Wintershock escrita por ariiuu


Capítulo 54
A apresentação do TCC


Notas iniciais do capítulo

Oi minha gente. Cá estamos com mais um capítulo que vai marcar o começo do entendimento final do nosso casal. À partir do 55, as coisas vão mudar totalmente entre eles. Todos os empecilhos vão ficar para trás e não vai restar mais nada pra atrapalhá-los, ebaaa o/
Divirtam-se.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/771169/chapter/54

O grande dia da apresentação do trabalho de conclusão de curso de diversas turmas dos muitos cursos da Universidade de Culver havia finalmente chegado e Darcy se preparou para ela junto com seus colegas.

Nas horas anteriores eles ensaiaram, repassando suas falas, tópico por tópico.

Tudo estava dentro dos conformes.

A garota voltou para a casa dos pais apenas para se arrumar.

Bucky decidiu que a acompanharia, mas com um disfarce ainda mais ousado: Roupas sociais.

Darcy fazia questão que ele a levasse para o campus e que ficasse na plateia para acompanhar a apresentação.

A ideia era um tanto arriscada, mas como era de noite e todos estariam imersos nas bancas e nas apresentações em si, ele não tanta chamaria atenção.

Exceto pelas loiras taradas do campus...

O soldado queria presenciar um dos momentos mais importantes da estudante... queria passar o máximo de tempo com ela... o máximo que conseguisse...

A garota estava um tanto confusa sobre a declaração que o mesmo lhe fizera no dia anterior, e ela divagava na dúvida de que a importância ao qual Bucky se referia não fosse ‘amor’ mas sim ‘consideração’.

Sua negação não lhe permitia sonhar... era o que mais desejava no mundo, saber que o sargento gostava dela romanticamente, mas aquilo não fazia sentido....

Ou fazia...? Céus, como estava insegura...

Ainda que quase tivessem se beijado dias atrás, que o soldado mostrasse muito interesse e agora deixando claro que ela era a pessoa mais importante de sua vida, tornava as coisas ainda mais complicadas em sua mente.

Mas essa mesma mente lhe forçava a pensar que o sargento só enxergava Katherine Blanc nela...

Só acreditaria se James lhe dissesse com todas as palavras... enquanto isso não acontecesse, Darcy não alimentaria esperanças, ainda que estivesse perdidamente apaixonada por ele e almejasse que o soldado sentisse o mesmo, ela simplesmente não queria força-lo a nada... não forçaria nenhum homem a nada... seu trauma com Robert não lhe permitia...

.

A estagiária sofreu demais para simplesmente implorar amor a outro homem...

.

Sua reação sempre seria passiva... porque aquela era a melhor forma de se proteger...

O relógio apontava seis horas e Darcy terminava de se arrumar.

Bucky a esperava na sala, já pronto para saírem.

A garota havia conseguido roupas formais para ele em cima da hora, já que o sargento se comprometeu de acompanha-la em sua apresentação.

Ele estava de terno, sapatos sociais, e os cabelos penteados para trás.

Quando a estudante cruzou a porta, tomou um baita susto...

Ela sequer escondeu o quão surpreendida estava ao contemplar o nobre sargento naqueles lindos trajes...

O terno azul escuro, a camisa preta desabotoada no colarinho, uma luva social no braço metálico, os sapatos sociais escuros e bem polidos, a barba ainda por fazer, e um sorriso satisfeito ao vê-la saindo do quarto tão incrivelmente deslumbrante...

Darcy trajava um vestido todo preto, com texturas recortadas que lembravam retalhos, mas todos na mesma tonalidade, mangas retalhadas e com duas alças grossas com aspecto desfiado. O comprimento do vestido era abaixo dos joelhos, e para completar o aspecto esbelto daquele modelo, o sapato escuro deixava tudo ainda mais requintado.

O penteado da garota também era maravilhosamente elegante...

