Beat Again - Quando chama o coração escrita por Val Rodrigues


Capítulo 26
Capitulo Vinte e Seis


Notas iniciais do capítulo

Como prometido... aqui esta.



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Edward despertou sobressaltado. Levou a mão ao coração recordando o sonho com uma inquietação insistente. Discou em seu celular esperando que atendessem do outro.

— Alô. Wendy disse sem reconhecer o numero no visor do seu celular.

— Wendy, sou eu. Edward. Explicou quando ela se manteve em silencio.

— Como conseguiu meu numero? Ela perguntou despertando.

— Isso não importa agora. Ela bufou impaciente do outro lado. Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa Edward se colocou a falar. _ Wendy não foi o Billy Black quem o matou.

— Do que você esta falando? Ela perguntou sem entender.

— O atropelamento, não foi o Billy. Eu tenho uma forte impressão de que não foi ele. Reabra o caso Wendy, investigue novamente. Pediu com veemência.

— Este caso já esta encerrado. Ela disse sem nenhuma vontade de discutir o caso com ele.

— Você precisa acreditar em mim. Algo não esta certo nesta historia. Edward insistiu percebendo seu desinteresse.

— Preciso desligar. Ela disse sem esperar resposta.

— Wendy... chamou ouvindo o bip da chamada desligada. Edward bufou levantando-se e se preparando para o dia. Os problemas na Empresa se multiplicavam e ele estava começando a duvidar se iria conseguir.

Ele atendeu a campainha que tocava insistentemente.

— Isabella. Disse surpreso.  

— Descobri algo que pode nos ajudar. Ela entrou sem esperar convite. _ Um fazendeiro. Parece que ele herdou algum dinheiro e esta investindo em ações.

— Acha que ele pode investir na Empresa?

— Sim. Se ele souber dos nossos motivos, creio que sim. Mas precisamos ir agora mesmo. É um pouco longe e nosso tempo esta se esgotando. Ela disse apressada.

— Certo. Envie o endereço para o meu celular. Você esta cm a proposta? Edward perguntou andando pela sala alcançando a carteira e o celular.

— Bem aqui.

— Vamos. Os dois saíram apressados.

Edward dirigiu por horas seguindo a voz do GPS.

— Esta nervosa? Perguntou vendo-a mexer as mãos durante todo o percurso.

— Estou ansiosa. Espero que dê tudo certo.

— Eu também. Ele disse se enchendo de coragem e saindo do carro. Isabella o seguiu ainda com as pastas nas mãos.

Os dois caminharam ate a entrada da fazenda.

— Bom dia. Somos da Hermia Cosméticos. Estamos procurando o Senhor Kevin Nunes. Marcamos hora com ele, mas viemos de longe então infelizmente não conseguimos chegar no horário. Edward disse cordial.

— Claro. Ele avisou que viriam, mas precisou sair para resolver um assunto urgente na cidade.

— Acho que nos desencontramos. Isabella lamentou.

— Se incomoda se o esperarmos?

— Ele pode demorar um pouco. O rapaz respondeu.

— Não tem problema. Nós esperamos. Edward respondeu de imediato. O rapaz olhou para Edward e depois fitou Isabella.

— Há uns lugares bem legais por aqui. Por que não dão uma volta por ai para o tempo passar mais rápido. Sugeriu. _ Eu entro em contato assim que ele estiver de volta.

— Vamos? Edward perguntou olhando para ela.

— Vamos.

— Vou esperar sua ligação. Disse entregando um cartão para o rapaz que sorriu de volta.

— Claro.

Eles começaram a caminhar a pé.

— Uau. Isto aqui é bem bonito. Edward disse admirando a paisagem ali.

— É tranquilo. Ela disse respirando o ar com os olhos fechados. Edward a observou por um momento antes que ela percebesse e sorrisse envergonhada. _ Mas você já deve ter visitado lugares lindos pelo mundo. Ela relembrou voltando a caminhar.

— Não. Mesmo indo a vários lugares sempre foi a negócios, nunca para curtir ou conhecer o local. Ele disse e Isabella notou uma pontada de lamento em sua voz. _ Tenho colegas, mas não amigos. Tenho reuniões, e não conversas. Durmo com garotas, mas não namoro. Eu mando, não peço favores. Era assim que eu vivia. Ele disse parando a sua frente fazendo seus olhares se encontrarem.

— Por que vivia assim?

— Já não sei bem. Ele disse dando de ombros e voltando a caminhar.

— Eles tem um jardim aqui? Isabella perguntou olhando as flores atrás dele.

— Verdade. Esta é uma azaleia? Edward perguntou reconhecendo a flor.

