Beat Again - Quando chama o coração escrita por Val Rodrigues


Capítulo 14
Capitulo Quatorze


Notas iniciais do capítulo

Ola a todos!
Mais um capitulo...
Boa leitura. Bjs.



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Na delegacia, O detetive Carter entra apressado. Eles estavam investigando o acidente de Mike há meses e todas as pistas não traziam resposta alguma. Ate agora.

— Wendy. Chamou.

— O que foi?

— Encontramos um carro com a placa que estamos procurando. Parece que é do carro da esposa de William Emerson, o ex funcionário da Hermia.

— Onde ele esta? Ela perguntou já correndo para o carro com ele em seu encalço.

— Em frente a um Cassino clandestino. Eu tenho o endereço.

— Vamos rápido Carter, precisamos encontrar este cara. Ela disse quando ele começou a dirigir.

Dentro do Cassino clandestino Wendy, Carter e mais dois policiais começam a procurar por William. Quando ele vê que esta sendo procurado, dispara em fuga da policia.

— Pare agora. Wendy grita. Cercado em frente ao cassino ele os ameaça com uma barra de ferro. _ Não se aproximem. Ele grita de volta com a barra de ferro na mão.

— Eu só estava fazendo um jogo. O que vocês querem comigo?

— Não somos da divisão de jogo ilegal William Emerson.

— Como sabe o meu nome?

— Mike Tunner, conhece? Ela pergunta atenta a suas reações. _ O detetive que você matou.

— O que?

— Uma testemunha viu seu carro no local do acidente.

— Não. Negou. _ Não fui eu. Gritou balançando a barra a sua frente, quando alguém tentava se aproximar.

— O detetive descobriu que você estava envolvido no escândalo do ingrediente Hermia. Foi você, não foi? Ela gritou de volta. _ Por isso você o atropelou e fugiu, por que ele ia te colocar na cadeia.

— Não. Isso é ridículo. Eu sou apenas um laranja. O responsável esta em outro lugar. Gritou jogando a barra de ferro nela que desviou para se livrar.

— Peguem ele. Gritou recomeçando a perseguição. Eles entraram em uma rodovia, Carter puxou Wendy antes que ela fosse atingida por um ônibus. Quando ergueram os olhos, só conseguiram enxergar um caminhão freando, mas já era tarde demais. O caminhão atingiu William em cheio.

— Não. Wendy gritou com o impacto. _ Chamem uma ambulância. Agora.

Alguns minutos depois William era socorrido e levado para o hospital. Carter e Wendy acompanhavam a ambulância enquanto os outros dois policiais voltavam para buscar a viatura.

Eles ficaram horas enquanto os médicos tentavam salvar a vida de Wiliam em uma cirurgia complicada. Como resultado, ele havia entrado em coma e os medico não sabiam quando ele poderia acordar. Depois de explicar o caso ao medico responsável, e falar com a esposa que chegou ao hospital, finalmente puderam ir embora.

Wendy sentia-se esgotada. Há meses perseguindo pistas sem respostas. Ela quis gritar de frustração.

— Wendy chegou o resultado da pericia do carro. Não foi ele quem atropelou o Mike. Carter chegou no meio da tarde com o resultado.

— Então ele estava no local, mas não é suspeito?

— Isso mesmo. A situação se inverteu agora. De suspeito a testemunha. Mas acredito que ele também esta envolvido, lembra o que ele falou antes do acidente?

— Disse que o responsável esta em outro lugar. Ela relembrou. _ Carter precisamos encontrar este cara. _ Não foi um acidente, quem matou o Mike foi porque ele descobriu quem estava por trás do escândalo na Hermia e queria silencia-lo. Constatou sentindo a determinação renascer outra vez. Ela devia isso ao seu amigo. Só iria parar quando o culpado estivesse pagando pelo seu crime.

Totalmente recuperado, Edward se sentava a frente do seu medico para assinar a alta.

— Os resultados dos exames são os mesmos da ultima vez. Ele disse folheando os exames. _ Você esta bem.

— Ouvir que estou bem me deixa nervoso. Edward falou.

— Você esta bem, acredite. Ele sorriu. _ O que te deixa nervoso?

— Estas coisas que eu tenho sentindo. É estranho. Confessou.

— Andei pensando sobre a nossa conversa, então fiz uma pequena investigação. Descobri que sua personalidade e seus gostos mudaram um pouco depois da cirurgia.

— Um pouco. Confessou acanhado.

— Em certas situações tem um comportamento inexplicável e seu coração reage, certo?

— Talvez. Ele disse em alerta.

— Eu não sabia que isso era mesmo possível. Ele refletiu pensativo.

— O que doutor? Perguntou preocupado.

— Vou dizer isso com muita cautela. É apenas uma teoria que ainda não foi provada pela medicina.

