Beat Again - Quando chama o coração escrita por Val Rodrigues


Capítulo 12
Capitulo Doze


Notas iniciais do capítulo

Ola... voltando para postar mais um capitulo.
Alguem ai? Espero que gostem. Bjs.



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Edward se esforçara para manter a promessa de um trabalho mais amigável. Nas semanas que se passaram, os dois conseguiam manter uma rotina profissional tranquila. Os sonhos continuavam a perturbar o sono de Edward, e cada dia mais ele sentia a estranha sensação de que algo não estava certo.

— Hoje o Ricardo esta de folga, precise que me acompanhe ao hospital.

— Tudo bem. Ela respondeu desligando o computador e pegando a bolsa. Eles seguiram o caminho, Edward trabalhava em seu notebook e Isabella se concentrava em dirigir. Ainda que as coisas tenham ficado mais tranquilas entre eles, havia uma certa tensão quando estavam juntos, e ela não gostava disso, era algo que a deixava nervosa e o deixava desconcertado.

— Edward que surpresa vê-lo aqui. Não é dia de revisão. O doutor veio o cumprimentando.

— Eu me sinto estranho, por favor doutor, refaça os exames. Pediu preocupado.

— O que aconteceu? Ele perguntou voltando sua atenção imediatamente. Eles conversaram um pouco sobre os sintomas, para a tranquilidade de Edward o medico concordou em repetir o exame mesmo fora de época.

— Como eu disse, não há nada de errado. O medico respondeu enquanto caminhavam pelos corredores. Edward parou de repente, ao ver a forma com Isabella brincava e sorria para uma pequena garota na cadeira de rodas que provavelmente estava em tratamento no hospital. O sorriso refletia em seu rosto, era a primeira vez que a via sorrir assim abertamente. Parou envergonhado quando percebeu que o medico o observava.

— Ate mais Doutor. Obrigado. Quase gaguejou. O medico o olhou com um sorriso compreensivo. 

— De nada. Eles se despediram e Isabella se levantou percebendo a sua presença.

— E então? Perguntou. Ela parecia ligeiramente preocupada.

— Esta tudo bem. Ele respondeu entrando no carro quando ela destravou. Voltou a focar nos eu notebook, mas o relatório a sua frente não fazia sentindo. Tudo o que pensava era no sorriso doce e caloroso que ela oferecia aquela criança, e de repente, sentiu inveja. Ela nunca sorria assim para ele.

Pela segunda vez na semana, Edward se pegou sentindo inveja. Desta vez, das amigas de trabalho dela. Eles estavam passando pelo refeitório da Empresa, quando percebeu que Isabella conversava com as amigas na hora do almoço, elas pareciam animadas com alguma coisa e lá estava novamente aquele sorriso que fazia seu coração aquecer e bater mais forte.

— Qual o problema? Esta com fome? Ricardo perguntou vendo-o parado o que fez a atenção delas se voltarem para os dois. Imediatamente a postura dela mudou para seria e profissional. 

— Bom almoço. Ele desejou antes de sair e elas ficaram encarando ate que eles sumiram de vista.

— Ela sorri. Edward comentou afetado.

—Quem? Perguntou confuso.

— Isabella. Respondeu afetado. _ Ricardo ela nunca sorri perto de mim, porque?

Ricardo observa o amigo.

— Eu tenho uma teoria. Ele disse capturando a atenção de Edward para si. _ Talvez seja por que ela não confie em você, você é o chefe. E desde que você entrou na vida dela só aconteceram coisas ruins.

— Isso não é verdade. Eu consegui o emprego dela de volta.

— Depois de demiti-la. Retrucou.

— Salvei a vida dela daquele maluco na rua.

— Foi coincidência.

— De que lado você esta? Edward perguntou se aborrecendo.

— Só estou constatando os fatos. Por que não compra um presente para demonstrar que alem de chefe você quer ser um amigo.

— Você acha? Perguntou.

— Pode funcionar.

