Beat Again - Quando chama o coração escrita por Val Rodrigues
Notas iniciais do capítulo
Boa tarde amores...
Estou muito contente de ver que ha pessoas acompanhando a Fic.
Aproveitem... bjs.
Deitado na rodovia, imóvel, vendo o sangue que escorria de alguma parte do seu corpo. Seu telefone tocava e queria atender, mas seu corpo não obedecia aos seus comandos, e só o fato de tentar já lhe provocava dores excruciantes.
Edward despertou sentindo o coração acelerado. Respirava com dificuldade e suava frio. Sentou-se na cama respirando devagar para acalmar o coração. Seu celular começou a tocar, a mesma canção do seu sonho, canção esta que ele havia descoberto depois do transplante.
— Alo. Atendeu recostado a cama.
— Edward. Temos problemas. A voz de Irina preencheu seus ouvidos.
— O que aconteceu?
— O Presidente Cullen chamou a impressa para nos pressionar e nos fazer desistir da venda da Fabrica Central. A Hermia esta cheia de repórteres por causa da negociação com os trabalhadores.
— Ele é inacreditável.
— O que vamos fazer agora?
— Vamos continuar com o plano. A venda da Fabrica segue em frente. Ele disse desligando.
Irina faz outra ligação, esperando impaciente para ser atendida.
— O que aconteceu? Por que não fui informada que o Presidente pretendia chamar a imprensa e armar um circo? Ela questionou aborrecida.
— Eu acho que deve ter havido um erro. Deve ter acontecido na minha ausência. A voz explicou do outro lado.
— Como não sabia de algo desta importância? É estranho, não? Um informante que não tem informações não serve para nada. Devolveu com frustração. _ Vamos discutir sobre isso mais tarde. Fique atento a qualquer mudança e me avise desta vez. Ordenou desligando.
O homem também desligou, odiava ser tratado assim.
Edward estava sentado em sua sala quando alguém bateu a porta.
— Entre. Murmurou.
— Sr. Cullen, aqui esta o relatório da equipe de negociação que me pediu ontem.
— Pode deixar na mesa. Murmurou sem olha-la mantendo a atenção nos documentos a sua frente. Ainda estava chateado pela noite passada.
— Junto com o relatório que me pediu, eu coloquei outro.
— Como assim? Perguntou olhando pela primeira vez naquela manha.
— Um relatório sobre o que a Fabrica significa para os trabalhadores e a equipe de negociação.
— O que?
— Tenho esperança de isso possa faze-lo mudar de ideia e reconsiderar. Ela falou com calma.
— Acha que isso é possível? Perguntou admirando sua coragem.
— É uma tentativa. Pensei que poderia ao menos conhecer um pouco as pessoas que serão demitidas por sua culpa.
— O que esta dizendo? Perguntou segurando seu olhar.
— Esta destruindo a empresa que seu pai construiu. Aquela Fabrica foi construída tijolo a tijolo pelo seu pai e grande parte daqueles trabalhadores. Se quer se livrar dos traidores do seu pai, eu entendo. Mas não consigo compreender por que tem que ser uma vingança e porque atingir tantos inocentes. Eu acho que deveria reconsiderar. Edward ficou a olha-la pensando de onde saia tanta coragem para falar com ele desta forma. _ Por favor, leia isso. Pediu e saiu o deixando sozinho. A sua frente, o relatório brilhava chamando sua atenção. Abriu e começou a folhea-lo, ela colocara informações dos trabalhadores com o ponto de vista de cada um e o que a Fabrica significava para eles. Família, estabilidade, educação, sonhos.
— Esta tudo pronto para a reunião. Ricardo comentou.
— Vamos começar. Conforme Edward caminhava e olhava os rostos daquelas pessoas, as palavras dela martelavam sua mente.
