A Ascenção de Hades escrita por Sapphire


Capítulo 5
Helena II


Notas iniciais do capítulo

Olá galera, este capítulo foi bem legal de escrever, espero que vocês gostem!!



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Helena estava sentada na mesa do conselho, aquele momento era, de certa forma, emocionante, ela sempre quis saber o que eles conversavam ali, talvez, se sobrevivesse, seria cotada para ser um tenente. Cadmo estava ao seu lado, com um olhar tão calmo quanto o mar, a garota perguntou a si mesma se era  uma habilidade dos filhos de Poseidon.

Os demais que haviam sido escolhidos para a missão, ela só conhecia de vista, o filho de Atena, Héktor, que era novo no acampamento e parecia ser bem tímido, diferente do filho de Hefesto, Inaeos, que a cada cinco minutos falava algo totalmente aleatório, ele era o rapaz que estava machucado na entrada e Déspios ajudou a carregar até a enfermaria.

— Nervosa? - Quando olhou para o lado, viu Calíope, a irmã de Étrus. Ela era linda. Seus cabelos eram tão loiros quanto os de seu irmão, e os olhos, ah os olhos, poderia ficar ali olhando para eles o dia todo. Nunca havia conversado com a garota, elas sempre ficavam em lugares diferentes, a filha de Apolo andava com os antigos do acampamento, enquanto Helena permanecia com seus amigos fiéis: Cadmo e Déspios.

— Um pouco – Deu uma risada baixa. - E você?

 - Acho que todo mundo está um pouco nervoso – Ela disse, cabisbaixa.

Ellaria estava logo a frente, seus cabelos cacheados armados sempre estavam arrumados. De um lado Ática, o filho de Ares de longos cabelos e barba ruiva. Do outro Albus, o filho de Hecate, com cabelos pretos que batiam em seu ombro e olhos amarelos. Após alguns minutos em silêncio, Ática começou a falar:

— Acho que devo lembrar a grande chance de vocês não sobreviverem. – Deu uma pausa. - Quando falamos em buscar carne, vocês sabem que terão que matar monstros, certo?

Helena assentiu com a cabeça, assim como todos. Quando chegou no acampamento, ficou de boca aberta quando contaram para ela que a carne que era servida era de monstros e, pensando bem, de fato essa era única resposta plausível para que houvesse tanta carne no acampamento.

— Motivacional, Ática, a vontade deles deve estar ótima agora. - Albus se sentou e colocou seus pés em cima da mesa. - Mas é sério, a gente vai morrer mesmo gente, aceitem.

O filho de Ares voltou a falar logo depois dele, ignorando totalmente a sua presença. A filha de Afrodite questionou em seus pensamentos se os dois não gostavam um do outro, mas se bem que Ática tratava a maioria das pessoas assim, Helena tinha até certo medo de conversar com ele, sentia que a qualquer momento ele daria um soco em sua cara por falar algo idiota demais, talvez seja essa aura que os filhos de Ares transmitiam.

— Os deuses estão a postos, esperando qualquer deslize que seja útil para descobrir o lugar em que estamos vivendo, então lembrem-se.... Vocês estão sendo observados... A Magia de Albus vai esconder vocês até certo ponto, então não extrapolem. - Ele parou de falar por alguns segundos e virou as costas para sair da barraca. - Vocês partem amanhã.

Em seguida se retirou, Ellaria ergueu a voz para falar antes de sair também.

— Qualquer dúvida, venham diretamente até mim ou Albus. Os esperaremos na entrada do acampamento. - Concluiu.

Helena apenas ficou em silêncio observando tudo. Sua mente estava ocupada perguntando se fez o certo se oferecendo para ir nessa missão, agora tinha medo o suficiente para distribuir para todos os outros, mas não podia se deixar intimidar, tudo iria dar certo.

— Para onde vamos exatamente? - Perguntou um pouco curiosa.

Albus tirou o pé da mesa e substituiu pelas mãos, sua íris que já era de cor amarela começou a brilhar e um mapa se ergueu na mesa, marcando um lugar próximo ao acampamento, era um bosque. Aquilo aliviou um pouco Helena, significava que seria perto, temia que tivessem que ir para a Cidade de Olímpia.

Naquela noite, Helena sonhou com sua família novamente. Sonhou com o dia em que se despediu do túmulo de seu pai para seguir em uma missão improvável pelo continente em busca do Monte Olimpo, um lugar onde segundo o pai de Déspios, os semideuses poderiam encontrar um lugar seguro. Nesse dia, a filha de Afrodite chorou como nunca, não queria abandonar seu passado, tinha medo do caminho que estaria trilhando a partir daquele momento. Agora, ela se sentia da mesma forma, tinha medo de sair do acampamento e não conseguir voltar.

