Stupid Cupid escrita por Melshmellow


Capítulo 2
Capítulo 1 - Fall


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiii pessoooooaaasss!
Realmente espero não ter demorado muito para postar esse capítulo onde finalmente iremos conhecer uma das protagonistas da história! E no próximo já teremos a aparição do nosso querido Kai!
Então bora pro capítulo!



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     O céu estava diferente hoje. Ou talvez, eu só tenha reparado que ele estava ali naquele momento. Os humanos dizem que nós apenas damos valor às coisas que temos quando as perdemos, e eu já devia ter perdido aquele lugar há muito tempo.

   As nuvens Brancas pareciam pequenas bolas de algodão, flutuando perto dali. Elas ficavam em contraste contra o céu Rosa, Laranja e Azul. As cores se entrelaçavam e mudavam de lugar a cada segundo, se misturando. Parecia que o céu estava cintilando. A paisagem era magnífica. 

   A maior parte dos cupidos deveria estar pensando que Clarisse estava de bom humor hoje. Todos achavam que o céu mudava de cor conforme os sentimentos da nossa líder. 

   Eu, particularmente, não acreditava que tudo se resumisse a ela. Na verdade, nem acreditava em sua existência.

    Quer dizer, talvez ela tenha existido um dia, mas provavelmente havia morrido há muito tempo e os Guardiões deveriam ter acobertado tal coisa para não causar caos, afinal, ninguém via Clarisse desde que ela se trancou em algum lugar desconhecido por todos que não fossem membros do conselho. O que se resumia a 15 cupidos que faziam nossas leis há muitos séculos, também chamados de guardiões. Eles falavam com Clarisse, e traziam, a cada nove meses, um novo bebê cupido, alegando ser mais um dos filhos de Clarisse. 

Apenas Clarisse podia ter filhos cupidos, pois todo cupido era estéreo.

A história da nossa origem era cheia de anjos, feiticeiros e outras criaturas mágicas. Eu acreditava em feiticeiros. Já havia visto vários com meus próprios olhos, mas eu nunca havia visto um anjo, e estava certa de que nem um cupido vivo o fez, então, como acreditar?

Suspirei quando ouvi alguém me chamando. Era uma voz feminina e melodiosa, eu conhecia aquela voz, Adaline. Era meio-cupido como eu. Uma descendente de Milles.

Um cupido completo é um filho de Clarisse, alguém que nasceu dela, e foi entregue para que os guardiões escolham um cupido apto a criá-lo, até completar treze anos e perder seus sentimentos, pois estes se transformam na magia do cupido, então eles juntam seu primeiro casal. É a nossa versão da puberdade.

Meio-cupidos são descendentes de Milles. O antigo amante de Clarisse, que a abandonou após perceber que havia algo errado com ela, levando uma das suas filhas com ele. Essa filha foi a primeira descendente de Miles, porém, sendo, não só filha de Miles, como de Clarisse, ela também perdeu os sentimentos aos 13 anos, mas se recusou a se tornar cupido, ela se forçou a recuperar todos os sentimentos, e conseguiu, exceto pelo amor. Mesmo assim, a garota se casou, assim como seus filhos e os filhos de seus filhos, e todos passaram pela mesma coisa, perda de sentimentos, recuperar e se casar, tudo para manter a linhagem, já que eles eram uma família muito importante naquela época. Isso até que um descendente de Miles desejou se tornar um cupido. 

No seu ritual de transformação, ele escolheu ser um cupido diferente, não um sem coração como os filhos de Clarisse, ele quis recuperar os sentimentos, antes de se tornar cupido, assim como descendentes de Miles fazem, porém, como o esperado, não conseguiu o amor de volta. Assim, se tornando o primeiro cupido com sentimentos, bom, parcialmente, já que 50% de seus sentimentos foram usados para liberar seus poderes como cupido, então, ele, como todos os descendentes de Milles que se tornaram cupidos, inclusive eu, passou a sentir, mas não com tanta intensidade como os humanos.

E dessa forma, descendentes de Miles se tornaram Cupidos, e filhos de Clarisse se tornaram descendentes de Milles.

Aos que não queriam nenhuma das duas vidas, existia uma única arma que podia matá-los, além do fogo. A Adaga mortífera, uma pequena adaga de prata para matar aqueles que não querem viver, esses devem pedir permissão aos guardiões para usá-la.

