Beat Again - Quando chama o coração escrita por Val Rodrigues


Capítulo 7
Capitulo Sete


Notas iniciais do capítulo

Bom dia...



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Wendy encarava a marca no chão, com os olhos marejados. Estava agachada no meio da rodovia onde Mike sofrera o acidente. Pendurada nas arvores ao lado da rodovia, havia uma faixa em homenagem a memória dele.  

— Me desculpe Mike. Ela falou com a voz baixa. _ Eu ainda não consegui solucionar o seu caso. Mas não importa quanto tempo isso demore, eu vou encontrar o culpado. É uma promessa. Lagrimas caíram enquanto ela colocava as mãos no bolso de sua jaqueta, pegava os pirulitos que trouxera e depositava no chão. _ São para você.

Do outro lado da cidade, em frente ao tumulo de Mike Isabella depositava um buque de flores.

— Oi. Sou eu. Ela desenvolvera este habito. Sempre ia la e conversava, como se assim, pudesse aplacar um pouco a ideia dele ter partido. _ Voltei ao trabalho a algumas semanas, Jacob disse eu ganhei um apelido novo, você acredita nisso? Eles são geniais. Ah...Esta semana fui visitar o seu pai, levei comida caseira para ele, sei que não gosta de vê-lo comendo besteiras no lugar refeições. Ela suspirou sentindo novas lagrimas se formarem. _ Sinto sua falta. 

Sem que ela percebesse, em silencio, Jacob a observava. 

Edward parou no corredor. Uma musica tocava no pequeno radio na recepção. Estranhamente, a canção chamava a sua atenção, como se a letra quisesse falar com ele, fazendo seu coração acelerar.

Depois de diversos exames, o medico finalmente assinava a alta.   

— Não volte aqui nunca mais. Edward o olhou sem entender. _ É a minha maneira de dizer aos pacientes para ficarem bem. Sorriu. _ Se cuide.  Disse estendendo a mão.

— Obrigada Doutor. Respondeu apertando de volta.

— Então quais são os planos agora? Ricardo perguntou quando já estavam no carro.

— Quero passar na empresa. Faz tempo que não vou lá.

— Esta bem. Disse virando o carro para a empresa. Todos estavam a postos para recebê-los, quando desceram do elevador.

— Há quanto tempo. Cumprimentou. _ É muito bom estar de volta, e... eu senti falta de vocês. Declarou. Um barulho ensurdecedor os fez encarar uma assistente no canto. Sempre o consideraram um homem muito rígido. Em choque com as palavras de Edward ele havia derrubado a bandeja fazendo todos do escritório voltarem a atenção para ela. Apressada começou a recolher as coisas no chão.

— Que bom que chegou Sr. Cullen. Irina o cumprimentou. Eles trabalhavam juntos para derrubar a Hermia Cosméticos. _ Temos assuntos a tratar. Venha a minha sala, por favor. Ele a acompanhou deixando os funcionários boquiabertos para trás.

— É algo ruim? Acabei de chegar. Perguntou entrando na sala. Foi surpreendido por mais um visitante.

— Vocês já se conhecem. Edward a partir de hoje ele será nosso informante dentro da Hermia. Edward o encarou.

— Como vai Sr. Cullen? Disse estendendo a mão. Edward permaneceu quieto encarando-o.

— Então você esta envolvido com o escândalo da Hermia? O que vai ganhar com isso? Dinheiro? Um cargo na Gold Partners?

— Quando a Hermia for a falência, vamos precisar de alguém de dentro para encaminhar as coisas a nosso favor. Vamos indica-lo como representante legal, e ai, as coisas se encaminharão para que ele chegue a presidência. Irina explicou.

— Você tomou esta decisão sem me consultar?

— O Presidente decidiu. Respondeu confiante.

— Ele será premiado por ser um espião?

— Edward. Irina repreendeu.

— No momento acho que é você quem precisa de mim. O homem a sua frente respondeu com arrogância.

— Ei. Acha que você é a única carta que posso usar?

— Não há nenhuma carta tão boa quanto eu. Se eu ficar do lado de Aro Cullen, serei uma grande ameaça a você. E então? Precisa de mim agora? Edward queria socar a cara debochada e autoconfiante dele.

Levantou se caminhando para a sua sala. Não gostava daquele cara. Só não sabia explicar o por que. Pelo restante do dia Irina o deixou em paz. Precisava pensar em uma estratégia. Ainda queria arrancar seu tio ambicioso daquela cadeira de Presidente da Hermia, mas internamente, algo o incomodava.

