Beat Again - Quando chama o coração escrita por Val Rodrigues


Capítulo 16
Capitulo Dezesseis


Notas iniciais do capítulo

Ola.... chegando com mais um capitulo.



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Edward sentia-se confuso e perdido.

 _ Você quer que eu faça o que? Perguntou encarando Irina que lhe entregava um envelope.

— Nós temos a oportunidade perfeita de faze-lo assinar estes papeis e nos ceder os direitos de venda da Hermia. Em troca guardamos os segredos dele.

— Irina. Você me ouviu? Ele esta morrendo. Repetiu como se ela não tivesse entendido a situação.

— Esta ordem veio do nosso Presidente. Ela o encarou seria. _ Você não queria sua vingança? É o momento perfeito para agirmos. Em um movimento brusco ele pegou o envelope de suas mãos. _ O que esta acontecendo com você? Tem momentos que eu praticamente não te reconheço. Não é como se nunca tivesse feito nada assim antes. Você nunca foi de agir com as emoções, é melhor colocar a cabeça no lugar antes que nos faça perder tudo o que trabalhamos ate agora.  E saiu batendo a porta. Edward jogou os papeis com raiva na mesa odiando ser pressionado. Nunca precisou disso. Sabia o que tinha que fazer e agia, sem peso na consciência, mas agora, por que era tão difícil? Com um suspiro exasperado, forçou-se a lembrar do porque estava ali. Aro Cullen havia destruído sua família e roubado tudo o que ele tinha. Ele precisava reassumir o controle de suas ações.

Na sala de reuniões Jacob Lautner observava o burburinho ao redor.

— É muita petulância sua convocar todos os diretores desta forma. Alguém contestou.

— Eu tenho uma proposta para vocês. Jacob anunciou confiante. _ Quero que mudem de lado do presidente Cullen para a Gold Partners.

Risos encheram o ambiente.

— Ficou maluco? Isto é um absurdo. Contarei ao Presidente Cullen assim que ele voltar da Espanha. Considere-se um homem acabado quando ele descobrir sua traição.  Esbravejou se colocando de pé.

Jacob não se abalou. Aro Cullen já havia o humilhado demais. Agora era sua vez de dar as cartas.

— Vá ao Hospital de Câncer. Vão encontra-lo la.

— O que? Perguntaram confusos.

— O Presidente Cullen não esta em viagem de negócios na Espanha. Ele esta internado. O câncer rescindiu. Ele tem pouco tempo de vida.

— Como você sabe disso?

— Não importa os meios. A informação é o que interessa. Edward Cullen e a Gold Partners tem tudo o que precisam para destruir o Presidente Cullen. Assim que a noticia circular as ações da Hermia vão cair e nos levar a falência. Se aceitarmos uma fusão entre a Hermia e a Gold Partners esta crise não nos afetara.  Garantiu gerando olhares temerosos e confusos.

Na manha seguinte, havia um caos na Empresa quando Edward chegou. Todos os meios de comunicação noticiavam sobre a saúde do Presidente da Hermia Cosméticos e como previsto as ações começaram a cair.

— Onde ela esta? Edward perguntou vendo mesa de Isabella vazia.

— Ela acabou de sair apressada depois que viu as noticias. Rosalie respondeu.

Edward saiu a procura dela pelas ruas e correu quando avistou-a parada esperando o sinal abrir. 

— Não esta liberada para sair no meio do expediente. Ele disse chamando sua atenção.

— Então me demita. Não é como se eu pudesse evitar isso, não é? Ela olhou e seu olhar o rasgou. _ Eu sabia que faria isso, mas por que estou tão decepcionada com você? Perguntou um pouco para ele, um pouco para si mesma. Sempre soube que o objetivo dele ali era destruir a empresa e se vingar do seu tio.

— Não fui eu quem divulgou as informações. Explicou fazendo-a olha-la incrédula. Não acreditava mais em suas palavras. Deu alguns passos para atravessar a avenida, seu coração pulou quando um carro buzinou em cima dela. Fechou os olhos esperando o impacto. E sentiu mãos a agarrarem enquanto seu corpo era puxado. Abriu os olhos percebendo que Edward a segurava.

— Você ficou maluca? Não pode andar assim. Ela o olhou confusa, sentindo os braços dele em seu entorno. Edward a encarava sem soltá-la sentindo seu coração descompassado.

— Já estou cheio disso. Preciso descobrir de uma vez. Murmurou. Com o coração saltando beijou-a sentindo a maciez dos seus lábios. Isabella afastou-se bruscamente erguendo a mão e lhe estapeando o rosto.

Edward ouviu o baque e sentiu o rosto queimar. Levou a mão ao rosto vendo-a se afastar.

— Droga. Esbravejou levando a mão ao coração que batia freneticamente.

Ouviu seu celular tocar arrancando-o do transe.

— Oi.

— Precisa vir aqui agora mesmo. Ricardo falou. Seu tom era serio. E Edward começou a voltar a Empresa.

