O Estado escrita por HariZoldyck


Capítulo 4
Capítulo 3 - Reunião


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, me desculpem a demora para postar esse terceiro capítulo. Eu estive bastante enrolado com as provas do ENEM, que coincidiram com as provas trimestrais da minha escola (foi uma desgraça que só), e não pude fazer nada mais do que estudar durante todo esse tempo. Mas agora eu prometo que vou voltar a rotina normal :) (a não ser que role imprevistos)

"O trio, finalmente, chega a Puente Alto e tem uma reunião séria com Lawliet e um grupo de pessoas estranhas. O que pode acontecer a partir daqui?"



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O trio, dentro do avião rumo á Santiago, pensava na situação cuja estavam. Edward estava quase dormindo, deitado em dois bancos do avião vazio que os carregava. Mello estava olhando um mapa que direcionava o grupo para irem da capital Santiago até Puento Alto. Alphonse, do lado de Mello, pergunta:

— Não é um pouco longe ir de Santiago até Puento Alto de pé, Mello?

— Não, ambas as cidades estão localizadas na mesma região metropolitana, então está tranqüilo caminhar.

Um pequeno intervalo de silêncio permanece entre o grupo, até que Edward acorda com um grito, fazendo todos do avião se assustarem.

— Você está louco, Ed? – pergunta Alphonse assustado.

— Acho que tive um pesadelo. Ele tinha a ver com o pai e com o Mello. Eu me lembro que nossa comunidade em Baviera estava pegando fogo, enquanto papai e Mello estavam fugindo pelo muro de trás. Eu vi a mamãe e o Al chorando e pessoas sendo mortas por pessoas com máscaras de ursos e vestidas de vermelho. Era algo muito estranho. Isso tem alguma coisa com-... Mello?

Nesse momento, Mello começou a tremer-se desesperadamente, com um olhar doentio, sem dar nenhuma piscada enquanto continuava olhando para o mapa. Neste momento, Edward puxou Alphonse para um lugar isolado do avião, na parte do fundo, e comentou com o irmão:

— Al, eu estou achando isso muito estranho. Sempre que vamos falar de algo relacionado ao nosso passado em Baviera, ele reage de uma maneira diferente. Primeiro ele começou a chorar lá no carro, e agora ele está tremendo daquela maneira doentia. Ele, com certeza, sabe de algo que não quer nos contar.

— Sim, mas o que vamos fazer?

— Vamos agir como se não suspeitássemos de nada e fazer ele falar alguma coisa sem que perceba.

— Certo.

Os irmãos voltaram para seus assentos, e Mello ainda estava tremendo. Edward, então, tocou lhe o ombro devagarmente. Mello tomou um susto que o fez pular do assento e cair em cima do chão, enquanto as poucas pessoas presentes no avião olhavam aquilo com um olhar assustado.

— Você está bem? – pergunta Alphonse.

Mello se ajeita no seu assento e responde:

— Sim, sim, eu estou bem. Isso foi só um dos meus vários ataques que eu tenho por causa de uma doença mental, só preciso descansar um pouco.

— Tudo bem, então.

Os irmãos retornam aos seus lugares, fingindo não suspeitar de nada em relação á Mello. Passado duas horas, o avião finalmente pousa no aeroporto de Santiago, no Chile. O trio, então, desembarca da nave e começa a olhar ao redor da estrutura: um lugar com poucas pessoas, destruído, com poucos aviões estacionados, onde apenas um terço do local estava realmente funcionando.

O trio começa a caminhar até a saída do aeroporto. Quando chega lá, Mello para e faz uma simples pergunta:

— Só uma coisa, pessoal. A partir de agora, a vida de vocês não será mais apenas viver como pequenos nômades pelo mundo. Agora vocês irão descobrir coisas inesperadas sobre seus passados e enfrentaram gente perigosa. Eu irei perguntar uma única vez: vocês têm certeza que querem continuar?

Edward e Alphonse olham um para o outro com um simples sorriso, e respondem para Mello, apoiando suas mãos em seu ombro:

— Já estamos aqui, o que iremos fazer, além disso?

Mello também sorri e a equipe continua sua caminhada. Já eram quatro horas da tarde e eles estavam cansados de tantas viagens, viagens e mistérios, além do fato de estarem pensando no que Mello, provavelmente, estaria escondendo deles. Quando o relógio apontou cinco de meia da tarde, o grupo, finalmente, chegou á cidade de Puente Alto.

