O IMPÉRIO DOS DRAGÕES escrita por GONGSUN QIAN


Capítulo 4
Capítulo III


Notas iniciais do capítulo

Hanfu: significa literalmente roupa da dinastia Han, esse tipo de vestimenta influenciou as roupas do sudeste asiático como o Quimono japonês e o Hanbok Coreano.

Dianxia: Alteza



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Era o dia da celebração do décimo quarto aniversário da princesa. Mei Yang estava cada vez mais irritada, não só pelo fato de que iria conhecer seu suposto "noivo", mas porque parecia que não havia nada para vestir. Como era uma realeza podia pedir as inúmeras costureiras os mais belos e delicados vestidos, porém nenhum parecia ser bom o bastante a altura da princesa mimada.

Depois de experimentar o que supostamente seria seu vigésimo vestido, um cor de rosa com delicados pessegueiros na bainha e lindas espirais douradas, seu rosto saiu de uma expressão de completa expectativa e se contorceu em uma careta ao se olhar no espelho de seu quarto.

—Horrível!— falou à algumas servas que traziam mais vestidos e a pilha em seu leito parecia crescer com as mais delicadas sedas e desenhos feito à mão.

Uma delas, a mais velha e que já estava acostumada aos ataques de birra da princesa, ousou fazer um comentário afetuoso.

— Está linda, minha XiaoJie*. A mais bela princesa de todos seis Estados. — disse sorrindo e fazendo suas marcas de expressões se aprofundarem, mostrando como o tempo lhe fora cruel.

A princesa lhe lançou um olhar capaz de fazer todo o frio lá fora simplesmente recuar em completo pavor. Era época de dizer adeus ao calor e receber de braços abertos o inverno. Olhar para fora deixava a princesa sôfrega, odiava o fato de ter nascido na noite mais longa do ano. Sua mãe poderia ter lhe segurado por mais tempo em seu ventre e esperado a última neve cair para então dar a luz. Queria ter nascido na época das flores de pessegueiro, quando as pétalas das árvores floridas que cercavam todo os muros do palácio e enfeitavam o dia com seu encanto e delicadeza, ou em qualquer dia quente, mas não nesse dia. Parecia que tudo estava conspirando contra ela. O general, seu único e verdadeiro amor, simplesmente a jogou nos braços de outro homem e seu pai aceitou. Por isso precisava estar no mínimo deslumbrante no dia de seu aniversário, não queria impressionar seu possível noivo, na verdade não suportava ouvir nada que fosse a respeito dele. A roupa era para o General, e só para ele.

—Pareço uma criança — falou cruzando os braços e armou seu costumeiro bico, fazendo seu comentário ácido soar irônico aos ouvidos da serva. — Eu deveria parecer uma mulher, mais velha e atraente.

A serva franziu a testa e alisou a saia do vestido com as mãos enrugadas.

—Seu noivo deve ter alguns anos à mais que você, duvido que se importará — o comentário não foi maldoso, ninguém gostava de ferir os sentimentos instáveis da princesa. Foi apenas um fato, mas isso bastou para a princesa distorcer as palavras e pensar que o General não se importava com seu bem estar. Como qualquer princesa acariciada, apenas ouviu o que não queria.

Ela ficou um pouco admirada com a forma que a fofoca corria mais rápido que o vento pelo Palácio, mas sua admiração se foi ao ouvir a palavra "noivo". Não era e nem seria seu noivo, seu coração e alma já pertenciam ao Qiang Mao e não seriam de mais ninguém.

Podia dar uma resposta esperta para a mulher mais velha ou simplesmente a mandar embora, mas optou por levantar as saia fina do seu hanfu* e correr em disparada ouvindo os gritos da serva sobre como sua reação fora pueril e nada digno da futura rainha de Naran. Não se importou nem um pouco com os arroubos da velha serva, era dona de tudo o que seus pés tocavam, e com um comando poderia substituir as empregadas por mais novas e menos petulantes.