— Eu estava te procurando, Megan. — Adaline se aproximou, pondo-se entre mim e minha visão para o céu.

Eu me sentei, desviando o olhar para Line. Apelido carinhoso para Adaline.

— Bom... Eu não estava me escondendo, então você não procura muito bem. — respondi mal-humorada. 
     Ela suspirou pesadamente.

— Eu sei que você está chateada pelo que Maureen te contou hoje mais cedo, mas você ainda tem chances. Ela conversou com Caitlin e a convenceu a te dar uma última missão. — Line afirmou, tentando me dar esperança.

— Obrigada, mas se eu não consegui juntar casais fáceis nos últimos meses, por que agora eu conseguiria juntar um complicado? — questionei sem esperança.

Porém, o problema não era esse, era o fato de eu saber que Caitlin nunca aceitaria a proposta de uma segunda chance para mim. Ela tenta me expulsar de Clarinde desde sempre. Algumas semanas atrás eu havia ganhado um casal que aparentemente eram almas gêmeas, mas após juntá-los, Caitlin havia dito que estava totalmente errado e que em nenhum universo aqueles dois poderiam ser almas gêmeas. Após aquilo eu havia feito pirraça como uma criança para minha chefa. Toda vez que ela me convocava para uma nova missão, eu fingia que não havia ouvido, que não havia recebido a mensagem, etc. Achei que ela fosse me transferir para outra pessoa e que logo eu teria um novo chefe, não esperava que ela tomaria uma decisão tão drástica. Mas acabei assim, e agora não tinha mais volta.

— Vamos, Caitlin não é tão ruim. E você tem que ao menos tentar. Por mim, sua amada melhor amiga. — quando ela terminou a frase, arqueei uma sobrancelha em uma pergunta silenciosa.

Sua frase era um pouco irônica, pois todos sabiam que cupidos não podiam amar, porque nós, cupidos, perdemos esse sentimento quando completamos 13 anos, sem o nosso consentimento, e sem chance de consegui-lo de volta.

— Tudo bem. Por nós, seus amigos: eu, Scott e Maureen, que não podem viver sem você. — ela sorriu e eu não pude deixar de sorrir de volta para aquele inocente ato.

Antes que qualquer uma de nós pudesse dizer mais alguma coisa, meu Ilove tocou. Uma espécie de celular para cupidos.

Olhei para o visor em forma de coração e ali dizia: "mensagem de vídeo de Caitlin". Troquei um último olhar com Line e coloquei o celular na grama em que ambas estávamos sentadas, atendendo a ligação. 

Imediatamente, uma imagem saiu do Telefone. Era o que os humanos deveriam chamar de holograma. Do celular, saiu uma imagem em tamanho real da minha chefa, Caitlin. Parecia que ela estava realmente ali, mas o fato de eu estar esparramada na grama e ela estar em pé olhando para frente como se eu estivesse lá, denunciavam que era só uma gravação, além de ela estar flutuando sobre o Ilove.

— Megan Evelyn Carter. Você deve estar no meu escritório daqui a cinco minutos, sem atrasos, por favor. — ela terminou. Porém, Caitlin continuava lá, e eu sabia que se eu não pressionasse o botão com o nome "encerrar a chamada" em dez segundos, a mensagem se repetiria, mas eu simplesmente não conseguia me mexer. Eu sabia que o que ela havia falado não significava algo bom. 

Apenas observei a roupa de Caitlin, ela usava uma saia cor vinho escura, que descia até seus pés, eu não conseguiria ver seus sapatos de salto alto pretos se não fosse pela fenda da saia que a cortava, mostrando grande parte de sua perna esquerda. Sua blusa era Branca, mas não chegava à cintura, onde o cós da saia estava, deixando parte de sua barriga de fora, mostrando um piercing no umbigo. 

Seu cabelo como sempre, estava solto e suas mechas vermelhas em seu cabelo castanho ondulado se destacavam pela luz do Sol, assim como sua pele amendoada. Caitlin era com certeza uma mulher invejável. Apesar de ser uma obrigação cupidos serem bonitos, minha chefa com certeza se superava.

A imagem sumiu de repente e percebi que Line havia desligado pra mim. Ela me mandou um olhar severo e murmurou um "Boa sorte", antes de se levantar e sumir pela estreita estrada que parecia de vidro, que se estendia pela grama por um longo caminho, até sumir no horizonte.