Acordou no meio da noite e decidiu sair para espairecer, o Acampamento ficava bem sombrio a noite, apenas com as fogueiras crepitando e nenhuma alma viva passando de um lado para o outro.  Por mais que o sol não ficasse totalmente exposto, dava para ver uma luz branca tentando sair das camadas de nuvens, mas durante a noite, isso não acontecia. Então decidiu ir na entrada, subir na torre de vigilância e observar a vista da copa das árvores.

Quando chegou perto, viu uma sombra parada no topo da torre, a filha de Afrodite respirou fundo e entrou pela parede quebrada, se perguntou a quem devia pertencer aquela parte, será que alguém morava ali antes da guerra? Talvez.

 - Não deveria estar descansando para amanhã? - Albus perguntou, sem se voltar para trás.

— Não consigo - Helena se aproximou, não dava para ver nada, apenas um breu enorme que de vez em quando era iluminado por raios e trovões, dando lugar a uma floresta que parecia não ter fim.

Após alguns minutos em silêncio, ela perguntou:

— Como era sua vida? Antes de tudo começar?

O homem que tinha cerca de 35 anos ficou em silêncio durante algum tempo, deixando Helena um pouco desconfortável, mas finalmente respondeu.

— Faz tanto tempo.... minha vida antes da guerra agora é quase como um sonho distante – Ele deu uma risada baixa. - Minha família sempre foi envolvida com feitiçaria, quando um filho de Hecate nasceu em meio a eles foi como se uma benção surgisse... quando atingi certa idade, decidi seguir minha vida no Acampamento Greekus, um lugar criado pelos deuses, onde todos os semideuses podiam viver em paz. Anos depois a guerra começou, e aqui estou eu.

 - Eu ouvi dizer que você que criou essa barreira, como você consegue mantê-la depois de tanto tempo? - Seguiu com outra pergunta.

— Quando nossa família terrena morre, é comum ficarmos com algo da parte deles, certo? - Helena respondeu que sim com a cabeça.

 - Com os deuses aconteceu a mesma coisa... é como se na ausência deles o universo escolhesse alguém para canalizar o poder, alguém do mesmo sangue. Você não se sentiu mais poderosa quando Afrodite se foi?

Helena fez que sim com a cabeça, lembrava que estava no meio da viagem quando aconteceu, lembrava de ver uma energia de luz rosa se erguer no céu como uma coluna. É claro que na época não sabia que era sua mãe, mas sabia que algo estava acontecendo, pois desde que a guerra havia começado, sinais como aquele apareciam, só quando chegou no acampamento havia descoberto que aquilo simbolizava a morte de algum deus e que aquela luz rosada era a morte de Afrodite.

— Quanto mais filhos a pessoa tiver, mais poderes são espalhados entre eles, é por isso que eu consigo manter a barreira mesmo dormindo, eu sou o único filho de Hecate.

Várias perguntas sondavam a cabeça de Helena naquele momento, isso significava que ele era um novo deus? Mas não foi aquela pergunta que ela fez naquele momento.

— Então se você morrer... A barreira se desfaz?

E ele não respondeu mais, porém o silêncio era o suficiente.

 - Então... Você é o novo deus da magia? - Perguntou.

 - Não exatamente – Ele deu uma pausa. - Ser um deus é muito mais do que ter poder. 

— É ser mais alto? - Helena juntou as sobrancelhas e Albus deu uma risada baixa.

 - A resposta está em algum lugar no palácio dos olimpianos – Ele olhou para os céus. - Quando eu descobrir, você será a primeira a saber.

 Helena estava dentro de sua barraca, sentada na sua cama, observando em volta, talvez fosse a última vez que veria tudo aquilo. Dessa vez, quando saiu, haviam várias pessoas pelo acampamento, parando e observando a garota se encaminhar até a entrada, um olhar de pena talvez, mas ela preferia acreditar que estavam admirando sua beleza.

Cadmo conversava com Déspios, ficou feliz quando viu o garoto ali, se saísse sem se despedir dele ficaria bem triste. Ao ver a garota os dois deram um sorriso.

 - Vai ficar tudo bem, você sabe né? - O filho de Deméter sorriu.

A ruiva abraçou o amigo e disse:

— Eu te amo, você sabe né?

Cadmo veio pelo lado e deu um forte abraço nos dois, Helena gostaria de ficar ali para sempre.

— Bom, é agora. Última chance caso queiram desistir. - Ouviu a voz de Ellaria.

— Estou esperando vocês! - Déspios sorriu. A positividade dele contagiou o coração de Helena, ela deu um sorriso enquanto se afastava, entrando no bosque.

