Sob seu olhar escrita por Iced


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Hey, hey, hey

Minha meta era conseguir manter um capítulo duplo, MASSSSSSSS, não consegui kkk chorando de desespero.

Bem, aproveitem bastante o capítulo, e na próxima atualização de SSO será bem no aniversário da autora linda que aqui vos fala kkk bjs

Comentem, favoritem, ou apenas leiam. Esse é o melhor presente que eu poderia receber de vocês ♥

Aproveitem~



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A noite de sábado começou com um plano um tanto quanto mirabolante de Tereza, que eu estou particularmente tentada a recusar.

E cada vez que me olho no espelho vejo que a tentação é mais e mais real.

— Isso não pode dar certo. — Digo, girando nos meus calcanhares para vê-la calçar suas sandálias.

Tereza dá de ombros, fazendo alguns dos seus fios coloridos de cabelo caírem de seu ombro para as costas.

— Vamos lá, a Catty nos chamou, e não podemos fazer desfeita com a nossa amada loirinha, né? — Ela sorri nervosamente, para em seguida pegar o batom de cima da penteadeira.

Suspeito, muito suspeito.

— E o seu plano é: Irmos nessa festa que o João está dando, você ir falar com o Felipe de Biomédica, e eu fico sozinha na festa, tipo, hm, o tempo todo? — Uso sarcasmo e Tereza revira os olhos, acabando de passar o batom.

— Não vai. Tenho certeza que se Noah tiver algo para falar com você, ele vai tentar falar quando estiver sozinha.

Aperto uma mão na outra, sentindo meus dedos frios dado o nervosismo. Ou seria o frio da noite? Não sei. Uma semana nessa loucura envolvendo o Senhor bonitão e eu não faço ideia de onde isso vai parar.

— Mas, e se ele não tiver? — Arrisco falar, evitando o meu hábito de morder o lábio inferior. Tudo para não borrar o maldito batom vermelho.

Tereza olha para mim pelo reflexo do espelho. Ela está séria, bem diferente de minutos atrás. E tenho que concordar, aquela maquiagem cai bem nela.

— Acredite, ele vai ter.

A certeza de suas palavras me faz ter um arrepio. Tereza quando está séria pode ser mais assustadora do que um Oráculo com todo o seu futuro na ponta da língua.

— Okay, se você diz. Estou pronta para irmos.

Tez confirma, levantando e vindo em minha direção. Ela sorri quando alcança minha bochecha, cuja ela faz questão de apertar.

— Vai dar tudo certo, e mesmo se não der, eu estarei lá para te proteger.

...

A casa de João está em um nível bem semelhante à de Catty. Ambas são de um luxo bem visível. Grandes, espaçosas, luxuosas, e com certeza bem caras.

Porém, a de João tem um tom mais de cinza e amadeirado, enquanto o de Catty fica no branco clássico. Sem dúvidas quem vive aqui, vive muito bem.

— Quando Catty me disse que vocês vinham, eu nem acreditei. Sintam-se muito bem-vindas. A casa é dos meus pais, mas hoje ela é de vocês. — João nos cumprimenta assim que atravessamos o jardim da casa.

João é um dos rapazes que Catty acabou incluindo em nosso círculo social. Ela e Tereza são as principais responsáveis pela quantidade de pessoas que eu conheço, sem elas eu tenho certeza que estaria bem longe de conhecer metade das pessoas que conheço agora.

Além disso, João é uma das melhores pessoas que já conheci. Ele tem um sorriso amável e os olhos mais expressivos que já conheci. Ele só tem o mesmo porém de Catty. Eles amam dar e frequentar festas, algo que eu estou longe de gostar.

Tereza toma a frente na resposta, enquanto eu apenas aceno e sorrio em resposta.

— Sem essa, Jojo. — João sorri perante o apelido. — Agora que estamos aqui, o Felipe e os outros vieram?

João sorri, fazendo com que suas bochechas fiquem mais altas, quase chegando em seus olhos.

— Olha só, olha só. A menina dos cabelos coloridos querendo o braço direito do poderoso chefão. — Faço uma expressão de curiosidade enquanto encaro Tereza em busca de respostas. Ela apenas dá de ombros.

— Espera, quem é poderoso chefão? — Questiono, na esperança de entender futuramente a piada.

O anfitrião apenas sorri, apontando com a cabeça para algo atrás de mim.

— Ele mesmo que está chegando. Noah! Eae irmão.

João ergue a mão para um toque, e surgindo como se fossem verdadeiros seres das trevas, aparecem Noah, Felipe e companhia.

Felipe para bem ao meu lado para minha sorte, deixando uma barreira entre eu e Noah que para de caminhar para cumprimentar João. Eles são amigos de longa data, eu sei, por isso a única pessoa tensa no meio das risadas ali sou eu, que está morrendo para conseguir manter a expressão calma e o sorriso no rosto.

Felipe olha em minha direção sorrindo, e na de Tereza também, porém ele chega a dar uma singela piscadela na direção dela.

