The cute one escrita por TMfa


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

sfgouhtec0vrgn ATENÇÃO esse é o momento mais Drama Queen da fanfic. Sabe esses parágrafos que resumem a interação de dois personagens? Pois é, eles seriam um capítulo INTEIRO (bem, muitas coisas seriam m capítulo inteiro, mas achei melhor não), porém a fanfic já é enorme por si só, então resumi muitas coisas daqui em diante.



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Essa semana estava particularmente estressante. As provas do meio do semestre haviam começado e não havia uma alma na turma A que não estivesse surtando sobre isso. Claro, cada um reagia de um jeito diferente. Bakugou, Jirou, Ashido e Kaminari estavam mais agressivos do que nunca; Uraraka, Asui, Yaomomo e Sato triplicaram suas refeições; Midoriya, Iida e Hakagure falavam tanto que precisavam ser deixados sozinhos para não apanharem (especialmente de Bakugou, Jirou, Ashido e Kaminari); e ninguém lembrava a última vez que Tokoyami, Kouda e Seiji haviam dito uma palavra.

No final das contas, isso iria explodir em algum momento. E hoje foi o dia.

Eles estavam em treinamento de herói. E dessa vez eles tiveram que formar trios e se revezar entre a luta e o salvamento. Bakugou estava no mesmo grupo que Kouda e Ayoama, e os três haviam decidido que Katsuki cuidaria da luta e os dois do resgate. Porém, já contando com isso, Todoroki e Minetta haviam montado uma estratégia evasiva para atrasar Bakugou enquanto Tokoyami cuidava do resgate.

Kouda voltou para ajudar Bakugou a se livrar das bolas grudentas de Minetta, Katsuki não o perdoou por esse ato, já que ele precisou salvar Ayoama além da missão do resgate e eles quase perderam. Não foi uma vitória perfeita, e isso irritou Bakugou além da compreensão.

— O que você pensa que estava fazendo, coelhinho?! – Bakugou gritou aproximando-se de Kouda ameaçadoramente.

O pobre garoto recuou dois passos e se encolheu com os olhos arregalados.

— Do que você está falando? Ele te salvou, vocês ganharam! – Ashido se meteu ao perceber o ódio no olhar de seu amigo.

— Ele saiu do plano! Eu disse para ir para o resgate! – Ele gritou de volta sendo segurado por Ashido. – Nós quase perdemos por isso!

— Mas não perderam, então por que tudo isso? – Jirou se intrometeu.

Agora metade da sala estava se pondo entre Katsuki e Kouka para proteger o doce garoto.

— Poderia ter sido perfeito se ele tivesse continuado na porra do resgate!

— E daí? Ele cometeu um erro, todos nós fazemos isso. E ele te ajudou de qualquer forma! – Jirou cruzou os braços irritada.

— Você não vai falar nada, seu coelhinho assustado? – Bakugou acusou furioso, fazendo Kouda novamente recuar nervoso – Você vai se esconder atrás de garotas ao invés de vir me encarar?! Você é mesmo um covarde!

Kouda entrou em pânico e começou a correr para a floresta do centro de treinamento, deixando todos os seus amigos para trás.

— Qual é o seu problema?! – Jirou gritou com os olhos tão decepcionados, irritados e magoados que fez Bakugou prender a respiração.

A garota punk não esperou uma resposta e correu atrás de Kouda, chamando por ele. Todos olharam para Katsuki com desaprovação e isso o irritou, porque ele sabia que era o único errado da história.

— O que vocês estão olhando?! – Ele rugiu antes de franzir o cenho e caminhar para longe dali. Ele não precisava daqueles idiotas.

Enquanto isso, Jirou finalmente alcançou Kouda. Ele havia parado perto de algumas árvores que foram cortadas pelas rajadas de vento do Midoriya na batalha anterior e sentou-se em um dos troncos caídos.

— Kouda, está tudo bem? – Jirou perguntou preocupada. Kouda não respondeu – Ei, não fique assim. Não ligue para o que aquele idiota diz – Ela pediu sentando-se ao lado dele no tronco.

— M-mas e-ele está certo – Kouda balbuciou com a cabeça baixa – Eu sou um covarde.

— Ei, não, não diga isso – Jirou continuou, tão preocupada e gentil que parecia ser ela a única a ofendê-lo – qual é, você é o cara mais doce e gentil dessa escola, você não é um covarde, você é adorável – ela segurou as mãos do garoto.

 Kouda corou e olhou para ela com o canto dos olhos.

— Você realmente acha isso? – Ele perguntou tão docemente que Kyouka relaxou os ombros e sorriu.

— Você não é um covarde, Kouda. Você só não gosta de conflito – Ela confirmou acenando com a cabeça – Eu queria que o mundo tivesse mais pessoas como você – Ela sorriu amavelmente.

Kouda retribuiu o sorriso e coçou sua bochecha antes de fazer um pedido.

— Jirou?

— Hm?

— Eu posso te dar um abraço?

— Claro, claro – Ela permitiu abraçando o garoto.

Ela esfregou as costas de Kouda gentilmente para consolar o garoto antes de chamá-lo de volta para o resto da turma. Ele soltou um suspiro cansado antes de concordar e acompanha-la até onde seus amigos estavam.

