Beat Again - Quando chama o coração escrita por Val Rodrigues


Capítulo 25
Capitulo Vinte e Cinco


Notas iniciais do capítulo

Voltei... Eba.
Hoje vai ter capitulo duplo.
Aproveitem. Curtam, comentem...kkkkk
bjs



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Wendy depositou o celular ainda embalado a mesa a sua frente. O Sr. Moura não conseguiu segurar a emoção ao reconhecer o objeto.

— É realmente verdade? Ele perguntou com os olhos fixos no celular.

— Sim. Wendy respondeu também tentando segurar a emoção. _ Ele confessou tudo.

— Todo este tempo ele viu minha dor e se manteve calado. Como ele pode? O Sr. Moura disse segurando o celular em suas mãos. _ Wendy, obrigado.  Você cumpriu sua promessa.

— Só fiz o meu trabalho. Este caso esta encerrado. Ela completou empurrando uma centelha de duvida em sua mente. Na ânsia de encontrar um culpado, seu cérebro havia criado muitas alternativas.

— Isabella já sabe? O Sr. Moura perguntou.

— Sim. Eu falei com ela antes do senhor chegar.

— Como ela reagiu?

— Como esperávamos. Wendy disse lembrando-se do choro da amiga no telefone.  

— Ela precisa seguir em frente. Todos nós precisamos. Agora que o culpado vai pagar pelo seu crime, não há nada mais que nos prenda no passado. O Sr. Moura concluiu fazendo Wendy baixar o olhar. _ Posso? Ele perguntou segurando o celular.

— Claro. Ela acenou vendo-o partir.

Batendo a porta do carro, ele deixou que as lagrimas banhassem seu rosto. Seu coração doía pela dor da perca de um filho.

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— Pai. O que o senhor fez? Jacob perguntou assim que conseguiu liberação para falar com seu pai.

— O que tive que fazer. Respondeu apenas. _ Sempre achei que você nasceu na família errada. Você é ambicioso e batalhador, sempre quis mais do que eu pude te dar. Esta é minha forma de dar-lhe algo Jacob, não deixe que isso arruíne sua vida.

— Pai...                        

— Eu já me decidi. Você é jovem e saudável, cuide de sua saúde e vá atrás do que sempre desejou. Não perca tempo comigo. Vou cumprir a pena e pagar pelo crime. Me prometa que vai ser cuidadoso. Jacob segurou a mão de seu pai pela grade em um aperto firme.

— Eu prometo Pai. Aguente firme.  

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— Isabella. Jacob falou pego de surpresa. _ O que esta fazendo aqui? Perguntou vendo-a parada a sua porta.

— Quando meu pai ficou doente, você ficou ao meu lado. Quando ele faleceu, você ajudou a carregar o caixão dele para o cemitério. Quando estive em apuros, Mike e você sempre me ajudaram. Ela soltou um longo suspiro deixando uma lagrima cair.

— Não foi nada. Jacob respondeu sem entender o por que ela estava ali.

— É só estas lembranças que quero manter. Mesmo sabendo que não foi sua culpa, não posso voltar a conviver com você depois disso tudo. Hoje eu vim aqui para me despedir de você definitivamente, como você disse antes, não há mais a menor possibilidade de sermos amigos.

— Nunca pensei que minhas palavras iriam se voltar contra mim desta forma. Ele lamentou apertando o trinco da porta em suas mãos.

— Adeus Jacob. Ela disse.

Jacob fechou a porta desabando encostado nela. Isabella o odiava. Seu pai estava preso. Não tinha amigos ou família a quem recorrer. Quando o peso da realidade o atingiu foi como se roubassem seu ar. Por longas horas ele se permitiu chorar. Estava perdendo e isso doía. Decidido ele levantou-se. Não era o momento de lamentar. Se queria alguma coisa, precisava ir atrás. Nunca ganhara nada de bandeja e não era agora que iria começar a ganhar.

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— Se estiver sendo difícil demais para você... Edward começou. Eles estavam sentados na escadaria próximo onde Isabella morava. Edward a levara em casa depois de ver como ela ficou abalada com as noticias do caso de seu falecido noivo, mas não queria forçar a barra e pedir para entrar, tampouco queria deixa-la sozinha.