Ela correu até seu lugar secreto, passou por corredores longos, então até o jardim, já ressequido pelo vento gelado, e além dele. Os guardas não se importaram ao vê-la correr daquela maneira, certos que em breve se veriam livres de seus surtos e olhares maldosos.  Nas últimas semanas, Mei Yang estava tão irritadiça que havia mandando alguns guardas embora, pois os mesmos haviam ousado lhe parabenizar pelo suposto noivado. Mi Gu só tinha chegado quando os jovens guardas pareciam em choque demais para conseguir contar o que acontecera, com sorte uma serva lhe disse e o tutor repreendeu Mei Yang e a fez se desculpar com todos que tinha ofendido.

Estava frustrada com todos os últimos acontecimentos. Era a princesa e não podia sequer opinar sobre seu futuro.

Seus pés descalços conheciam o caminho, então não se feriu nas pedras ao parar ofegante em frente a uma árvore de pessegueiro antiga que agora estava florida, a única árvore que ousava desafiar aquele inverno rigoroso e florescer com tanto vigor. Seu pai muitas vezes lhe contou histórias sobre ela, pois a árvore só florescia no inverno e começou a crescer justamente quando a princesa nasceu. Quando as outras aguardavam a época de se abrir, essa parecia destinada a menosprezar as estações com sua atitude rebelde. Seus galhos longos e negros eram acolhedores e Mei Yang adorava escala-los quando era menor e Mi Gu fingia não saber para onde a princesa se escondia.

 Era ali que ela ia quando as lições e tarefas faziam sua pequena cabeça latejar. Quando se sentia triste, quando o General não voltava para o Palácio ou não havia falado com ela, ou quando simplesmente precisava ficar sozinha. As vezes Mi Gu deixava e fingia procurar por ela em outro lugar. Sabia que as vezes era preciso ficar só, ele dizia que a mente, em alguns momentos tinha que estar em conexão com a natureza, e até mesmo a princesa sendo uma cabeça de vento e mimada, tinha seus limites.

Mei Yang sentou-se na base da árvore, não se importando em amassar o hanfu e soltou um longo suspiro. As vezes ela perdia a noção de tempo quando ficava ali, apreciando a brisa suave de inverno que fazia seus pelos do braço arrepiar e as madeixas de seu cabelo negro dançar envolta de seu rosto.

Ela inclinou a cabeça e era nesses momentos que parecia que sua alma finalmente estava em casa, ali com sua árvore. E ignorou os sussurros do vento que carregavam a promessa de um destino diferente do que a pobre e ingênua princesa almejava.

»●«

— Está belíssima, Dianxia — disse Mi Gu pela segunda vez ao contemplar a jovem princesa. Belíssima era blasfêmia comparado a como a princesa estava.

Ela sorriu vitoriosa.

Seu hanfu para muitos poderiam parecer sem graça pela escolha da cor, mas se olhassem com atenção veriam a perfeição e o trabalho bem feito das costureiras. Flocos de neve rendados e pintados à mão desciam pelo tecido de seda de seu hanfu. O preto, o azul e roxo escuro da roupa contrastava com sua pele pálida e seus cabelos negros estavam metade presos a adornos feitos sob encomenda. Flocos de neve, uma lua e estrelas pequenas e delicadas estavam espalhadas por toda extensão de seu cabelo. Ela era a personificação da noite de inverno, bela e misteriosa.

Mei Yang abriu o leque preto com varias estrelas, um presente do General, que não passou despercebido por Mi Gu, que quando viu levantou a sobrancelha e abriu a boca para provavelmente persuadi-la que não era uma boa ideia usar algo dado por um homem sendo que já estava quase noiva de outro.

O General já tinha a salvo várias vezes durante sua infância. A princesa de Naran, por algum motivo misterioso, parecia viver sob ataques constantes e isso fazia o rei envelhecer mais de preocupação. Na primeira vez que o General Qiang Mao a salvou, Mei Yang tinha apenas oito anos e desde aquele dia tinha declarado para sua árvore e para o vento que seu coração não seria de mais ninguém à não ser do General.

— É meu dia, Mi Gu — falou friamente. — Por favor deixe eu usar o que eu quiser — ele não parecia convencido então ela usou sua tática capaz de convence-lo. Ela abaixou os olhos e seus ombros caíram em completa derrota. — Eu já serei obrigada a casar com alguém. Posso pelo menos usar algo que eu gosto antes que ele decida o que irei vestir.

