Wintershock escrita por ariiuu


Capítulo 39
A espreita de duas espiãs russas


Notas iniciais do capítulo

Hello, galere, tudo certo?
Mais um capítulo sexta à noite e nesse teremos muitas piadas, descobertas e encontros incisivos. Vocês estão preparados? ;D
Divirtam-se.



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Yelena Belova estava no mesmo local que as duas amigas.

A espiã russa que se encontrava incrivelmente linda para a ocasião, observava Darcy e Kimberly, acompanhando cada passo das garotas...

Seu objetivo ali era apenas um...

Apreender Darcy Katherine Lewis a fim de ter um excelente motivo para convencer o Soldado Invernal a sair do país para fazerem negócios... e ele tinha duas opções...

A HYDRA ou o Governo Russo...

A loira já espiava a vida de Darcy há alguns dias, ao descobrir que a garota havia abrigado Bucky Barnes em seu apartamento.

Era apenas uma questão de tempo para encurralá-la ali e leva-la para fora daquele prédio.

Seus planos dariam certo, isso se...

.

.

Natasha Romanoff não estivesse ali, a dez passos na sua frente como espiã, espreitando a loira, apenas esperando que a mesma fizesse seu primeiro movimento.

.

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A ruiva descobriu onde Yelena estava e a seguiu até o tal prédio na Time Square, temendo que a mesma soubesse a localização do Soldado Invernal.

Ao perceber que o alvo da espiã era Darcy Lewis, Natasha se questionou o porquê... Por que aquela garota seria um alvo...? Qual era o objetivo de Yelena...?

A Viúva Negra não estava disfarçada. Se encontrava com sua identidade conhecida pelo mundo, e sabia que alguns federais não lhe parariam, pelo simples fato de que o antigo conselho da SHIELD ainda mandava em tudo, e todos sabiam de sua estadia em Nova York.

Ela era reconhecida por diversos civis, mas estar exposta no meio de pessoas normais era o menor de seus problemas no momento...

A espiã trajava roupas discretas, e esperava o barman trazer sua bebida.

Quando o mesmo a serviu, ela mostrou um sorriso largo, como se estivesse ali apenas para se entreter.

A ruiva saboreava seu drink, do lado oposto onde Belova estava.

Darcy e Kim continuavam dançando, quando outra música da Lady Gaga começava a tocar...

“Alejandro”...

— Eu adoro essa música! – Kim pulava.

— E eu odeio... sério, por que a gente não foi pra algum show de heavy metal em vez dessa balada? – A estudante revirava os olhos.

— Nós já vamos no show do Foo Fighters em Agosto, então para de ser chata, ok!? Quando você bebe, fica chata como um cavalo, querendo dar coice! – A loira mencionava sobre um show onde as duas iriam em algumas semanas, no auge do verão americano, e ali mesmo em Nova York.

— Eu não estou bêbada, Kimberly... – A garota mostrava leves sinais de embriaguez, mas nada que a deixasse narcotizada.

— Está sim... até me chamou de Kimberly! – Já a loira, se encontrava animada, feliz e saltitante como um cordeirinho.

— Oow sua idiota, se você está bêbada, como vai dirigir!? – Darcy protestava, indignada.

— Agora que você falou sobre isso, eu não sei... – E então, ela começou a rir como uma hiena, mostrando seus incríveis dentes brancos.

— Sério, você não está pensando em dirigir nesse estado, está!?

— E o que a gente faz então!?

— Eu vou ter que ligar pro Derek. – A estudante sabia que só uma pessoa podia lhes tirar daquela situação e teria de sobrar para o rapaz.

— Ok então, de acordo! Agora vamos parar de papear e dançaaaaaaaaaar! – Kim pulava e voltava a dançar como louca no meio da pista.

.

— Don't call my name Don't call my name, Alejandro…

— I'm not your babe I'm not your babe, Fernando…

.

Darcy bufou ao ouvir Kim cantando a letra da música...

— Tinha que ser justo essa música!? Você cantou esse troço no meu ouvido durante meses!

— Ahahahaahaha, amo! – A loira estava fora de órbita. Aquela não podia ter vindo na melhor hora, já que amava quebrar sua rotina maçante de vez em quando.

E no meio da euforia, Kimberly tirou o smartphone do bolso e puxou Darcy para perto.

— Vamos tirar uma selfie, joaninha!