Uau, definitivamente tem algo acontecendo aqui. E dando uma olhada rápida posso dizer que minha amiga tem um ótimo gosto.

Felipe é alto e tem um sorriso como poucos no mundo, cabelos lisos que contém pontas azul brilhante, além de estar vestido como um verdadeiro galã. Definitivamente Tereza se dará muito bem.

E olhando para o lado de Felipe está Noah, fazendo jus ao símbolo de porquê ser tão famoso entre as meninas, e entre os meninos, e imagino que pessoas de todo o gênero. Seu cabelo cacheado está bem definido, seu corpo parece perfeito na camisa quadriculada e na calça jeans preta. Simples, comparado a muitos ali naquela festa, porém, tão lindo quanto.

— Já apresentei vocês para as verdadeiras rainhas dessa festa? — João traz o foco da conversa para nós, e Noah parece estar me vendo pela primeira vez, dada a surpresa visível em seu rosto. Tirando ele, todos os outros rapazes nos cumprimentam com "oi" e acenos.

— Rainhas mesmo, permitem que eu as acompanhe? — Felipe diz fazendo um gesto galanteador enquanto beija a minha mão e a de Tereza, que fica visivelmente elétrica.

— Vamos lá, Don Juan. Está preso por excesso de sedução. — Pablo, um dos rapazes puxa Felipe pelo braço em um gesto de brincadeira que faz todos, incluindo eu e Noah, rirem.

— Pablo tem razão, temos que ir. Sabe como é, negócios. — Noah parece bem humorado quando fala com João, que apenas ri e ergue as mãos. Ele olha em nossa direção com uma ponta de seriedade, bem diferente de como falou com João e os outros.  — Tereza, Mary.

Após o cumprimento para lá de estranho ele entra, seguindo seus amigos.

— Entrem também meninas, lá dentro tem vodka, tequila e de tudo. Aproveitem, beleza?

Apenas concordamos e seguimos em direção à porta. Tereza, porém, segura em meu braço me puxando para a entrada lateral da casa que dá direto para o quintal.

— Uau, é real, definitivamente. O jeito que ele olhou na sua direção quando falou com a gente fez o "grande inverno" de GoT parecer um ventinho em Julho.

Olho nos seus olhos, vendo que ela estava em um misto de curiosidade e euforia.

— É. Eu disse, ele está agindo estranho assim desde semana passada. O que diabos eu fiz para ele?

— Acho que nada, sabe. Talvez a razão seja dele mesmo. — Tereza dá de ombros, logo em seguida ajeitando o top que estava usando.

Entramos na área da piscina onde várias pessoas estão dentro dela com ou sem roupa. Uma longa fileira de espreguiçadeiras está disposta ao redor da piscina, e nela posso ver que alguns casais estão praticamente transando. 

— Que nojo. — Comento passando direto por aquelas espreguiçadeiras, sem nem olhar para elas.

Tereza ri, batendo em meu ombro.

— Ah, o ato do coito. Uma hora você vai experimentar e ver como é bom. — Ela sussurra, com claro deboche.

— Você não tem que ir ver o Felipe? — Pergunto sem muita paciência, empurrando uma porta de vidro e entrando em uma dos corredores que se ligam à casa.

— Realmente. — Ela estala os dedos. E tira da bolsa o celular colocando na câmera, com a opção frontal. — Selfie desta noite que será magnifica. Sorri, Mary.

Após um suspiro de descontentamento eu sorrio, ajeitando o cabelo atrás da orelha. Tereza bate a foto e guarda o celular em seguida.

— Boa sorte, aproveite o seu "coito". E use camisinha.  — Tereza mostra a língua e eu sorrio, colocando as mãos no bolso da saia.

— Okay, e você boa sorte com o Senhor Bonitão. Aliás, me lembre de pedir pro João jogar esse pendrive com sertanejo no lixo, tá bom? Tenho que apresentar para ele deusa Rihanna.

Só então me dou conta da música que toca no lugar. Gostaria de poder dizer qual é, mas infelizmente não conheço.

Tereza se despede de mim com um sorriso e ajeita o top novamente. Faz um sinal de que está indo e eu a vejo sair batendo os saltos de maneira firme no chão.

Olho ao redor sentindo um pouco de nervoso por estar sozinha. Tereza e Catty não estão aqui e fora elas eu não tenho assunto com mais ninguém aqui.

Resolvo explorar a casa e entro por uma porta de correr que dá em um cômodo mobiliado por coisas caras e chiques.

Parece ser uma sala de descanso com acesso à varanda. Tem sofás, poltronas na cor verde musgo e algumas estantes com livros.

Olho pelos móveis até enfim contemplar a janela, sentindo meu coração quase parar quando vejo uma pessoa parada junto a ela e me encarando fixamente.

Esse é um dos clássicos momentos que me fazem acreditar que minha vida é uma fanfic cruel, ou um eterno plano de Tereza.

  — Mary.

Aperto as mãos, criando coragem de responder.

— Oi, Noah.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo capítulo. Dia 01 P R O M E T E ♥



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