— Minhas pernas estão balançando que nem um bambu. – comenta Edward.

— Mello... – diz Alphonse -... Já estamos pertos?

— Sim... só temos que atravessar o centro e chegar em uma região na periférica no outro lado da cidade.

— PUTA QUE PARIU! – Gritam os dois irmãos de uma vez só.

Eles, mesmo com as pernas balançando de tanto andar, continuam o trajeto até a região periférica da cidade de Puente Alto. Foram mais de meia hora até o local. Quando chegaram, Mello apontou para uma casa:

— Chegamos, é aqui.

Edward e Alphonse deparam-se com uma estrutura velha, acabada, com vidros quebrados, telhados com grandes buracos, deixando boa parte da casa á céu aberto. A porta era, na verdade, um grande pedaço de tronco de árvore já corroído de cupins, formigas, baratas e vários insetos. Não havia uma única condição de morar em um local como aquele.

O trio entra na casa e caminha em direção á uma alçapão localizado na sala do local, cujo quando aberto, dava passagem á uma grande escada que levava á um caminho subterrâneo. Mello direciona os irmãos alquimistas pelo caminho até chegaram a uma porta que tinha uma grande fachada escrita “El camiño”, ou seja, “O Caminho” em espanhol. Mello bate a porta, chamando uma pessoa:

— Ei, Lawliet, você está aí?

Lawliet? Seria essa pessoa a que Mello estaria falando? Essa pessoa, então, abre uma pequena brecha da porta, que era interrompida por uma pequena corrente, dizendo:

— Então, você finalmente chegou, Mello? E parece que você, realmente, trouxe os irmãos Elric.

— Sim, sim, agora abre essa porta. – diz Mello já irritado.

Lawliet abre a porta, deixando o trio passar. O local dava origem á uma nova sala, que parecia maior do que a sala de cima. A área tinha divisão de cômodos, como na de cima, é vários dormitórios, tudo debaixo de outra casa. Lawliet, então, comprimenta os irmãos:

— Então vocês são Edward e Alphonse Elric? Muito prazer. Meu nome é Lawliet, mas podem me chamar de L. Eu realmente estou muito feliz que vocês tenham chegado. Aceitam alguma coisa? Chá, café...

— Não, não, obrigado, estamos aqui por outra coisa. – responde Alphonse, educadamente.

— Claro, por favor, sentem-se.

Edward começa a estranhar a maneira de como L se comporta. Ele é um rapaz jovem, da mesma idade que ele, ou até mais, com cabelos negros e enrolados e uma pela extremamente pálida. Vestia um blazer vermelho e estava descalço, mas o que realmente estranhava Edward era a maneira de como ele se sentava, de um jeito agachado, e como segurava os objetos, com a ponta dos dedos.

— Eu sei que vocês estão um pouco cansados, não preferem deixar essa conversa para amanhã? – pergunta Lawliet, preocupado com os irmãos.

— Não, não, obrigado, essa conversa é de extrema importância agora. – responde Edward.

— Tudo bem, mas antes de começar, vou chamar quatro pessoas que vão nos ajudar. Podem entrar, pessoal.

Dos dormitórios, saem quatro pessoas, duas mulheres e dois homens, de idades diferentes, cujo L apresenta-os para os irmãos. Seras Victoria, mão direita de Lawliet na organização do lugar, mulher jovem de 22 anos, com aparência de adolescente, é metade humana e metade vampira. Roy Mustang, ex-combatente do exército americano, é um grande lutador com poder de controle das chamas que foi auxiliar do ex-presidente americano John McKing no seu governo. Integra Hellsing, mulher britânica de idade avançada, quase idosa, que têm uma enorme experiência com armas de fogo e foi presidente de uma organização, a Hellsing, que ajuda a coroa britânica na caça a vampiros. E por fim, não menos importante, um homem entre os 30 e 40 anos, com aparência pálida, sem nome, sendo identificado como “Greed”, Ganância em inglês, com super poderes incríveis e um passado oculto.

— Agora que está todo mundo aqui, podemos iniciar a reunião.