— Aff...! – A garota se perguntava se estavam ali para que a mesma tentasse esquecer sua paixão idiota pelo soldado ou se era para o divertimento pessoal de sua amiga, que amava sair para festas bem no meio da semana, sabendo que teria de trabalhar no dia seguinte.

A loira tirou fotos com a amiga durante minutos...

A estudante estava sem saco para isso... e...

Kim olhava foto por foto...

Ela fez uma careta com o que vira...

— Mulher é assim... de cada cem fotos que tira, só uma fica boa...! – A amiga de Darcy estava decepcionada com o péssimo ângulo em que as selfies foram tiradas.

— Céus, Kim, eu não estou com paciência pra fotos hoje... eu estou deprimida, lembra? – Darcy fazia beicinho.

— Ah, joaninha... não faz essa carinha... eu já soquei a cara do Robert hoje pra te vingar. Deveria estar um pouco mais feliz, não acha?

— Sim, mas foi um ano de sofrimento... eu só queria esse tempo de volta... – Desabafava, um tanto desanimada.

— Lembra do que você disse pra mim logo quando o Robert te de um pé na bunda?

— Eu disse: "Amiga, ele quebrou meu coração, o que eu faço?"

— "Pega os cacos e corta a cara dele!". Se tivesse ouvido meu conselho, hoje não estaria passando por isso.

— Antes tivesse feito... só consegui me isolar no meu apartamento... e quase repeti o semestre por causa daquele infeliz.

— Mas o importante é que você superou ele!

— Pra me apaixonar por outra pessoa com quem eu jamais teria um relacionamento...

— Isso é verdade, mas agora que você mencionou o sargento, lembrei de algo que estava pensando esses dias...

— O quê...?

— Já que ele é um soldado aposentado e um ex-espião, existe um trabalho excelente pra ele aqui em Nova York e acho que devia convencê-lo a entrar, porque você pode ganhar um bom dinheiro...

— Qual? – Darcy revirou os olhos, na inocência.

— Stripper! Imagine o sucesso que ia fazer no meio da mulherada!? AHAHAHAHAHAHAHA!!! – A amiga de Darcy estava tão bêbada que já não media as palavras pra formular piadas sem graça.

— Kim... acho melhor parar de beber... – Darcy revirava os olhos. A loira já estava passando dos limites.

— Olha quem fala!

— Pensar no Bucky como stripper é surreal... – A estudante nunca entenderia os devaneios insanos de sua amiga.

— Hmmmm... aposto que você ia amar a ideia, então imagine esse boy numa farda do exército!?

— Pare de viajar... – E uma carranca se formou no rosto da garota, que não estava gostando das ideias que sua amiga estava tendo com o sargento.

— Eu sei que você não é nenhuma santinha! Aposto que já sonhou com ele pelado!

— Céus, Kim! Pare com isso! Eu nunca sonhei com ele pelado!!! – O rosto da garota começou a enrubescer de vergonha.

— Sem essa, joaninha! Eu tenho certeza que você tem diversas fantasias com ele! Qualquer mulher teria e isso é super normal.

— Eu nunca pensei nele desse jeito... – A garota replicou timidamente. De fato, não se recordava de ter pensado nele com aquelas intenções, mas agora que a loira estava tocando no assunto, Darcy sentia que já tinha sonhado algo estranho com ele a um tempo atrás, mas não se recordava do sonho...

Além do mais, ela viu o seu... na vez em que chegou no apartamento e o soldado tinha acabado de tomar banho.

A loira estranhava o silêncio da amiga, e resolveu provoca-la.

— Por que ficou quieta? Está imaginando como seria ter uma noite quente com o soldado!? – O sorriso de Kimberly era ousadamente atrevido, e a garota a encarou com os olhos em chamas, quase incinerando-a.

— KIMBERLY!!! EU VIM AQUI PRA ESQUECÊ-LO!!! VOCÊ ME ARRASTOU PRA ESSA BALADA PRA ISSO!!! – Lembrava a loira, que aquela altura estava tri-bêbada e parecia ter esquecido do objetivo principal de ambas estarem naquela balada em plena segunda-feira.

— Iiih, é verdade.., foi mal, joaninha... eu juro que não vou dizer mais uma palavra sobre ele!

Darcy suspirou... talvez estar ali não fosse uma boa ideia...

E para piorar as coisas, James tinha descoberto que Kimberly sabia sobre sua identidade, o que era algo inaceitável...