— Não. Ela o interrompeu.

— Não precisa ser forte o tempo todo. Edward começou vendo a tristeza em seus olhos e o esforço que ela fazia para não desabar. _ Hoje o dia não foi fácil e tudo bem você não estar bem.

— Do que você esta falando? Perguntou sem saber o que dizer.

— Estava me perguntando por que você sempre precisa parecer forte. Descobri que você cuidou do seu pai durante dez anos em que ele esteve doente. Acho que você é assim desde então. Precisou amadurecer rápido demais. Edward suspirou continuando seu raciocínio. _ Você me disse uma vez que eu pareço um garoto de nove anos. Mas você parece um bebê crescido que finge ser forte.

— Preciso ir agora. Ela disse levantando-se e Edward a imitou puxando-a para seus braços.

— Pode me dizer quando estiver triste, chore se quiser. E daí se você desabar ao menos uma vez? Isabella piscou tentando sem sucesso interromper as lagrimas que ela estava tentando impedir ate que estivesse sozinha em casa. _ Isso não significa que você é fraca, só que é humana. Ele disse segurando-a apertado. Suas palavras pareceram desencadear uma torrente de lagrimas, que agora fluíam livremente.

Edward não disse nada. Apenas a abraçou o mais forte que podia e a deixou colocar toda a sua angustia para fora sentindo seu coração ser esmagado pela tristeza dela. Naquele momento, sem perceber, Edward ganhava mais uma pequena parte do coração dela.

Na manha seguinte quando chegou a Empresa, Ricardo já o esperava na recepção.

— Bom dia. Ele disse serio.

— Bom dia. Edward respondeu. _ Que cara é essa?

— Temos um problema. O investidor do novo produto esta se negando a depositar a parte do acordo antes que a gente entregue o resultado de teste de avaliação.

— O que? Por que?

— Eu ainda não descobri. Mas eles estão vindo para uma reunião daqui a uma hora. Disse consultando seu relógio.

— Certo. Vamos nos preparar. Edward disse caminhando para o elevador. Sem o investimento não teriam como lançar o produto no mercado e consequentemente pagar a divida para a Gold Partners, o que o faria perder a Empresa. Balançou a cabeça afastando os pensamentos.

— Isso é estranho. Edward murmurou se remexendo na cadeira.

— Eu sei. Já estamos esperando há duas horas e nada. Vou tentar ligar para eles novamente. Antes que ele pudesse fazê-lo uma batida soou na porta e Rosalie abriu anunciando a chegada deles. Edward levantou-se se preparando para recebe-los mas estancou com a mão no ar.

— O que você esta fazendo aqui? Edward questionou quando Jacob surgiu a sua frente ao lado do seu investidor.

— Sr. Cullen me deixe apresenta-lo. Este é o novo Presidente da Juno Company.

— Como é? Edward perguntou enquanto as peças se juntavam em sua mente.

— A Gold Partners acaba de comprar a Juno Company e neste momento eu estou no comando.

Os dois homens se encararam medindo forças silenciosamente.

— O que isso quer dizer? Edward voltou a perguntar.

— Em outras palavras, a Gold Partners é quem vai investir no novo produto da Hermia. Jacob concluiu com um sorriso vitorioso. _ Se o produto não estiver nas lojas em duas semanas, a Gold Partners vai cancelar o investimento. Você investiu muito dinheiro para fabricar o novo produto, ate vendeu suas propriedades nos Estados Unidos. Mas o que vai fazer quando os títulos vencerem no fim do mês e você não tiver como pagar?

Edward encarou o homem a sua frente.

— Esta situação é muito familiar. Ele deu um breve sorriso fazendo Jacob encara-lo sem entender. _ Obrigado por me mostrar o quanto eu era ridículo. Edward disse lembrando que já havia agido antes quando seu foco era destruir a Hermia. Agora lhe parecia um passado distante que voltava para assombra-lo.

— Se tem tempo para ser arrogante, use-o para ganhar dinheiro e pagar a divida da Hermia. Jacob sentou-se quando Isabella entrou trazendo uma bandeja com café. De relance Edward pode ver a forma que Jacob a olhou e desejou que ela não estivesse ali. _ Há propósito estou aqui para anunciar que vou ocupar o cargo de diretor temporário, já que preciso verificar de perto os investimentos da Hermia. Você sabe, só par garantir que vocês vão nos pagar.