— Azaleia real. Ela respondeu.

— Espere. Pediu colhendo uma rosa. _ Posso? Perguntou esperando uma reação. Isabella ficou quieta enquanto ele colocava a rosa em sua orelha. _ Sorria. Pediu avaliando. Isabella deu um pequeno sorriso. _ Sorria um pouco mais. Incentivou-a. Ela abriu mais o sorriso. _ É um presente, vá trabalhar com ela amanha. Provocou. _ Nós vamos conseguir o investimento.

— Sim. Ela respondeu tocando a rosa.

— Eu estou faminto. Vamos comer alguma coisa. Você nem me deixou tomar café da manha. Choramingou.

— Nossa. O que eu podia fazer? Mesmo correndo ainda chegamos atrasados. Ela retrucou.

— É um lugar longe. Edward deu de ombros tranquilo.

Edward pegou informação de uma lanchonete com um senhor que trabalhava ali próximo e os dois seguiram conversando amenidades. A comida era realmente boa e os dois se esbaldaram em um Milk-shake descansando na pequena praça que tinha ali. Edward riu do seu gosto musical quando ela pegou o fone e dividiu com ele. Ela fez uma careta de desgosto ao ouvir as dele e os dois acabaram caindo na gargalhada.

Por fim, eles saíram da fazenda com um contrato de parceria assinado e os ombros leves.

As luzes iluminavam as ruas enquanto eles retornavam para a cidade. Edward estacionou o carro na rua dela percebendo que ela cochilara e ficou alguns segundos a admira-la com um sorriso no rosto. Um turbilhão de emoções o invadia. Edward sorriu. Esta era a sensação de estar apaixonado? Tinha 28 anos e nunca havia amado ninguém em toda a sua vida. Não como ele a amava.

— Isabella. Chamou baixo.

— Sim. Ela respondeu abrindo os olhos e se situando. _ Já chegamos? Perguntou reconhecendo sua rua.

— Desculpa. Eu acabei dormindo. Ela passou a mão no rosto envergonhada. E ela estava seu lado profissional assumindo novamente.

— Não tem problema.  Ele desceu do carro e ela o imitou.

— Obrigada por me trazer. Ela disse o olhando antes que seus olhos se alarmarem. _ Meu Deus. Seu nariz esta sangrando.

— O que? Edward inclinou a cabeça para traz enquanto tocava o nariz.

— Não. Ela deu um tapa na nuca para que ele abaixasse a cabeça. _O que eu faço? Perguntou aflita procurando algo em sua bolsa.

— Não se preocupe.

— Use isso. Ela pôs o lenço no nariz ignorando seu pedido de não se preocupar. _ Senta aqui. Me deixa ver. Disse puxando pelo braço para sentar na escada.

— É só um sangramento. Ele disse tentando tranquiliza-la. Ela trocou o lenço colocando um limpo no lugar.

— Você esta bem?

— Minha cabeça. Edward levou a mão a nuca onde ela bateu. _ Você podia me bater? Perguntou achando graça da situação.

— Você me assustou. Ela tentou justificar.

— Ainda bem que não é enfermeira. Ele provocou e ela sorriu um pouco olhando para ele. _ O que? Perguntou quando percebeu que ela não tentava segurar a risada.

— Você esta engraçado. Ela disse sem conseguir se conter. Edward olhou o reflexo no celular e sorriu também vendo como ele estava hilário.

Envolvidos em seu mundo, não perceberam Jacob os olhando.

Ele havia ido ate la para conversar com Isabella mas parou ao vê-los juntos. A raiva crescendo em seu peito.

...............

Edward estacionou o carro vendo Wendy a sua espera.

— Wendy. Chamou se aproximando.  _ O que esta fazendo aqui?

— Estava te esperando. Ela respondeu desviando o olhar para Ricardo que deu de ombros somente em um gesto que não fazia ideia do porque ela estava ali.

— Porque? Ele perguntou surpreso já que ela havia ignorado completamente no telefone.

— Preciso falar com você.

— Certo. Vamos entrar. Pediu e eles o seguiram. _ O que aconteceu? Ele perguntou sentando-se e ela o imitou.

— Por que você acha que não foi ele? Ela não precisou dizer do que se tratava. Edward sabia.

— Eu te disse. Tenho um forte pressentimento.

— Só isso? Não posso reabrir a investigação com base em um forte pressentimento. Você é maluco? Foi um erro ter vindo aqui. Ela disse levantando-se.

— Um relógio. Edward revelou lembrando-se do relógio em seu sonho. _ Um relógio com um peixe dourado. A pessoa estava com um relógio assim no dia do acidente. É só isso que eu sei.

