Beat Again - Quando chama o coração escrita por Val Rodrigues
Notas iniciais do capítulo
Ola!!! Mais um capitulo.
Espero que gostem...
(Lembranças)
Isabella caminhava pelas ruas tentando encontrar o local em que Mike combinara de encontra-lo para jantar.
— Bella. Wendy surgiu do nada em seu campo de visão.
— Wendy. O que faz aqui?
— Venha comigo. Pediu enlaçando o braço dela com o seu.
— O que aconteceu? Isabella perguntou sem dar nenhum passo a frente. Wendy a olhou.
— Ei. Você é muito pessimista, sabia? Wendy sorriu antes de completar. _ Apenas venha.
Isabella começou a caminhar ao lado, praticamente sendo carregada. Elas entraram em lugar, mas estava escuro demais para reconhecer o que era.
—Wendy...
— Fique aqui. Pediu a deixando. Isabella se inquietou.
— Wendy... espera... Mas ela não estava mais.
Uma luz acendeu. E Isabella pode identificar um tipo de palco pequeno. Havia alguém ali. Um som encheu o ambiente. Mike, no palco, cantava diretamente para ela a canção deles. Isabella sentia seu coração acelerar e lagrimas se formarem em seus olhos. Quando a musica parou, ele veio em sua direção.
— Bella, casa comigo. Pediu. Simples assim. As lagrimas que estavam em seus olhos, agora desciam por seu rosto. E ela sorriu. Atrás dela, pode ouvir em coro “onw”. De relance ela pode ver Jacob, Wendy e outros amigos de Mike. Ela sorriu emocionada. _ Você é a única mulher que eu amo, e que vou amar ate o fim o fim dos meus dias. Disse erguendo um buquê de flores para ela. Isabella ergueu as mãos para tocar segurar as flores enquanto um coral gritava atrás deles.
— Diga sim. Diga Sim. Diga sim. Ela sorriu encontrando a voz que estava presa
— Sim. Respondeu finalmente. Mike envolveu-a em abraço apertado.
— Eu te amo. Sussurrou em seu ouvido.
— Também te amo. Respondeu. Ele a beijou e todos começaram a aplaudir. Envergonhada, ela escondeu o rosto em seu peito. Mike a segurou enquanto fazia gestos de vitoria para os amigos. Ele estava feliz.
Isabella abriu os olhos e sentou-se na cama. Seu corpo inteiro doía e a cabeça pesava. E então, a realidade a atingiu. Mike não estava mais com ela. Aquilo era apenas uma lembrança, que vinha ate mesmo quando ela adormecia. Concluiu sentindo a dor envolver seu frágil coração mais uma vez.
Nos últimos dias tudo o que ela parecia fazer era chorar.
Ela chorou no hospital enquanto implorava para que ele não fosse. Chorou no funeral implorando para que ele voltasse. E agora, constantemente chorava em casa, em sua cama, ansiando acordar daquele pesadelo.
A campainha tocou, despertando-a da sua própria dor. Secando o rosto, ela tropeçou ate a porta.
— Quem é? Perguntou.
— Sou eu, Wendy. Isabella abriu a porta encarando-a. Ela vinha ali frequentemente nos últimos dias. Wendy ergueu a mão mostrando a sacola. _ Trouxe comida. Já almoçou?
— Ainda não. Wendy a olhou ciente de que nem café ela havia tomado ainda. Pela sua aparência, diriam que ela estava na cama à manhã inteira.
— Venha comer. Chamou abrindo a sacola. Isabella fechou a porta que ainda estava segurando.
— Preciso lavar o rosto antes. Disse.
— Esta bem. Eu espero. Ela disse sentando-se a pequena mesa. Isabella seguiu para o banheiro ciente de que Wendy ficaria ali ate que ela comesse. Voltou secando o rosto.
— Eu estou faminta. Wendy declarou entregando um prato vazio para ela. E começou a fazer seu próprio prato. _ Aquele lugar parece uma loucura ultimamente. Ela disse começando a comer. _ Hum. Isso esta ótimo. Melhor comer antes que esfrie.
Isabella a olhou, sentindo um pouco de culpa. Wendy estava visivelmente cansada, mas ainda assim arrumara tempo para vê-la frequentemente. Embora muitas vezes quisesse apenas ficar sozinha, reconhecia o esforço e a amizade que ela estava demonstrando nos últimos dias.
— Obrigada. Eu vou comer mais tarde.
— Bella... Você precisa reagir. Isabella sentia uma lagrima cair, em meio a milhares que já havia derramado. Ela piscou tentando se achar, mas tudo o que sentia era o vazio. Como se sua essência estivesse sido arrancada de dentro dela. Ela já havia lidado com o luto antes quando perdera seu pai. Na época Mike estava ao seu lado. Wendy levantou-se e abraçou a amiga. E Isabella segurou se nela como se fosse uma tabua de resgate.
