Beat Again - Quando chama o coração escrita por Val Rodrigues


Capítulo 24
Capitulo Vinte e Quatro


Notas iniciais do capítulo

Boa noite...
Eu fiquei tão ansiosa preparando este capitulo.
Quero muito saber a opiniao de voces....
Bjs



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Irina levou a xícara aos lábios encarando o homem a sua frente.

— Tudo saiu como o planejado? Jacob Black perguntou.

— Sim. Edward acaba de vender suas propriedades nos Estados unidos para investir no novo produto da Hermia. Mal sabe ele que esta caminhando para sua própria derrota.

— Mal posso esperar para vê-lo se afundar junto com a Hermia. Disse saboreando seu café.

— É uma pena que não estará mais la para nos passar as informações. Irina lamentou.

— Sempre podemos encontrar alguém para este trabalho. Ele respondeu calmamente. _ Ele ate que demorou a me demitir. Se fosse eu, já teria me livrado dele há tempos.

— Não se iluda Jacob. Edward Cullen é um homem inteligente e perspicaz. Trabalhei muitos anos com ele para saber que ele não ponta sem nó.

— Talvez ele fosse assim antes. Mas desde que se apaixonou, parece que perdeu o jeito dos negócios. Vai me dizer que não notou a diferença?

— Nisso eu preciso concordar com você. Irina disse pegando sua bolsa. _ Eu preciso ir. Fique alerta para quando a Gold Partners lhe chamar.

— Sabe onde me encontrar. Ele disse vendo-a sair em seguida.

Edward Cullen aproveite muito bem seus dias na Hermia e com a Isabella, por que em breve estarei de volta e vou tirar tudo de você. Jacob pensou enquanto um sorriso presunçoso se formava em seu rosto.

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— Bom dia Sr. Moura. Por favor acompanhe bem a produção. Temos que lançar o produto antes que os títulos vençam e a Gold Partners venha nos cobrar. Edward falou com um sorriso no rosto. Finalmente, algum progresso.

— Sim. As coisas estão a todo vapor aqui. O Sr. Moura respondeu do outro lado.

— Obrigado. Ele disse desligando, não sem antes deixar de ouvi-lo comentar “ele não precisa me ensinar o meu trabalho”. Sorriu. Gostava daquele homem cada dia a mais.

Uma movimentação estranha se fez na porta do escritório e Edward franziu o cenho ao ouvir o burburinho.

— Eu preciso falar com ele. Alguém insistiu.

— Eu entendo. Mas ele esta ocupado agora, por favor... Rosalie falava tentando impedir que a mulher passasse por ela.

— O que esta acontecendo? Ele perguntou reconhecendo a mulher. _ Wendy, o que esta fazendo aqui?

— Precisamos conversar. Em particular. Completou quando Edward não se moveu.

— Esta bem. Entre. Ele disse dando passagem. Ela parou no meio da sala e ignorou o gesto que ele fez com a mão para que sentasse no sofá.

— Por que esta investigando o caso do Detetive Mike O’Connor? Ela perguntou pegando o de surpresa.

— Como descobriu?

— Sou uma detetive. Disse apenas. _ Agora responda a minha pergunta. O celular de Edward começou a tocar. Antes que ele pudesse atender Wendy estava tomando o de suas mãos.

— O que esta fazendo? Perguntou quando viu que ela vasculhava o celular, devolvendo-o contrariada. _ Achou que este celular era o dele? Por isso tomou de minhas mãos? Por que temos o mesmo toque?

— Como é?

— O celular sumiu. Alguém o pegou, não é? Edward falou com convicção.

— Como sabia que o celular sumiu? Ela perguntou estreitando os olhos para ele.

— O promotor Park me informou. Respondeu simplesmente.

— Então por que disse que disse que alguém o pegou? Ela perguntou ainda não convencida.

— Não é obvio que sumiu por que alguém o pegou? Edward perguntou impacientando-se.

— Por que você esta investigando este caso? Wendy perguntou se aproximando.

— Por motivos pessoais. Respondeu não querendo explicar.

— E o que você teria a ver com isso? O detetive Mike foi morto por que estava investigando a fraude que teve aqui nesta Empresa.

— O que?                  

— Isso mesmo. Ele desconfiou que você pudesse estar envolvido e começou a investigar, mas foi morto antes de concluir a investigação. Você estava internado na época, então não entrou na lista de suspeitos. Edward ouviu a tudo calado processando as informações que recebeu. _ Ei. Fique fora disso Sr. Cullen. É um aviso. E saiu deixando Edward pensativo para trás.

Edward pensou e repensou. As palavras de Wendy não saiam de sua cabeça. Mike investigava a fraude que levou a Hermia a sua condição atual de quase falência. Mas o que ele havia encontrado para que fosse eliminado assim?

Sem explicar, pegou suas chaves dirigindo pela cidade.

Parou em frente a um condomínio luxuoso.

Pai e filho caminhavam para a entrada do prédio.

— Jacob Black, tenho um assunto a tratar com você. Edward os interceptou. Jacob virou percebendo a presença de Edward ali.

— Não tenho nada para discutir com você. Respondeu taciturno. _ Vamos pai. Chamou.

— E sobre o caso de fraude da Hermia? Te interessa? Edward perguntou vendo-o estancar no lugar.

— O que você tem a ver com isso?

— Tudo. Edward respondeu encarando o homem a sua frente. _ Posso falar aqui ou quer ir a um lugar mais reservado.