Assim que se afastou da barreira, sentiu a verdadeira face da guerra, a chuva começou a cair em seu corpo, e era uma chuva pesada, tal como o som dos trovões e relâmpagos constantes, nunca pensou que eles pudessem ser tão altos. Sem falar em algumas moscas que começavam a insistir em beijar o rosto dela, ela sabia que era linda, mas não precisava daquilo tudo.

— Pelo Olimpo... - Respirou fundo.

Cadmo movimentava suas mãos acima de sua cabeça, criando uma espécie de escudo de água que não deixava a chuva cair diretamente nele, Helena gostaria de ter esse poder também. Todos pareciam estar bem nervosos, se perguntava o que aconteceria primeiro.

— Atenção, pessoal, estamos entrando em um território perigoso. Eu e Albus iremos na frente, por favor fiquem próximos de nós. - Ellaria sussurrou.

O som além dos passos dos semideuses foi ouvido nas copas das árvores, os olhos brilhantes das Arqueiras mortas se mostravam pela primeira vez naquele dia. Elas laçavam as flechas em um certo número de velocidade. Helena olhou para cima aflita, fazia muito tempo que não via coisas como aquela, eram guerreiras que foram mortas em batalha, e agora as almas pecaminosas de Hades as usavam como exército.

A semideusa correu para atrás de uma árvore. Fechou seus olhos e desejou que o bracelete em seu braço se tornasse um arco, e foi o que aconteceu, automaticamente uma aljava se formou em suas costas, agradeceu pelas armas mágicas que ficavam no Arsenal. Já havia algum tempo que ela tinha aquele bracelete, mas nunca teve a chance de usar de verdade.

Ela respirou fundo e lançou uma flecha que não foi bem-sucedida, logo três flechas quase acertaram seu corpo, duas foram paradas pela madeira grossa da árvore e outra passou de raspão em sua perna criando um pequeno corte. Fechou seus olhos com força, por mais que não fosse um machucado grande sentiu certa dor.

Deu uma olhada para trás novamente e viu Calíope caída do chão com uma flecha na barriga e outra no braço direito. Engoliu seco e correu na direção da garota, como se o tempo congelasse, as gotas de chuva pararam por alguns segundos e se juntaram até formar várias facas de gelo, que foram lançadas no corpo das arqueiras, logo todas caíram no chão graças a Cadmo.

— Oh céus - Helena disse olhando nos olhos de Calíope.

 - Fique calma, vai ficar tudo bem – Ellaria disse, e realmente ficou, as áreas onde as flechas haviam sido atingidas começaram a brilhar e se curarem, ela havia se esquecido que a garota caída era filha de Apolo.

 - Sorte que eu tenho poderes de cura – A loira murmurou com dificuldade para se levantar.

 - Já temos a carne! - Inaeos disse chegando perto do corpo das arqueiras.

— Não, essa não serve, é literalmente carne morta – Albus repreendeu o filho de Hefesto. - Vamos continuar.

Helena se aproximou de Cadmo, ela colocou a mão em seu ombro e disse:

— Não sabia que podia fazer isso.

 - Nem eu – Ele deu uma risada baixa.

O bosque era como qualquer outro, repleto de árvores, uma maior que a outra, haviam vários corpos espalhados ao longo do caminho, de monstros, de semideuses que não conseguiram chegar no acampamento, Helena suspirou.

Infelizmente o suspense no ar não durou muito, logo a garota ouviu um som metálico entre as árvores. Olhou para trás apenas para ver a silhueta de um corpo com chifres e pernas de bode, os olhos tão brilhantes quanto vermelhos, na sua mão direita uma lança maior que o próprio corpo, na ponta uma lâmina afiada como a de uma foice, era um sátiro. Helena sempre teve uma visão diferente do que era um sátiro, mas Ellaria uma vez dissera que a morte de Pã afetou todos os outros sátiros, os transformando em monstros.

Ele correu na direção de Albus e cravou a lança nas costas do filho de Hecate o girando no ar e jogando com força contra o chão. Se ele não estivesse com armadura, Helena não sabia o que teria acontecido com o garoto.

 Seu coração começou a bater mais forte e de outros lados vieram mais dois sátiros, a garota temeu a morte mais do que nunca.

Um desses sátiros cravou a lança em Cadmo, perfurando sua armadura na barriga, em seguida ele o jogou pelo ar da mesma forma que fez com Albus, que continuava tentando se recuperar, o filho de Poseidon caiu no chão grunhindo como nunca. A filha de Afrodite pensou que seu coração iria sair pela boca e, com toda a sua energia, começou a lançar flechas no Sátiro, para que ele não fizesse mais nada a Cadmo, as flechas acertaram as costas dele, mas não o mataram, e logo ele corria na direção dela.