A estagiária prendeu o cabelo num formato excêntrico do lado direito, com um arranjo enrolado em forma de flor, e alguns fios desfiados levemente, completando o belíssimo aspecto.

Sua maquiagem também era perfeita... o delineador na parte de cima de suas pálpebras, destacava seus lindos olhos azuis, além da sombra levemente brilhante na tonalidade cobre, os cílios alongados por rímel preto, as bochechas levemente coradas e os lábios tingidos com um toque carmesim.

Ao vislumbrá-la daquela forma, naqueles trajes, com aquela maquiagem e aquele penteado, o soldado se sentia fatalmente extasiado...

James não se recordava de tê-la visto tão linda antes...

Darcy estava maravilhosamente perfeita... e sua aparência angelical fez o coração do sargento quase paralisar...

.

Ela estava linda de morrer...

.

A garota se aproximou, timidamente, em lentos passos, corando enquanto lutava contra o olhar penetrante que ele lhe lançava...

— Como eu estou...? – Perguntava, retraída e embaraçada pelos olhos azuis do soldado contornarem intensamente sua silhueta.

James sorriu de canto... Se ele dissesse tudo o que estava pensando naquele exato momento, talvez assustaria a garota... então, apenas se limitou a dizer uma única frase que descrevesse toda aquela beleza estonteante diante de si...

.

— Você está divina...

.

Darcy Lewis sorriu, muito feliz... Daquele dia em diante, ela não seria mais uma estudante universitária se fosse aprovada pela banca avaliadora, sendo finalmente consagrada com o título de...

.

Cientista...

.

Os dois saíram da casa, deixando o pequeno Dexter ali, sozinho.

— Não vá fazer bagunça, hein!? E vê se não some por dias! – Darcy colocava o gatinho para fora, já que o mesmo sempre ficava desesperado quando o prendiam em casa.

Os dois se aproximaram do carro.

— Como hoje é o seu dia, eu dirijo. Pode ser? – Bucky sugeria, com um lindo sorriso nos lábios.

— Tudo bem... – A garota se encontrava um tanto desconsertada por estar perto dele depois do dia anterior... não só porque não entendia o sentido daquela declaração, como também porque o mesmo estava tão resplandecentemente lindo naqueles trajes, que só de olhá-lo se sentia tonta...

Ambos entraram no carro e finalmente seguiram para a universidade de Culver.

A noite estava estrelada... era possível visualizá-las porque estavam longe das grandes metrópoles, que espantavam o brilho das estrelas no céu.

O clima também jazia agradável. Nem tão quente e nem tão frio.

Enquanto Bucky dirigia, Darcy permaneceu em silêncio, sem saber o que dizer. Estava com a apresentação na cabeça, mas um tanto tímida diante dele depois de tudo...

E estranhamente, o sargento se sentia tranquilamente feliz... passar todos aqueles dias com ela, com certeza foi a melhor escolha que fez...

Aquilo naturalmente deixava apenas uma coisa evidente...

.

A personalidade do sargento James Buchanan Barnes totalmente livre...

.

— Por que está calada? – Instigou-a, tentando arrancar algumas palavras da garota.

— Nervosismo... eu me preparei muito para esse dia, mas agora que ele chegou, é um pouco inacreditável...

— Relaxe... vai dar tudo certo. Você é uma das pessoas mais inteligentes e esforçadas que já conheci. Tenho certeza que vai surpreender os juízes que vão avaliar o seu grupo.

Automaticamente, Darcy virou o rosto para encará-lo...

Bucky estava tão confiante e reluzia tanta calma e paz... não parecia o soldado traumatizado, cheio de cicatrizes e conflitos mentais...

— Obrigada... significa muito pra mim você me acompanhar hoje... – A voz dela soou docemente suave... ternamente amável...

Ele apertou o volante entre seus dedos e a olhou pelo canto dos olhos...

Vê-la tão linda e proferindo palavras tão doces era demais para seu pobre coração suportar...