Contrariado, Jacob virou se para o pai.

— Pai, eu não vou demorar. Me espere aqui. Billy Black acenou em concordância vendo os dois homens se afastarem. E os seguiu tomando o cuidado de não ser visto por eles.

Do lado de fora do prédio ambos se encaravam.

— Descobri recentemente que o detetive Mike foi morto durante a investigação de fraude da Hermia. Me pergunto o quanto pode estar envolvido nisso.

—Você ficou maluco. Jacob retrucou.

— Fiquei? Ou será que você percebeu que o Detetive Mike se aproximava da verdade e quis garantir que ele nunca falasse?

— Nada do que você diz faz sentindo algum.

— O detetive Mike era seu melhor amigo. Se você foi capaz de cometer um assassinato o que não seria capaz de a Isabella?

— Já chega. Jacob se alterou ao ouvir o nome dela.

— Espero mesmo estar maluco. Pelo bem dela. Disse dando as costas a Jacob que o olhava com ira no olhar.

Saindo de seu esconderijo, Billy voltou a entrada do condomínio onde deveria ter ficado durante todo o tempo, enquanto uma ideia se formava em sua mente.

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— Onde ele esta? Wendy entrou na Delegacia tomando ar. Assim que recebeu a ligação do detetive Carter ela saiu as pressas da cama.

— Na sala de interrogatório. O detetive Carter respondeu indicando com a cabeça.

— Já pediu um advogado? Ela perguntou observando o homem pelo vidro.

— Não. Ele só que falar com nós dois.

— Vamos acabar logo com isso. Wendy disse ultrapassando a porta que os separava. Carter logo atrás dela. _ Senhor Billy Black soube que quer falar conosco sobre a morte do detetive Mike. Estamos aqui. O que o Senhor quer nos dizer?

Billy tirou a mão do bolso sob o olhar atento dos detetives depositando a mesa a sua frente um celular.

— O que é isso? Wendy perguntou em alerta.

— O celular de Mike O’Connor. Ele respondeu colocando novamente as mãos embaixo da mesa. Elas estavam gélidas e tremulas, mas não tinha mais volta, pelo menos não para ele.

— Onde o encontrou? Wendy perguntou se aproximando da mesa sem tocar o objeto por não estar com as luvas a disposição. 

— Na rodovia onde ele foi atropelado. Eu matei o Detetive Mike O’Connor.

Wendy piscou. Carter abriu a boca e nada saiu.

— Sr. Black... Wendy começou.

— Estou aqui para me entregar. Billy continuou.

— Esta confessando que assassinou o detetive Mike O´Connor? Wendy perguntou perplexa.

— Sim. Billy confirmou. Carter e Wendy se entreolharam.

— Como aconteceu? Ela perguntou sentando-se a frente dele.

— Ele foi jantar em minha casa naquela noite. Era aniversario da morte da minha esposa e ele surgiu para me fazer companhia, já que Jacob não poderia. Acho que ele sentiu pena de me deixar sozinho. Billy deixou sair um longo suspiro.

— Continue. Wendy disse impacientando-se. Era extremamente difícil se manter imparcial.

— Nós jantamos. Depois que ele saiu eu percebi que tinha esquecido a carteira, então corri para devolver. Ele não estava mais por perto. Peguei o carro e dirigi procurando por ele. Estava muito escuro e eu já sou mais tão jovem. Me distrai um pouco acelerando o carro na tentativa de encontra-lo. Foi quando percebi um homem a minha frente, mas já era tarde demais. Não consegui frear a tempo e o carro o atingiu em cheio. Foi um acidente. Completou.

— Se foi um acidente, por que não o socorreu?

— Eu fiquei em choque, liguei para a emergência anonimamente e sai daquele lugar.

— Então por que pegou o celular dele?

— Eu só... eu não sei. Ele estava tocando e agi por impulso.

— Agiu por impulso? O senhor deixou um homem morrer sozinho no meio de uma rodovia após atropela-lo.

— Eu me arrependo muito disso.

— Se arrepende? Disse com incredulidade. Sua voz subindo um pouco. Carter tocou seu braço discretamente fazendo-a olha-lo de relance. Com um gesto quase imperceptível pediu que se acalmasse.

— Não houve uma noite sequer em que eu fosse dormir sem pensar nisso. Ele era amigo do meu filho. Nossas famílias conviviam juntas. Billy confessou com o olhar turvo. _ A culpa me corroí a alma. Confessou com os ombros caídos.

— Sua culpa não pode trazê-lo de volta. Wendy disse encarando-o duramente.

— Sei disso. Billy respondeu baixando a cabeça. _ É por isso que estou aqui.

— Sr. Black onde esta o carro que estava dirigindo na noite do atropelamento? Carter perguntou assumindo o interrogatório.

— Eu me livrei dele. Mas o celular esta comigo. Eu estou confessando. Por que ainda precisa de mais provas? Billy perguntou se desesperando. Não sabia mais o que dizer para convencê-los.

— Na verdade não. Sr. Billy Black, o senhor esta preso sob confissão de atropelamento, omissão de socorro e ocultação de provas no caso de atropelamento do detetive Mike O’Connor. Tem direito a um advogado. Se não puder pagar, o Estado se incumbirá de arranjar um defensor publico. Carter disse apenas formalizando a situação.

— Não preciso de um advogado. Billy respondeu encarando a mesa. Finalmente estava feito.


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