Edward ficou a pensar depois que Ricardo saiu de sua sala. Olhou o relógio percebendo que a hora de almoço dela havia acabado e a chamou pelo telefone.

— Sim. Ela entrou com sua agenda na mão, novamente assumindo sua postura profissional.

— Vou presentear uma pessoa e preciso que escolha algo do seu gosto para mim.

— Tudo bem. Que tipo de presente? Ele deu de ombros. _ Só escolha algo que goste.

— A personalidade de uma mulher conta muito na hora de escolher um presente. Explicou. _ Como ela é? Que idade tem?

— A mesma idade que você. Pode escolher qualquer coisa que gostar. Ele repetiu.

— Este presente é para mim? Ela perguntou duvidando. _ Se for, não tem necessidade.

— Por que? Combinamos de ser mais amigáveis, e eu gostaria de comemorar sua readmissão.

— Eu agradeço Sr. Cullen, mas não precisa se preocupar com isso, obrigada. Ela dispensou o presente educadamente. Não se sentia a vontade para receber um presente dele.

— Por que é tão teimosa? Perguntou frustrado mais para si mesmo do que para ela. _ Muitas mulheres iriam para a cama comigo só por causa disso.

— O que disse? Ela perguntou e ele percebeu que havia falado em voz alta.

— Não estou dizendo que quero te levar para cama... quero dizer...

— Já entendi. Ela o interrompeu com um gesto nas mãos. _ Vamos manter nosso relacionamento especificamente no âmbito profissional. Ela disse com firmeza_ Com licença.

— Não foi o que eu quis dizer... murmurou vendo ela fechar a porta. _ Droga. Bateu na mesa.

— Ótima ideia essa sua. Edward reclamou quando no fim do dia Ricardo entrou na sala dele.

—O que foi? Ela não gostou? Perguntou avaliando o humor dele.

— Ela não aceitou.

— Estas são as mais difíceis, meu amigo. Preferem sinceridade a dinheiro.

— Eu estou demonstrando sinceridade com dinheiro. Replicou. Em seu mundo as coisas funcionavam assim.

— Mas pense bem. Quantas pessoas você conhece que teriam aceitado sem nem pestanejar?

— Só conheço gente assim. Ele disse. Estava acostumado a ter pessoas ao seu redor apenas por interesse.

— Ela não é assim. É honesta e confiável. Edward o olhou.

— Mais alguma ideia genial?

— Bem... garotas como ela gostam de quem se dão bem com as amigas.

— Como assim? Perguntou e Ricardo começou a explicar sua teoria.

No dia seguinte, Edward chamou Isabella, Rosalie e Alice em sua sala.

— O dia da Secretaria esta chegando, e eu pensei que seria uma boa ideia comemorarmos em equipe. Para melhorar o trabalho em equipe. Ele explicou quando Isabella o olhou.

— Conte o que planejou. Ricardo sussurrou quando ele ficou a encara-la.

— Vamos fazer uma confraternização no fim da tarde. Toda a equipe. Já esta tudo organizado. Só preciso que comuniquem a equipe do escritório.

— Eu faço isso. Rosalie se ofereceu animada. Era a primeira vez em tempos que haveria uma confraternização na Empresa.

— Certo. Vou te mandar as instruções por email. Ele disse observando a reação de Isabella que não parecia muito contente, enquanto suas colegas pareciam animadas.

— Ok. Então nos vemos todos na sexta para a confraternização. Ricardo praticamente aplaudiu.

— Isso é tão legal da parte dele não é? Alice disse animada.

— É Sim. Há tempos que não temos uma confraternização por aqui. Rosalie respondeu tão empolgada quanto a amiga. _ Que cara é essa?

— Nada. Isabella respondeu quieta.

— Você não esta muito animada.

— Só não estou no clima para festas. Elas foram interrompidas quando Ricardo chegou junto com Edward.

 _ E então? Gostaram do que preparamos? Ricardo perguntou enquanto mais uma vez a tensão se estabelecia entre Edward e Isabella.

