Fred ficou na ponta dos pés para ver Cassiopeia e Jorge se beijando, e aquilo foi o bastante para os outros Weasley rapidamente pararem suas atividades para ver o que ele estava observando, sendo silenciados pelo irmão. No entanto, todos apenas se juntaram a ele assistindo o quê estava acontecendo.

— Bom para ele. — Gui saiu do meio dos irmãos. — Vamos, vamos dar privacidade a ele.

— Privacidade? — Rony exclamou. — Ele está beijando a Malfoy!

— E você não vai parar de falar disso. — Fred revirou os olhos. — Jorge tem uma namorada e você não gosta do irmão dela, nós já sabemos. Agora você pode calar a boca e superar isso sozinho. O nosso pai não é fã do pai dela também, mas você não está ouvindo ele falando disso o tempo todo!

Todos olharam para os dois irmãos, surpresos, o que deu ao casal privacidade por alguns segundos.

Rápido demais pro gosto de Cassiopeia, Jorge se afastou, esfregando o nariz contra o dela e fazendo-a sorrir suavemente.

Ele limpou a garganta e a loira abriu os olhos, rindo baixinho quando viu o sorriso bobo do ruivo.

— Melin, isso foi…

— Ótimo. — Ele riu. — Muito bom. Quer dizer, para mim foi ótimo. Eu não sei se foi para você, mas…

— Foi ótimo, Jorge. — Cassiopeia interrompeu, acariciando suas bochechas com os polegares. — Muito bom.

Ele sorriu abertamente, corando.

— Nós deveríamos ter feito isso antes. — Ele riu. — Podemos fazer isso de novo? Regularmente?

Ela ergueu as sobrancelhas para ele surpresa.

— Você quer que seja regular?

Ele assentiu ferozmente.

— Bem… Eu não teria te beijado se não te quisesse como minha namorada, certo?

A Sonserina abriu e fechou a boca, surpresa demais para dizer qualquer coisa por um momento.

— Sim! — Ela praticamente gritou, finalmente, então baixou a voz. — Sim. Claro. Sim.

— Sim. — Jorge, assentiu. — OK. Eu sou seu namorado agora.

Cassiopeia sorriu assim que pareceu processar a notícia.

— Você é meu namorado agora.

Jorge olhou para ela e riu.

— Eu sou seu namorado. Isso faz de você minha namorada! Você é minha namorada!

Ela riu, segurando as mãos na frente dos dois.

— Eu sou sua namorada, Jorge.

Ele se virou para a porta, parando por um momento ao encontrar o grupo de Weasleys, e Hermione, assistindo suas ações, e as bochechas de Cassiopeia ficaram ainda mais vermelhas quando ela percebeu o que eles estavam fazendo.

— Ela é minha namorada!. — Jorge gritou. — Fred, você ouviu isso? Eu consegui uma namorada antes de você. Eu consegui uma namorada antes de todo mundo na família! Eu consegui uma namorada antes do Gui!

Cassiopeia apertou a mão dele para trazer seu namorado e sua atenção de volta para ela.

— Ok, Jorge. Nós entendemos. Você pode se acalmar agora.

Ele corou, mas se virou para ela novamente.

— Desculpe. Eu… Você… Nós estamos namorando! — Ele coçou a nuca. — Desculpa. É só... Você é minha namorada. Estou tão feliz.

Ela apenas sorriu para ele.

— Eu sei. — A adolescente descansou as mãos em seu peito. — Mas… Se acalme um pouco. Por favor.

Os dois entraram na casa de mãos dadas, mas ambos pararam quando notaram Gina olhando para o irmão com um sorriso.

— O quê? — Ele olhou para ela.

— O Percy já teve uma namorada.

O rosto de Jorge mudou para surpresa e depois para rabugice.

— Ah, cara… Foi por pouco!

— Jorge. — Ela se virou para ele. — Não seja tão competitivo.

Ele riu, puxando-a com ele em uma direção.

— Vem. — Ele sussurrou.

Jorge beijou a namorada mais uma vez, ignorando quando seu irmão mais novo fez cara de enjoado.

— Para de beijar a menina tanto assim, Jorge. — Gui riu. — Os lábios dela vão cair desse jeito.

Todos riram e Cassiopeia sentiu suas bochechas queimarem enquanto seu namorado corou até o pescoço.

— Cala boca. — Ele murmurou, afastando o rosto do dela, ainda segurando a mão dela enquanto ele se sentava e puxou a garota com ele para o sofá. — Você quer alguma coisa?

Ela estava prestes a responder quando Molly apareceu com biscoitos em um prato.

— Aqui, querida. — Ela quase os empurrou contra o rosto de Cassiopeia. — Pode pegar. Tem gotas de chocolate.

Ela deu um sorriso desajeitado.

— Obrigado, senhora. — Ela disse, pegando uma.

Cassiopeia hesitou um pouco, tentando se sentar como a dama que deveria ser, mas a mão de Jorge apertando a dela fez seu foco mudar para ele.

— Ninguém vai te julgar por se sentar com as costas encostando no sofá. — Ele sussurrou com um sorriso. — Eu prometo.

Ela desviou o olhar, envergonhada, e Jorge riu, puxando-a e dando outro beijo em seus lábios.

Bem, ele certamente gostava de beijá-la.

— Vá em frente. — Ele soltou a mão dela e colocou o braço atrás de seu ombro. — Eu sou todo seu, Cas, e eu prometo que não vou morder.

Ela revirou os olhos e olhou em volta, hesitante, mas ninguém parecia estar olhando para eles. 

— Ok. — a menina suspirou. — Tudo bem.

A adolescente loira se mexeu no assento até encontrar uma maneira de se inclinar, e descansou parte de seu corpo confortavelmente contra a de Jorge.

Merlin, a sensação era estranha.

— Viu?! — Ele sorriu, presunçosamente. — Não doeu nem um pouquinho.