— Sabe, casamento não é uma tortura.

Ela dá de ombros começando a se irritar. Podia ouvir os sons de flautas e tambores e só queria ver seu General, e como ele reagiria ao vê-la.

— Vou casar com alguém que não amo. Então sim, é uma tortura — disse choramingando.

— Isso fará com que muitas pessoas sobrevivam. Uma aliança entre dois fortes Estados, foi você mesma que sugeriu.

Ela pensou em varias coisas maldosas para dizer, mas isso não faria Mi Gu deixá-la ir logo para sua festa. Forçando um sorriso ela piscou os longos cílios negros.

— Por favor, Mi Gu.

Mi Gu achava engraçado e patético a forma com que ela tentava lhe persuadir, mas não adiantava protestar com aquela cabeça de vento, Mei Yang sempre conseguia o que queria. Ele cruzou os braços suspirando.

— Você pode usar o leque — o sorriso de Mei Yang foi genuíno e era tão doce que fez Mi Gu perder a pose de sério, apenas por segundos. — Mas, terá que ao menos conversar com Yan Feng — o sorriso da princesa morreu e Mi Gu queria rir de sua expressão, no entanto ficou tão serio quanto ela. — se conversar com ele darei um dia de folga, escolhido por mim, de suas lições sobre política.

Os olhos de Mei Yang brilharam e Mi Gu teve que admirar o fato de que ela podia ser apenas uma princesa fútil na maioria do seu tempo com nada na cabeça, à não ser flores e príncipes encantados, mas quando o assunto era negociar, Mei Yang era excepcional!

Já Derrotada,  ela suspirou jogando as mãos para cima, não parecendo nem um pouco com uma princesa recatada.

—Tudo bem. Dois dias de folga e tentarei ter uma conversa amigável com esse rapaz. — ela saiu andando a passos largos antes que Mi Gu percebesse o acréscimo de dias que a princesa que fez a sua barganha.

Mei Yang era tão rápida que o deixou para trás. Sorrindo ela entrou no salão, não iria conversar com Yan Feng, evitaria qualquer pessoa que não fosse o General. 

Se não estivesse acostumada a tamanha ostentação ela poderia ficar estupefada com a decoração como alguns nobres que vieram a sua festa estavam. Lindas lanternas estavam penduradas no teto abobadado, e muitas pessoas com roupas de tecidos finos, coloridos e belos caminhavam conversando com velhos amigos pelo salão. O ouro que adornava as portas e janelas do palácio pareciam mais esplendorosos com os tecidos dourados que descia do teto até o chão com largos bordados de dragões. 

Alguns pararam para a ver entrar, e isso fez com que um rubor lhe subisse a face, mas  em nenhum momento ela parou, quando tentaram conversar ou lhe parabenizar. Mei Yang Ignorou a todos com um ar de superioridade e esticou o pescoço a procura de uma certa figura. E para os convidados que não estavam acostumados com o jeito rude e desdenhado da princesa, levaram sua atitude mesquinha como uma  ofensa. Seu foco era em achar Qiang Mao e não jogar conversa fora com gente que não lhe importava.

Yoshio, irmão de Amon entrou no seu caminho e sorriu ficando vermelho ao fazer uma reverência a princesa.

— Está linda, Yang'Er *—  Mei Yang controlou os impulsos de revirar os olhos para ele. Seu meio irmão era extremamente chato e vivia no seu pé sempre a cercando de forma invasiva e ela odiava essa atitude despretenciosa dele. 

— Eu sei! — ela simplesmente falou e se afastou, deixando o pobre segundo Príncipe chateado com seu comportamento estúpido, como se pouco se importasse com ele.

O rei estava sentado em seu trono desfrutando de seu vinho sorrindo. Por um momento Mei Yang esqueceu de sua busca desenfreada por Qiang Mao e focou na expressão de seu pai e ficou preocupada com ele. Quando soube de seu mal estar, ela correu para lhe ver, porém depois de visita-lo ele lhe garantiu que estava bem. Ignorou o fato de que se olhasse bem para ele agora veria que o sorriso que ele lançara para ela e para os convidados era forçado e que havia suor em sua testa. Cansado, ele só estava fingindo estar bem, pois queria tranquilizar a filha no seu dia mais importante. Só estava na festa por ela. Queria conhecer o homem para quem talvez entregaria sua mão.

