Wintershock escrita por ariiuu


Capítulo 61
Um sonho de um dia quente de verão




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Bucky e Darcy dormiram juntos... mas diferente da noite anterior onde caíram no sono depois de três rodadas de orgasmo, os dois apenas optaram por assistir tranquilamente alguns filmes antigos, e shows de bandas da década de 70 e 80.

Ambos se acomodaram no sofá, e adormeceram profundamente, agarrados, envoltos em um fino lençol...

O sol começava a espreitar pelas janelas...

Dexter miava, reclamando que sua tigela se encontrava vazia.

James foi o primeiro a abrir os olhos, ouvindo os miados do gatinho esfomeado.

O soldado olhou ao redor e percebeu Darcy dormindo profundamente... ela sempre tinha um sono pesado, então seria fácil deixa-la ali sem acordá-la.

E foi o que ele fez...

Bucky seguiu para o banheiro para fazer a rotineira higiene pessoal e depois dirigiu-se a cozinha, com o intuito de pegar a comida do pequeno Dexter, que já o seguia, esperando que o alimentasse.

O sargento despejou a ração do gatinho no recipiente e o viu comer desesperadamente.

Ele sorriu ao observar o pequeno animal, tão inocente e frágil, se alimentando.

Então, James seguiu pelo corredor, rumo a sala, onde a garota adormecia.

O soldado observou tudo cautelosamente...

Não entendia o porquê, mas já amava aquele lugar e cada pedaço dele... A cidade natal de Darcy e a casa dos pais dela eram um lugar que possuía um clima leve e muito confortável... um ambiente onde habitava uma família feliz, longe do peso urbano da grande Nova York...

Achava que o interior era o melhor lugar para viver, se assim pudesse escolher...

E agora, ele tinha alguém que poderia lhe acompanhar e dividir a vida...

.

A parceira certa...

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Steve com certeza aprovaria Darcy...

Mas a questão agora não era mais seu empecilho em resistir a ela por conta de um amor unilateral que só existia em sua mente, mas sim...

Ir embora sem dizer adeus para aquela que amava...

E o pior de tudo isso... saber que se optasse por ficar com a estagiária e tentar, de alguma forma, recuperar a sua vida, colocaria a dela em risco por conta de todo o seu passado como o Punho da HYDRA.

Isso estava fora de cogitação...

Além do mais, sua mente se encontrava uma bagunça e não podia simplesmente ignorar todos os traumas e dores apenas por causa de poucos dias de tranquilidade e serenidade ao lado da garota ao qual era apaixonado.

Havia um trato com Yelena e precisava cumpri-lo... mas não tinha ideia do que diria a Darcy quando tivesse de partir...

Pensou que o melhor momento fosse quando a garota estivesse ocupada com algum evento importante que a fizesse lhe esquecer... e ele já sabia quando...

.

A sua formatura...

.

Sim, aquele era o momento ideal para sair da vida dela de uma vez...

Mas e quanto ao que viveram...? E quanto ao fato de ouvir dela que o amava e que ele a amava de volta...? Como as coisas ficariam?

Dentro de si, Bucky sabia que o certo a se fazer era arrancá-la de seu coração e sua mente, de uma vez por todas... era o melhor para ele e para ela, porém...

O sargento não conseguia... Seu egoísmo lhe implorava para dizer a ela que teria de partir, mas que voltaria... e que Darcy podia lhe esperar... até que resolvesse tudo com a HYDRA e com o governo americano, no entanto, quanto tempo isso levaria...?

Não conseguia ver uma solução diante de todos aqueles conflitos e teria de se decidir em breve.

Enquanto se encontrava absorto em seus próprios pensamentos, Darcy acordou e logo correu na direção dele.

James se assustou com a pressão da colisão, quando percebeu que a garota quase o derrubou no chão.

Ela o abraçou com força, aninhando-se em seu peito.

— Por que você está tão agitada de manhã? – Indagou-a, perplexo pela euforia da estagiária logo cedo.