Eles se levantaram e Edward pode visualizar os rostos enquanto as palavras de Isabella martelavam em sua mente. Os flashes ardiam em seu rosto enquanto a impressa se colocava em alerta a cada gesto e palavra sua. Isabella estava junto a equipe da Hermia. Ele podia ver a preocupação e a tristeza em seu olhar.
— Podem sentar. Ele pediu fazendo um gesto com a mão. Todos se sentaram novamente e ele respirou fundo. Nunca as coisas tinham sido tão difíceis. Culpa dela com suas tentativas de fazê-lo mudar de ideia. Não ia funcionar. _ Vocês solicitaram esta reunião. Podem começar a falar. Disse cedendo a palavra. Pela sua visão periférica, pode vê-la o olhando.
— Estamos aqui para entender a verdade sobre os boatos.
— Que boatos? Perguntou.
— Sobre a venda da fabrica ou a reestruturação dos funcionários. Isso é verdade?
— Nada foi decidido ainda. Jacob tomou a palavra.
— Então quer dizer que é verdade. Outra funcionaria disse gerando burburinhos.
— Como eu disse nenhuma decisão foi tomada ainda a respeito deste assunto. Jacob repetiu. _ Confie em nós...
— Como podemos confiar com ele trabalhando aqui dentro? Outro funcionário começou.
— O que querem que eu diga? Edward perguntou encarando-os.
— Queremos a verdade. Quais as opções para esta crise?
— Primeiro: Negociar tanto quanto possível e vender. Segundo. Fingir negociar e vender. Terceiro: Prometer readmissão e vender. Quarto: vender e pronto. Acreditam em mim agora? Não há saída. A Fabrica vai ser vendida quer queiram ou não.
O burburinho aumentou na sala de reuniões. Um dos funcionários pulou do seu lugar agarrando Edward pelo paletó. Com um aceno de mão, Edward dispensou a ajuda dos seguranças que já vinham em sua direção.
— Só para você saber, tenho um seguro para estas situações, tudo o que vai conseguir é me deixar ainda mais rico. Edward pronunciou deixando a todos boquiaberto com sua prepotência.
— Seu imbecil. Ele começou a empurra-lo contra a parede.
— Deixe ele para la. A voz impotente surgiu no meio da sala, fazendo todos os olhares se voltarem para ver o Sr. Moura se aproximando.
— Chefe. O rapaz falou tremendo de raiva.
— Solte-o. Nós prometemos fazer isso sem agressão. O funcionário obedeceu se afastando.
— Você esta bem? Ele ainda é muito jovem, agiu no calor da emoção, por favor entenda. Pediu o olhando. Edward podia ouvi-lo, mas de repente ele foi ficando mais longe. Levou a mão ao coração sentindo a visão turva, o corpo leve. Tudo que viu foi que Isabella, Ricardo e aquele senhor gritavam seu nome enquanto a inconsciência o atingia.
No corredor do hospital, ela caminhava de um lado para o outro apreensiva. Quando o medico passou pelas portas onde Edward fora levado quase correu para encontra-lo.
— Doutor como ele esta?
— Fizemos uma ultrassonografia, e ele esta bem. Injetamos sedativos para ritmar o coração.
— Certo. Ela respondeu sentindo alivio.
— Quando acordar ele pode demorar um pouco para falar ou se mover. Mas não se preocupe. Ele vai ficar bem.
— Obrigada doutor. Ele sorriu se despedindo.
Isabella respirou fundo para se acalmar. Pegou o celular e ligou para Ricardo que ficara para resolver a comoção na empresa e o tranquilizou informando a condição de Edward.
Enquanto o tempo passava, ela não podia deixar de pensar em como as coias iriam mudar. Suas tentativas não resultaram em nada e Edward continuava decidido a destruir a Hermia.
Ela escutou passos pesados e percebeu sua presença. Trôpego, ele caminhava devagar. Apressada levantou-se indo ao seu encontro.
— Você esta bem? Perguntou o olhando. Ele parecia que ia cair a qualquer momento.