— Você chegou lá do nada e logo foi falando com ele... Imagina o quão irritado o Bucky deve estar por não ter contato antes que você sabia sobre a identidade e permanência dele no meu apê!?

— Eu juro que ia dar um soco nele também, quando vi que ia rolar um fight com a mula do Robert, mas fiquei um pouco narcotizada quando olhei dentro os olhos dele... Seria impossível não se apaixonar por esse sargento gato... não sei se fico triste ou feliz por você...!

— Você estava narcotizada porque já tinha bebido todas antes de chegar lá!

— Quase todas! Senão, nem estaríamos aqui!

— Pela última vez, Kim... VAMOS PARAR DE FALAR SOBRE ELE!!! – Darcy já estava super irritada com a amiga, e a loira resolveu não abriria mais a boca para se referir ao soldado.

As duas continuavam dançando ao ritmo frenético da música por um longo tempo...

Kim trocava os passos de tão alcoolizada que estava.

Darcy se encontrava levemente bêbada, mas não no nível da loira.

E do nada, as duas passaram a discutir sobre como estava difícil achar um príncipe encantado nos dias atuais.

— Acho que esse lance de príncipe é uma bela armadilha de Hollywood pra enganar todas as mulheres, como se existissem homens por aí que fossem perfeitos, sendo que na realidade não existem. – Kim comentava sobre suas teorias com a amiga.

— Sim, e a Disney é a maior fábrica de mentiras amorosas que existe...!

— Concordo! Mas para e pensa... se fosse verdade, sortuda era a Bela Adormecida, que passou a vida dormindo e quando acordou já tinha um marido, casa e comida, ahahahahaha!!!

As garotas divagam naquelas teorias ridículas, quando se depararam com um casal muito jovem se amassando no canto da pista.

As duas olharam para a cena com cara de nojo, exibindo caretas grotescas.

— Se o mundo continuar desse jeito, meus filhos vão transar primeiro que eu... – Darcy confessava, num tom sarcástico e Kimberly ria de sua piada, porque na cabeça dela, a amiga era tudo, menos puritana.

— Oooh, quem vê pensa que você é uma beata casta com baixa libido! – A loira continuou dançando no ritmo da melodia enquanto ria como louca da cara da amiga.

— Menos... você é outra foguenta e deixa isso muito claro... – A estudante jogava tal ‘fato’ na cara de sua amiga.

— Eu sou foguenta sim, mas confesso... faz meses que não saio com ninguém e estou maravilhosamente bem! – A loira erguia os braços pro alto, dançando feliz.

— Pois é, em vez de ficarmos aqui falando da minha vida amorosa, porque não falamos da sua?

— Eu não tenho vida amorosa!

— Tem sim! E o cara que você estava saindo um tempo atrás!? Aquele que trabalhava num escritório de advocacia no Queens?

— Era o maior 171... sabe, joaninha, acho que a privada do meu Cupido entupiu, e revoltado, ele jogou umas merdas pra cima de mim, ahahahahaha!!!

A estagiária suspirava impaciente, tentando não se enfezar com os desvairos de uma bêbada enquanto dançavam no meio de poucas pessoas, um casal se amassando e um DJ meio frustrado pela quantidade de ‘dançarinos’ na pista, mas...

Do outro lado do salão, Natasha continuava observando Yelena, sem saber porque a espiã estava de olho em Darcy.

Qual era a ligação da estagiária de Jane Foster com a espiã russa? Por que ela estava lhe vigiando?

Quando parava para pensar... não conseguia chegar a uma conclusão. Nada fazia sentido...

E justamente naquele exato instante, o telefone de Natasha vibrou.

Era Clint Barton.

A ex-agente da SHIELD atendeu.

— Descobriu alguma coisa? – Ela foi direta e Barton ouvia o barulho da música daquela balada de fundo.

— Descobri que a Yelena está rondando a Upper West Side todos esses dias. Provavelmente o Soldado Invernal se encontra nessa região. É certeza. – O Gavião Arqueiro revelava, algo não muito novo do que Natasha já sabia.

— Ela está aqui na Time Square, vigiando a estagiária da Doutora Foster. Até agora não entendi o porquê.

— A estagiária da Astrofísica...? Isso é confuso... por que ela estaria de olho nessa garota?

— Eu não sei... talvez por causa do Thor? Estou esperando uma brecha ou pistas que me permitam descobrir isso. Mas agora que mencionou... quando conheci a estagiária hoje, ela tomou um susto quando me viu. A reação dela não foi normal, se comparada aos outros estagiários.

