Beat Again - Quando chama o coração escrita por Val Rodrigues


Capítulo 17
Capitulo Dezessete


Notas iniciais do capítulo

Boa noite.
Voltei com mais capitulo.
Aproveitem...



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— Você já esta acabando? Jacob perguntou fazendo Isabella erguer a cabeça para encontra-lo a porta entreaberta.

— Sim. Ela disse sentindo o cansaço do dia a tomar.

— Ótimo. Quero te levar a um lugar especial.

— Que lugar? Ela perguntou estranhando.

— Te espero no estacionamento. Por favor, não demora. Estou faminto. Brincou. Isabella terminou de guardar os arquivos de sua mesa e saiu. Ele já estava esperando-a no carro.

— Por que esta me levando para jantar? Ela questionou olhando-o divertida. Ela gostava da companhia dele, eram amigos desde pequenos e ele a deixava confortável.

— Temos que comemorar. Disse apenas.

— E o que vamos comemorar?

— Em breve vou ser nomeado o novo Presidente da Hermia.

— Jacob... isso é incrível. Meus parabéns.

— Obrigado. Agradeceu sorrindo. _ Ainda não é oficial, mas eu queria muito dividir com você esta noticia.

— Fico feliz por você. Sei que trabalhou muito para conseguir esta oportunidade. Jacob acenou concordando. Ele realmente havia feito muita coisa para chegar ali e faria muito mais se precisasse. _ Tenho certeza de que os trabalhadores da Fabrica Central vão amar quando souberem a novidade. Ela continuou empolgada alheia aos pensamentos dele. _ Mesmo em meio a crise a Empresa ainda pode se reerguer não é? Disse sorrindo com uma pontada de esperança. Jacob também sorria.

— Chegamos. Ele disse estacionando o carro. Quando entraram, Isabella percebeu que o local era pequeno, mas acolhedor.

— Aqui é o lugar especial? Ela perguntou observando ao redor. _ Me parece familiar. Disse provando do seu prato.

— Não se lembra? Ele perguntou tentando esconder uma pontada de decepção. Ela negou. _ Viemos aqui na época da escola depois de um passeio no Museu.

Isabella buscou em sua memória.

— É mesmo. Murmurou lembrando-se. _ Como ainda se lembra disso?

— Eu me lembro de cada detalhe. Economizei durante semanas só para trazê-la aqui. Revelou. _ Eu estava tão nervoso. Planejava me declarar para você aquele dia, mas não consegui.

Ela o olhou parando de comer.

— Para de brincadeira. Disse rindo nervosa.

— Não estou brincando Isabella. Ele disse sustentando seu olhar. _ Sabe o que eu pensava naquela época? Perguntou retoricamente. _ Que eu precisava me tornar alguém para poder me aproximar de você. Queria ter algo a oferecer alem da minha pobreza. Isabella bebeu um pouco de sua água sentindo-se tensa. _ Agora que este sonho enfim vai se realizar, nada mais me impede de te conquistar, amei você em segredo por tempo demais, não quero mais fazer isso.

— Jacob. Ela começou devagar. _ Sempre pensei em você como um amigo.

— Isso parte o meu coração. Ele disse desviando o olhar por um momento.

— Mas é a verdade. Retrucou baixo. Não queria magoar o amigo, mas não podia deixa-lo alimentar esperanças quando para ela não havia nada.

— Não decida ainda. Pediu olhando-a novamente. _ Em breve minha promoção vai ser oficial, tome este tempo para pensar. Ate lá, não se apaixone por ninguém. Disse relembrando da cena que presenciou de Edward abraçando-a no hospital. Bella o olhou confusa. _ Tudo o que te peço é uma chance.

Edward soprava as mãos esfregando-as em seguida para tentar aquecê-las. O vento gelado o atingia fazendo seus lábios soprarem como se fosse fumaça. Ele suspirou não sabendo exatamente por que estava ali, parado na escadaria, esperando que Isabella chegasse. Suas palavras não lhes saiam da mente. Por que esta tentando ser igual a ele já que o odeia tanto? Ela dissera e ele não teve resposta. Olhou as horas mais uma vez se perguntando por que ela estava demorando tanto. Sua pergunta interna foi respondida quando ele viu o carro de Jacob parar e eles descerem. Enquanto a esperava ela estava com ele. Constatou se escondendo sem querer ser pego ali parado como se fosse um idiota.

Jacob se sentia mais leve e um sorriso brincava em seus lábios quando adentrou em seu apartamento depois de deixar Isabella em casa. Finalmente pudera confessar seus sentimentos e mesmo que ela não correspondesse agora como ele gostaria isso iria mudar em breve.

O toque de celular chamou sua atenção. Levou a mão aos bolsos verificando a tela apagada. Apurou mais os ouvidos percebendo de onde vinha o chamado. Um celular esquecido na gaveta de sua cômoda a qual só uma pessoa usaria para falar com ele.

— Por que nunca me atende? Perguntou com arrogância vendo o nome dele surgir na tela.

— Jacob Lautner? Uma voz feminina encheu seus ouvidos. Não era William do outro lado da linha, ele finalmente percebera.

— Quem esta falando? Perguntou em alerta, mas ela desligou rapidamente.

Na delegacia, Wendy apertava o telefone nas mãos.