— Não se vá. Pediu erguendo a mão e tocando o seu rosto. Ela sentiu a mão fria dele em contato com o seu rosto quente e estremeceu imóvel no lugar. Devagar ele a puxou para um abraço. Com o coração saltando ela permaneceu ali. _ Não me deixe de novo, esta bem? Perguntou sem conseguir sustentar o corpo, ela percebeu que ele ia caindo e o segurou gritando ajuda.
Jacob que havia despedido a multidão de funcionários e a imprensa e corrido para o hospital atrás dela. Amava Isabella desde pequenos, mas fora ensinado que ela era inacessível. Na adolescência, tivera muitas chances de se aproximar, mas sempre paralisara. Mike não pensava como ele, e foi como se uma flecha atravessasse seu coração quando soube que estavam juntos. Ainda assim, ele fingiu uma alegria que não sentia e apoiou os dois. Agora que Mike se fora, ele considerava que finalmente tinha a chance que queria. Com um cargo importante na Empresa e um estilo de vida melhor, não era mais um qualquer, e estava disposto a conquista-la. Contudo, suas certezas mudaram ao ver Edward e Isabella abraçados no corredor, ele se perguntou se mais uma vez não havia sido deixado para traz.
Ricardo chegou ao hospital liberado Isabella que saiu um pouco relutante. Não sabia o que pensar. Deveria considerar o fato dele estar dopado, talvez ate alucinando. Sim, com certeza era isso. Se apegou a esta explicação com medo de pensar em outras opções.
— Isabella. Jacob chamou quando ela atravessou as portas de saída do hospital.
— Não sabia que estava aqui. Ela disse surpresa.
— vim te buscar. Como ele esta? Perguntou e ela suspirou. Jacob a observou enquanto colocava o carro em movimento.
— Ele vai ficar bem.
— Você deve ter ficado assustada, não é?
— Um pouco. Mas não é a primeira vez que o vejo assim. Ela deu de ombros, pensativa.
Quando chegaram na escadaria, o Sr. Moura esperava por ela.
— Sr. Moura? O que esta fazendo aqui?
— Eu queria falar com você.
— Sr. Moura, como vai? Jacob se apressou para cumprimenta-lo.
— Bem. E você? Devia visitar mais vezes o seu pai, ele sente sua falta. Jacob acenou concordando e se despediu.
— Não devia focar esperando la fora assim, esta frio. Isabella disse preocupada quando já estavam dentro de casa.
— Eu estou bem, não se preocupe. Pediu saboreando o chá para se aquecer. _ E você? Como tem passado?
— Bem. Obrigada. Mas... eu me sinto mal por toda aquela situação mais cedo.
— Vou fazer o possível, mas infelizmente a Fabrica vai fechar em breve. Comecei a procurar emprego como segurança na minha cidade natal.
— Desculpe não ter ligado antes Sr. Moura. Ela pediu envergonhada.
— Eu também não cuidei de você Isabella. Nos encontrar, nos faz ficar mais tristes. Ele constatou a verdade por trás da ausência de contato em que ela não tinha coragem para falar em voz alta. _ Mas Isabella eu a considero como uma filha. Ela concordou sentindo as lagrimas descerem por seu rosto. _ E como pai, quero vê-la encontrar um bom homem e casar, construir uma família. Que tal o Jacob?
— O que? Ela perguntou sorrindo em meio as lagrimas.
— Eu vi vocês hoje na escadaria, formam um casal bonito.
— Não. Ela sorriu secando o rosto. _ Nunca pensei nele desta forma. revelou. Ele sorriu tambem.
— Eu vou ficar mais tranquilo quando encontrar um bom homem. Repetiu. _ Você tem aguentado muito bem esta barra Isabella, é uma garota forte. Ela recomeçou a chorar. _ E com certeza merece ser feliz.
— Obrigada. Respondeu secando o rosto.
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