Pela manhã, Jacob acordou animado. Na Empresa foi ao encontro de Isabella, encontrado-a concentrada a sua mesa.

— Trabalhando muito?

— Jacob. Bom dia. Sim. Reunião dos acionistas. Justificou sabendo que ele como diretor jurídico, não só sabia da agenda como estaria presente.   

— Eu trouxe algo para você. Ele ergueu a mão abrindo a caixa a sua frente revelando um par de sapatilhas. _ São confortáveis e você não vai ter problemas com o salto para subir e descer a escadaria. Isabella lembrou-se do salto quebrado quando ele a levou em casa depois do jantar.

 _ Não precisava se incomodar, Jacob. Respondeu.

— Apenas aceite e não discutimos mais sobre isso.

— Esta bem. Obrigada. Você é mesmo um ótimo amigo. Jacob sorriu, aceitando por hora a definição de amigo.

— Ate mais tarde. Disse seguindo para sua sala. Também precisava se preparar para a reunião.

Conforme o tempo passava, um a um os acionistas eram recepcionados e levados ao seu lugar. Este tipo de reunião sempre era agitada, mas Bella já estava acostumada.

— Essa não. Rosalie falou.

— O que foi?

— Os pratos estão no subsolo.

— É mesmo. Eu vou buscar e vices continuam arrumando os aperitivos aqui.

— Esta bem. Concordaram. Isabella seguiu rapidamente. Encontrou a caixa e voltou. No elevador foi surpreendida quando Edward Cullen surgiu a sua frente.

— Bom ver você aqui.

— Bom dia. Cumprimentou formalmente.

— Em que andar fica a sala de reuniões? Perguntou. Isabella o olhou, apertando o botão do elevador. 

— Obrigado. Respondeu. _ Ainda há tempo, não quer mudar de ideia?

— Sobre o que?

— Fique do meu lado. Sugiro pela ultima vez. Se descer aqui, perdera sua chance.

— Que bom. Não ouvirei mais falar disso.

— Não vai se arrepender?

— Tenho certeza que não.

Edward a olhou.

— Ótimo. Vamos ver se vai dizer o mesmo daqui a 20 minutos.

Quando o elevador parou, Isabella saiu deixando o para trás.

— O nome do Sr. Edward Cullen estava na lista para a reunião de hoje? Perguntou terminando de organizar a bandeja.

— Não. Responderam.

— Ok. Vamos.  Como sempre elas entraram em silencio. Isabella notou que a sala estava quieta. Pelo canto do olhar viu Edward sentado a cadeira que pertencia a Jacob, logo ao lado do seu tio e teve um mau pressentimento. Ainda se recordava da ultima vez que em que os dois estiveram na mesma sala.

Com destreza, elas começaram a servir a todos os presentes.

— O que o traz aqui Edward? Aro Cullen perguntou.

— Como assim? Estou saudável agora, preciso trabalhar. A propósito Tio, obrigado pelos charutos, foram realmente milagrosos.

— Você esta atrasado. A reunião esta quase no fim.

— Ainda não foi discutido o item principal. A escolha do diretor temporário. Disse pegando a pauta que estava a mesa.

— Sr. Cullen, a Sede esta procurando o candidato ideal. Irina interpôs, tentando disfarçar sua frustração por ele estar ali, aquilo não fora combinado. _ Precisamos de um especialista financeiro que possa nos ajudar a recuperar os títulos.  

— Não precisa mais. Eu decidi assumir o cargo de Diretor temporário. Todos os olhares foram direcionados a ele.

— O que esta tramando Edward? Aro Cullen desconfiou.

— Apenas garantindo que vocês vão trabalhar o suficiente para me pagar. Estou aqui para ajudar a reerguer a empresa. Se não quer aceitar, pague o que me deve e pronto. Desafiou.

— Esta bem. Eu pagarei. Assim que quitarmos a divida, você não terá mais nenhum poder sobre esta Empresa.

— Claro. Já que decidimos isso, quero uma sala para mim e também quero a Senhorita Swan como minha secretaria.

— O que? Jacob se pronunciou. _ Não pode roubar a Secretaria do Presidente.

— Não leu o artigo que diz que o diretor temporário pode montar sua própria equipe? Para que tanto burburinho? Encarou o seu tio no jogo de poder que se estabelecera entre os dois desde que Edward chegara aquela Empresa. _ Só por que estou rindo não significa que estou pedindo. Estou comunicando Tio.

— Esta bem. Faça como quiser. A Srta. Swan será sua secretaria. Estarei de olho em você Edward. Edward sorriu vitorioso. _ Srta. Swan, cuide bem dele por estes meses.