— Pensei que você tinha ido embora... – Ela choramingou, com o rosto pressionado em seu tórax.

— Eu jamais faria isso... – Ele a fitou com uma expressão melancolicamente amável, mediante a seus recentes pensamentos.

Céus... parecia até que ela sabia... estavam tão conectados, que a garota o sentia indo embora?

— Bom dia... – Darcy o abraçou mais forte, com os olhos fechados, inalando o perfume delicioso do soldado.

— Bom dia, minha menina... você dormiu bem? – Um lindo sorriso floresceu nos lábios de James.

— Bem... e você...? – Ela se acomodava cada vez mais contra ele, suspirando enquanto mantinha o rosto pressionado contra seu peito, com o intuito de ouvir as batidas de seu coração.

— Tive um dos melhores sonos que me recordo... porque você estava ao meu lado... – Ele a abraçou, encostando os lábios no topo de sua cabeça, sentindo o aroma de seus cabelos e a textura macia dos fios sedosos.

— Hey... quer ir tomar café da manhã comigo... em Paris...?

— Adoro suas piadas de manhã... – Ele riu, divertidamente, afagando os cabelos dela.

— Isso não é uma piada... podemos ir a hora que você quiser... – Darcy piscou enquanto sorria largamente.

— Senhorita... e quanto a sua formatura? Pare de delirar logo cedo. – James estava contendo os risos. A estagiária nunca deixaria de ser excêntrica.

— Podemos viajar logo depois que me formar... você quer...? Que tal um mochilão pela Europa? Lembra do meu sonho bobo de viajar o mundo? – A garota fazia um biquinho encantador, no ímpeto de convencê-lo a aderir as suas maluquices logo cedo.

— Lewis... você tem dinheiro pra isso?

— Não... mas meu pai tem vários meios, já que trabalha no mercado imobiliário. Tenho passe livre pra transitar por vários países e levar alguém junto.

— Então porque nunca foi?

— Porque... eu não tinha te conhecido... o sonho por trás desse outro sonho era que o meu futuro namorado me acompanhasse.

James alargou o olhar quando ouviu a palavra ‘namorado’.

Ele quis rir, mas engoliu o riso.

— E é isso que eu sou agora? Seu namorado?

A garota arregalou os olhos, vendo a gravidade de suas palavras.

— Céus, Bucky... Eu deduzi que você já era meu namorado porque disse que me amava, mas compromisso para um homem a moda antiga é quando ele coloca um anel de noivado no dedo de uma mulher e a pede em casamento, não é? Nem existe namoro? Uma mulher é prometida para um homem, eles noivam e se casam! Era assim na sua época, não é!? – Ela o indagou, inocentemente, sem entender em qual estágio estavam...

O soldado sorriu gentilmente... amava tudo nela... sua sinceridade tão genuína e cristalina... a forma como a mesma era tão verdadeira com ele, sem filtros, sem máscaras... sem nada que a encobrisse...

— É isso que você deseja...? Que eu coloque um anel de compromisso em seu dedo e diga que vamos nos casar em breve?

— Você quer a verdade, sargento?

— Sim...

Darcy ergueu o rosto e o encarou docemente...

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— Eu ia adorar passar o resto da minha vida com você...

.

James sentiu um calor potente em seu peito e seus batimentos cardíacos acelerarem freneticamente, após as palavras dela... Darcy estava falando sério?

— Hey, menina... você sabe que é deselegante uma mulher propor casamento a um homem?

— Século 21... – Ela deu de ombros e fechou os olhos, esboçando um sorriso de canto.

— Você não está fazendo do jeito certo... – James cruzou os braços, repreendendo-a. Ela não entendia nada sobre compromissos entre homens e mulheres do meiado do século 20.

— Aah, então você quer o jeito certo? – O contestou, convencida de que faria da forma correta dessa vez.

— Vamos ver se você sabe como é o jeito certo...? – Bucky pensava que a garota esperasse que ele, como homem, tomasse a frente e fizesse as honras, pedindo-a para que selassem um compromisso matrimonial, mas...