Darcy parecia um anjo... e sua voz era o som mais melodicamente perfeito que ouvira em toda sua vida...

Céus... Seu autocontrole havia sido quebrado diversas vezes... o que o mantinha no domínio de sua razão eram seus incríveis impulsos disciplinares que aprendeu a ter quando ainda era um soldado... Além do rígido treinamento mental que teve com a HYDRA, que lhe obrigavam a ter plena autoridade de suas emoções... Se fosse um homem comum... já teria feito tudo o que seus sentimentos lhe ordenavam...

Pela primeira vez, Bucky agradecia a Deus por ser um soldado altamente disciplinado e um espião que tinha fortes habilidades de controlar suas emoções...

Ou provavelmente Darcy já teria usado seu taser para se livrar de um suposto assédio sexual...

Mas tentando voltar a razão, ele apenas tentava acalmá-la ainda mais.

— Respire fundo, boneca... você vai arrasar. – Bucky virou o rosto para ela, esboçando um sorriso confiante e firme.

Darcy se sentia extremamente segura ao lado dele...

.

.

Finalmente a dupla chegava ao campus e ele a acompanhava, segurando o braço da garota no seu.

De longe, os dois pareciam um casal...

Ambos cruzaram a entrada principal da universidade.

Os colegas de Darcy se encontravam no final do corredor, assim como vários outros alunos de outras turmas e outros cursos, que apresentariam seus trabalhos de conclusão de curso na mesma noite.

Derek, que estava acompanhado de Stephanie, notava Darcy entrando com Bucky no local.

O rapaz observava atentamente a cena.

Para ele, ficava claro que o sargento James Buchanan Barnes não estava ali por gratidão a garota, mas porque provavelmente nutria sentimentos por ela.

Outro homem jamais estaria naquela posição com alguém apenas por agradecimento.

— Quem é aquele rapaz que está com a Darcy? – Steph puxava o tecido do terno do rapaz.

A loirinha parecia estar muito mais próxima do melhor amigo de Darcy, como nunca antes, já que o acompanhava aquela noite.

Derek sorriu quando percebia o quanto Bucky e Darcy ficavam bem juntos...

— Provavelmente é o namorado dela, por quê? Quer conhece-lo? – O rapaz sugeria e a garota arregalava os olhos.

Derek não estava mais ligando se sua amiga começasse um relacionamento com o soldado, já que os dois pareciam um verdadeiro casal.

Desde que ele cuidasse dela, que mal havia...?

Além do mais, ele também tinha plena certeza que ele também nutria sentimentos por ela, embora a estagiária ainda não tivesse percebido.

Já Stephanie, ficava pasma com a afirmação do rapaz.

Darcy namorando...?

— Céus, ela nunca me falou dele e ainda por cima mentiu quando nos encontramos da última vez, dizendo que amava o dinheiro mais do que qualquer homem!

— Nisso ela não mentiu não... – Derek sorria descarado. Mas aquela altura, talvez Darcy amasse mais o soldado do que o dinheiro.

— Acho melhor falarmos com ela depois da apresentação. Não quero tirar a concentração dela... – A loirinha mirava Darcy e James de longe, notando o quanto os dois ficavam lindos juntos.

— Não sei se a concentração dela está no TCC... – Derek percebia o quão enfeitiçada a amiga estava por Bucky Barnes. Os olhos dela brilhavam ao conversar com ele.

Do outro lado, Darcy se preparava mentalmente. Faltavam apenas dez minutos para que ela e os colegas entrassem no auditório.

Ela respirava fundo... estava muito nervosa...

Bucky a observava, tão tensa e apreensiva... era um momento importante em sua vida.

— Hey... eu disse pra relaxar... – Ele sussurrava em seu ouvido.

— Não está sendo fácil... e eu acho que estou tremendo... – A garota replicava, totalmente ansiosa.

Então, James resolveu pegar nas mãos dela...