Observei-a, pensando que talvez pudesse ser a última vez que eu a via. Já que Caitlin provavelmente me expulsaria daqui hoje.

Line era quase uma irmã pra mim, desde que ela se tornou cupido. Ela, por algum motivo desconhecido por mim, havia descoberto seus poderes mais cedo que meio-cupidos normais.

Ninguém me disse o porquê de ela ser adiantada, e ela não gostava de comentar sobre o assunto. 

Line trajava um vestido que da cintura pra cima era Preto com detalhes em Rosa bebê, assim como as mangas que faziam um pequeno babado do ombro, a saia era Rosa também. Um par de sapatilhas se encaixava em seus pequenos pés. O cabelo escuro era afastado de seu rosto pelo vento. Eu e Maureen sempre insistimos para que ela pintasse, mas ela nunca fez nada além de cortar as pontas e hidrata-lo. 

Levantei-me pegando meu celular. Fechei meus olhos e imaginei uma sala Branca cheia de cadeiras vermelhas, abri meus olhos e estava exatamente no lugar onde imaginei. Na sala de espera de Caitlin. 

Sentei-me em uma cadeira qualquer e esperei que me chamassem. Havia mais duas pessoas ali além de mim, uma delas, um homem com o cabelo laranja e vários piercings no rosto, me olhou com desprezo, e eu soube no mesmo segundo que ele era um filho de Clarisse, um cupido completo. 

Eu odiava os filhos de Clarisse. Eles eram cupidos completos, e por isso não tinham sentimentos. Mas não economizavam atos para demonstrar o quanto eles não concordavam com o fato de que descendentes de Miles, como eu, Line, Scott e Maureen, meus amigos, não deveriam viver em Clarinde, fora todos os outros milhares como nós.

O ignorei e imaginei o que Caitlin faria comigo quando eu entrasse naquela sala. Geralmente, cupidos sem competência eram jogados da montanha mais alta de Clarinde. Abaixo dela, havia um grande buraco negro que nos transportava até a terra, e tirava nossos poderes, nos deixando para viver como mendigos no mundo. A maioria não sobrevive, mas os raros que conseguem, vivem uma vida mortal como um descendente de Milles.

— Megan! — a recepcionista chamou e eu sabia que era a minha vez de entrar. 

Suspirei e fui em direção à porta Branca. Bati duas vezes e entrei. Olhei para Caitlin e ela deu um mínimo sorriso, indicando o puff à frente de sua mesa.

A sala era linda, suas paredes eram Azuis com detalhes formando formas e riscos aleatórios em Preto e Branco, a mesa era branca, o puff que ela havia me indicado era de um tom Preto fosco, e o piso era de uma madeira escura. Na mesa, havia alguns itens básicos de escritório, canetas brilhantes, uma pequena agenda, pastas, porta retratos, uma bolsa e um mystic book Branco. Para os humanos deveria se chamar... Notebook, mas o nosso era um pouco diferente.

Ela trajava as mesmas roupas que eu havia visto na gravação, o que fez com que eu me sentisse um pouco envergonhada por não estar tão arrumada. 

Eu usava um vestido simples Preto, com botões Brancos do busto ao começo da cintura. Havia alguns detalhes a mais em Branco, nos ombros e na barra, que batia um pouco acima do meio da coxa. Também usava uma meia calça fina e Preta. Uma bota de cano baixo envolvia meus pés, meu longo cabelo estava dividido na metade, os cachos da parte esquerda estavam da cor Preta, e os da direita estavam Roxos. Eu mudava-o de cor constantemente, mas nunca cortava nada além das pontas. 

Meu vestido tinha mangas curtas, deixando meus braços a mostra e, consequentemente, minha tatuagem de corações acima do antebraço.

— Bom. Senhorita Carter, de acordo com as minhas anotações sobre você, a senhorita não conseguiu juntar nenhum casal certo nos últimos três meses. E como você deve conhecer bem as regras, eu deveria te expulsar de Clarinde. — ela fez uma pausa e observou minha reação, que foi apenas esperar pela bomba. — Porém, uma de suas amigas, e também minha colega de trabalho, Maureen Porter, me fez ver essa situação de um modo diferente. Enfim, eu escolhi te dar uma última chance. — Arregalei os olhos, surpresa.