O problema era que Darcy simplesmente fez tudo do jeito como ela achava... como ela queria...

A garota retirou um pequeno anel de prata que ela sempre carregava em seu anelar direito e então...

.

.

— Você aceita se casar comigo, Sargento James Buchanan Barnes...? – A estagiária ajoelhou, pegando a mão humana de James... colocando o anel em seu dedo mindinho, já que o dedo anelar do sargento não caberia a pequena auréola de prata.

.

.

Os olhos de Bucky a rodearam, completamente desacreditados... Era ela quem estava propondo e não ele? Era Darcy Lewis quem estava pedindo sua mão em casamento??

Tudo o que o soldado pode contemplar em seguida, era o sorriso iluminado e travesso da garota, que amava inverter os papeis, apenas para presenciar as feições perplexas dele.

— Darcy... você é a pessoa mais surpreendente que eu já conheci em minha vida... te encontrar foi a melhor coisa que me aconteceu...! Você é o meu maior presente! – A voz de James soou mais acalorada e vibrante do que o normal, e então, ele puxou a mão da garota, a pegou no colo e a rodopiou no ar, num misto de carinho, extrema alegria e êxtase...

Ela fazia seus dias mais alegres...

— A sua resposta é sim ou não!? - A estagiária sorria, enlaçando o pescoço masculino, no intuito de se equilibrar.

Ainda com ela em seu colo, o soldado inclinou o rosto e depositou um selinho apertado nos lábios carnudos e róseos.

— Eu diria sim um milhão de vezes pra você, sua menininha travessa! – A voz do sargento era de pura felicidade e euforia.

— Então vamos nos aprontar pra casar, porque quero passar nossa lua de mel na Grécia!

— Eu passaria nossa lua de mel até na lua, se você quisesse!

— Então já é! Vamos entrar em contato com a NASA e fazer um orçamento pra ver quanto custa a passagem pra um foguete que pouse lá!

— Sua garota maluquinha! – Ele encostava sua testa na dela, e a expressão vívida e de divertimento do soldado era evidente e muito rara. Era a primeira vez que Darcy presenciava tanta emoção nele.

— Maluca por você! – E então, a garota começou a distribuir beijos pelo rosto do sargento, que a carregava no colo rumo a cozinha.

Darcy se deliciava com as feições iluminadas de James... do acalanto de seus lábios, do friozinho na barriga quando seus olhares se cruzavam e naquele enlevo de emoções partilhadas que vislumbrava nos olhos dele... a janela de seus desejos e sonhos...

Aquele era o lugar onde sempre quis estar...

Enquanto o soldado levava a garota para a cozinha, Dexter os seguia, porque o gatinho simplesmente amava estar na companhia dos dois.

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Naquela manhã, eles prepararam o melhor café da manhã.

Darcy estava disposta fazer tudo sozinha, mas Bucky dividiu as tarefas com a garota, pois já que a estagiária amava inverter os papéis, ele também estava disposto a fazer o mesmo.

Eles lancharam, com Dexter na cozinha, lhes fazendo companhia.

— Seus pais voltam quando?

— Daqui a poucos dias... podemos aproveitar que eles estão fora, até que você decida se vai mesmo se casar comigo, então eu pretendia te apresentar para seus futuros sogros. – Ela sorria, marotamente brincalhona.

Bucky quis rir da brincadeira, mas sabia que de alguma forma, tudo aquilo tinha um fundo de verdade... não deveria ser uma piada, porém, infelizmente, as coisas não podiam ser como queria...

Sua decisão de partir já estava tomada, mas não diria nada à Darcy... o soldado não queria se despedir dela...

— E o que faremos nesses dias até a sua formatura?

— Hmm... vamos no riacho aqui perto? podemos andar de bicicleta por aí, acampar perto das montanhas na cidade vizinha, o que você acha!? – Os olhinhos azuis brilhavam de empolgação e o sargento se aprazia com as feições fofas de Darcy.