— Claro Sr. Cullen. Isabella respondeu ciente de que aquilo nãos seria nada fácil.

Quando a reunião acabou e todos começaram a deixar a sala, Jacob saiu indignado. Edward passou ao seu lado.

— Precisa mesmo de uma secretaria?

— Isso sou eu quem decide. Respondeu com seu ar arrogante.  Por que me sinto tão mal quando olho para você? Pensou enquanto o encarava. Desviou sua atenção dele quando viu Isabella sair da sala de reuniões, caminhando ao seu encontro.

— E então? O que acha de trabalhar com O Canalha agora? Provocou relembrando do insulto no hospital.

— Farei o meu melhor. Respondeu ciente da provocação.

— Claro que fará. Ate mais. E saiu deixando nervosa para trás.

— Bella. O Presidente quer falar com você. Rosalie anunciou. Ela acenou concordando.

Bateu a porta ouvindo um “entre”. Com a mão ele indicou a cadeira para que ela sentasse.

— Edward vai começar a trabalhar daqui a uma semana.

— Delegarei meu trabalho ate lá.

— Srta Swan, não preciso lembra-la do sigilo do seu trabalho. Disse se referindo ao fato de que Edward era um inimigo ali. _ espero que tenhamos problemas quanto a isso.

— Estou ciente Sr. Cullen.

— Muito bem então. Volte ao trabalho.

Mais tarde no hotel, Edward trabalhava estudando as negociações da Hermia.

— Porque precisa de uma nova assistente? Ricardo perguntou quando Edward contara sobre a reunião. _ Não íamos sair de férias? Perguntou depositando a mesa uma grande pilha de documentos.

— Esta tudo aqui?

— Sim. Os relatórios dos últimos cinco anos das negociações da Hermia.

— Ótimo. Eu já falei com o presidente. Saímos depois deste projeto.

— Parece que estou tendo um dejavu.

— Como assim?          

— A mesma obsessão para destruir a Hermia. Nada mudou. Ele saiu deixando Edward a pensar.

Quando o dia terminou Bella sentia-se exausta física e emocionalmente. O fato de ter Edward Cullen como seu chefe a deixava inquieta e nervosa. Ele tentaria que ela se virasse contra a Hermia como vinha fazendo, com toda certeza. Ela suspirou observando as ruas pela janela do ônibus. Tudo isso vai passar. Relembrou a si mesma.

Edward acordou sobressaltado. Sentou-se no sofá percebendo que cochilara enquanto trabalhava. Levou a mão ao rosto sentido que estava úmido. Ele havia chorado enquanto sonhava? Porque aquela mulher sempre surgia em seus sonhos? E a aquela presilha que parecia reluzir para ele? Tudo isto o deixava inquieto.

Sentindo-se preso, pegou sua jaqueta e saiu pela noite fria na cidade. Precisava de ar. Caminhava enquanto deixava sua mente vaguear.

Seu celular tocou.

— Saiu em avisar. Onde você esta? Ricardo perguntou.

— Não sei.

— O que? Como não sabe?

— Venha me buscar.

— Esta bem. Encontre uma placa mais próxima e me diga onde você esta. Pediu.

Edward olhou ao redor e uma casa chamou sua atenção.

— Edward? Esta ai? Encontrou um endereço.

— Ainda não. Te ligo assim que encontrar uma placa. Desligou encarando a casa a sua frente. Voltou a caminhar procurando um endereço. Um barulho chamou sua atenção. Ele começou a descer as escadas seguindo o barulho.

Isabella ergueu o olhar, percebendo alguém a sua frente.

Edward a encarou.

— O que faz aqui?

— Este é o meu bairro. Respondeu se perguntando se ele a estava seguindo.

— E você?

— Esta chorando? Perguntou.

— Não. Respondeu secando o rosto. Quando ela baixou o rosto, Edward viu algo reluzir em seu cabelo.

— O que é isso? Perguntou apontando a sua cabeça. Instintivamente tocou a presilha. _ Onde conseguiu isso?

— É minha. O que esta fazendo? Perguntou quando Edward se aproximou dela.

— É você...!? Perguntou num misto de interrogação e admiração. _ Não se mexa.  Pediu abraçando-a de repente. Isabella ficou em choque, paralisada. Ele havia enlouquecido? Seu coração acelerou novamente, como acontecia toda vez que ela estava por perto.  Reagindo, ela o empurrou se afastando dele. Desta vez, ele ficou paralisado, vendo-a praticamente correr para longe dele.


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