The Fear You Won't Fall escrita por WellDoneBeca


Capítulo 12
XII




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Cassiopeia arrumou suas coisas no momento em que Madame Pomfrey disse que ela podia partir, com um rosto limpo dos machucados antigos, promessas de que ficaria de olho em quaisquer sintomas que pudessem voltar e visitas diárias por três dias para que a enfermeira pudesse checar se ela realmente estava bem. A menina havia levado mais tempo para se curar da gripe que o esperado, e aquilo havia preocupado Pomfrey.

Era mais um dia de visita a Hogsmeade, o quê havia deixado o castelo praticamente vazio exceto pelos alunos dos primeiros anos e silencioso, algo raro e agradável, e Cassiopeia havia acabado de deixar o Salão Comunal e quando ela viu Jorge de pé parecendo nervoso e animado, e seus olhos se iluminaram quando ele a notou.

— Cas! — Ele abriu um sorriso, praticamente correndo na direção dela. — Eu fui de procurar na ala hospitalar, mas você já está de alta.

— É. — Ela confirmou com a cabeça, sorrindo e sentindo as bochechas se avermelhando com o novo nome.

Ele realmente estava procurando um apelido para ela, e depois de “Cassie” não ter funcionado, o ruivo havia mudado para um diferente.

— Eu acabei de chegar. Me sinto melhor que nunca.

O sorriso de Jorge apenas cresceu.

— Achei que você estaria em Hogsmeade.

Aquela era uma mentira. Desde que Cassiopeia havia ficado doente, Jorge havia parado de ir aos passeios para passar seu tempo livre ao lado dela, algo que nenhum dos amigos dela ou mesmo Draco haviam feito.

— Eu estava indo te visitar, lembra? — Ele explicou, coçando a nuca em constrangimento. — Pedi ao Fred pra te trazer um Sapo de Chocolate, mas eu tenho quase certeza que ele vai se esquecer.

Ela apenas o dirigiu um sorriso envergonhado. Oficialmente, Cassiopeia ainda não conhecia Fred. Ela podia diferenciá-lo de Jorge, mas nunca havia trocado quaisquer palavras com ele.

— Está com fome? — Ele questionou.

— Morrendo.

Ele pareceu empolgado com a resposta.

— Vem comigo. — Ele pegou a mão dela na sua sem nem mesmo pensar, puxando a loira consigo.

A menina corou profundamente, mas nenhum dos dois disse nada. Eles apenas continuaram andando, descendo as escadas depois do Hall de Entrada e seguindo por um corredor largo antes de parar em frente a um quadro com frutas. Ele fez cócegas numa pera, que riu e abriu a porta devagar para que os dois passassem.

Lá dentro, Cassiopeia pôde ver a cozinha cheia de elfos domésticos limpando e cozinhando.

— Senhor Fred e Jorge! — Um deles exclamou.

— Só Jorge, Ringo. — O rapaz o corrigiu. — Está é Cassiopeia, ela estava doente nas últimas semanas, acabou de sair da Ala Hospitalar e morrendo de fome. Será que você tem algo que podemos comer?

Em resposta, os dois foram guiados para uma mesa e Ringo organizou comida à sua frente sem nem mesmo pestanejar.

— Senhor Jorge nunca disse que tinha uma namorada.

O rosto do ruivo quase ficou da mesma cor que seu cabelo, e Cassiopeia apenas virou um copo de suco para ter uma desculpa para se manter em silêncio.

— Ela… Ela não é minha namorada, Ringo. — Ele corrigiu o elfo. — Somos só amigos.

A adolescente confirmou com a cabeça silenciosamente, sentindo a tensão no ar.

— Claro, senhor Jorge. Ringo vai deixar Senhor Jorge e Senhorita Cassiopeia sozinhos.

Ele partiu, e Jorge deu uma risadinha nervosa.

— Quê? — Ela o olhou sem entender.

— Eu estava imaginando nós dois namorando.

Cassiopeia sentiu o coração apertar e o estômago pesar um pouco, percebendo o quão terrível a pura ideia devia ser para ele. Será que ela era tão ruim assim na cabeça dele?

— Sua mãe, com certeza, desmaiaria. — Ele continuou. — Meus irmãos iam congelar por dias e Gina is me internar no St Mungos por insanidade.

A moça de olhos cinza relaxou, finalmente entendendo a razão de ele ter rido.

— Meu pai não acreditaria. — Ela chacoalhou a cabeça, fazendo um pouco do cabelo quase platinado cair em seus ombros. — E me mandaria pra fora do país.

Ele se virou para ela com um olhar de choque.

— É sério?

A menina confirmou com a cabeça.

— Algum lugar onde você nunca pudesse me encontrar. França, Itália… Até a Rússia se fosse possível.

Ele olhou em direção às próprias mãos hesitantemente.

— Temos que manter isso bem secreto mesmo. — Ele murmurou. — Quer dizer… Nós não namoramos, mas ele não ficaria muito feliz comigo sendo seu amigo. Eu acho…

Cassiopeia respirou fundo, fechando os olhos por um momento curto antes de respondê-lo com uma voz suave e um tanto assustada.

— É… Ele não ficaria muito contente se soubesse.

Os dois ficaram em silêncio e Jorge brincou com a comida com um garfo.

— Que bom que não estamos namorando, então. — Ele sussurrou. — Seria… Bem ruim…

— É. Que bom.


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