Beat Again - Quando chama o coração escrita por Val Rodrigues


Capítulo 10
Capitulo Dez


Notas iniciais do capítulo

Boa noite...



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Isabella acordou confusa. Nem bebera tanto assim. Mas a dor em sua cabeça dizia o contrario. Sem pressa, se arrumou e seguiu para a Empresa. Foi direto ao departamento de recursos humanos e entregou sua carta de demissão. Sentiu seu coração pesar quando se deu conta de que não voltaria ao lugar onde havia dedicado anos de sua vida.

— Isabella. Jacob chamou no corredor.

— Jacob... ia ao seu encontro.

— Srta. Swan. A voz de Aro Cullen encheu o ambiente.

— Sr. Cullen. Respondeu.

— Como ousa voltar aqui depois do que fez?

— O que? Ela perguntou sem entender.

— Tantos anos aqui para você me apunhalar pelas costas desta maneira. Nunca pensei que fosse capaz de se juntar com o Edward e nos trair. Armar com a Gold Partners para nos fazer perder o contrato? Isso foi baixo.

— Não... ela tentou explicar.

A movimentação no corredor atraia olhares perplexos de vários funcionários ali.

— Esta Empresa vai abrir uma sindicância contra você por apropriação e uso de informação indevida. Vou me certificar de que nunca mais possa trabalhar como Secretaria novamente.

— Você esta bem? Jacob perguntou se aproximando quando Aro Cullen sumiu de vista.

— Que vergonha Jacob. Por favor, me tira daqui. Jacob a pegou pelo braço guiando-a para a saída. As pessoas abriram espaço para eles passarem, com olhares e cochichos entre si. Isabella respirou fundo tentando segurar o choro.

— Obrigada Jacob.

— Eu te levo em casa.

— Não precisa, você tem reunião agendada lembra?  A Wendy vem me encontrar, então não se preocupe... o celular dele tocou interrompendo-o. _ Viu? Já estão atrás de você. O diretor jurídico não pode faltar. Eu vou ficar bem. Ele a olhou dividido.

— Por que sempre coloca os outros em primeiro lugar? Ele a abraçou. _ Me desculpe você ter que passar por isso tudo.

— Não é sua culpa.

— Aguente firme. Vou consertar tudo. Vou fazê-la sorrir de novo, eu prometo. Ela secou as lagrimas não compreendendo como ele poderia consertar as coisas, mas balançou a cabeça concordando. _ Me liga se precisar de qualquer coisa. Disse soltando suas mãos.

— Esta bem.  Ele acenou se despedindo.

Edward presenciara a cena em silencio paralisado. Ela estava indo embora. Observou a mesa que ela costumava trabalhar, um arquivo chamou sua atenção. Isabella andou pesquisando sobre sua condição e sempre servia coisas que eram boas para o coração. Sem ela ali, a sala lhe parecia vazia e solitária, e ele sentia a necessidade de te-la por perto. Engolindo o orgulho, começou a caminhar para a saída da Empresa, precisava encontra-la e trazê-la de volta. Conforme a certeza crescia em seu ser, ele apressava os passos e se pegou correndo encontrando uma multidão de pessoas na rua, mas seus olhos buscavam apenas uma.

— Isabella. Chamou mas ela o ignorou.  Ele era a ultima pessoa que ela queria ver no momento. Seu celular vibrou e ela atendeu.

— Wendy, já esta aqui?  Perguntou olhando ao redor. _ Onde?

Tudo aconteceu muito rápido. Isabella caminhava apressada para se afastar de Edward, que por sua vez tentava falar com ela. Um homem surgiu agarrando-a, a lamina do canivete brilhava na mão dele, fazendo com que ela gritasse assustada.

— Ei. Edward se aproximou devagar.

— Não se aproxime. Ele disse alterado.

— Tudo bem. Não a machuque. Pediu.

Isabella tremia confusa e assustada. Quem era aquele homem?

— Policia. Solte-a. Wendy surgiu apontando a arma. O homem aproximou o canivete do pescoço de Bella.

— Fique calmo. Edward pediu novamente mostrando as mãos em sinal de rendição.

— Vou falar pela ultima vez. Solte-a agora. Wendy ordenou em alerta.

Sem pensar, Edward se aproximou.

— Por que você esta fazendo isso? Perguntou.

— Não é da sua conta, saia da frente. Gritou de volta.

— É por dinheiro, é isso que quer? Olha aqui. Perguntou tirando o relógio.  _ Esta vendo este relógio, custa o seu salário de um ano, vamos trocar. O relógio pela garota. Negociou. O homem o olhava sem tirar o canivete do pescoço dela.  _ Quando eu contar até três nós trocamos, esta bem? Perguntou pausadamente. _ 1...2...3... E jogou o relógio para cima sob os olhares atentos. O relógio caiu no chão quebrando em alguns pedaços. _ Hei. Tem noção do quanto custa um relógio desses? Você deixou ele cair.

O homem soltou Bella com raiva jogando o corpo dela para o lado, apontando o canivete para Edward. Investiu uma vez contra ele que desviou, surpreso por ser capaz de fazer isso. Outra vez tentou acerta-lo e ele desviou. Com um instituto que desconhecia agarrou o pulso acertando um soco, Wendy se aproximou algemando-o.

— Seu idiota, alguém podia ter se machucado. Edward começou a estapea-lo.

— Chega, ele já está preso. Wendy disse tentando tira-lo de cima do homem.

No final, todos precisaram ir a delegacia. Durante o percurso Edward encarava Isabella que desviava o olhar para suas próprias mãos, ainda abalada com tudo.  

— Beba um pouco deste chá. Wendy pediu entregando um copo para Isabella. Eles estavam há tempos esperando o depoimento acabar.

— Wendy, quem era ele? Por que me atacou?

— Mike o prendeu há um tempo. Ele queria se vingar, por isso foi atrás de você.

— Entendi. Posso ir para casa? Sentia-se exausta.

— Claro. Você esta bem?

— Sim. Obrigada.

Eles saíram da Delegacia. Isabella percebeu Edward andando atrás dele, mas não se virou para dar atenção. 

— Não vai me agradecer? Eu perdi um relógio para te salvar. Disse erguendo o saco com o relógio em pedaços para que ela visse. Na verdade não ligava para o relógio, só desejava que ela parasse de evita-lo.

— Sinto muito. Ela disse.

— Estamos quites agora. Ela o olhou. _ Por que este olhar?

— Estou me perguntando se esta me provocando ou se você é assim mesmo.

— Estou tentando pedir desculpas. Revelou sem jeito.

— Está é sua forma de se desculpar? Ela perguntou incrédula. 

— Sim. Por que ? Não está parecendo isso? E eu também queria perguntar como você esta? Isabella soltou uma risada sarcástica.

— Ok. Já que você falou nisso, deixe-me dizer uma coisa. Começou farta de tudo.

— O que?

— Eu sabia que você me odiava, mas não sabia que era tanto assim. Sabia que seria difícil, mas jamais esperei que fosse armar para mim daquela forma. E sendo honesta, eu também não gostava de estar com você. Mesmo assim eu suportei. Graças a você não tenho emprego e talvez nunca mais volte a atuar na minha área novamente. Mas quer saber? Muito obrigada Sr. Cullen. Estou feliz que não vou precisar vê-lo nunca mais. Desabafou jogando as palavras em cima dele em um fôlego só.

— Não fui tão ruim assim... Tentou se defender.

— Passar bem. E saiu firme deixando-o a gritar o seu nome novamente.


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