— Tudo o que você quiser... – Ele sorriu ternamente... A garota era tão alegre e envolvente... tinha certeza que se passasse a vida inteira ao lado dela, todos os seus dias seriam recheados de felicidade, porque a mesma possuía a vivacidade do sol em seu auge...

Sentado ao lado de Darcy, Bucky estendeu a mão, segurando a dela por cima da mesa. A mão quente e macia da garota lhe acariciava, num doce carinho... Ele se encantava e viajava ao toque lírico e suave... e prestava atenção no timbre ameno de sua voz, que em ondas abrasantes ecoava no infinito de seu pensamento...

Eles permaneceram juntos a manhã toda, com diálogos malucos.

Mas o dia foi passando e a hora do almoço estava chegando.

— Céus, eu preciso ir ao mercado comprar algumas coisas pra fazer a nossa comida! – A garota se levantava da cadeira, um pouco desesperada ao olhar para o relógio.

— Não precisa, eu vou. Me diga onde é o mercado.

Darcy arqueou a sobrancelha.

— Mas você não conhece a cidade e... vai sair e se expor por aí desse jeito?

— Não tem importância. Estamos no interior. Aqui é muito menos arriscado... – Bucky sorriu de canto, de modo convicto. Ele sabia que aquele lugar era muito mais seguro do que Nova York.

— Bem... se você insiste... eu vou ligar o GPS e você pode segui-lo. O mercado não fica muito longe daqui.

Darcy correu, ligou o aparelho, pegou uma lista que estava presta com um imã na geladeira e deu as chaves do carro na mão dele.

James seguiu para a porta da sala.

— Eu já volto, boneca... – Ele piscou, sorrindo ousadamente de canto.

A estagiária sentia as lindas borboletas contorcerem suas entranhas, derretendo-se com a visão daquele sorriso maravilhoso.

Ela caminhou apressadamente para onde o soldado estava e sorriu... incrivelmente esplêndida...

.

.

— Se você não demorar muito, posso te esperar por toda a minha vida...

.

.

E então, Bucky apreciou a feição fascinantemente bela da estagiária...

Apaixonado...

Era incrível como Darcy fazia seu coração bater mais rápido nos momentos mais inesperados...

— Comporte-se... – Suas mãos embalaram o rosto feminino, dando um selinho suave nos lábios da garota, para finalmente sair, rumo a garagem.

A estagiária suspirava de felicidade... os últimos dois dias ao lado do soldado, estavam sendo os mais perfeitos de toda a sua vida...

Ela o observou ligando o carro e saindo pela garagem, na direção da estrada.

Seu coração batia ritmicamente animado...

.

.

Uma hora se passou e Darcy já havia adiantado boa parte da comida, esperando apenas que o sargento chegasse com as coisas da lista.

A garota estava descalça, vestindo a longa camisa de James.

Estava quente e o ventilador da cozinha movia-se de um lado para o outro, refrescando o local...

As portas abertas não amenizaram o clima abafado de 30 graus.

Enquanto esperava por James, Darcy falava com Kimberly ao telefone, narrando os momentos mais incríveis ao lado do sargento, fazendo a loira pirar do outro lado da linha.

A amiga de Darcy soltava vários gritinhos ao ouvir todos os detalhes.

Ela não sabia se ficava feliz ou triste pela amiga, já que o suposto affair da garota era apenas um homem procurado pelo governo e pelas principais agências de espionagem e inteligência do mundo.

— Joaninha, como as coisas vão ficar agora entre vocês dois? O que vocês resolveram? – A amiga a indagava, curiosa.

— Não decidimos nada... – Darcy segurava o telefone entre o ombro e a orelha, enquanto suas mãos carregavam alguns produtos para a bancada da cozinha.

— Bem... eu não sei exatamente o que lhe dizer, mas vou confiar que você tome as decisões certas na sua vida.

— Eu tomarei... e entre as minhas decisões, a principal é não abrir mão dele... poxa, eu sofri durante semanas pensando que meu amor era platônico e unilateral!

— E eu estive lá presenciando tudo... mas joaninha, responda agora a pergunta de um milhão de dólares, por favor!