Quando eles chegaram, todas as garotas se aproximaram de Kouda para cumprimenta-lo pelo belo trabalho no treino e para consolá-lo sobre a atitude de Bakugou. Katsuki o encarou com os olhos estreitos, fazendo Kouda engolir em seco. Jirou não perdeu essa ameaça não verbal e segurou a mão de Kouda com uma mão e com a outra segurou seu braço, afagando-o com o polegar, não sem olhar com completo desprezo para Bakugou por ter sido tão cruel com alguém tão fofo quanto Kouda.

O resto da semana foi ainda pior. Jirou estava furiosa com Katsuki. Amor e ódio são sentimentos muito próximos e Kyouka estava usando tudo de si para usar esse incidente como uma borracha para apagar os sentimentos que tinha pelo loiro explosivo. Ela nem sequer falou com ele.

Fazia questão de ignorá-lo quando entrava na sala, mesmo que sentasse ao seu lado; Trancou a porta de seu quarto em todos os momentos do dia; saía dos lugares no exato momento em que ele entrava e dava meia volta quando o via em alguma sala.

Bakugou somente se irritou com aquilo. Ele nem tinha feito nada para ela, foi com o coelhinho que ele brigou, droga! Felizmente, ele tinha as provas para se preocupar. Então ele não deu muita atenção e esperou que toda essa birra da Orelha passasse em três dias, quando as provas terminariam.

Isso não aconteceu. Quando Katsuki tentou falar com Jirou no fim de semana e não recebeu sequer um xingamento, ele percebeu que, talvez, só talvez, ter deixado para resolver isso depois tenha sido pior. Ele então pensou na melhor solução que conhecia: suborna-la com cupcakes.

Ele ligou para sua mãe e sentiu-se vendendo a alma para o diabo quando a bruxa velha listou o preço que ele pagaria pelos cupcakes dessa vez. Ele prometeu mesmo assim. E tudo isso só serviu para ele ver Kirishima comendo as porcarias das bombas de açúcar no mesmo dia em que ele entregou para ela (Quase isso, ele deixou na porta do quarto, ela não abriu para ele e aumentou a música quando ele começou a falar).

Katsuki explodiu (nos dois sentidos da palavra). Kirishima ouviu tudo e esperou pacientemente o amigo desabafar e abrir um buraco na parede do tamanho de um punho quando usou sua peculiaridade. Bakugou estava irritado e havia decidido mandar Jirou para o inferno! Se ela não quisesse falar com ele, tudo bem! Ele não precisava dela, não precisava de ninguém!

O ruivo suspirou e conversou com seu amigo. Explicou que ele não devia ficar assim, que Jirou só estava magoada e que iria passar. Que ele só precisava pedir desculpas. O que só piorou a situação. Bakugou Katsuki não pede desculpas. Isso é um ultraje! Ele saiu do quarto de Kirishima decidido a ignorar Kyouka tanto quanto ela o estava ignorando. E não havia quem o fizesse mudar de ideia.

Havia algo que o faria mudar de ideia. Ele precisou ver o olhar abatido de Kyouka durante dois dias para lembrar que eram os mesmo olhos daquela noite a tanto tempo atrás. Ele quis bater sua cabeça contra a parede ao perceber que tinha se rebaixado ao mesmo nível do idiota covarde.

Bakugou disse a si mesmo que daria um jeito nisso porque era melhor do que aquele imbecil, não porque sentia falta de Jirou ou coisa parecida.

Ao mesmo tempo em que a situação dos dois não se resolvia naturalmente, Aizawa começou a pensar o quanto isso afetaria seus alunos. Ele observou a prova dos dois, se vistas de forma quantitativa, não teria alteração nenhuma, pois as notas não decaíram. Entretanto, olhando como as respostas de Bakugou tinham marcas mais fundas da força do ódio e vestígios de lápis com se ele tivesse feito e refeito as questões varias vezes, as provas de Jirou tinham centenas de padrões desenhados aleatoriamente, provando que a garota havia se distraído muito mais nos exames.

Foi por isso que, quando sentou com os outros professores para definir as próximas aulas, sugeriu um treino prático extra, colocando os dois para lutarem juntos e depois contra si.

— A ideia é formar quartetos e fazê-los se enfrentarem, depois trocar uma dupla de cada. – Aizawa explicou sua ideia para os demais que estavam na mesa.

— Bem, dividi-los em grupos eu entendo, exercitar o trabalho em equipe – Concordou Cementos – Mas não vejo o porquê da troca de duplas.

— Nenhuma razão específica a não ser dar a oportunidade de Jirou e Bakugou brigarem – confessou Aizawa. Todos os outros professores estavam legitimamente surpresos – Eu acredito que Jirou dê importância demais para o objetivo da missão para deixar a briga deles atrapalhar o trabalho em equipe, e Bakugou aprendeu isso com Midoriya também. Embora os dois sejam muito orgulhosos, Bakugou vai extravasar tudo em um briga física e Jirou não vai ter opção a não ser revidar.