— Se ela expressou muita surpresa, significa que essa garota não esperava te ver ali porque você representa algum tipo de perigo?

— Foi o que pensei. Mas por quê...?

— Ela deve saber de algo que você não pode descobrir. – A cada indagação que ambos se faziam, toda a experiência que Clint e Natasha possuíam em espionagem e sobre o comportamento das pessoas, lhe fariam chegar a uma conclusão plausível sobre aquele caso.

— Como o quê por exemplo...? – Natasha o questionou, incerta.

— Vamos pensar, Nat... se você representa algum perigo, é porque ela está escondendo algo que você não pode saber e Yelena está atrás dela... o que podemos concluir com isso é...

.

— Essa garota sabe sobre o Barnes...

.

— Exatamente... – Clint também tinha o mesmo raciocínio da ruiva.

— Certo... mas por que a estagiária de Jane saberia sobre ele e ninguém ainda descobriu? Será que ele a coagiu? O que você acha disso...? – A Viúva Negra estava perplexa. Como uma reles garota como Darcy Lewis podia esconder um segredo daquele nível?

— Ela não deve apenas saber sobre ele, Nat... Deve saber onde ele está, caso contrário, qual o motivo da Belova estar vigiando-a?

— Sim... faz todo o sentido...

— Devemos concluir que Yelena não chegou até o Barnes?

— Não sei... mas se chegou, qual seria o motivo de estar atrás da estagiária?

— Provavelmente raptá-la? – Clint indagava, fazendo seu raciocínio correr solto, juntamente com Natasha.

— E se fosse raptá-la, é porque sabe que a garota tem alguma ligação com o Soldado Invernal? – Todas as contestações da dupla lhe faziam chegar a conclusões que faziam muito sentido, embora fossem totalmente inesperadas e incertas.

— Que tipo de ligação essa garota teria com ele? Isso não faz sentido algum...

— Clint... essa garota deve saber sobre o Barnes e também deve ter alguma relação com o mesmo, caso contrário, qual seria o motivo de ele estar aqui em Nova York...?

— Se Yelena quer raptá-la, é porque a garota representa algo pra ele... agora a pergunta é... como isso foi acontecer? Como eles se conheceram e até que ponto estão?

— Isso eu não sei e estou um pouco assustada com o rumo que as coisas tomaram... o Soldado Invernal é uma arma e não há possibilidade de ter esse tipo de relação com essa garota...

— Mas não há outra explicação, Natasha...

A ruiva ficou em silêncio por um momento... nada daquilo fazia sentido, mas o que estava acontecendo de verdade? Se Darcy Lewis fosse algo descartável para o Soldado Invernal, não havia motivos para Yelena estar ali. James sempre trabalhou muito bem sozinho, sem ajuda de ninguém, porque as pessoas sempre foram um empecilho para ele, e que não o faria se arriscar de forma alguma, seja por quem fosse.

Mas talvez o soldado tivesse recuperado parte de sua humanidade no tempo em que estava longe da criogenia e da HYDRA.

— A única coisa que faz sentido pra mim é que a estagiária de Jane Foster é alguém importante pro Barnes. – A ruiva concluiu e Clint pensava o mesmo.

— Se for realmente isso, então matamos a charada, Nat. Essa garota está com o Barnes. Ela não somente sabe sobre ele, como também deve saber a localização exata de onde o mesmo está.

Natasha estava em choque... As peças daquele imenso quebra-cabeças finalmente se encaixavam e tudo fazia sentido.

— Ouça, Barton... Em hipótese alguma a estagiária deve saber que descobrimos isso, ou corremos o risco de que Jane Foster, Thor e todos os outros descubram sobre o Soldado Invernal, e o pior... Steve pode acabar sabendo... Não posso deixar que Yelena se aproxime dela. Tenho que a impedir de ir até essa garota.

— Seja discreta, Natasha. Não deixe suas emoções do passado interferirem nessa missão. Somos só eu você. Temos que correr contra o tempo.

— Eu sei... vou abordá-la de uma forma fechada. Não posso chamar atenção, mas... não sei se vou conseguir...

— Me liga pra dizer se essa etapa da missão foi concluída com êxito.

— Ok.

E então, a ex-agente desligou o telefone.

Ela decidiu que interpelaria Yelena naquele exato momento.

Sorrateiramente, a ruiva caminhou lentos passos... observando tudo ao redor, discretamente.