Estavam geladas e suavam frio...

Darcy ergueu o rosto para fita-lo... sua expressão mostrava o quanto estava inquieta e desesperada internamente.

Ela precisava de confiança, segurança e apoio... e ele era o único que podia lhe proporcionar aquilo no momento...

Então, gentilmente... num lento movimento...

O soldado a abraçou... ternamente afável... amenamente afetuoso...

O calor que o corpo dele emanava, era incrivelmente aconchegante... ela desejava nunca se afastar...

E de alguma forma, a garota conseguiu se sentir mais segura... se fosse em outra hora, estaria nervosa por abraça-lo, mas naquelas circunstâncias, estar daquela forma ao lado dele, lhe tranquilizava...

Talvez não conseguisse passar por tudo aquilo se Bucky não estivesse ali.

Seus pais estavam viajando, Kimberly estava trabalhando, Jane e Erik não podiam lhe acompanhar porque tinham compromissos importantes e Derek também se apresentaria aquela noite...

Ela estaria sozinha se James não tivesse resolvido viajar com ela...

Darcy não podia imaginar que aquele momento seria tão letal, a ponto de precisar de muito apoio... imaginou que podia lidar com tudo sozinha, mas a vida sempre lhe surpreendia das formas mais inesperadas...

Naquele momento, Bucky Barnes havia conquistado cem por cento da confiança dela. Ele era digno... não porque a confiança de Darcy significasse grande coisa, mas... a estagiária era insegura, pessimista e desconfiada... todos os tombos que tomara da vida, todas as expectativas quebradas com tantas pessoas e vários outros acontecimentos desastrosos, lhe transformaram em alguém que mantinha o medo de falhar sempre na frente de tudo... inclusive de tomar decisões importantes...

Ela respirou profundamente... inalando intimamente o perfume límpido e fresco do sargento.

— Obrigada por estar aqui comigo... – A garota o abraçava de volta... Nunca pensou aquele nobre gesto lhe tranquilizaria... Darcy estava muito grata a ele por se solidarizar com ela.

James trazia de volta o sentimento de otimismo e esperança que tanto precisava.

Era tão confortável estar ao lado de alguém que te apoiava...

A estagiária secretamente sentia falta disso... era o que mais lhe amedrontava a respeito dos homens no geral... ansiar um companheirismo que nos dias atuais era raro...

Alguém que segurasse sua mão... que lutasse suas lutas, que lhe apoiasse, que servisse de base quando estivesse frágil e vulnerável... que lhe desse forças quando mais precisasse... que se comprometesse e se importasse de verdade... que nunca se ausentasse...

.

Que nunca lhe abandonasse...

.

James Buchanan Barnes estava ali, naquele exato momento, exercendo esse papel... e Darcy suspirava aliviada... entorpecida pela deliciosa fragrância masculina, impregnada na pele do sargento...

E então, antes de se separarem totalmente, James tocou o rosto dela, encaixando-o perfeitamente em suas mãos, para enfim...

.

Beijar a testa dela...

.

Não era um beijo com pretensões egoístas para satisfazer seus desejos, mas um carinho que pudesse tranquiliza-la, e mostrar que ele estava ali... por ela e somente por ela...

— Quando você acabar... eu vou estar te esperando... ok...? – Um sorriso maravilhoso brotava nos lábios do soldado e aquilo lhe desconcentrou, tirando seu mundo fora do lugar...

Os lábios tão desenhados... tão proibidos, tão desejados e calmos, que observava fixamente... mas que em segredo desejava desesperadamente beijar...

Darcy se sentia um tanto desconsertada ao se recordar do número de vezes que seu olhar trilhou cada linha daquela boca tão atraente...

Eles ficaram em silêncio por um tempo, e a única coisa que podia ser ouvida era o barulho de algumas pessoas transitando pelos corredores...

Ambos olhares azuis se misturavam... como se quisessem se desvendar para descobrirem o que havia de tão secreto por trás... o que havia nas entrelinhas...