Já era de tarde, todos estavam sentados em uma grande mesa retangular, onde Lawliet e Mello estavam sentados na duas extremidades. Edward e Alphonse estavam sentados em um dos lados, junto com Integra Hellsing do lado, enquanto Roy Mustang, Ceras Victoria e Greed estavam no outro lado. Lawliet, então, adiantou-se e iniciou a reunião:


         - Bom, hoje estamos aqui para mais uma reunião, junto com os irmãos elric trazidos aqui pelo nosso companheiro Mello. Sabendo de todo o caos ocorrendo no mundo lá fora e tendo em vista que os Lobos e os Ursos estão a procura de nossas cabeças, a nossa prioridade é manter nosso anonimato aqui em Puente Alto. – Lawliet olha para Mello e pergunta: - Bom, Mello, com a sua procura aos irmãos Elric, o que você tem a nos dizer?

— Depois de encontrar os irmãos elric em prédio abandonado em Berlim, ontem de manhã, eu dei lhes algumas informações sobre o passado de Van Hoheinheim e sua possível relação com os Lobos. Dentre essa conversa, foi encontrada duas cartas no meio de um baú de fotografias dos irmãos, uma escrita por Hoheinheim e outra escrita por uma pessoa desconhecida conhecida por “Identidade 44”.

Lawliet encara Mello com um olhar sério e sombrio com o segundo pronuncia o nome dessa pessoa desconhecida. Alphonse olha a expressão do jovem de uma maneira curiosa, assim como seu irmão. Antes de Mello prosseguir, L pergunta para os irmãos:

— Vocês têm essas cartas?

— Sim, sim, elas estão aqui. – responde Alphonse retirando os dois documentos de sua bolsa.

O alquimista sobrepõe os dois papéis na mesa, de modo a permitir que L os veja. Lawliet chama Victoria para ajudá-lo a procurar alguma coisa, dentro de toda a área do papel, alguma marca, símbolo ou código escondido que poderia trazer alguma resposta. Ceras, então, pergunta:

— Onde foi que vocês acharam essas cartas, mais especificamente.

— Bom, o Al estava mexendo no nosso baú de fotografias quando a primeira carta saiu sobre uma pequena dobra presente em uma foto da família. Depois, o Mello pediu para tentar buscar mais cartas dentre as fotos e achamos esta segunda.

— Então elas foram descobertas por acaso?

— Sim.

— E como elas foram parar ali?

— Isso eu já não sei (já dizendo Edward), mas eu me lembro que, um dia, nossa mãe pegou todo papel presente na carta e colocou dentro desse baú (apontando para o pequeno baú dentro de sua mochila).

Íntegra, querendo analisar melhor as cartas, perguntou para os irmãos se ela poderia pegar os baús para ver melhor outras fotos presentes:

— Caso vocês não se importem, posso, por gentileza, pegar o báu de vocês para analisar melhor?

— Claro.

A mulher, então, coloca o baú sobre a mesa e, com a ajuda de Mustang, colocam todas as cartas na superfície de madeira. Depois de cinco minutos revirando as fotografias, Mustang encontra uma foto bastante amedrontadora: uma imagem, com um fundo todo preto, com um homem vestido de blusa e jeans com uma máscara de urso todo ensanguentada, fotografia cuja foi passada despercebida pelos irmãos.

— Essa foto aqui foi tirada por quem?

Os irmãos olham para a imagem, horrorizados, com queixo caído, perguntando:

— Q-quem foto é essa? Ela estava aí esse tempo inteiro, sem a gente perceber!?

— Parece que ela estava em um lugar bem escondido. Mello, L, vejam isso aqui – Integra mostra a imagem para ambos.

Lawliet e Mello olhando para aquela fotografia macabra, com um homem morto ensangüentado, sem nenhuma explicação aparente. Ela parecia estar mais velha e amarela, igual as duas cartas. L, então, diz, quase suspirando:

— Então está tudo confirmado...

— O que está confirmado? Pergunta Ceras confusa sem entender a situação.

Mello também estava um pouco estranho, ele estava de pé do lado de Lawliet, com um olhar fixo na imagem e com uma aparência pálida, deixando todos da mesa assustados, menos o Inveja, que além de continuar quieto na reunião, estava em uma posição cujos pés estavam encima da mesa e com os braços de trás da cabeça, dando a entender que a conversa estava entediante. Mello, de um jeito meio eufórico, pegou as cartas e ordenou:

— Esperem um pouco aí... Mustang, você que é bom de analisar letras manuscritas, vê essas letras das duas cartas: não parecem que foram escritas pela mesma pessoa?