— Eu amei as massagens nos pés. Alice comentou.

— E estes petiscos? Estão divinos. Rosalie disse provando mais um.

— Não vá comer demais Rosalie. Ricardo brincou em uma piada interna. Ela fez uma careta engraçada para ele os fazendo rir.

— E você Isabella esta gostando? Edward perguntou a observando.

— Esta tudo ótimo. Obrigada. Ela disse mais sem muita empolgação.

— Nós vamos circular um pouco, não é Edward? Ricardo comentou praticamente o puxando dali.

— O que? Não era para gente se aproximar delas? Edward perguntou quando já estavam um pouco distantes.

— Sim. Mas não ficar encarando fixamente a pessoa. É estranho.

— Ela não aprece estar gostando. Edward comentou distraído. Viu quando ela atendeu o celular e murmurou algo para as amigas saindo em seguida. _ Onde ela esta indo? Perguntou.

— Eu não sei.

Edward esperou enquanto fingia conversar com alguém aqui e ali, sempre atento ao seu redor, mas ela não apareceu.

— Isabella já foi embora? Ele perguntou se aproximando de Rosalie e Alice outra vez. _ Ela não parecia muito animada com a confraternização.

— Pois é.

— Não sabia que ela não gostava deste tipo de confraternização.

— Não é isso. Rosalie soltou. _ Acho que ela não esta muito animada, por que esta chegando o aniversario de morte do noivo dela. Acho que esta sensível por isso. Explicou.

— O noivo dela morreu? Perguntou surpreso e Rosalie acenou. _ Quando?

— Ha quase um ano.

— Eu não sabia.

— Foi na mesma época em que o Sr. estava no hospital para o transplante. Acho que por isso não soube.

 _ Ah. Ele murmurou enquanto sua cabeça processava tudo. Havia falado muitas coisas para ela. Inclusive do seu noivo. Sentiu o peso de suas palavras o cobrindo. _ O Sr. esta bem? Ela questionou o olhando.

— Estou. Preciso ir embora. Vocês avisam o Ricardo? Elas acenaram concordando.

Edward pegou o celular. Depois guardou. Era o tipo de conversa que ele precisava ter pessoalmente.

Dirigiu pelas ruas pensando em como poderia se retratar. Por isso ela o odiava. Mas como ele poderia saber que ele havia morrido? Porque ela não falou?

Isabella descia do carro em frente a escadaria de sua casa. Quando Jacob ligou dizendo que não estava bem, ela se ofereceu para lhe comprar um remédio. Era uma forma de sair dali e ajudar seu amigo. Jacob ficou surpreso quando ela apareceu com remédio em sua sala, e algumas guloseimas que pegara no refeitório antes de sair da confraternização. Jacob insistiu em deixa-la em casa.

Edward caminhava ansioso na escadaria enquanto pensava no que dizer quando viu o carro de Jacob se aproximar. Isabella desceu e conversava com ele. Se sentindo traído, ele observou os dois ate que foi notado.

— Edward, o que esta fazendo aqui? Jacob foi o primeiro a se pronunciar.

— Eu moro neste bairro. Ele disse seco. _ E você? Por que saiu correndo da confraternização? Perguntou olhando diretamente a Isabella.

— Sr. Cullen, sinto muito. Jacob não estava bem e precisava de mim.

— Não se preocupe.  Não vim aqui falar disso.  Ele disse quando queria arranca-la do lado dele. _ Vim falar de trabalho. A equipe de negociação da Fabrica estará na Empresa amanha.

— Para que? Ela perguntou preocupada.

— Acho que querem negociar. Preciso que chegue cedo e cuide disso. Também preciso do relatório de informações dos funcionários da equipe de negociação.

— Mas...

— O que? Já que é minha assistente, este trabalho tem a ver com você. Foi o que me pediu não? Mantermos uma relação totalmente profissional? É o que estamos fazendo. Isabella ficou sem fala o olhando. Edward sentia seu sangue borbulhar.  _ Ate amanha.


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