The Fear You Won't Fall escrita por WellDoneBeca


Capítulo 13
XIII




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Draco encarou a irmã quase sem piscar enquanto ela arrumava seus materiais para completar os testes que havia perdido durante o período em que estava doente, concentrado e um pouco confuso, como se estivesse tentando ler a mente dela.

— Tem alguma coisa diferente com você.

Verdade seja dita, os irmãos tinham pouquíssimos segredos um com o outro, e isso era algo que sempre os fazia se sentir bastante orgulhosos em seu relacionamento. Desde que eram crianças, os dois era o melhor amigo um do outro.

— Ah é? — Ela o olhou com o canto do olho.

Draco apenas apertou os olhos um pouco.

— Você está estranha. Felizinha demais. Aconteceu alguma coisa?

Cassiopeia sentiu os ombros pesando de tensão, mas tentou manter um tom suave.

— Aconteceu. Eu saí da ala hospitalar depois de três semanas de cama. — Ela o lembrou. — E agora eu me sinto melhor como nunca.

Mas a expressão dele não mudou, e Cassiopeia apenas ergueu uma sobrancelha em resposta.

— Eu ouvi dizer que alguém te mandou um sapo de chocolate quando você estava doente.

— É. Eleanor disse que veio com um bilhete, foi fofo.

Foi a vez de Draco de erguer uma sobrancelha.

— Só isso? Você nem vai me dizer de quem veio?

Cassiopeia apenas chacoalhou negativamente com a cabeça antes de prender o cabelo para trás.

— Eu nem sei de quem foi. — Ela mentiu. — Além do mais, não é como se alguém tenha tentando falar comigo depois, eu fiquei bastante solitária enquanto estava internada, ninguém parecia querer passar um tempo comigo lá.

A deixa funcionou e o rapaz corou profundamente em resposta enquanto a irmã o observava com as mãos na cintura.

— Agora, se não se importa, eu vou para a sala do professor Snape.

Ele não disse nada enquanto ela partia, e a menina só se sentiu relaxar quando estava sozinha.

Até onde ela sabia, ninguém nunca a havia visto com Jorge, os dois eram muitos cuidadosos, mas era impossível não ficar nervosa ao pensar no quê aquilo acarretaria. Se Lúcio chegasse a imaginar que a filha mais velha tinha uma relação tão próxima com um Weasley, as consequências seriam imensuráveis.

— Senhorita Malfoy. — O professor a saudou quando ela entrou no cômodo, de pé atrás de sua mesa. — Você tem tudo de quê precisa?

— Sim, senhor. — Ela se sentou.

— Podemos prosseguir.

. . .

Cassiopeia se olhou no espelho pelo que parecia ter sido a 10ª ou 11ª vez, e Eleanor bateu o pé impacientemente para a amiga.

— Vamos! — Ela insistiu. — Cassiopeia, nós vamos nos atrasar.

A loira estava nervosa. Mais que nervosa. Suas mãos estavam geladas, e seu coração acelerado em seu peito. A escola havia organizado mais uma visita a Hogsmeade e ela encontraria Jorge com a ajuda de Eleanor. Sua amiga não sabia quem a Malfoy veria, mas estava animada ao saber que “O garoto do bilhete” e sua amiga sairiam juntos. As duas até mesmo haviam encantado dois anéis para o caso de precisarem se encontrar por alguma razão de emergência.

Quando as duas adolescentes subiram na carruagem, Cassiopeia estava enrolando os dedos nervosamente no vestido que usava, mas parou quando Eleanor lhe dirigiu um olhar repreendedor, e aquilo ajudou a voltar a uma postura mais séria logo antes de Draco se sentar ao seu lado.

As duas passearam pela cidade e lojas por um tempo, seguindo numa rotina que tinham desde seu terceiro ano, mas Cassiopeia deixou Eleanor para trás para entrar em uma rua mais vazia, onde encontrou Jorge quase imediatamente.

— Cas! — Ele sorriu, correndo até ela e parecendo aliviado. — Você veio.

— É claro que vim. — Ela sorriu pra ele, embora confusa. — Eu disse que viria.

O rosto de Jorge se avermelhou das orelhas até o pescoço.

— Eu… É… Eu fiquei com medo de você não vir. Eu fiquei nervoso. — Ele confessou. — É meio… Meio público, né?

Cassiopeia olhou para trás por um momento. Realmente era. Eles não estavam na área principal, onde a maioria dos alunos ia para se divertir, mas ainda era bastante público.

— Nós vamos tomar cuidado.

Ele confirmou lentamente e abriu um sorriso de quem havia acabado de se lembrar de algo.

— Feche os olhos. — Ele requisitou e a menina franziu as sobrancelhas, olhando para ele. — Vamos, feche os olhos. Você não confia em mim?

Ela suspirou desconfiada, mas obedeceu. Porque ela não confiaria nele? Era o Jorge.

Delicadamente, ele pôs algo em suas mãos e fechou os dedos dela ao redor do quê parecia ser um caule.

— Abra os olhos. — Ele sussurrou.

Novamente, ela obedeceu, e a primeira coisa que os olhos dela identificaram foi a rosa em suas mãos. Era diferente de tudo o quê Cas já havia visto, furta-cor e brilhando como se pequenos diamantes estivessem brilhando em suas pétalas.

— O quê você acha? — Ele questionou, hesitante.

— É lindo. — Cassiopeia continuou olhando a flor, rodando para ver como ela ragia à luz. — Como você fez isso?

— É um feitiço especial. Talvez eu te conte qual, um dia. — Ele pôs as mãos no bolso. — Faz ela viver pra sempre.

A loira ergueu os olhos para ele, surpresa.

— Pra sempre?

Ele hesitou, envergonhado, e coçou a nuca.

— Quase. Não pra sempre, mas… Sabe, enquanto o quê nós temos durar. Enquanto formos amigos.

Em resposta, a loira abriu um pequeno e tímido sorriso, sentindo algo por dentro que fez suas bochechas se avermelharem e seu coração acelerar. Um tipo de medo, mas não era uma sensação ruim. A fazia se sentir estranha, mas era bom.

— É lindo, Jorge. — Ela finalmente o olhou nos olhos. — Muito obrigada.

— É o mínimo que eu posso fazer. — Ele lhe deu um sorriso torto. — Quer dizer… Você… Você merece algo pra te fazer feliz depois de tanto tempo enfiada na ala hospitalar.

A adolescente apenas continuou sorrindo.

— Vamos? — Ele apontou para a frente de forma tímida. — Tem um lugar que eu tenho certeza que você vai gostar. As flores estão desabrochando e a visão é bem bonita.

— Claro. Vamos.


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Notas finais do capítulo

A coisa mais difícil de acreditar nessa história é que ninguém da escola saber do relacionamento desses dois...
Feliz ano novo, pessoas lindas. Nos vemos no ano que vem.



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