Ela não foi até ele, em vez disso procurou avidamente por seu amor. Havia muita gente, quase todos falaram com ela receberam tratamentos detestáveis. Ela bateu os pés impacientemente no chão quando sua paciência se esgotou.

Onde você esta? ela pensou irritada!

— Você deve ser Mei Yang, a princesa de Naran —  uma voz um pouco grossa soou detrás dela. Ficou tão esperançosa que fosse o general brincando com ela, já que nessa noite em especial Mei yang estava mais deslumbrante que nunca, e parecia ter envelhecido pelo menos três anos. Era ele,  Sim devia ser o General! E ela se virou bruscamente, e então o sorriso iluminado que abriu com a possibilidade de ver o seu amado, se apagou.

Se não estivesse tão esperançosa teria notado que a voz que a chamou era mais baixa e menos potente que a do General, que era brusca e alta. Seu coração tolo parou de bater rapidamente em expectativa falha.

Então seus olhos conseguiram focar na figura que estava a sua frente, Mei Yang piscou atordoada, quando reparou que o rapaz que a chamou tinha cabelos num tom estranho. Loiros acinzentados, quase branco. Quando reparou nas suas roupas talvez tenha ficado um pouco chocada com a escolha que fez, assim como, provavelmente a maioria das pessoas do salão que pararam o que estavam fazendo e correram para as janelas e portas de entrada  para ver a interação dos futuros noivos. Enquanto ela era a noite de inverno, ele era o dia de verão. O tecido branco e um quase imperceptível azul claro da seda e cetim se misturavam bem com as chamas nas bainhas e sóis desenhados em seu hanfu*, combinando perfeitamente com a vara dourada com detalhes em vermelho no alto de sua cabeça.

O que fez a jovem não lhe ignorar e sair andando não foi a postura igual ao do Qiang Mao, que aquele rapaz ostentava, nem a reverência respeitosa e perfeita que fez, e sim a coloração de seus olhos quando ele ergueu o rosto firme e extremamente belo, até a princesa teve que concordar que aquele rapaz era de uma beleza incomum. Os olhos dele eram duas cores diferentes, um castanho claro e um verde bem escuro. Nem mesmo em seus livros de romance os homens possuíam tais características e já tinha lido o suficiente para saber que nesse momento era para ter encontrado seu General, não esse homem de olhos estranhos.

—Quem é você? — questionou com sua voz saindo alta, era uma acusação para quem a conhecia bem. Mas, como ele sequer a viu em toda a sua vida, apenas ficou espantado que uma princesa pudesse ser tão impertinente e mal educada. Se Mi Gu estivesse ali a teria repreendido, mas o pobre tutor estava longe demais. O rapaz não demonstrou no entanto seu espanto, o rosto dele estava neutro.

— Sou Yan Feng de Sunri — disse com eloquência e a jovem Mei Yang o desdenhou de forma rude, e até mesmo pensou em voltar para sua busca a Qiang Mao. Mas, o nome daquele menino ficou gravado na sua memória fraca como uma farpa que se prende no dedo e que fere de tal forma e a dor corrói por dias. Lembrava de onde tinha ouvido e lembrava ainda mais que ele era o culpado por tê-la afastado de seu amado.

Seu possível noivo estava parado na sua frente, a única pessoa que não queria ter encontrado.

Sim, Mei Yang pensou enquanto o observava de olhos semicerrados. Tudo estava conspirando contra ela. 

Tão próximo dali estava Che'eng Huang, observando a cena de boca aberta sem acreditar no que estava vendo. Os dois tinham se unido numa provação. Céus, isso era terrível!

― Yan Feng! ― A voz espantada de Ch'eng Huang saiu alta demais. Se fosse apenas um humano com certeza seu espanto teria causado um alvoroço na festa, mas era um deus e sua presença não podia ser notada por meros mortais.

Os olhos negros do jovem deus estavam tão arregalados enquanto encarava a figura do casal a sua frente, que teve ímpetos de arrancar o selo da memória de seu amigo para lhe perguntar como ele foi parar ali, na provação mundana da jovem princesa.