— Espera, espera – Present Mic ergueu a mão para tentar compreender – O que está acontecendo?

— Jovem Bakugou e a Jovem Jirou costumavam ser amigos, agora a garota está irritada com ele – Explicou All Might.

— No meio da semana passada Bakugou gritou com outro colega de classe e Jirou tomou partido pelo outro amigo. - Aizawa suspirou cansado antes de prosseguir - Eu pensei que eles se resolveriam em pouco tempo, como sempre fazem. Mas, pelo que vejo, dessa vez Bakugou passou dos limites.

— Mic, como você perdeu isso? – Midnight cutucou o amigo, séria – Esses dois são praticamente minha novela favorita.

— Oh, eu não sabia dessa briga – Yamada confessou – Parece que eu estou um capítulo atrasado – Ele riu de sua própria piada.

— Podemos nos focar no que realmente importa? – Ectoplasma retomou a conversa – Estão todos bem com esse treino extra? – Todos concordaram – Bom, então vamos fazer um sorteio para ver como os outros grupos vão ficar. Depois eu vou avisar o diretor sobre isso e qual campo nós vamos usar.

Eles continuaram a delimitar o treino extra e a sortear os nomes por mais alguns minutos. All Might sugeriu trocar Midoriya de grupo, visto que ele caiu com seus amigos costumeiros e seria mais proveitoso coloca-lo com outras pessoas.

— Bem – Present Mic bateu as mãos na mesa – Agora que o trabalho está finalmente acabado, vamos às apostas! – Ele esfregou as mãos – Eu aposto 20 pratas que os pombinhos se acertam antes da segunda rodada do exercício!

— Eu não sei – All Might discordou pensativo – Acho que vai ser preciso mais do que uma luta para eles se resolverem dessa vez. Aposto que eles ainda saem brigados.

— Shota conhece os garotos melhor do que eu – Midnight começou - se ele acha que isso vai resolver, então aposto 20 que eles se resolvem na luta.

— E você, Eraser?! – Yamada perguntou animado – Vai seguir a Nemuri na aposta?

— Eu não vou apostar em algo que eu mesmo sugeri – Aizawa negou com um tom acusatório – E, a propósito, eles não são um casal – Ele informou juntando seus papéis preguiçosamente.

— Pfff. É, claro – Mic debochou.

Aizawa ergueu uma sobrancelha ao perceber que ele não foi o único. Todos os professores pareciam não acreditar em suas palavras.

— Eles não são – Shota reafirmou desconfiado.

— Claro que são. Eu tenho quase certeza que eles são um casal desde o festival cultural – Ectoplasma recostou-se na cadeira – Eu tinha clones por todos os lados. E tenho certeza que a vi com uma guitarra de pelúcia que Bakugou ganhou como prêmio em um dos jogos.

— Oh, não, eu acho que foi depois disso – Midnight discordou com um aceno desdenhoso – Pode ter começado lá, mas acho que eles começaram a namorar depois das férias. Lembra, Yamada? Quando ela veio pedir autorização para comprar sorvete? – Ela suspirou – Foi tão fofinho.

— Bem, eu acho que foi antes disso. Jovem Bakugou veio bem antes fazer o mesmo pedido – Começou All Might.

— Eles. Não. São. Um. Casal – Repetiu Aizawa incrédulo. Seus amigos realmente pensava que dois de seus melhores alunos eram um casal, quando eles claramente não são.

— Bem, senhoras e senhores. Parece que teremos mais de uma aposta essa noite! – comemorou Present Mic erguendo-se da mesa e pegando um bloquinho de papel – Vamos anotar tudo isso! Escolham um período aproximado e vamos ver quem está certo! Assim que eles se acertarem, nós vamos perguntar.

— Não, não vão – Aizawa proibiu, suas faixas e cabelos voando de modo ameaçador – Eles não são um casal. E vocês não vão colocar essas ideias na cabeça deles. Já é o suficiente ter que lidar com o melodrama de Midoriya e Uraraka e os suspiros de Yaoyorozu e Todoroki. Se eu souber que algum de vocês sequer mencionou essa hipótese na frente dos dois, eu vou ter que tomar uma atitude. Isso é com vocês, Yamada e Kayama.

— Estraga prazeres – Present Mic murchou.

— Bem, isso não nos impede de apostar. Uma hora ou outra vamos acabar descobrindo, certo? – Cementos ponderou tomando o bloco de notas das mãos de Present Mic e anotando sua aposta.

Aizawa suspirou. Ele se arrependeu de ser o primeiro a começar as apostas na sala dos professores. Agora eles estavam praticamente viciados (Sério. Uma vez Cementos construiu um degrau extra na escada só para eles apostarem quem seria o primeiro a tropeçar).

O que ele poderia fazer? Nada, só registrar sua aposta no bloco de notas e esperar seu pagamento.


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Notas finais do capítulo

Huheueuhuheu eu tenho essa leve impressão de que os professores apostam muito, na moralzona. O tipo de gente que gosta de ação, mas eles passam tanto tempo com ação no trabalho que no tempo de folga só querem descansar, então apostam e jogam nas cartas, para ter a emoção sem ter o cansaço físico.



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