— O que? Você gosta mesmo de me imitar. Edward disse tendo a sensação de Dejavu.

— Vou imita-lo mais uma vez então. Quero Isabella Swan como minha secretaria. Isabella que depositava a bandeja na mesa parou virando-se para encara-lo.

— Você só pode estar brincando. Edward devolveu.

— Como diretor temporário tenho o direito de montar minha própria equipe, já esqueceu? Jacob perguntou com arrogância. _ Então, como se sente estando do outro lado? Provocou.

— Ela não vai. Respondeu firme.

— Não pode ir contra as regras assinadas em contrato Sr. Cullen, sabe disso. Pontuou.

— Lideres devem proteger seus liderados. Afirmou. _ Como vou proteger 4.000 mil pessoas se não protejo quem ao meu lado.

— Vai colocar em risco o destino de 4.000 pessoas por causa de uma? É isso que um líder faz? Provocou tentando leva-lo ao limite.

— Eu vou. Isabella se pronunciou fazendo a atenção dos dois se voltarem para ela. _ Ele tem razão. Não pode colocar 4.000 pessoas em risco por causa de uma.

— Isabella. Ele disse firme.

— Não misture vida pessoal com negócios. Ela pediu. _ Deve cumprir o contrato. Argumentou.

— Duas semanas. Não esqueça. Jacob virou-se para Isabella. _ Venha minha sala. E saiu. Isabella ia segui-lo quando Edward segurou em seu braço.

— O que esta fazendo? Perguntou angustiado.

— Não se preocupe. Eu já volto. Disse com um plano em mente.

— Não pode... Mas ela já tinha saído.

— Queria conversar comigo? Perguntou entrando na antiga sala em que Edward ocupava no passado. A situação seria cômica se não fosse trágica. Ela pensou apertando o envelope em suas mãos.

— Como se sente? Disse que não poderíamos ser amigos, mas aqui estamos nós. Ele disse prepotente.

— Por que esta fazendo isso?

— Eu avisei que ia acabar com ele. Jacob disse e la estava novamente o olhar de ódio em seu rosto. _ Você me olha como se eu fosse um monstro. É uma pena que não tenha opção a não ser trabalhar comigo.

— Tem razão. Ela admitiu. _ Aqui esta a minha carta de demissão.

— O que?

— Não quero e não vou ajudar você a destruir esta Empresa. Vou terminar tudo até o fim do dia.

— Vou fazer de tudo para que se arrependa desta decisão. Ele ameaçou.

— Eu não duvido.

— Vai arriscar tudo por ele? Perguntou sentindo a boca amargar. _ Perdeu o juízo?

— Não. Agora vejo as coisas com mais clareza do que nunca.

— Se não estiver aqui não poderá assistir de perto a queda do seu querido Presidente. Ele disse rasgando a carta e jogando os pedaços com raiva. _ Não vai demorar para que isso aconteça e quero você aqui para vê-lo fracassar e perder tudo.

Edward estava de costas para a porta quando Isabella entrou de volta em sua sala.

— Edward... Ela se aproximou.

— Não vou me esconder atrás de você. Edward disse serio ainda de costas para ela.

— O que? Ele virou-se para olha-la.

— Vou proteger e lutar por você. Então jamais repita que vai embora. Eu já sou um perdedor, vai me transformar em um perdedor maior? Ele disse frustrado.

— Desculpe, eu não pensei direito. Ela baixou o olhar quando seus olhos pareciam queimar sobre si. _ Sei que as coisas estão difíceis, eu não queria dificultar ainda mais. Admitiu. _ Só queria resolver da melhor maneira possível.

Edward a olhou sentindo a raiva e a indignação se dissipar.

— Não temos tempo para isso. Ele suspirou. _Preciso encontrar outros investidores o quanto antes.

— Vou fazer uma lista para você. Ela respondeu saindo em seguida. 

Por que você seria um peso para mim, se é o que eu tenho de melhor na vida? Ele pensou vendo a se afastar.


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