Beat Again - Quando chama o coração escrita por Val Rodrigues


Capítulo 9
Capitulo Nove


Notas iniciais do capítulo

Boa noite...



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— Obrigada Jacob. Isabella agradeceu descendo do carro. Logo cedo pela manha, ele havia surgido em sua casa disposto a convencê-la a procurar um medico. Ela ate queria resistir, se não fosse pela dor que havia sentindo toda a noite, e o acompanhou. Jacob foi paciente, esperando que ela fosse atendida e depois a levando para a Empresa.

— Eu fiquei preocupado quando soube. Disse ligando o alarme do carro no estacionamento.

— Ainda bem que foi só um susto. Ela disse olhando o dedo com um pequeno curativo.

— Deixe-me ver. Pediu segurando a mão dela. _ Acho que vou dar um autografo para sarar mais rápido. Ela sorriu. Costumavam fazer isso quando eram pequenos. Mike, Jacob e ela viviam juntos. Amigos inseparáveis.

O barulho de um carro freando em cima deles, fez com Jacob puxasse Isabella para o lado que soltou um pequeno grito assustado.

— Você esta bem? Perguntou ainda segurando-a.

— Sim. E você?

— Tudo bem. Eles olharam enquanto o dono do carro estacionava. Edward desceu batendo a porta. Quando viu os dois juntos, tão próximos, algo ardeu em seu coração, um sentimento novo que ele desconhecia.

— Desculpe. Murmurou deixando os confusos. Para Isabella, se havia alguma duvida que ele era louco, agora estava confirmado.

Os três entraram juntos no elevador.

— Nunca mais faça uma brincadeira dessas. Jacob falou quando a porta do elevador se fechou e começou a subir.

— Vocês também estavam brincando. Murmurou.

— Jacob e eu somos só amigos. Isabella disse sentindo a necessidade de se defender.

— Ele sabe que vocês são só amigos? Edward perguntou sem olha-la, causando um desconforto entre ambos.

— O quer dizer? Jacob perguntou encarando-o.

— Não é profissional se envolver no trabalho. Disse sabendo que seu argumento era vazio. _ Ela é minha assistente.

— Então por que não cuidou dela? Foi embora mesmo depois de machuca-la. Eu não teria que leva-la ao hospital se tivesse feito isso. Edward o encarou sabendo que ele estava certo, mas sem admitir. 

Os dois se encaram, deixando Isabella constrangida. 

— Com licença. Jacob falou quando a porta se abriu e saiu. Isabella saiu em seguida. Edward chutou o elevador antes de sair. Estava frustrado sem realmente saber o motivo.

Mais tarde, quando ela entrou na sala, ele ainda estava emburrado.

— Seu dedo. Ele te levou ao medico? Perguntou já sabendo a resposta.

— Não deve se envolver pessoalmente com os diretores desta Empresa.

— Somos velhos amigos. Mas vou evitar qualquer contato pessoal dentro da Empresa. Ele acenou contrariado. Queria ouvi-la dizer que nunca mais falaria com ele, mas sabia que estava sendo infantil.

— Certo. Temos trabalho a fazer. Começou dando as coordenadas. Eficiente como era, Isabella iniciou seu trabalho.

Na sala do Presidente, Jacob atualizava-o das ações da Empresa quando James entrou apressado.

— Mas o que é isso? Aro perguntou.

— Sr. Cullen. É uma emergência. O Shopping Kiong vai nos abandonar e fechar contrato com a Fleury Cosméticos.

— Nossa principal concorrente?

— Sim. Descobrimos que Edward esta cuidando do contrato deles para a Gold Partners e que o encarregado da Fleury esta vindo para hoje para analise no Shopping. E tem mais. A Srta. Swan foi recebê-los no aeroporto.

— O que? Ela vai ajudar nosso maior competidor? Aro concluiu nervoso. Jacob imediatamente o encarou. Aquilo só podia ser coisa de Edward. 

Alheia a estas informações, Isabella esperava a equipe no aeroporto. Conforme solicitado, os levou direto ao Shopping.

— Esta é a loja da Hermia?

— Sim. Vamos entrar.

— Desculpe, mas posso perguntar do que se trata?

— Edward Cullen não te falou?

— Eu fui chamada em cima da hora, por isso não estou totalmente a par da situação. Justificou sabendo que ele omitira as informações de propósito.

