The Fear You Won't Fall escrita por WellDoneBeca
— Mas eu quero que você fique com a gente. — Jorge insistiu, segurando a mão de Cassiopeia do lado de fora da casa. — Você não pode ficar? Talvez mentir ou algo do tipo?
Os dias que ela passaria com a família dele haviam chegado ao fim, e mesmo que os dois quisessem que ela ficasse, estava na hora de Cassiopeia voltar pra casa.
— Eu realmente preciso ir. — Ela lembrou a ele. — E você está se mudando para outro lugar, Jorge, eu não quero ser mais uma pessoa nesse tipo de bagunça.
Mas o ruivo continuou a olhar para ela com tristeza e um claro exagero.
— Vamos, Jorge, não vai ser por muito tempo. — Ela insistiu. — Nós vamos voltar pra escola em setembro. Você sobreviveu até agora, você pode sobreviver mais algumas semanas.
— Você não era minha namorada naquela época. — Ele tentou parecer triste, mas acabou saindo como excessivamente dramático e choroso. — E nós nem vamos poder ficar perto um do outro com tanta frequência, nós esconderemos das pessoas o tempo todo."
— Não seja um bebê chorão, Jorge. — O gêmeo do rapaz deu um tapinha nas costas dele. — Não queremos que toda a família Malfoy venha procurar por ela aqui. A Cassiopeia tem que ir.
O rapaz assentiu, finalmente, suspirando e deixando os ombros cair. Ela já havia se despedido — muito desajeitadamente — de todos dentro da casa, e ele era o único que restava.
— Tchau, então. — Ele sorriu tristemente, abraçando-a mais uma vez e beijando seus lábios suavemente. — Me avisa quando você chegar em casa, tá?
— Ok. — A garota pegou sua vassoura e acenou para ele uma última vez. — Tchau.
Ele observou em silêncio enquanto ela se preparava e decolava. O garoto ruivo ficou parado ali até que ela estivesse fora de seu campo de visão, e só se virou para ver sua família esperando na porta depois de um bom tempo.
— O que? — Ele corou.
— Você está apaixonado. — Gina disse lentamente. — Pela Malfoy.
Ele revirou os olhos.
— Eu pensei que você já tinha superado isso.
Sua irmã deu de ombros.
— Faz só um dia. E é estranho. — Ela apontou. — Não me culpe por reagir como um ser humano normal.
Ele apenas a ignorou, mas parou quando as próximas palavras o alcançaram.
— Ela parece gostar de você. — Gina notou. — E muito.
Jorge ficou um pouco surpreso, mas não deixou transparecer, apenas sorrindo e encolhendo os ombros.
— Eu sei, né?
. . .
Cassiopeia havia planejado sua viagem de volta com atenção aos mínimos detalhes, e havia até mesmo parado comprar um conjunto de colar e brincos para passá-los como presente de aniversário de Jorge e sua família, e aterrissou no jardim da Mansão Malfoy o mais silenciosamente possível.
Com um voo mais curto do que ela havia informado à mãe, a adolescente havia deixado a Toca muito mais tarde do que o prometido e tomado um caminho que garantia que ela pousaria vindo da direção correta.
Ela teve apenas tempo de guardar a vassoura junto com as outras antes que sua mãe a aparecesse e a abraçasse repentinamente.
— Cassiopeia! — Narcisa suspirou assim que seus braços estavam ao redor da filha. — Eu senti tanto sua falta.
A menina sorriu.
— Eu passei três dias longe, mãe. — A adolescente a lembro, abraçando-a de volta, embora ela também tivesse sentido falta de casa.
— Eu vou preparar um banho e uma refeição para você. — Narcisa se afastou. — E você vai me contar tudo.
Quase uma hora depois, Cassiopeia estava sentada em sua cama com sua mãe dobrando suas roupas limpas para colocá-las de volta no lugar.
— Eles têm uma casa no sul da França. — A menina mentiu. — Eu tive que dividir um quarto com a irmã dele.
— Ele tem uma família grande? — A mulher indagou, virando-se por um momento.
A adolescente quase beliscou a si mesma. Aquela não havia sido a melhor escolha de palavras.
— Dois irmãos e uma irmã, ele é o segundo filho.
Narcisa confirmou que estava ouvindo com um murmúrio.
— E eles não tinham um quarto de hóspedes?
— Não na casa de férias. — Cassiopeia olhou na direção da janela. — Mas tudo bem. Foi como estar com Eleanor.
O nome pareceu relembrar Narcisa de algo.
— Não podemos nos esquecer de convidar Eleanor para o seu jantar de aniversário. — Ela apontou, mais para si mesma do que para você.
Aquilo fez Cassiopeia parar e encará-la.
— Jantar?
Narcisa apenas sorriu para a filha, parecendo surpresa.
— Nós somos uma família. Não importa se você passou seu aniversário de verdade fora de casa, nós ainda vamos celebrar juntos.
A adolescente não protestou, e a mulher mais velha parou sua atividade quando seus olhos caíram sobre o colar e brincos que ela havia comprado dentro de sua bagagem.
— Esse conjunto é novo. — Ela notou, trazendo a caixa de veludo para mais perto de seus olhos. — São lindos.
Ela tocou as peças com cuidado.
— Foi um presente do rapaz? — Narcisa questionou, mas não deu tempo à filha para responder. — Safiras sempre ficaram lindas em vocês, seus olhos ficam azuis quando você as usa.
— Eu sei. — Ela resistiu o desejo de tocar o presente real de Jorge escondido dentro de suas roupas.
Narcisa pegou os brincos da caixa e pôs o cabelo da filha atrás de suas orelhas antes de colocá-los sobre elas, distanciando-se para ver o resultados.
— Linda.
Cassiopeia apenas sorriu, e sua mãe colocou as peças no cofre em seu quarto antes de voltar para sua mala.
— Então, o que mais? — Ela incentivou. — A mãe dele gostou de você?
Cassiopeia hesitou, nem mesmo sabendo a verdadeira resposta à pergunta.
— Eu não tenho certeza. — Ela murmurou. — Ela foi muito agradável, mas eu não sei se ela realmente gostou de mim ou só estava sendo educada.
Ela riu.
— Não se preocupe. — Narcisa abriu um sorriso. — Ela vai se apaixonar por você antes que você perceba. Você é uma boa menina de uma boa família e com muitos talentos. Você é quase perfeita, querida.
Cassiopeia deu-lhe um sorriso genuíno.
— Você só está dizendo isso porque é minha mãe.
— Eu estou dizendo isso porque eu sei como esse garoto gosta de você, e toda mãe só quer que os filhos sejam felizes. — Ela corrigiu. — Confie em mim.
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