Natasha se aproximou do balcão, sentando finalmente ao lado da loira.

Porém...

Yelena se virou para ela e...

Esboçou um sorriso demoníaco...

A ruiva a fitou, seriamente, prestando atenção ao máximo nos movimentos da mesma.

— Ora ora... Se não é a Agente Romanoff, desempregada e na minha cola... o que está fazendo aqui além de me espionar...? – A loira sorvia o líquido da taça, se deliciando com sua bebida após contestá-la de modo debochado.

Ela mostrava que já sabia que Natasha estava lhe seguindo.

— Você está atrás do Barnes... e quer raptar essa garota para ameaça-lo, não é mesmo...? – Natasha mostrava que já sabia de toda a intenção da loira.

— Hmm... sim, mas você só descobriu isso agora há pouco, não é...? Quem era no telefone...? Clint...? – A espiã russa a indagava, zombeteira.

— Você é mesmo muito astuciosa... – A ex-agente sorriu, jogando o jogo dela.

— Natalia... espero que esteja preparada para arcar com as consequências caso queira me impedir... sabe que vai colocar tudo a perder se você se intrometer... – A loira continuava saboreando sua bebida, despreocupadamente.

— Você está aqui a pedido de quem? Da HYDRA ou do atual líder da Ex-KGB? – Ela era direta, mencionando sobre um dos homens mais perigosos da Rússia, e Yelena já esbanjava uma feição incomodada...

Natasha sabia sobre muitas coisas...

— Óbvio para você, não é mesmo...? Qual dos dois citados você acha que sairá ganhando, caso o Sargento Barnes aceite colaborar...?

— Você sabe que eu sei... por que pergunta?

— Estou apenas te testando... Viúva... – Um brilho nefasto podia ser visto nos olhos da espiã, apenas porque mencionou a palavra “Viúva”.

— Você nunca vai aceitar que esse codinome pertence apenas a mim, não é mesmo...? – Nat sorriu, lindamente esplêndida.

— Podemos duelar novamente para ver quem é merecedora desse título, o que acha...?

— Me diga o local e hora... – Natasha se aproximou, cruzando os braços, cercando Yelena por inteiro.

A loira sorriu arrogantemente, respondendo...

.

— Aqui e agora...

.

E então, a Yelena se afastou, desferindo um chute que fez Natasha voar para trás, colidindo contra duas mesas ao lado do balcão.

O barulho chamou atenção de todos ali.

Incluindo Darcy e Kim...

— O que está acontecendo...? – A estudante focalizou o olhar na direção das duas figuras femininas que se enfrentavam.

O DJ parou com a música e as pessoas se afastaram, na medida em que ambas continuaram com o combate corpo a corpo.

Os seguranças foram acionados e dois garçons tentaram impedir que as mesmas continuassem se enfrentando, mas ambos foram nocauteados no mesmo instante.

A luta ocasionava muitas mesas quebradas e pessoas que tentavam impedi-las, saindo machucadas.

Quando os seguranças foram acionados e tentaram pará-las, também foram nocauteados, afinal...

Duas espiãs russas e lutadoras profissionais de classe A se confrontavam, então, meros seguranças não tinham capacidade de sequer tocá-las.

O chefe de segurança instruía todas as pessoas a recuarem dali, já que Natasha e Yelena não estavam dispostas a parar.

— Céus, por que duas mulheres como aquelas estão brigando? – Darcy perguntava, assustada em meio a fila de pessoas que seguiam para a saída do salão.

Ela não tinha reconhecido Natasha...

— Eu não sei... mas é estranho... nunca vi isso acontecendo aqui... – Kim lhe respondia, perplexa com o que vira.

Enquanto os seguranças tentavam encurralar as duas, ambas permaneceram lutando, até que Yelena se afastou e a fitou com precisão.

— Como consegue ser tão ingênua...? Eu te atraí até aqui, Natasha...

A ex-agente arqueou uma sobrancelha, surpreendida por não ter percebido que tudo aquilo era apenas um plano da espiã.

— Qual o seu objetivo?

— Isso... você verá em breve... – E então, a loira correu e passou pelos seguranças, com o intuito de sair do prédio.

A Viúva Negra fez o mesmo, indo logo atrás.

Ela tentou seguir Belova, mas a perdeu de vista.

Ao sair do prédio pela porta dos fundos, se aglomerou na multidão.

Os seguranças que correram atrás das duas não conseguiram encontra-las.