Fiz uma nota mental para agradecer Maureen depois. 

— Entretanto, sua missão não será fácil. — ela avisou enquanto abria uma gaveta de sua mesa e tirava uma pasta com folhas de papel da cor preta. Eu sabia que a cor do arquivo geralmente dizia algo sobre a missão. 

Branco era extremamente fácil, do tipo que já se gostavam e apenas precisavam de um pequeno empurrãozinho, Verde era fácil, Azul era médio, Vermelho era difícil, e Preto, era quase impossível. 

Engoli em seco, imaginei que o garoto ou a garota deveria ser realmente feio, horrível, desprezível, nojento. 

Hesitante, pego a pasta negra que ela me ofereceu e a coloco na mesa. Respiro fundo e pressiono o círculo Prata no meio da pasta. Imediatamente, a pasta se abre e imagens saem dela, da mesma forma que aconteceu quando vi a mensagem de vídeo de Caitlin, só que dessa vez, não era uma pessoa que saía de lá e flutuava pala mesa, e sim, textos em Preto, que se espalhavam pelo ar. Em minha frente, uma foto mostrava um rapaz, deveria ter uns vinte anos. Ele não era feio, horrendo, desprezível e nojento. Na verdade, era muito bonito. Cabelo escuro, os olhos castanhos escuros, em sua pele alva não havia nenhuma marca visível, é uma barba rala cobria um pouco de seu rosto. 

Franzi o cenho, confusa:

— O que tem de errado com ele? O garoto parece bonito. — comentei sem desviar o olhar da foto, procurando algum defeito visível que o tornasse tão ruim para as mulheres, sem ter sucesso.

— Primeiro. Leia sua descrição. Depois tire suas conclusões. — ela estava atrás da foto, então eu não conseguia enxergá-la, mas sabia pelo seu tom de voz, que ela havia cruzado os braços em forma de tédio.

Levantei a mão na altura da foto e com um pequeno gesto de mão, como se dispensasse a foto ela sumiu, dando lugar a pequenas letras negras flutuantes, formando um texto:

”Parker, Malachai”.

“Nome completo: Malachai James Parker.” 

Pulei a data de nascimento, filiação, árvore genealógica, e informações desnecessárias como essas. 

"Garoto demonstra frieza ao matar toda a sua família sem arrependimento"

Ótimo. O garoto é um assassino. Suspirei e continuei.

"...”

”Nível de dificuldade: Black”

Havia mais informações, mas elas não eram importantes, não depois do que eu tinha lido. 

A descrição parecia mais uma reportagem do que uma real descrição, então presumi que haviam tirado de algum jornal cupido.

Agora eu entendia o porquê de a missão ser tão difícil. O garoto era um monstro. 

Passei a mão sobre as imagens e textos a minha frente, como se as tivesse apagando, e imediatamente elas sumiram, voltando para a pasta em cima da mesa e a mesma se fechou. 

Fiquei paralisada. Aquele monstro era a minha garantia de pelo menos mais 40 anos como cupido. 

— Eu tenho outra opção? — perguntei esperançosa. 

Ela sorriu:

— Tem sim. — ela fez um gesto para que eu me aproximasse e eu o fiz. — Cair. 

Bufei e me afastei dela. Tirei uma caneta azul cintilante da mesa e a posicionei em sobre a pasta, escrevi meu nome no tecido macio sem realmente encostar a ponta da caneta na pasta. Quando terminei, meu nome estava assinado em uma letra cursiva no centro da pasta. Agora, aquele garoto era minha responsabilidade.

Senti um laço sendo criado entre nós. Uma conexão, eu não teria acesso a seus pensamentos, ou sentiria o que ele sente. Apenas o laço. Não havia forma de explicar uma conexão de um cupido com seu protegido. A sensação momentânea da conexão se formando era como uma onda te jogando ao chão. Era como estar no olho de um furacão. Intenso. 

No momento seguinte, senti um calafrio, um arrepio pela espinha. Era uma sensação estranhamente agonizante, aquilo não era bom.
     Caitlin sorriu e estendeu a mão, num pedido de ter sua amada caneta de volta. Entreguei, e fiz menção de sair, mas a morena a minha frente não permitiu.