— Este suspense esta me deixando nervoso, o que é?

— Acontece com um por cento das pessoas que tiveram transplante de órgão. Esta acontecendo com você. Chama-se síndrome de memória celular.

— Nunca ouvi falar. O que é isso?

— A personalidade e os gostos do doador são transferidos ao receptor. As atitudes pertenciam ao doador do seu coração. O choque de suas palavras fez Edward fita-lo por um momento. Ele piscou para ver se estava ouvindo direito.

— O que? Gaguejou.

— O coração é como um segundo cérebro que pode pensar e se lembrar. Isto não é oficial, é apenas a minha teoria sobre a sua situação, mas explica as mudanças que tem sentindo ultimamente.

— E agora? Estou virando outra pessoa? É Isso?

— Ainda vamos continuar investigando. Por enquanto precisa manter a calma e continuar sua vida normal.

— Isso. Ele concordou. _ Posso fazer qualquer coisa. Levantou-se olhando a janela.

— Edward não se pode controlar a mente. E se você sentir novas emoções? Como, por exemplo, o amor?

— Amor? Perguntou encarando como ele estivesse enlouquecido.

— Seus sinais vitais estavam muito instáveis, mas voltaram ao normal quando viram a Isabella. O que acha que isso é?

— Espera. O que esta querendo dizer? Acha eu gosto daquela garota?

— Lembra como ficou quando a viu sorrindo aquele dia? E... se você fica inventando desculpas para ver ou ficar perto de alguém... isso é amor. Concluiu.

Edward teve um acesso de riso. Começou a gargalhar. Aquela era a teoria mais absurda que ele já tinha ouvido. Ao invés de ficar bravo, o medico sorria a sua frente, conhecia o amor e o que aquele sentimento provocava nas pessoas e a julgar pela vida de Edward, esta era a primeira vez que se apaixonava por alguém, ele só precisava de tempo para aceitar e admitir isso.

Mesmo não admitindo, Isabella o perturbava. Ficar perto dela provocava sentimentos desconhecidos. De qualquer forma, não tinha tempo para se apaixonar. Estava em meio a missão da sua vida, muito perto de derrubar todos os que traíram seu pai e deram a costas a sua mãe os deixando em grandes dificuldades. Distrair-se não era uma opção. Refletiu enquanto se encaminhava para a Empresa. Mas seu coração tinha outros planos, por que bastou vê-la para que ele batesse acelerado. Ela estava linda. Constatou. Isabella caminhava com varias pistas na mão quando escorregou e eles foram ao chão. Ele se apressou em ajuda-la, mas parou quando viu Jacob juntando a pilhas de papeis com ela.

— Isto é impossível. Edward falou assustando Isabella e Jacob que ate então não perceberam que ele estava ali.

— Sr. Cullen. Como esta se sentindo?

Ele ignorou sua pergunta de propósito.

— Estavam no chão. Estes relatórios são para mim? Triture e faça de novo. Ordenou.

— Esta bem. Ela saiu apressada para sua sala.

— É engraçado a quantidade de vezes que eu te encontro por aqui já que este não é o seu setor. Se dirigiu a Jacob que o encarou relembrando a cena do hospital.

— Eu gosto da Isabella. Gosto muito dela. Que tal esta resposta? Edward ouviu suas palavras atingindo seu coração. Queria expulsá-lo dali para que não se aproximasse mais dela. Pensou enquanto o via sair.

Ao entrar no escritório ainda aborrecido, seu olhar se encontrou com o dela, e ele não soube como reagir. Isabella o olhou preocupada. A cena do dia anterior ainda vivida em sua mente.

— Como foi derrubar aqueles papeis no chão? E se fossem confidenciais? Perguntou tentando controlar a situação. Na verdade não havia nenhum problema com os papeis.

— O chão estava escorregadio. Vou tomar mais cuidado da próxima vez. Garantiu. _ Mas eu queria perguntar se o senhor esta totalmente bem? Eu estava mesmo preocupada. Revelou.

Edward a olhou com o coração martelando contra o peito. Sem palavras ele entrou em sua sala deixando uma Isabella confusa para traz.  Fechou a porta deslizando sobre ela.

— Eu estou muito ferrado. Murmurou sentindo o coração bater descompassado. Uma batida na porta o fez endireitar-se.

— Sim. Respondeu tentando soar normal.

— O que foi? Ricardo perguntou estranhando sua agitação.

— Nada. Por quê?

— Você esta estranho. Argumentou.

— Impressão sua. Queria alguma coisa?

— Sim. Te entregar estes documentos para você assinar.

— Ok. Já pode ir agora.

Ele o olhou estranhando sua reação e saiu em silencio.

Edward soltou um longo suspiro.


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