Quando a olhou viu que ela também chorava. Aquela era a primeira vez que ela via Wendy chorando. Sempre a considerou durona. Mas, naquele momento ela parecia muito frágil a sua frente. Isabella percebeu quanto estava sendo egoísta. A morte de Mike também afetara as pessoas ao seu redor, mas ela havia se fechado na sua dor, e não percebera isto ate agora.
— Desculpe. Balbuciou em meio a lagrimas. Wendy segurou em suas mãos.
— Não esta sendo fácil para nenhum de nós. Mas precisamos reagir. Continuar vivendo. O Mike não iria querer nos ver assim. Isabella acenou concordando. E começou a colocar um pouco de comida no prato. Wendy tinha razão. Ela precisava reagir. Esperava encontrar forças para continuar vivendo.
— Quando as coisas estavam difíceis, Mike costumava dizer: “Bella, não se preocupe. Não só a felicidade passará, mas a tristeza também há de passar.” Acho que preciso me lembrar disso agora mais do que nunca. Ela disse suspirando.
— Isso mesmo. Wendy incentivou.
— Minha licença termina em dois dias. Acho que preciso voltar ao trabalho...
— Sim... A menos que queira entrar lista dos milhões de desempregados. Wendy tentou brincar.
— Não posso me dar este luxo de ficar em trabalho.
— Eu sei. Bella, você consegue. Wendy disse tentando anima-la. Isabella deu um sorriso fraco, o primeiro desde que ele partiu.
No hospital, Edward Cullen despertou percebendo a claridade ao seu redor. Ele piscou lentamente. Ouviu uma voz chamando-o, mas ficar acordado era um esforço demasiado. Sentiu mais uma vez a escuridão o envolver.
Quando a luz voltou, Ricardo estava sentado à cadeira ao seu lado.
— Edward. Ele disse levantando-se. _ Espere. Eu vou chamar o medico. E saiu apressado.
Edward suspirou. Sentia-se estranho.
— Você acordou. O Doutor Hector e sua equipe entraram no quarto. _ É um milagre, Edward. Você chegou aqui com arritmia aguda. Conseguimos um doador, mesmo com seus anticorpos exigentes. Seu prognostico é fantástico. _ ele disse analisando a prancheta. _ Agora só precisamos aguardar sua recuperação.
— Doutor. Edward chamou. _ Muito obrigado.
Ricardo o olhou surpreso. Ate aquele momento nunca vira Edward agradecer a alguém.
— Me agradeça quando você tiver alta. Ele disse sorrindo e saiu.
Foram necessários dias para que Edward pudesse ir para a observação, acompanhado de perto por toda a equipe medica. Ele sentia a necessidade de respirar ar puro, mas sua condição não o permitia. Então todos os dias Ricardo vinha fazê-lo companhia.
— Bom dia. Ele surgiu no quarto empurrando uma cadeira.
— O que é isso? Ele perguntou ignorando sua saudação. O velho Edward Cullen estava de volta. Ricardo pensou.
— É sua liberdade. Pelo menos por enquanto. O doutor te liberou para sair do quarto, mas como você não pode fazer esforço físico, vamos usar isso. Ele disse posicionando a cadeira ao lado da cama.
— Certo. Concordou sentando-se. Ainda sentia um pouco de formigamento, mas o medico garantira que era normal na recuperação de transplantados.
Ricardo o ajudou a sentar-se na cadeira. Ajeitou um cobertor o olhando com atenção.
— Tudo bem?
— Sim. Vamos. Ricardo começou a empurrar a cadeira devagar. Andaram pelos corredores do hospital, parando no jardim. Edward sorriu apreciando o ar puro em seus pulmões.
— Você tem muita sorte sabia? Só um por cento de chance e conseguiu. Jamais diga que vai morrer novamente. Ricardo pediu sentindo o medo finalmente deixar seu coração. Edward se recuperava bem. O celular tocou interrompendo a conversa dos dois. _ Preciso atender. Ele disse se afastando.
Edward olhou ao seu redor. Ricardo tinha razão. Ele tivera sorte em conseguir um coração novo e ter a chance de voltar a viver.
Uma bola rosa veio em sua direção e ele a parou com o pé.
— Me devolve, por favor. Edward segurou a bola em suas mãos, entregando a pequena garota que também parecia estar internada ali.
— Obrigada. Ela respondeu com um sorriso inocente.
Edward a olhou, sentindo um sorriso se formar em seu rosto. Em um gesto impensado, ergueu o dedo indicador tocando o nariz da menina que abriu ainda mais o sorriso. E mais uma vez Ricardo ficou boquiaberto.
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Bjs.