— Qual é a pergunta de um milhão de dólares, Kim?

.

.

— Qual é o tamanho da alavanca de Arquimedes do soldado!?

.

.

Darcy arregalou os olhos, perplexa pela pergunta totalmente sem noção de sua amiga, e tudo o que a garota conseguiu exprimir, foi um grito de repreensão.

— KIM!!! VOCÊ TÁ LOUCA DE ME PERGUNTAR ISSO!!?

O rosto dela ardia de vergonha... a loira havia passado de todos os limites.

— Ah, qual é, gata!? Quando você passou a primeira noite com o Robert, você me ligou, bêbada, apenas para se gabar da super potência dele. E agora? Vai me dizer se o soldado superou o Robert ou não?

— Kimberly Campbell, você passou de todos os limites! Você acha que eu peguei uma fita métrica pra medir!?

— Você não precisa de uma fita. Me diz agora, vai!!! – A loira continuava com a postura inconveniente, deixando a estagiária corando violentamente de vergonha.

— Eu nunca vou te dizer uma coisa dessas!

— Vai sim! Me diz agora!!!

— NÃO!!!

— SIM!!!

— NÃO!!!

— SIM!!!

— SUPEROU O ROBERT, E ACHO QUE SÃO UNS 23 CENTÍMETROS, SATISFEITA, SUA IDIOTA!?

— EU SABIAAAAAAAAAAAAA!!! QUANDO BATI OS OLHOS NELE AQUELA VEZ, LOGO PERCEBI QUE ESSE SARGENTO TINHA UM RIFLE GIGANTE!!! – A loira ria desvairadamente por trás da linha.

Darcy não sabia onde enfiar a cara naquele instante... Kimberly era o ser mais indiscreto que existia, e ela sentia vergonha por aquela pergunta insana.

— Sério... se você continuar dizendo essas coisas, eu vou desligar na sua cara!

— Joaninha, como você aguentou!? Eu quero saber como-

.

**PIII***

.

Antes que a loira percebesse, Darcy desligou o telefone em sua cara, e tudo o que ouviu em seguida foram vários *tuu tuu tuu tuu tuu*.

A estagiária suspirou pesadamente, ainda com o rosto vermelho.

Estava tão imersa naquele telefonema e chocada ao mesmo tempo, que sequer havia percebido que Bucky estacionava o carro na garagem.

Ela tomou um susto e logo procurou se recompor.

Céus... ele não podia saber que ela e sua melhor amiga estavam teorizando sobre o seu...

A estagiária chacoalhou a cabeça, deu vários tapas em sua bochecha e tentou tirar aqueles pensamentos malucos de sua mente.

Quando James abriu a porta com dificuldades, repleto de sacolas, deixou uma delas cair no chão, sem querer.

Ele estava suado, já que precisava sempre sair usando roupas largas que escondessem seu braço de metal.

O soldado não estava mais habituado ao verão americano, e sofria para se acostumar novamente... havia passado muitos anos na criogenia, e por mais que fosse um super soldado, o clima quente era algo que realmente o incomodava e lhe deixava mais despreparado para tudo, causando muitos desconfortos.

Ao notar a forma atrapalhada como o sargento tentava recuperar a sacola do chão, Darcy sorriu satisfeita...

James Buchanan Barnes era o homem de seus sonhos... tudo nele era esplêndido... e lhe atraía em todos os sentidos...

Não conseguia ficar um segundo olhando-o sem sentir vontade de tocá-lo...

Foi então que a garota correu da cozinha, rumo a sala, rapidamente, atravessando o longo corredor na direção dele...

Bucky olhou para frente, ouvindo os passos frenéticos da garota, tocando o piso da casa...

O soldado alargou os olhos ao vê-la correndo para ele...

Instintivamente, James deixou cair todas as sacolas no chão e então...

.

A pegou pelos quadris quando a mesma pulou diretamente em seu colo...

.

Darcy colocou os braços em volta do pescoço dele, puxando o boné de sua cabeça, deixando seus cabelos livres...