Aquilo poderia ser um momento para agradecer por ser filha de Afrodite. Tentou reunir todo seu charme para deixar o sátiro que vinha em sua direção confuso o suficiente para não atacar a coisinha bela que ela era.

—Não! - Gritou olhando para ele, quase conseguia ver a própria aura se ampliando em um tom rosado. - Você não vai atacar a mim e a meus amigos!

Observou Cadmo tentando se recuperar, o filho de Poseidon conseguia se curar em contato com a água, e a chuva caindo em seu ferimento era perfeita para isso, mas ele precisava de tempo. Enquanto o Sátiro continuava parado, confuso, ela preparou três flechas para lançar no rosto do monstro, mas Inaeos chegou antes e cortou a cabeça dele com sua espada.

— De nada! - Ele disse.

Helena franziu as sobrancelhas e por alguns instantes desejou perfurar a garganta do garoto com a flecha e culpar o Sátiro. Não precisava de ajuda.

Ao lado, Ellaria matava o outro sátiro, e logo depois ajudou Héktor a se levantar, o filho de Atena estava com seus braços totalmente cortados pela lança do monstro que havia morrido. Calíope, por sua vez, curava Albus dos ferimentos, e logo iria até o garoto para ajudar.

Helena correu até Cadmo e ajoelhou ao seu lado, viu o corpo voltando ao normal. Ela ajudou o garoto a se levantar e Ellaria anunciou.

— Muito bem, conseguimos matar três sátiros, acho que isso serve como alimento por algumas semanas. - Notou o olhar castanho sobre si. - Voltemos ao acampamento imediatamente.

A filha de Tique pegou as cordas que havia trazido consigo e amarrou nas pernas dos sátiros. Ela pegou um e Helena pegou outro, o terceiro quem pegou foi Inaeos. Os demais estavam cansados e machucados demais para fazer muito esforço, ainda estavam em processo de cura.

Durante o caminho de volta, Helena não conseguiu se sentir aliviada, ela sentia algo estranho percorrer todo seu corpo, como se alguém a estivesse observando, conseguia sentir aquilo pois essa pessoa transmitia a mesma aura que ela, porém mais forte, como se fosse algo relacionado ao amor, e aquilo transmitiu certo calafrio em sua nuca.

Ao ver a torre do Acampamento, Helena deu um sorriso, estava um pouco atrás do pessoal. Cadmo estava ao seu lado, mancando um pouco. Observou a movimentação excessiva entre Calíope, Ellaria e Albus e se perguntou o que eles estavam conversando, talvez  tivessem percebido a mesma coisa que a filha de Afrodite.

Os semideuses se amontoavam na entrada, todos atentos com o grupo que voltava recém vitorioso. 

— Parabéns, conseguiu trazer todos - Étrus deu uma risada. - Os feridos, por favor se encaminhar a enfermaria, Callisto e Ática vão levar as carnes.

Helena fez que sim com a cabeça, em poucos minutos, o filho de Ares, que era bem maior que ela, arrastava dois sátiros como se não fosse nada, enquanto a Amazona levava apenas um. Pelo menos eles iriam ter comida por um bom tempo agora.

 - Precisamos conversar – Ouviu a voz de Ellaria para Étrus, mas não quis se intrometer, estava ocupada demais olhando para o acampamento.

Era ótimo não ouvir o barulho dos raios, não sentir a chuva no rosto, não precisar ficar expulsando as moscas, finalmente estava em paz. Se o Acampamento fosse uma pessoa, ela o abraçaria sem pensar duas vezes, mas já que não era, focou suas energias em procurar Déspios.

— Ali – Cadmo cutucou a garota, o filho de Deméter havia acabado de notar os dois.

A garota correu e deu um forte abraço nele, Cadmo veio logo atrás, ainda estava um pouco ferido.

— Que alivio! Eu pensei que vocês já estariam no Elísio nessa hora!

— Não vai se livrar de nós tão facilmente, menino do trigo – Cadmo bagunçou o cabelo de Déspios com um sorriso no rosto. - Eu preciso ir na enfermaria, estou sentindo dores horríveis.

Helena observou Cadmo mancar a poucos metros dela, deu uma risada baixa.

— Acho melhor você ir com ele – O filho de Deméter disse.

A jovem fez que sim com a cabeça e correu na direção dele, apoiando seu braço no ombro.

Enquanto andava com o filho de Poseidon, ela observou a entrada e mais uma vez sentiu um calafrio percorrer todo o seu corpo, a missão havia sido um sucesso? Sim! Mas algo não estava certo, não mesmo.


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Notas finais do capítulo

Iai, o que vocês acharam??? Não esqueçam de deixar suas opiniões eu to bem ansioso para lê-las!!!
Beijos e até o próximo ♥



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