Ela franziu a testa em confusão e levou o dedo indicador até o pequeno fone que estava em sua orelha, que eu não havia visto até agora. Ela o forçou como se estivesse querendo ouvir direito o que a pessoa dizia através do pequeno aparelho negro. 

— Não! — ela ouviu o que a pessoa do outro lado da ligação dizia — Mas há quanto tempo? Eu acabei de entregar a missão. — ela fala parecendo preocupada. Mas eu sabia que ela não sentia isso. Não sentia nada. 

Ela esperou mais alguns segundos e olhou para mim, eu não lembrava exatamente o momento em que ela havia desviado o olhar. 

— Ele está morto. — ela declarou. Por um segundo fiquei confusa, até que percebi que ela estava falando comigo. 

— Quem? — perguntei preocupada, e diferente dela, realmente preocupada. 

— Kai.

— O que? Como? Como você pode ter me dado a missão de um cara morto? 

— Se acalme. Ele morreu ao mesmo tempo em que você assinava a pasta, significa que ele já era seu protegido quando morreu, então se eu fosse você, não diria para ninguém sobre isso, e sairia fingindo que nada disso aconteceu, que eu só te expulsei, ou eles iram te punir, e você sabe como. 

Quando você pegava uma missão, e a assinava, a pessoa se tornava automaticamente seu protegido, e se um deles morresse sob sua proteção, e pior, sem você fazer nada para impedir, os guardiões iriam puni-lo

— Espere! Eu não tive a chance de salvá-lo, não foi minha culpa. Você não pode me dar outra missão? — perguntei esperançosa. Ela negou com a cabeça 

— Eu sinto muito. Mas a menos que você o traga de volta a vida, você será despachada. — ela falou a frase em um tom irônico. O que me deu uma ideia. Uma ideia inteligente, mas perigosa. 

— E se eu o fizer? — perguntei. Ela me analisou, como se tentasse decifrar minha frase anterior, então um olhar de compreensão tomou conta de seus olhos amendoados. 

— Você não pode fazer isso. É contra as regras trazer alguém de volta a vida por motivos do próprio interesse, e se te pegarem por isso, eles não vão apenas lhe expulsar ou punir. Vão lhe matar. — ela avisou sem demonstrar preocupação. 

— Pois eu prefiro morrer. A me tornar humana novamente. — as palavras saíram da minha boca sem permissão. Não retirei as palavras, ou pedi desculpas, apesar de desejar fazê-lo, fiquei calada e senti orgulho de mim mesma por isso.

Ela cerrou os olhos e me observou como se procurasse por uma mentira. 

— Bom, se é o que você quer. Então será o nosso segredo. — ela sorriu maligna, eu sabia que talvez ela me ameaçasse com esse segredo, mas não me importei no momento. 

Ela abriu a gaveta de sua mesa novamente e de lá tirou algo plástico parecido com um cartão, e me entregou. Tirou também duas chaves e um pequeno aparelho de metal com elevações coloridas sobre sua extensão. Eu já havia visto algumas vezes, os humanos chamavam de controles. Controlava todos os seus aparelhos eletrônicos.

Ela pôs os objetos sobre a mesa e o lançou para mim, as chaves e o controle deslizaram até mim e eu os segurei.

— Seu cartão Lux, você está oficialmente em campo Carter. Chaves da sua casa, do seu carro e o controle da sua piscina, pode deixar a água da cor e da temperatura que você quiser. E o que eu quis dizer com tudo isso foi: minha casa, meu carro, e minha piscina, na Terra, no caso, se alguma coisa acontecer com qualquer uma das minhas coisas...

— Você me mata? 

— Faço pior, Carter.

Sorri, a desafiando, e me levantei. Dessa vez ela não me impediu de sair. 

Agora, eu só precisava encontrar o nosso, não tão querido assassino.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo capítulooo!!
Deixem um comentário dizendo o que acharam do capítulo!! é bom pra q eu saiba que tem alguém lendo, e curtindo a fic.
Ah, e se tiver algum erro me avisem também.
OBS: "..." É onde conta tudo que o Kai já fez, e como já sabemos das coisas do casamento da Jo, de que ele matou a família dele, etc. nao coloquei pra n ficar muito cumprido, mas se vc nao se lembra muito bem dessa parte da serie, comente q nos próximos capitulos eu vou lembrando voces.
Bjsss :))



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