— Nós somos da Fleury Cosméticos. Estamos aqui para avaliar o ponto da Hermia. Estamos interessados em compra-la. Imediatamente Isabella percebeu do que se tratava. Se aquela negociação desse certo, seria a falência da Hermia e Edward a havia colocado bem no meio do tsunami.

— Me desculpe Sr. , mas preciso pedir que se retirem.

— Srta. Swan, esta atrapalhando um negocio de milhões de dólares. Sua empresa pode ser processada por isso.

— Mas não vão.

— Por que afirma isso?

— O Sr. não é da Fleury Cosméticos, é da Gold Partners. Percebi assim que vi as abotoaduras com a letra G. Todos os membros do conselho tem uma dessas, não é?

Envergonhado, ele baixou o olhar.

— Me desculpe. Estava fazendo um favor. Justificou.

— Eu entendo. Mas, por favor, estou pedindo, vamos sair sem causar mais problemas. Pediu vendo que todos os funcionários da Loja da Hermia prestavam atenção neles.

— Srta. Swan sinto muito. Estou envergonhado por isso.

— Tudo bem. Eu é que devo ser muito ineficiente para que ele me prepare um teste desses.

— Eu não sei o que dizer.

— Vamos embora, por favor. Ele concordou deixando o shopping.

Enquanto isso, do outro lado da cidade, Edward Cullen fechava o contrato verdadeiro, garantindo que a Hermia fosse a falência. Ficou intrigado quando descobriu o que ela tinha feito e voltou a Hermia imediatamente. Isabella estava a sua espera.

— Sabe o que fez hoje? Perguntou. _ Estragou um contrato de milhões. Pensei que fosse leal, mas agora vejo que não.

Isabella suspirou entrando no jogo. Sabia da armação, tinha vontade de jogar na cara dele, mas guardou tudo para si. Se ele a queria longe, não ia fazer questão de ficar.

— Sinto muito. Disse apenas.

— Sente muito? Esta demitida.

Ela acenou concordando. Ele o olhou com atenção.

— Por que não fez o que eu pedi? Perguntou curioso, ela sabia que sua atitude custaria sem emprego. _ Se tivesse feito, teria passado no teste de lealdade e continuaria como minha Assistente.

— Este trabalho, não é apenas um trabalho para mim. É um dever. As vezes tenho que escolher entre os objetivos da empresa e do líder se eles forem opostos. Foi o que aconteceu hoje. Sempre trabalhei assim. Minha lealdade esta onde sempre esteve. Entrego minha carta de demissão amanha. Boa noite. E saiu. Edward estava perplexo com sua resposta.

Chateada, ela entrou no restaurante próximo a sua casa.

— Por favor, um drink. Pediu sentando-se no balcão.

— O que esta havendo? Você nunca foi de beber? A garçonete que tinha o costume de servi-la perguntou estranhando sua atitude. Ela sempre ia li, mas comprava comida e ia para casa.

— Hoje, eu fui demitida. É isso. Acabo de entrar na fila dos desempregados. Em silencio ela colocou um drink adocicado no balcão.  Isabella provou.

— É bom. Mais um por favor.

— Não devia exagerar. Você não esta habituada a beber.

— Não se preocupe. Eu estou bem. Hoje posso beber o quanto quiser. Declarou sorrindo escondendo as lagrimas.

Para seu azar a garçonete tinha razão, alguns drinks e ela já se sentia aera. Não percebeu seu celular vibrando na bolsa. Ria com facilidade achando engraçada a forma que andava.

Com as pernas trôpegas, começou a subir a escadaria.

— Por que esta escada fica se movendo? Perguntou-se achando graça. Sua cabeça girava. De repente, deu um passo em falso e fechou os olhos se preparando para a queda. Abriu os olhos percebendo que não estava no chão. _ Você esta bem? Ele perguntou segurando-a.

— É você.

— Sim. Sou eu. A ajudou a sentar nos degraus e sentou-se ao lado dela. _ Sinto muito por hoje, você esta cansada, mas ainda assim se faz de forte. Constatou. Ela continuou a olha-lo com a cabeça girando. Devagar, ele ergueu o dedo tocando o nariz dela.

Isabella não sabia se era o álcool, mas aquele gesto lhe era tremendamente familiar. Alheio a este sentimento Edward se levantou.

— Vamos. Eu te ajudo a chegar em casa.  

Edward se certificou de vê-la entrar em casa antes de sair. Sabia que ela estava chateada, e pensava se talvez não estivesse ido longe demais com ela. Teriam tempo para conversar depois quando ela estivesse sóbria.


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