Sob seu olhar escrita por Iced


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Hey, hey, hey. Obrigada a todos vocês que fazem a leitura deste livro. Sou imensamente grata a todos que dedicam uma parte do seu tempo lendo aqui, sério!

Hoje vamos conhecer um pouco mais dos pais de Mary, e também, uma estranha situação que pode estar acontecendo no meio disso tudo. Fechou? Fechou, até lá embaixooooooo...



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— Uau. Eu nem sei o que dizer.

Não preciso olhar para Tereza para saber que ela está me olhando com aquele olhar de "Eu sei o que você fez no verão passado".

— Do que está falando? — Resolvo fazer a sonsa, desviando o olhar do meu fichário para minha melhor amiga.

Tal como imagino, ela está com uma expressão de quem sabe todos os meus pecados. E ela sabe, a maioria.

— Você, Noah. Qual é, Mary? Vai negar mesmo? Você ficaram um tempo se encarando como se fossem dois robôs, depois você foi embora e ele pareceu alguém que perdeu o último ônibus da linha. Tem claramente alguma coisa acontecendo, e você sabe disso.

Resolvo fechar o fichário sobre minha mesa, e viro completamente para Tereza, que está sentada na minha cama.

Desde a manhã ela me seguiu mais que o normal, e estranhamente calada. O estopim foi quando sentei junto a escrivaninha para terminar as anotações sobre a aula de hoje. Acho que o medidor de falta de palavras apitou muito forte dentro dela e motivou este verdadeiro interrogatório.

Mas ela não está errada. E se Tereza diz que há algo acontecendo, há algo acontecendo.

— Olha, nem eu sei o que está acontecendo. E nem se tem algo acontecendo mesmo. Eu não queria falar com você sobre isso até falar com o Noah antes. Não queria criar alarde sobre isso para nada. — Suspiro, batendo meus dedos baterem nervosamente na capa do fichário. — Começou no dia da festa, eu conversei com Jonathan, saí para o quintal, fizeram uma bola de canhão idiota, ah, e me lembre de me vingar do Leonardo. Enfim, quando eu ia embora, depois daquele idiota me molhar toda, eu virei para a piscina uma última vez e bang! Ele estava me encarando, Tez. E depois ele me ignorou totalmente na segunda, no telefone ontem. Pois acredite, foi ele quem atendeu e jogou para o Jonathan. Eu queria saber o que está acontecendo tanto quanto você, mas EU NÃO SEI!

Acabo por gritar no final, sentindo meu coração bater forte contra meu peito. Até chego a fechar os olhos para tentar controlar minha frequência cardíaca.

Tereza não fala nada pelos próximos 5 minutos. Me deixando ainda mais nervosa. Nervosa o suficiente para que eu levante da cadeira para sentar ao lado de Tereza, que de repente começa a estalar os dedos.

— Espera, você encontrou o Jonathan no sábado? UOU, AGORA FAZ SENTIDO. — Dessa vez o surto é de Tez, que me encara com uma expressão estranha. De quem solucionou um mistério. — A Barbie ruiva estava falando de você, então!

Ergo uma sobrancelha, estreitando um pouco os olhos. Do que ela está falando?

— Espera, o quê?

Tereza começa a rir freneticamente, me deixando mais assustada e confusa ainda.

— Ai, mana, nem te conto. Como eu disse, depois que você foi embora muitas coisas rolaram, inclusive a Stephany xingando uma tal "vagabunda" que ficava dando em cima do namorado dela. No fim, o John se irritou e terminou com ela. Foi lindo, e parece que dessa vez é para valer.

Não sei o que dizer, parece um pouco idiota achar que Stephany surtou com o namorado por causa de mim. Faço uma careta pensando no quão estranho isso poderia ser, digo, eu e Jonathan.

— Argh, essa garota é louca. E não no sentido aceitável. Jonathan se livrou, isso sim.

Tereza concorda, rindo baixinho.

— Okay, mas, só falar mal dos outros não vai nos fazer passar na matéria. Vamos estudar.

Afirmo, embora minha mente se mantenha bem distante durante a maior parte do tempo.

...

— Seu rostinho diz que algo aconteceu, conta aqui pro Papai. — A voz de meu pai me faz notar a quanto tempo estou parada encarando o nada. Até o chá da minha xícara já esfriou.