Ainda segurando o rosto dela delicadamente com suas mãos, James percebeu uma pequena mecha de cabelo caindo para a frente dos olhos azuis turquesa da garota...

E então, o sargento lentamente inclinou a mão para coloca-la atrás da orelha...

Olhando intensamente para Darcy... ele continuava sendo atormentado pelos malditos efeitos daquela paixão avassaladora... e...

Ao vê-la tão frágil diante de sua apreensão, e o quanto a garota necessitava de sua proteção para se sentir segura, Bucky não teve mais dúvidas...

Ele a desejava... e também queria protege-la... mas não era só isso...

Finalmente se deu conta que o limite foi ainda mais ultrapassado quando percebeu que também tinha vontade de participar de seu futuro... e de ajudá-la a moldar seus sonhos, por mais infantis que fossem...

O soldado não conseguia aceitar que teria de ir embora e deixa-la... quando pensava que talvez nunca mais a veria de novo, seu coração se enchia de tristeza e melancolia... era uma ferida que não doía fisicamente, mas lhe fazia sofrer muito mais do que um ferimento real...

O mais tortuoso e doloroso de todos os ferimentos...

Então, num impulso ardente, James a encarou intimamente... e profundamente olhando dentro de seus olhos... tomado por uma energia arrebatadora, não conseguiu se conter e acabou deixando seu coração falar mais alto...

Ou morreria...

De amores...

Por ela...

O sargento sussurrou palavras em seu ouvido... e Darcy sentiu um arrepio percorrer por toda a sua alma...

.

.

— люблю тебя... (Eu te amo...)

.

.

Aquela voz... aquela linda voz tão misteriosa, grave e incrivelmente prazerosa lhe fez ver constelações de estrelas...

Mas só havia um problema...

.

Darcy não entendeu uma palavra sequer, já que o idioma escolhido para aquelas palavras foi o russo...

De novo...

.

A garota o encarou desconfiada...

— O que você acabou de me dizer? Pode traduzir? – Ela implorou e Bucky apenas sorriu audaciosamente, não dizendo mais nada.

Darcy franziu o cenho. Como assim ele não iria traduzir?

— Você disse algo em russo, não foi!? O que significa!? – A garota fez uma expressão infantil. Uma feição angelical...

— O que isso importa agora? Já está na hora de você ir. - Ele desviou o olhar e sorriu ainda mais abertamente, contente que ela nunca descobriria.

— Me diz! Foi boa sorte em russo!? Por favor, me diga! - Exigiu, porém, ele não lhe disse o que significava, deixando-a totalmente curiosa.

Darcy continuou o contestando, mas o sargento não cedeu à pressão.

Do outro lado da entrada principal, Clarice Morrigan se desentendia com suas companheiras de grupo.

Parece que nem todos estavam se dando bem aquela noite...

A garota que se encontrava muito bem vestida para a ocasião, saia pisando duro, rumo ao corredor, mas...

.

Acabou dando de cara com Darcy e Bucky...

.

A loira presenciava a cena onde o misterioso ‘primo’ de Darcy sorria docemente para a estagiária...

Ambos riam de algo que ela não entendia, deixando-a um tanto enfurecida.

Aquela visão... era irritante... e se pudesse descrever, era como se houvesse uma porção de corações rosas em torno dos dois, como nos desenhos animados, tornando a cena um tanto romântica.

Ela rosnou... Clarice odiava Darcy com todas as suas forças, e toda vez que a garota estava feliz, automaticamente ela esbanjava ódio.

Justo num momento tenso, como o TCC, Darcy tinha que aparecer ao lado daquele primo bonitão?

A loira se praguejava porque nenhum dos caras com que tinha um caso, fez questão de vê-la se apresentar aquela noite, já Darcy... tinha um tipão daqueles como acompanhante.