Wendy suspirou.

— Como pode saber disso?

— Não posso te contar. Ela bufou exasperada.

— Você gosta da Isabella? Ela perguntou estreitando os olhos para ele.

— Sim. Edward respondeu surpreso por sua pergunta inesperada.

— Não. Wendy negou veemente. _ Me recuso a apoiar vocês.

— Você não é amiga dela? Edward perguntou sem entender. _ Por que não? Perguntou.

— Mike era seu parceiro na policia não era? Ricardo perguntou olhando para ela.

— Sim. Meu parceiro. Meu melhor amigo. Ela saiu e Edward olhou para Ricardo.

— Eu vou atrás dela. Ricardo disse saindo também.

.............

Edward acordou animado na manha seguinte. Finalmente podia respirar aliviado. Com o novo investidor a Empresa ia conseguir se reerguer.

— Alo. Ele atendeu saboreando seu café.

— Edward. Precisa vir para cá imediatamente. Isabella disse agoniada.

— O que aconteceu?

— Acabamos de receber uma ligação do Escritório de Kevin Nunes.

Edward pegou a chave em alerta.

— O que ele queria?

— Informar que estão invalidando o contrato.

— Porque? Ele disse já entrando carro.

— Parece que houve um problema interno na documentação. Eles não forram muito específicos. Edward não temos mais o investimento, o que vamos fazer? Ela perguntou angustiada.

— Estou indo para ai. Respondeu apenas e desligou. Não tinha uma resposta para sua pergunta. Mas sabia exatamente quem estava por trás disso.

Edward foi direto a sala dele quando chegou a Empresa.

— Precisava mesmo fazer isso?

— Você não me parece bem. Jacob falou debochado.

— Digamos que eu esteja bem. Edward disse entrando em seu jogo. _ Por que os denunciou a receita federal?

— Digamos que tenha sido eu. A culpa é toda sua.

— O que?

— Devia ter desistido. Quanto mais as pessoas ao seu redor vão precisar se machucar por tentar ajuda-lo? Isso é só o começo.

— Esta me ameaçando? Edward perguntou se segurando para não soca-lo ali mesmo.

— Entenda como quiser.

— Era este tipo de olhar que eu tinha. O olhar vazio, tenebroso. Edward disse o analisando. _ Sabe por que Isabella nunca vai ama-lo?

— Não ouse. Jacob vociferou. Sem dar importância Edward continuou.

— Eu deixei de ser um monstro por causa dela. Mas você esta se tornando por causa dela.

— Cale a boca. Mandou se exaltando.

— Que tipo de garota consegue amar alguém que esta se tornando um monstro por causa dela? Edward perguntou saindo da sala. Ele ainda conseguiu ouvir o som de objetos sendo arremessados contra a parede, mas não parou. Precisava continuar sua busca por investidores.

Jacob arremessou os objetos de sua mesa. O ódio o consumia. Com as mãos tremulas discou um numero em seu celular.

— Alo. A voz atendeu do outro lado

— Preciso que descubra tudo o que puder sobre Edward Cullen. Imediatamente. Ordenou.

........................

— Já é tarde. Por onde andou? Isabella levantou do sofá assim que ele entrou em casa.

— Estava tentando resolver nosso problema. Isabella o olhou. Ele parecia exausto. _ Vamos resolver isso, não se preocupe. Pediu vendo seu olhar nele. Ela encurtou a distancia e o abraçou.

— Não precisa fingir ser de ferro. Também pode me dizer se não estiver bem. Ela o soltou e ele a olhou. _ Você me ensinou a confiar em você, mas não precisa carregar o peso de tudo. Parte meu coração vê-lo assim e não poder fazer nada para ajudar. Edward levou a mão ao rosto dela.

— Você pode. E esta fazendo. Só de te-la aqui, saber que se preocupa comigo, me faz ter esperanças de que me ame ao menos um pouquinho.

— Edward... Ele a abraçou.

— Eu sei. Vou esperar o tempo que precisar ate que seu coração esteja pronto para se entregar novamente. Mas posso ter esperança, não? Ao menos hoje quero ter esperança. Ela o abraçou também calando a confusão de sentimentos em seu intimo.

Se sentia egoísta por faze-lo se sentir assim, mas não queria e não conseguia se afastar. Ao mesmo tempo em que a sensação de estar traindo Mike a acompanhava. Ela suspirou encostando a cabeça no seu peito.

— Eu não sei o que dizer. Confessou.

— Não diga nada. Pediu com a voz rouca. _ Apenas fique aqui.


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Notas finais do capítulo

E ai? Voces acham que Edward tem razao sobre o culpado?