— O que?? Pergunta Ceras curiosa e assustada como antes.

Mustang sobrepões os dois documentos, pela segunda vez, e, desta vez, começa a analisar a curvatura das letras, assim como a acentuação das palavras, o tamanho de cada letra, o espaçamento das palavras etc., e chegou a conclusão de que todas eram iguais, em ambas cartas:

— Venham todos aqui mais perto, vejam a semelhança da letra nas duas cartas, a “perninha” da letra P dessa carta é idêntica, o “chapéu” do T é idêntico, o espaçamento é do mesmo tamanho, a curvatura... tudo é igual, então quer dizer que...

— ... as duas cartas foram escritas pela mesma pessoa. – Integra conclui a fala do coronel.

Edward começa a andar em torno da mesa, em passos bastante lentos e com as mãos para trás. De repente, ele dá um soco, com sua mão esquerda feita de aço, no armário da cozinha, destruindo o móvel e deixando-o em pedaços, gritando:

— EU VOU PEGAR AQUELE DESGRAÇADO FILHO DA PUTA ORDINÁRIO QUE NOS TRAIU, AQUELE MERDA!!!

— C-calma, Ed, isso não vai adiantar de nada. – tenta Alphonse acalmar seu irmão agitado, enquanto tenta segurá-lo.

De repente, uma risada começa a tomar conta do local, começando por uma simples risada fina até algo mais intenso. Esse show de gargalhadas vinha do Ganância, que até então se mantinha calado durante toda a reunião, sem dar nenhuma manifestação ou sinal de que estaria interessado na conversa. Até que ele se levantou da cadeira, esticou os braços, dizendo:

— Parece que vocês têm um novo fuhrer como papai.

— O que disse? – pergunta Edward mais irritado do que já estava.

— As cartas escritas pela mesma pessoa, a foto do Urso comunista morto no seu baú de fotos da família... ou será que ele é só um merda mesmo?

Nesse momento, nem Alphonse conseguiu se controlar, e também partiu para briga contra o Ganância. Começou aí uma guerra entre alquimistas poderosos, mas Ganância tinha uma vantagem enorme pelo simples fato de poder regenerar quaisquer partes do corpo que sejam feridas, mutiladas, queimadas, cortadas etc. Ceras e Mustang seguram os três, evitando que o restante da casa seja destruído, igual o armário da cozinha. Mello, já irritado, ordenou:

— Já chega! Os dois vão para o quarto agora. E você, Ganância, vai ter uma conversa muito séria comigo e com o Lawliet.

Com essa confusão envolvendo os irmãos Elric e Inveja, ambos foram levados para um quarto por Ceras Victoria, um lugar tranqüilo e relaxado, com uma cama e um beliche. Os irmãos já estavam se preparando para dormir quando Integra entra no quarto deles dizendo:

— Me desculpem pela confusão feita pelo imbecil do Ganância, ele é estúpido mesmo.

— Está tudo bem – responde Alphonse – mas, na verdade, quem realmente ele é?

— Ele é um cara que apareceu aqui pedindo ajuda alegando que estava sendo perseguido pelos Ursos, pelo fato de ter, simplesmente, roubado um pedaço de pão em uma cidade argentina dominada por eles.

— Entendi, mas e você, Integra, de onde você e todo mundo aqui são?

— Bom, eu e a Ceras somos de Liverpool na Inglaterra e trabalhávamos em uma organização anti-vampiros antes da aprovação da Lei da Anarquia Global. O Roy Mustang é um ex-soldado americano mão direita do John McKing no seu governo, em 2015. O L é um ex-detetive japonês e o Ganância, pelo o que eu ouvi do Mello, é italiano. Bom, é só isso que eu sei de cada um aqui.

— Italiano? Mas ele nem tem sotaque nem nada.

— Pois é... Bom, eu já estou indo dormir. Boa noite.

— Boa noite.

Mello, Lawliet e Ganância tiveram uma conversa na sala de estar do local, enquanto o restante do grupo já estavam dormindo em seus respectivos quartos. O que poderia acontecer dái em diante?


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