Derek e Steph se aproximaram, apenas para provoca-la.

— Ora ora, veja só se não é a senhorita invejosa Clarice Morrigan, querendo dar um tiro na nossa amiga que parece estar muito feliz ao lado do boy dela. – A loirinha importunava a vizinha de Darcy, que no mesmo instante, lhe lançou um olhar de lasers.

— O que você está fazendo aqui, sua anã de jardim!?

— Vim prestigiar meus amigos, que vão se formar hoje, e você...? – A garota retorquia, mostrando a língua para ela.

— Espera aí... que história é essa de ‘boy dela’? Aquele cara não é primo da Darcy!? – Clarice estava em choque.

— Acho que não é não... – Derek respondia à questão, sorrindo de modo insinuante para a garota, que fazia uma careta, tamanha surpresa.

— Mas... mas... ela disse que ele era primo dela...!

— Como você pode ver, aqueles dois não são parentes... olha só quanto amor! Eu super shippo! – Stephanie começava a fazer uma dancinha, apenas para deixar a loira ainda mais irritada.

— Não precisa ficar com raiva e nem inveja, Clarice. Logo você arruma alguém surdo, cego e mudo pra namorar. Até lá, se acalme e acenda uma vela para o seu cupido te trazer um padre, pra exorcizar seus demônios, já que você é uma bruxa! – Derek finalizava, com Steph rindo loucamente.

Clarice ficou vermelha de raiva, observando a dupla saindo de fininho dali...

Do outro lado do salão, vários alunos dos cursos de Ciência Política chegavam.

— DAAAAAAARCY!!! – Os colegas de trabalho da estagiária gritavam do outro lado do corredor.

Era hora de finalmente ir para a apresentação...

— Eu tenho que ir, mas quando voltar, você vai me dizer o que isso significa, entendeu? – Darcy ainda falava sobre as palavras que James disse em russo.

— Vou pensar no seu caso... – O soldado sorriu de canto, ousadamente.

— Eu vou te cobrar quando sairmos daqui... – Ela apontava pra ele, enquanto caminhava de costas, rumo ao corredor.

— Boa sorte com sua apresentação, boneca. – Bucky acenava para ela, com um lindo sorriso no rosto.

— É melhor você ir pro auditório logo! – A garota ordenava que o sargento fosse para o local onde a mesma se apresentaria.

Ele assentiu com a cabeça.

E assim o sargento a viu correr para perto dos amigos.

Todas as pessoas que viram Bucky e Darcy juntos, logo quando chegaram na entrada principal da universidade, chegaram à conclusão que aquele rapaz estava caído por aquela garota...

Por que uma das coisas mais belas que existem... É o olhar apaixonado de um homem por uma mulher...

.

.

No auditório, durante a apresentação, Darcy estava perfeita.

Sua oratória foi brilhante, ela e seu grupo possuíam uma sincronia excelente e tudo correu maravilhosamente bem.

A garota falava sobre temas que ele desconhecia. Sobre vários pontos da história, questões políticas e sociais, abordando e explorando inúmeras teorias embasadas.

O vocabulário dela era extenso e Bucky não se recordava de a garota ter usado tantas palavras requintadas nem mesmo com ele. Sua linguagem era elegantemente formal e profissional... ela se expressava de forma sofisticada e culta.

No final de tudo, os juízes os confrontaram com perguntas extremamente difíceis, mas o grupo como um todo se saiu muito bem.

E o resultado era bem obvio...

Todos foram aprovados pela banca de avaliadores...

Darcy e seus companheiros de TCC comemoraram ainda no palco do auditório.

Muitas pessoas ao redor festejavam, pois mais um grupo acabava de ser aprovado como um todo e a decisão dos juízes era unanime.

James a observava sorrindo largamente, completamente feliz... como ele amava vê-la feliz... aquela era uma visão que jamais esqueceria...

E então, Darcy acenou para ele...