A Time Square estava lotada, em plena segunda-feira.

E do outro lado, Darcy e Kimberly saiam do prédio, seguindo para a multidão, no intuito de irem até o estacionamento onde o carro de Kim estava.

— Eu vou ter que chamar o Derek pra nos levar pra casa... nem eu e nem você estamos em condições de dirigir. – A garota pegava seu smartphone.

— Joaninha, no final deu tudo errado... não conseguimos dançar a noite toda... me desculpe... – A loira estava um pouco triste, pois o plano era se embebedar e voltar pra casa de madrugada, ainda que fossem trabalhar no dia seguinte.

Algo super normal e responsável...

— Tudo bem... não foi tão ruim assim... ficamos só uma hora e meia lá dentro, mas acho que por mim já deu. Eu tenho que trabalhar amanhã e ainda bem que não bebi muito.

— Mas tinha que ter bebido... – A loira estava completamente bêbada, mas nada que não lhe fizesse assimilar a realidade à volta.

— Alô, Derek? Você está ocupado? – A garota conseguia ligar para o amigo.

— Não, por quê? Aconteceu alguma coisa? – O rapaz respondia, do outro lado da linha.

— Eu e a Kim estamos na Time Square. Fomos numa balada, mas acabamos bebendo e não podemos dirigir. Será que você pode vir nos buscar? O carro da Kim está num estacionamento na sétima avenida.

— Você tá falando sério!? As duas idiotas foram pra balada encher a cara em plena segunda-feira!? Onde está a sua responsabilidade, Darcy!? Você tem um TCC em menos de um mês!!! – Derek gritava, dando lições de moral na garota, que revirava os olhos, tirando o telefone brevemente do ouvido, já que a gritaria estava alta. Ele parecia seu pai...

— Sério, Derek. Eu não bebi tanto assim... e eu fui pra balada pra esquecer o Bucky! Não foi você que disse pra tirá-lo da cabeça!?

— Mas não assim, sua idiota!

— Você vem ou não!?

— Eu vou ter que olhar pra cara dessa lagartixa da Kimberly!?

— É só hoje... Por favor...

Depois de um tempo sem dizer nada, Derek cedeu.

— Ok, mas fale por favor pra essa oxigenada não me dirigir a palavra, entendeu!?

— Tá, tá... Nós estamos em frente a Forever 21, ao lado da Disney Store.

— Em meia hora estou aí.

O rapaz desligou e Darcy suspirou aliviada... Até agora não entendia o que tinha acontecido dentro do prédio, com duas mulheres se pegando na paulada.

— Ele vem...? – Kim arriscou.

— Sim, para a sua infelicidade. E não quero nenhum um pio contra ele, entendeu? O Derek está nos fazendo um favor.

— Ok, joaninha... vou ficar cega, surda e muda, ok?

— Assim espero.

.

.

Não tão longe dali, Bucky se encontrava no apartamento de Darcy, olhando pela sacada a movimentação.

Mas em meio à sua distração, ele ouviu o telefone tocar e estranhou, pois não era comum ligarem aquela hora da noite.

Seria Darcy?

Ele correu para atender, temendo ser a estudante.

— Lewis...?

.

— Awn, mas que lindo... está preocupado com ela...?

.

A voz por trás da linha era de Yelena. Por que aquela mulher estava ligando para o telefone do apartamento de Darcy?

— Por que está ligando nesse número!? Você podia me abordar de outras formas, mas não ligando para cá! – A voz do sargento mostrava o quão furioso estava.

— Você não está em posição de decidir nada. Saia agora do apartamento da garota e me encontre aqui fora. Estou te esperando perto do parque, sentido rio Hudson.

Os dois sabiam que não podiam citar nomes, porque aquela ligação não era segura... alguém podia estar grampeando a ligação.

Mas ainda assim...

O soldado ficou em silêncio, enfurecido... Aquela mulher não tinha o direito de lhe procurar daquele modo...

— Eu vou até você. Me espere. Devo chegar em cinco minutos.

.

.


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Notas finais do capítulo

A espiã loira pretende ameaçar o soldado para que ele ceda as suas propostas e usará uma boa desculpa para isso. Também teremos o reencontro da Viúva Negra com ele, e uma Darcy meio que flagrando tudo? Imaginem o desespero da coitada?
Tudo isso você encontrará no próximo capítulo. Não perca! *Imitando as propagandas podres das novelas da globo
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