar, como num passeio agradável pelos jardins encantadores de Naboo. Ele perguntou-se se ela conheceria Naboo… Uma unidade R2 passou por eles.

— E terei essa informação, em breve?

— Assim que um transporte de pessoal estiver disponível, eu serei a primeira a informar-te – respondeu Leia.

— Ficarei a aguardar e tentarei aproveitar o melhor possível a minha estadia.

— Não precisas de fingir que gostas disto, Heskey.

— Não estou a fingir nada, minha querida. Estou a ser sincero.

— Eu não gosto de aqui estar.

— Agradeço a tua sinceridade. Um contacto com Corulag estará fora de questão?

— Absolutamente! – E ela estremeceu quando o disse. – Ninguém pode saber que te encontras em Hoth. Não te apoquentes, Onca já sabe que estás a salvo e com a Aliança. Apenas desconhece o nome do sistema. Ele tem agido muito bem. Após a tua ausência, Onca tem estado a limpar todos os registos associados ao gotal que trabalha para nós, com o auxílio de uma unidade J7-21 particularmente diligente, de acordo com o relatório que recebemos. O que aconteceu no centro de detenção de Curamelle e a fuga posterior foi como se nunca tivesse existido.

— Será mais seguro, até para Onca – avaliou ele. – Se ele não souber onde estou.

— Em Corulag julgam que caíste doente, depois de uma festa na casa do juiz Emile Omonda. Estás a convalescer e Onca tem recebido os teus amigos e peticionários, em teu nome, tomando decisões e deixando apaziguados todos aqueles que se preocupam com o teu bem-estar. Ninguém te pode ver devido à doença e a mentira tem sido bem aceite. Entre os que procuravam por novidades sobre o teu estado de saúde está Emile Omonda.

— Ah, Omonda também está a encobrir o meu rasto? Fantástico! Devo ficar contente ou furioso?

— Não sejas tão suscetível. Omonda está bastante incomodado com o que te aconteceu, pois adoeceste depois de teres estado com ele. Acho que é daqueles que mais frequenta a tua propriedade.

— Se não fosse uma falsidade, ficaria sensibilizado.

Pararam numa bifurcação. No fim da passagem da esquerda havia barulho e a agitação típica de uma sala operacional onde crepitavam painéis de comunicações, palravam androides protocolares, vogavam técnicos atarefados, se definiam linhas de ação. A passagem da direita era longa e quieta, conduzindo a outros setores da base. Heskey libertou a princesa do seu braço, suavemente.

— Leia, agradeço a tua atenção. Ficarei bem alojado na base Echo e acredito que o tempo vai passar muito depressa na companhia dos rebeldes. Mas agora que já tenho o meu tornozelo curado e bem cicatrizado, quero comemorar com uma bebida, que muita falta me faz. Disseram-me que posso ser um homem feliz na cantina desta base. Onde se situa, exatamente?

Ela deu-lhe as indicações. Colocou as mãos atrás das costas, balançou-se sobre os calcanhares. Sorriu-lhe.

— Bem-vindo à Aliança, Heskey.

Depois deu meia volta e dirigiu-se para a sala de operações.

Ele cerrou o maxilar, engoliu em seco. Era uma mentira, quase tão abominável como a preocupação teatral exibida por Omonda ao ir até à sua casa para saber se ele já tinha melhorado da sua repentina enfermidade. Estava em Hoth, mas não pertencia à Aliança. Estava, muito simplesmente, a mentir.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo:
Um homem de palavra.



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