Coloco a xícara sobre a mesa e foco minha atenção completa no meu pai. Ele tem os cabelos castanhos presos em um coque no topo da cabeça, os fios estão cobertos pela mistura pastosa que é nossa hidratação de hoje. Abacate, maizena, e outras coisas que não ousei perguntar.

— Ah, é tão na cara assim? — Pergunto com um tom desanimado. Não quero ter que repetir toda a história do Noah, assim como repeti para Tereza.

— Sim, é. — Ele responde olhando atentamente ao relógio. — Mas já vi que não quer falar sobre, então, sua mãe vem hoje?

Ajeito meus óculos, me arrependendo disso logo depois, já que minha mão esquerda ainda estava suja da mistura para hidratação.

Entretanto, mesmo com a armação do óculos suja, olho diretamente para meu pai com um olhar brincalhão.

— Sim, me buscar. Por que? Ui, agora entendi o motivo da hidratação. Era para impressionar ela com a maciez e o brilho?

— Sim. — Ele responde sorrindo, e eu arregalo os olhos no mesmo instante. Ele nota o que disse e quase no automático fica notavelmente constrangido.  — Não, espera não é isso. Eu vou lá dentro ver o nosso almoço.

Ele sai em disparada, me fazendo rir um pouco com tudo isso, ainda que minhas dúvidas sobre esse assunto persistam.

Levanto do pequeno banco de madeira do jardim e ando até uma das torneiras que servem para irrigação, lavando minhas mãos ali. Um momento sozinha, talvez seja isso que eu precise desde que essa história toda começou.

Sento na grama e tiro meu celular do bolso, usando a biometria para desbloqueá-lo. Nada mudou nas minhas redes sociais. Alguns likes em posts aleatórios, mensagem da Tereza perguntando sobre o nome do aluno de medicina ruivo que sempre encontramos na lanchonete, nenhuma solicitação de amizade, nenhuma marcação em posts. Nada, para que eu tenho essa coisa afinal?

Descendo pelo feed encontro várias fotos com a hashtag sextou, e vários colegas com bebidas alcoólicas. Devem estar se divertindo na certa, bem longe de mim que estou neurótica por algo que nem sei se é real.

— Mary? — Minha mãe me chama, fazendo com que eu levante de súbito e quase derrube meu celular.

— Oi?! Eu, aqui, mãe! — Me atrapalho um pouco com as palavras, indo ao encontro de minha mãe que me esperava junto ao portão.

Ela está sorridente, traz consigo uma sacola com logotipo de uma loja de chocolates famosa.

— Pronta para ir para casa? Nem acredito que você consegue passar esses trecos que seu pai inventa no seu cabelo. Isso é abacate? — Minha mãe toca meu cabelo, fazendo uma careta. Isso me faz rir por um instante antes de a porta da frente abrir e meu pai aparecer nela, já com os cabelos limpos e definidos.

Mamãe sorri ao vê-lo, tendo cuidado para não parecer eufórica demais. Pelo menos é o que penso quando vejo os dois indo na direção um do outro, hesitantes, porém animados.

— Certamente alguma coisa está acontecendo.  — Sussurro, rindo comigo mesma.

Meu celular vibra. Mensagem de Tereza é o que eu espero quando abro o aplicativo, mas, para minha surpresa, não é. Trata-se de uma notificação que me faz arrepiar um pouco, e gera ainda mais dúvidas sobre a questão do que aconteceu no sábado.

Uma notificação mostra que Stephany me mandou uma solicitação de amizade.

Algo mais improvável que isso só se o Papa começasse a me seguir no twitter.

— Mary, vamos entrar. — A voz de papai soa longe, como se estivesse no outro quarteirão.

Balanço a cabeça em concordância e bloqueio o celular, sorrindo para ele e indo na direção da porta. Mas, uma segunda notificação me faz parar quase de súbito.

Uma mensagem de Jonathan.

"Precisamos conversar. Assunto sério."

Minhas sobrancelhas se franzem.

Primeiro Noah agindo estranho, agora Jonathan. O que diabos essa família quer?


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Notas finais do capítulo

Eita que a família tá atacada :v
Me digam, vocês já tinham notado que o Jonathan, a Catty, e o Noah são da mesma família? :v
E quais nomes vocês acham que tem os pais da Mary? Hã? Hein? Hein?

Okay, favoritem, comentem, acompanhem, mas acima de tudo LEIAM!!!!

Muito obrigada por tudo até agora, até a próximaaaaaa ♥



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