— O que aconteceu?

— Esta acontecendo uma reunião com os diretores da Empresa a portas fechadas.

— Uma reunião sem o Presidente? Perguntou alcançando o elevador. Ricardo confirmou. _ Estou subindo.

 Edward foi direto a sala de reuniões encontrando tantos rostos quanto conhecia la dentro. Rostos de traidores. Ele constatou. Que da mesma forma se aliaram ao seu tio para trair seu pai, agora se aliavam a outro para derrubar seu tio.

Edward se sentia enojado. De repente sentou vontade de sumir, de nunca mais ver a cara daquelas pessoas. Imediatamente as palavras de seu tio vieram a mente.

— A Empresa que seu pai queria nunca seria possível. É um mundo de tubarões. Cheios de ganância para chegar ao poder. E ali, mais uma vez ele constatava isso.

— O que esta fazendo? Edward perguntou encarando raivoso.

— Ganhando aliados. Respondeu com um sorriso cínico no rosto que fazia o sangue subir. _ Estamos todos do seu lado.

Edward ia abrir a boca para falar quando percebeu um burburinho se formando.

— Me soltem. Gritou se afastando enquanto os seguranças tentavam impedir que continuasse.

— Não devia se esforçar vindo aqui. Jacob Lautner se pronunciou.

— Fui eu quem fez você diretor. Como ousa me trair assim? Quando eu voltar, todos vocês serão demitidos.

— Não é mais o Presidente desta Empresa Aro. Tirem-no daqui. Ordenou aos seguranças.

— Me soltem. Agora. Me larga. Gritou cambaleando quando um acesso de dor o atingiu. Mas eles continuavam puxando seu corpo para fora.

— Soltem ele. Agora. Edward gritou e todos os olhares se voltaram para ele. Inclusive o de Isabella que havia chegado no meio da confusão.

— Você também esta aqui. Fez com todos se voltassem contra mim. Sibilou encarando Edward com raiva.

— Venha a minha sala. Edward falou dando as costas.

— Acha que eu vou desistir? Aro perguntou sentando-se com dificuldade. Edward o olhou notando sua fraqueza. Suas mãos tremiam enquanto apertava o braço da poltrona e seu rosto estava pálido.

— Ainda não soube? Seus diretores o denunciaram por fraude. Parece que eles tem as provas. Neste momento a Promotoria deve estar analisando os documentos e não vai demorar para que esteja dentro de uma cela.

— Você...

— Como é a sensação de estar do outro lado? Acho que foi isso que meu pai sentiu. Aro o olhou. _ Sempre pensei que vê-lo assim me deixaria feliz. Mas agora tudo o que sinto é pena. Edward disse encarando o homem que fora alvo do seu ódio por muitos anos. Levantando-se deixou paralisado e tremulo na cadeira.

Isabella o encarava apreensiva quando ele saiu da sala.

— Leve-o de volta para o Hospital. Pediu sem olha-la. Apressada, ela fez o que ele pediu.

Edward permitiu que o ar fresco refrescasse suas ideias enquanto respirava lentamente na Cobertura da Empresa. O local era calmo e tranquilo, perfeito para organizar seus pensamentos.  Ver o seu tio acabado daquela maneira não trazia o conforto que ele o pensou que teria. A imagem do garoto chorando e chamando “Pai”, lembrava sua infância e a forma como seu pai o tinha deixado. E ele não conseguia parar de pensar de que estava agindo da mesma forma.

Soltou um pesado suspiro.

— Vi que o elevador estava no topo. Imaginei que estivesse aqui. Isabella falou fazendo-o virar-se para vê-la. _ Beba um pouco. Pediu lhe entregando uma garrafa de água gelada. _ Você esta bem? Devo marcar uma consulta com seu cardiologista?

— Não precisa. Só precisava de um pouco de ar. Respondeu tomando vários goles da água que ela ofereceu.

— Precisa se cuidar.

— Só estou de cabeça quente.

— Edward eu soube da denuncia. Ele a encarou.

— Não se meta nisso. Avisou. Toda vez que ela falava suas palavras o afetavam e sentia que desta vez não seria diferente.

— Ele não tem muito tempo. Dê a ele a chance de partir com dignidade. Ela suspirou ignorando suas palavras. _ Mais do que ninguém, você conhece a dor da solidão. Por que esta tentando ser igual a ele já que o odeia tanto?  O que esta fazendo agora é exatamente o que ele fez com seus pais anos atrás. Ela perguntou e seus olhos o observavam em busca de respostas. Quando ele permaneceu encarando-a parecendo perdido ela voltou a falar. _ Você esta mesmo bem? Vou ligar para seu medico. Ia saindo quando sentou a mão dele em seu braço.

— Deixe para la. Só estou bravo. Vou para casa descansar. 

Ela suspirou ainda preocupada.

— Esta bem. Me diga se estiver passando mal. Edward suspirou observando-a se afastar.


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