The Fear You Won't Fall escrita por WellDoneBeca
Cassiopeia brincou com a rosa que Jorge havia lhe dado enquanto ele lhe contava animadamente sobre como ele e Fred haviam acabado de criar uma nova versão da Varinha de Imitação que agora – além de se transformar num objeto aleatório quando alguém tentava usá-la – batia em seu usuário na cabeça e na nuca, sorrindo com o quão dedicado ele parecia. Toda vez que ele mencionava suas invenções ou ideias, seus olhos castanhos brilhavam e sua postura mudava completamente de uma forma que deixava óbvio o quão feliz e confiante ele se sentia.
— E você?— Ele questionou.
— Eu?
Ele estava segurando a mão dela livre dela por alguma razão, a ponta seus dedos fazendo círculos na pele levemente fria enquanto os dois conversavam, sem nem mesmo perceber, de uma forma bastante natural.
— É. O quê quer fazer depois da escola?
A menina hesitou, mordendo o lábio inferior.
— Bom… Os meus pais querem que eu trabalhe para o Ministério da Magia como o meu pai. — Ela explicou. — Ou me casar com qualquer um de uma “boa família” e cuidar da família como a minha mãe.
Quando Cassiopeia disse “boa família”, os dois sabiam o quê ela queria dizer: Uma família de sangue-puro rica com um filho para tê-la como esposa-troféu.
Ele ergueu as sobrancelhas na direção dela, silenciosamente incentivando-a a continuar.
— Mas eu quero trabalhar com algo interessante, eu não gosto de ficar parada. — Ela confessou.
Jorge apertou a mão dela gentilmente.
— Quer saber? — Ele sorriu. — Você pode trabalhar comigo e com o Fred na nossa loja.
Cassiopeia olhou para ele, completamente surpresa.
— É sério?
— Muito! — O sorriso dele se expandiu. — Eu nunca vi ninguém tão inteligente como você, você é boa pra ca…
A loira erguei as sobrancelhas como um desafio, e Jorge gaguejou por um momento.
— Caramba. — Ele terminou a palavra. Cassiopeia não gostava muito de ouvi-lo xingar.
Ela revirou os olhos, e ele continuou falando.
— Você é. De verdade. — O ruivo insistiu. — E eu sei que eu posso confiar em você, e o Fred com certeza vai pensar a mesma coisa quando vocês se conhecerem, então não precisamos nos preocupar.
Cassiopeia riu. Jorge era incorrigível.
— É melhor voltar. — Ela olhou pela janela. — Está quase na hora de voltar para a escola e ainda preciso encontrar Eleanor.
A postura dele mudou e seus ombros caíram.
Cassiopeia não queria ir embora, e ele muito menos. O quê ela mais gostava de fazer recentemente era passar tempo com Jorge. Ela sempre estava feliz em vê-lo e nem mesmo estar com seus velhos amigos se igualava à companhia dele.
— Então… Eu te vejo por aí. — Ele ficou em pé, meio nervoso. — Na biblioteca depois da aula do Flickwick?
A loira confirmou rapidamente.
— Claro.
Jorge sorriu, oferecendo o braço para ela e os dois caminharam juntos até uma rua menor que se conectava à principal. Cassiopeia partiu antes dele, rapidamente se juntando a uma Eleanor sozinha perto de uma das lojas e segurando a amiga pelo braço apenas alguns minutos antes de Draco aparecer a alguns metros das duas.
— Ei. — Ele parou em frente às duas meninas, parecendo confuso. — Eu procurei vocês por todo o lado, onde vocês estavam?
As duas amigas se olharam, surpresas e tentando não parecer nervosas., e Eleanor deu de ombros.
— Nós estávamos por aí? Visitamos o Zonko’s e alguns lugares e… — Ela olhou para a loira ao seu lado.
— E alguns lugares foram da área principal. — A Malfoy decidiu.
O irmão dela pareceu ainda mais confuso.
— Porquê você faria isso?
— E é contra a lei? — Cassiopeia indagou, mudando sua postura de forma defensiva. — Nós estávamos curiosas. Nós visitamos a vila desde os 13 anos de idade e nunca vimos nenhum lugar além da mesma área que todo mundo já viu.
— É. — A morena apoiou a amiga. — E se houverem lugares melhores pra ir? Nós vamos nos formar no próximo ano, não podemos perder oportunidades na vida.
Ele pareceu assustado com a forma que as meninas haviam se defendido, mas não pressionou o assunto, ainda mais quando seus olhos caíram na rosa nas mãos de Cassiopeia.
— E isso? Que flor é essa?
As duas meninas moveram os olhos para a rosa furta-cor, e a loira procurou por palavras para explicar sua origem antes de ser interrompida pela morena ao seu lado.
— Uma senhora estava dando elas. — Eleanor o encarou. — Era o último e ela achou que devia ser da Cassiopeia. Disse que parece com os olhos dela ou algo do tipo.
Em resposta, Cassiopeia a ergueu para seu rosto como se para expor a semelhança, mas não deu tempo para seu irmão visualizar o quê a amiga havia explicado.
— Não é linda? — Ela questionou, entregando a flor a ele.
Draco inspecionou o objeto com olhos atentos, mas o devolveu.
— É. É muito bonita.
A irmã mais velha abriu um sorriso forçado e se voltou para Eleanor.
— Eu estou cansada. Acho melhor irmos.
A morena confirmou rapidamente.
— Eu também, nós caminhamos bastante hoje. Draco, você vem?
— Eu vou encontrar os outros. — Ele olhou em volta. — Encontro vocês no castelo.
As duas adolescentes caminharam até onde as carruagens esperavam os alunos e Eleanor logo puxou a mão da amiga entre as suas com um sorriso cúmplice, aproveitando que elas ainda estavam sozinhas e os outros alunos ainda não havia subido.
— Agora, me conte tudo. — Os olhos dela brilharam em uma mistura de animação e curiosidade. — E não esqueça o menor dos detalhes.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!