— E então? Carter perguntou ansioso. Estavam seguindo esta pista há meses, tinha que chegar a algum lugar.

— Era a voz do Jacob. Disse num fio de voz.

— Jacob? O melhor amigo do Mike?

— Você conhece outro? Ela perguntou saindo do seu estado de torpor.

— Tem certeza? Pode ter se enganado...

— Não. Era ele. Tenho certeza disso. A pergunta é por que ele é o contato do William? Carter quase podia ouvir o cérebro de Wendy trabalhando, por que o dele próprio trabalhava na mesma direção. _ Precisamos investigar Carter. Tem algo muito errado nesta historia.

No inicio da manha Isabella foi chamada ao Hospital onde Aro estava internado. Ela encontrou Carmem Cullen aflita andando de um lado para o outro.

— Sra. Cullen. O que aconteceu? Carmem não respondeu, seus olhos fitavam algo a suas costas.

— Por que a chamou? A voz de Edward foi ouvida e ela virou-se para encontra-lo olhando-a.

— Ela pode nos ajudar. Carmem respondeu diretamente para ele.

— O que aconteceu?

— Precisamos tira-lo daqui imediatamente. Este hospital tem um heliporto? Ele perguntou surpreendendo-a.

— Acho que sim. Porque?

— A promotoria esta vindo prende-lo pelas fraudes da Empresa. Se ele for levado, vai passar seus últimos dias longe da família. Eu tenho um plano. Vamos leva-lo de helicóptero para minha casa de campo na cidade vizinha. A promotoria esta chegando temos que agir rápido.

— Preciso que traga as crianças para nos encontrar. Isabella acenou ainda aturdida. _ Pode fazer isso? Ela perguntou enquanto abria a porta do quarto revelando o leito vazio.

— Onde ele esta? Carmem perguntou aflita. _ Precisamos encontra-lo. Carmem e Isabella saíram do quarto a procura de Aro. Edward voltou seu olhar para um pedaço de papel que pendia ali.

Era um bilhete deixado por seu tio.

Edward,

Isso não será como você quer...

Nunca foi um bom pai, nem um bom marido,

Tudo o que sei ser é o Presidente da Hermia.

E disso não vou abrir mão, ate o fim.

Edward sentiu seu cérebro trabalhar. Seu tio era obcecado pela Empresa, havia traído seu próprio irmão para ficar com ela. Obviamente não desistiria dela. Começou a correr para fora do hospital, quando as informações começaram a fazer sentindo em sua cabeça.

Aro ouviu quando Edward conversava com Carmem oferecendo ajuda. A possibilidade de que ele passasse dias tranquilos em um lugar distante, e tomou sua decisão. Isabella percebeu que Edward se dirigia a saída do hospital.

— Edward. Chamou. Mas ele pareceu não ouvi-la. Ela também correu para encontra-lo entrando no carro.

— Onde vai?

— Acho que sei onde ele esta. Disse apenas entrando no carro. Ela levou um segundo para processar a informação e já abrindo a porta do passageiro e entrando. Edward a olhou interrogativamente.

— Vou com você. Disse decidida. Sem tempo para discussão, ele arrancou com o carro, passou vários sinais vermelhos e fez o trajeto na metade do tempo. Edward não queria admitir , mas tinha um pressentimento ruim.

O ultimo andar da Hermia estava silencioso quando eles desceram do elevador, era um silencio quase mortal.

Edward abriu a porta sendo seguido por Isabella. A cena que eles viram os chocando.

— Meu Deus. Levou a mão aos lábios para conter um grito de pavor. Aro Cullen estava na Cadeira da Presidência tombado sobre a mesa. Sangue escorria pela. Ao seu lado uma arma na mão inerte.

Enlaçando sua cintura, Edward a puxou para fora impedindo que ela continuasse a olhar, já que ela estava praticamente paralisada e a abraçou segurando-a. Ela parecia que iria desmaiar. Encostados na parede Isabella segurou-se nele, surpresa ouviu quando Edward começou a chorar.

— Por que? Pela presidência? Ele disse chocado enquanto seu peito era coberto de dor. Ela o envolveu sentindo o desmoronar. E ele segurou-se nela sentindo que precisava segurar em algo para não sucumbir enquanto seu peito era rasgado por dentro.

No dia seguinte, o velório foi realizado de maneira rápida assim que a pericia liberou o corpo. Na empresa um mural foi montado em homenagem a memória do presidente Aro Cullen. Exatamente como ele gostaria de ser lembrado. Isabella refletiu.

— Edward. Ricardo chamou entrando na sala. _ Por que esta no escuro? Perguntou vendo a persianas fechadas e as luzes apagadas. Edward permanecia deitado no sofá com uma manta a envolve-lo.  

— Já acabou? Ele perguntou.

— Sim. Você parece abatido, não se sente bem? Ricardo observou preocupado.

— Meu peito dói um pouco. Admitiu. _ Preciso descansar.

— Quer que eu chame seu medico?

— Não. Mas preciso que faça algo para mim.

— O que?

— Descubra quem foi o meu doador.

— Sabe que esta informação é sigilosa.

— Então descubra em segredo. Por favor. Faça o que for preciso.

— Esta bem. Ricardo concordou ainda preocupado. Mas sabia que não adiantava insistir Edward sabia ser teimoso quando queria.


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