Completamente surpreso pela reação da garota, o soldado apenas deixou a primeira coisa que passou por sua cabeça sair...

— O que foi isso...? – A indagou, sem entender porque a estagiária estava tão eufórica.

— Meu beijo de boas-vindas pra casa! – E então, Darcy depositou um breve selinho nos lábios de James, abraçando a cintura dele com as pernas, enquanto ele a mantinha firme em seu enlace.

A garota o encarou docemente meiga, piscando lentamente.

Bucky foi tomado por uma onda eletrizante de alegria diante de todo o amor e carinho que lhe era presenteado... da forma mais linda que existia, e então...

Ele a girou no ar, fazendo-a rir de felicidade.

— Você é o meu melhor lugar, Darcy... – O sargento se declarava, fitando-a de modo carinhoso e terno...

Dois segundos depois, num repentino movimento, James esmagou seus lábios nos dela, num beijo magicamente apaixonado...

Darcy viu estrelas mais uma vez, ao fechar os olhos e sentir seu corpo sendo girado.

Ele permaneceu lhe beijando, com ela ainda em seu colo... rodopiando-a lentamente...

Darcy sorriu no beijo...

A garota continuava sorrindo enquanto Bucky a beijava de forma tão doce e afetuosa...

A estagiária o abraçou com força, sentindo os braços do sargento lhe segurarem firme.

Ela riu e descansou sua testa contra a dele...

Bem-vindo ao lar, sargento... – Murmurou, perto de seus lábios, sorrindo ternamente.

Bucky Barnes não tinha dúvidas que Darcy Lewis era o seu lar...

Não havia outro lugar no mundo que desejasse estar... ela agora era o seu porto seguro, a pessoa mais importante de sua vida...

Como sabia que a amava? Talvez porque não conseguia pensar no amanhã sem pensar nela...

Cada hora que passava com ela, parecia um segundo...

— Sendo você minha âncora, eu vou para qualquer mar... – O soldado a trouxe para mais perto, segurando-a contra ele, enquanto beijava seus lábios, nariz, bochechas e qualquer lugar de seu lindo rosto.

Darcy sentia cócegas, rindo descontroladamente com todas as carícias que ele lhe dava.

Seus beijos estalavam... de tanta alegria e entusiasmo...

Ambos estavam tão felizes que sequer lembraram das sacolas na entrada da casa.

.

.

Os dois passaram o resto daquele dia quente, juntos.

Darcy fez uma comida deliciosa e o sargento apreciou tudo o que a garota lhe oferecia.

Duas horas depois de almoçarem, eles resolveram limpar a cozinha e manter todo o ambiente organizado.

O soldado dizia o tempo todo que Darcy tinha uma mão divina para cozinhar.

— Seus dotes culinários são excelentes... já está pronta pra casar. – Ele sorriu, satisfeito.

— Bem... então só falta o noivo...! – A estagiária sorriu de volta, com um pano de prato no ombro enquanto terminava de secar a louça.

O pequeno Dexter já estava do lado de fora, perseguindo os calangos que passeavam pelo muro do outro lado da casa.

O clima parecia estar ainda mais quente, pois era apenas quatro horas da tarde.

— Eu não estou aguentando esse calor... vou tomar um banho... – E então, o soldado puxou a camiseta por cima de seu peito, exibindo o tórax perfeito, no intuito de ir para o banheiro se refrescar.

Darcy o olhou de relance, atentando para aquela visão majestosa que sempre lhe tirava o fôlego e lhe causava um calor incontrolável por dentro...

Bucky rumou para o banheiro e tudo o que a garota conseguia prestar atenção era naquela linda bunda apetitosa realçada pela calça jeans tão bem modelada em seu corpo...

Ela mordeu o lábio inferior, já pensando em mil formas de como pedir a ele que a deixasse morder um pedaço daquela linda maçã suculenta de novo, exatamente como na primeira noite que passaram juntos.

Era um fetiche bizarro... mas James era irresistível e Darcy não estava conseguindo se controlar...