Todos a encararam, perguntando quem era aquele misterioso homem que a vigiava de longe.

A garota apenas se desvencilhou das perguntas indiscretas e recusou o convite de sair para comemorar com seus colegas de grupo.

Darcy subiu as escadas das arquibancadas que davam acesso a porta principal, rumo ao corredor central do prédio.

— Hey, o que achou!? – Ela andou rapidamente para perto de James, sorridente, entusiasmada e plena.

Seu semblante se encontrava plácido, iluminado e alegre.

— Você foi ótima... seu grupo foi excelente. Parabéns... – O soldado a cumprimentava, ternamente satisfeito e orgulhoso dela...

— Eu jamais teria conseguido se você não estivesse aqui! – Darcy estava tão empolgada e risonha, que correu na direção dele e...

Lhe abraçou fortemente...

Bucky não esperava por aquele movimento tão repentino...

Ela lhe pegou de surpresa, fazendo-o recuar sutilmente diante de sua euforia...

— Hey, se acalme... você vai cair... – Ele a segurava em seus braços, observando o quanto a estagiária se encontrava imensamente feliz.

O sargento atentava para os lábios dela... curvados num sorriso majestosamente extraordinário...

A belíssima expressão de Darcy, desalentava sua razão... a ponto de quase perder seu incrível autocontrole e fazer a primeira coisa que tinha em mente...

Puxá-la para mais perto e... ele sequer conseguia completar seu próprio raciocínio...

Era torturante não conseguir frear a embriaguez de seus sentidos... de não conter o forte arrepio que sentia quando vislumbrava e tocava a pele alva e marmorizada da garota, sob seu fino vestido...

Seu corpo a chamava... e seus olhos marcavam a pele dela... demasiadamente entorpecido...

Ambos ficaram frente a frente...

Então, Darcy mordeu o lábio inferior, sorrindo matreiramente...

Ele amava aquela expressão ousadamente infantil da garota...

— Eu estava pensando... tem um clube aqui em Willowdale que costuma tocar Jazz, Blues e Swing... tá a fim de ir comigo?

Bucky a encarou, desconfiado...

— Você está me convidando pra sair...?

— Sim, eu estou... – Ela piscou enquanto sorria.

— Pra um clube de Jazz? Mas não foi a senhorita que recusou meu convite quando pedi para sairmos pra dançar...?

— Sim, mas agora eu estou te convidando... algum problema com isso?

— Nenhum...

— Então pare de contestar tudo o que proponho, sargento... – Darcy lhe lançou um olhar firme e convicto, enquanto matinha um sorriso nos lábios.

— Você não ia sair com seus amigos? – Indagou-a, surpreso de convidá-lo para sair depois da apresentação.

— Não, não... eu já vi a cara dessas hienas por quatro anos... eu quero sair pra comemorar a minha aprovação, mas quero sair com você... – A estagiária revelava, completamente feliz.

— Comigo...? Por que eu...? – James sorriu de canto, lisonjeado com o convite.

— Ora, porque aquele dia que dançamos na sala não foi uma dança de verdade, embora eu não me lembre de quase nada... além do mais, você disse umas semanas atrás que me daria aulas de etiqueta, já que não sei me comportar como uma dama. – Darcy piscava, fazendo insinuações, se recordando da vez em que comia uma trufa antes de sair para o evento da PYM Tech.

— Você ainda quer ter aulas de etiqueta...? – A questionava, num tom divertido.

— Sim... – Afirmava, com muita convicção.

— Certo... eu aceito ser seu professor essa noite... – O sargento dava seu braço para a garota, no intuito de conduzi-la para fora da universidade.

— Serei uma boa aluna... eu prometo. – Ela agarrou o braço dele em resposta e ambos saíram dali.

Para a melhor noite de suas vidas...

.

.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Agora vaaaaaaaaaaai galera, agora vaaaaaaaaaaaaai, uhuuuuuuuuuuu o/



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Wintershock" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.