Algo estava errado, Yan Feng não era para estar no reino mortal, era para estar nos nove céus se preparando para se tornar a próxima divindade suprema celestial. Uma provação mundana com dois deuses entrelaçados em um único destino era muito pior do que toda dizimação do reino fantasma há milhares de anos. Principalmente para os dois que não eram da mesma essência, Mei Yang era a energia Yang encarnado e Yan Feng possuía a energia pura de um celestial, a majestosa energia Yin. Se seus destinos tinham se entrelaçado na terra, eles poderiam se unir e causar um dano muito maior a balança que rege o universo.

Era regra no mundo imortal que um celestial nunca poderia se unir a um fantasma.

Ch'eng Huang pegou seu leque de dentro das suas roupas brancas e assim que abriu aquele obejto transpassou uma única vez no seu campo de visão abrindo o portal para o reino celestial. Ele tinha que achar o senhor das estrelas e falar pessoalmente com ele. Tinha que avisar ao imperador celestial que Yan Feng estava no reino mortal e por isso nenhum imortal achou sua essência, porque ele estava selado. Assim que entrou pelos portões de ouro com pedras das mais preciosas formando o selo de quatro pontas identificando cada reino importante. O celestial, Reino das dinvidades supremas detentoras da energia Yin, o reino fantasma, o rrino que carrega a energia Yang, o Reino onde pertenciam os clãs mais poderosos que ficavam abaixo apenas dos celestiais, e o reino do esquecimento onde as almas imortais condenadas ao sofrimento eram jogadas.

Ch'eng Huang pensou o que faria para tirar Yan Feng da provação. Ele atravessou rapidamente cada corredor que levava a todos os palácios presentes no céu, até chegar ao palácio branco como as nuvens e fora recebido por Quon Xu, o servo leal do deus das estrelas.

― Preciso falar imediatamente com Chi Yu. ― Quon Xu encarou Ch'eng Huang com um olhar curioso e por fim abriu a porta do salão supremo. O chão da enorme construção havia vários desenhos que formavam o céu noturno, o interior era tão branco quanto o lado de fora, havia vários livros na entrada, mas eram tantos que provavelmente nem ele, sendo um deus da noite, conseguiria ler aquela enorme quantidade.

― Terá que perdoar meus modos, majestade, mas meu mestre se retirou para cultivar seu Yin.

― Onde ele está? Preciso falar com ele imediatamente.

― Meu mestre deixou ordens expressas para que ninguém lhe importunasse. Ele se retirou para o palácio supremo dos nove céus. Sua majestade, o imperador celestial, o convidou para se banhar por três dias no lago da pureza, já faz dois dias que ele partiu, talvez amanhã de manhã ele esteja de volta.

― Eu não tenho tempo para esperar até amanhã, meus assuntos com ele é a respeito do mundo mortal. Enquanto estou aqui já se passaram dias no outro reino. Eu tenho que retornar logo. Se eu esperar Mais vinte quatro horas receio que retorno ao reino mortal daqui um ano, e será tarde demais.

― Se é tão grave poderá ir ter com ele no palácio da pureza, mas mesmo assim se passará meses na terra. Seja o que for, recomendo que resolva da sua maneira. Se for algo ligado ao destino mortal, ou a provação da jovem princesa fantasma, receio que nada pode ser feito se não cruzar os braços. Uma vez que meu mestre escreve o destino de um mortal, esse destino não pode ser alterado.

― O príncipe do reino celestial está na terra... Junto com Yang'Er na provação.

Os olhos do pequeno homem se arregalaram e por um breve momento seus pés desequilibraram. Dois deuses numa mesma provação. Pelo pai celestial! Quon Xu andou apressadamente até o livro preto mais próximo da porta, um que estava sob uma mesa de cristal, e abriu rapidamente.

― O que tem no destino de Mei Yang e Yan Feng? ― Ch'eng Huang se aproximou tentando bisbilhotar as páginas do livro, mas Quon Xu fechou apressadamente abismado.

― Não há nada, tudo se apagou! Os destinos dos dois se juntaram em um só. Agora tudo está nas mãos deles. 

 


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Notas finais do capítulo

Obrigada pelo apoio, até a proxima!!!!



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