A estagiária caminhou em lentos passos, na ponta dos pés, rumo ao banheiro, indo atrás dele.

Bucky já havia ligado o chuveiro e entrado no box.

Lentamente, ela abriu a porta do banheiro, evitando qualquer ruído...

E lá estava o soldado... completamente nu, embaixo de toda aquela água..

Céus... Darcy olhou para a bunda dele... era a visão mais bela que existia... e ela tinha uma vontade imensa de dar uma bela mordida...

Totalmente entorpecida, a estagiária resolveu invadir o box e entrar.

James tomava um belo susto ao ver uma Darcy quase babando, olhando para baixo.

— Hey, o que você está fazendo aqui!? – A indagou, abismado.

— Invadindo. – Ela foi direta.

— Mas está ocupado.

— Não tem importância.

— Lewis, eu não vou dividir o chuveiro com você. – O sargento queria rir, mas teria de manter seriedade, pois não queria que ela pensasse que na verdade, ele queria o contrário.

— Ah, por favor! Eu não tô no em aí se você vai ou não dividir. Eu já estou aqui dentro!

— Mas por qu-

Darcy sequer esperou ele terminar de falar... ela simplesmente...

.

Apertou a bunda dele fortemente com as duas mãos...

.

Os olhos azulados do soldado a rodearam, numa mistura de perplexidade e hesitação.

— Por que você está fazendo isso!? – Bucky a contestou, um tanto assombrado.

A garota parecia amar aquela parte de seu corpo e ele não tinha ideia do porquê.

— Quero morder essa maçã... – A estagiária replicou, exibindo um olhar cobiçoso e esfomeado para baixo, enquanto apalpava as nádegas musculosas do sargento.

— Eu não sou uma maçã. – A rebateu, um tanto relutante, ao mesmo tempo que a água do chuveiro o encharcava completamente, deixando seus cabelos totalmente molhados.

— Não importa. Ela é minha agora. – E então...

Darcy se abaixou rapidamente e...

.

Mordeu sua maçã...

.

James notou um impetuoso frio na barriga ao senti-la mordiscando aquela parte de seu corpo.

A excentricidade da estagiária sempre lhe pegava de surpresa... era algo que deveria estar habituado...

A água do chuveiro molhava parcialmente as roupas da garota e também o chão por fora do box.

— Hey, se você queria tomar banho comigo, era só ter avisado... eu não vou me opor... – Ele sorriu, provocante, já dizendo o contrário de menos de um minuto atrás.

Ela se deliciava mordendo a bunda dele, mas a resposta da garota foi contrária do que o soldado imaginava.

— Não... hoje não vamos tomar banho juntos...

— Não vamos...? – A contestou, um pouco decepcionado.

E para a sua surpresa, a garota rapidamente se levantou, depois de morder sua maçã...

— Escolhi uns filmes legais pra gente maratonar... e mais tarde... nós podíamos ouvir aqueles lindos discos vinis do Whitesnake, o que acha...? – Ela piscou, sugestiva...

James a fitou, um tanto malicioso... sabia que aquilo era um convite descarado para a realização de uma de suas fantasias com Darcy...

Whitesnake era a palavra-chave...

— Como quiser, boneca... mas já vou avisando que hoje te darei uma bela punição por ter invadido o meu banho pra ficar me mordendo...

— Ora, soldado... você não aguenta uma mordidinha...? – E então, a garota desabotoou um botão da camisa gigante que estava vestindo, exibindo parte de seu decote...

James espiou o busto avantajado por baixo do fino tecido da camisa e sentiu um calor possante em seu abdômen...

— Se continuar me provocando desse jeito, não vou esperar até de noite... – Ele esboçou uma feição cobiçosa e um olhar inebriantemente lascivo na direção dela.

— Paciência é uma virtude... – E então, ela sorriu maliciosamente de canto, saindo do banheiro enquanto o encarava de volta...

Ela fechou a porta do banheiro lentamente...

James suspirou aliviado...

Se Darcy Lewis permanecesse mais um segundo ali...

Com certeza teria a agarrado...


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