Stupid Cupid escrita por Melshmellow


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Olaaa criaturinhas maravilhosas da minha vida (que vida??)
Sobre esse prólogo, talvez vocês fiquem um pouco perdidos, mas ele é bastante essencial para a historia, só lembrem disso.
Ok. Chega de enrolação, nos vemos la em baixo. ;)



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     Silêncio. Durante alguns minutos, esse era o único som presente na grande sala branca em que Clarisse se encontrava.

     Havia três pessoas paradas a sua frente, sentadas em confortáveis cadeiras de couro com detalhes em branco, apenas para combinar com as paredes sem vida com as quais todos ali já haviam se acostumado.

     Nathaniel era um deles. Ele possuía o cabelo castanho escuro que batia em seus ombros, sua pele era alva, e seus olhos, de uma cor que não se encontrava facilmente; um dourado com pequenas manchas em preto. Era inevitável não se sentir hipnotizado ao olhar para eles. Ele usava apenas um terno preto simples.

     Também havia Abigail. Seus longos cachos loiros, quase brancos, iam até seu quadril e a luz natural da sala deixava-os brilhantes, fazendo com que parecesse que aqueles belos cachos loiros pudessem iluminar aquela sala por si mesmos. Sua pele era bastante pálida, quase translúcida, e por isso ela parecia levemente doente, mas em sua boca, havia uma camada de batom vermelho, como uma espécie de tinta, dando-a um pouco mais de vida. E, por fim, seus olhos. Eles eram azuis de um tom ciano, era um belo tom, Abigail era com certeza alguém que qualquer garoto ou garota admiraria. Ela vestia um simples vestido Branco que chegava até seus joelhos, e ficava colado ao corpo, mostrado as belas curvas da moça.

     Arthur. Seus olhos eram de uma espécie de violeta, era chamativo e se destacava com a pele morena, ele tinha o cabelo curto, quase raspado, porém já começara a crescer alguns cachos castanhos. Ele usava um terno dourado. Alguns botões de cima da sua blusa estavam desabotoados, mostrando uma pequena parte de seu troco, mas já era o suficiente para deduzir que ele era musculoso.

     – Nathaniel. – a palavra saiu da boca de Clarisse com total respeito, mas uma careta de sua parte após dizer tal palavra mostrava que ela não queria ter demonstrado aquele sentimento. – Abigail, Arthur. – ela completou, se referindo as duas pessoas sentadas ao lado de Nathaniel, cada um sentado em uma cadeira de um lado diferente do anjo. O fazendo ficar entre os dois, parecendo o líder, como ele sempre adorou ser.

     – Princesa Clarisse. – a voz rouca do anjo soou como um deboche, sabendo que Clarisse não possuía mais aquele título há muito tempo. – O que a traz a esse lugar que você diz odiar tanto? – mais deboche.

     – Desde quando o anjo certinho é tão debochado e sarcástico? – ela perguntou, finalmente demonstrando todo o desprezo que não conseguiu por em sua primeira palavra dirigida a ele. – Você sabe muito bem por qual motivo eu estou aqui. – ela rosnou.

     – Tem razão. Nós sabemos, parece que Nathaniel não está muito focado aqui hoje, e terá que se retirar da reunião se não se comportar apropriadamente, e acabar com todo esse sarcasmo. – dessa vez quem respondeu foi Abigail. Com certeza ela era a mais responsável daquele conselho de anjos.

     – Vamos direto ao ponto. – Clarisse diz tentando manter-se calma. – Vocês não podem fazer isso com meus filhos, são apenas crianças. Deixe-os fora disso. Eu sou a culpada, e estou pagando e vou pagar pelo que fiz até o dia que eu morrer. – sua última frase foi dita com mais convicção do que as outras.

     – Já decidimos, não podemos mudar de ideia. Além disso, percebemos que você esta bem com a sua punição, e uma punição não deve ser algo bom. – dessa vez quem falou foi Arthur. Ele era o mais recatado dali, mas ainda falava o suficiente para mostrar que ele tinha grande autoridade no conselho, tanto quanto os demais integrantes dele.

     – Então ter filhos é uma punição para vocês? – Clarisse perguntou levemente assustada.

     – E pelo que vimos, pra você não é. – Arthur continuou com a palavra.

     – Eu imploro, eles são apenas crianças! – Ela exclamou.

     – Se acalme. Afinal, todos sabem que grávidas não podem se exaltar. – Nathaniel, após pouco tempo quieto, infelizmente voltou a falar, e cada vez mais sarcástico. – Se quiser saber, você agora é imortal. E está condenada a passar pela mesma coisa sempre. Todos os seus filhos perderão os sentimentos aos treze anos se idade. Os sentimentos obviamente devem ir para algum lugar e, infelizmente para você, os sentimentos de seus 15 primeiros filhos irão diretamente para você.

     – Você disse dos 15 primeiros. O que acontece com o resto? – Clarisse perguntou temorosa.

     – Bom. Esses manterão seus sentimentos até os treze anos, e depois disso, seus sentimentos se transformarão em magia angelical. – Abigail explicou pacientemente. – Por coincidência, Eros nos pediu por férias, e as concedemos, pois tínhamos os substitutos perfeitos. Seus próximos filhos serão cupidos, e eles deverão usar seus poderes para juntar casais humanos.

     Nathaniel não perdeu a chance de alfinetar a mulher mais um pouco.

     – Você já sente tanto desde que recuperou os sentimentos por causa daquele incidente com Eric. – ele fez uma pausa involuntária, e continuou. – Imagine os sentimentos dos seus 15 primeiros filhos que completarem treze anos indo para você, deve fazê-la sentir ainda mais. Sentir que por sua culpa eles estão perdendo os sentimentos. Sentir ainda mais culpa pelo que fez com Eric! – A última frase foi dita com ódio.

     – Se acalme Nathaniel. Não estamos aqui para isso.  – Abigail tentou acalmá-lo, mas não foi o suficiente.

     – Você não entende. Você não o conhecia como eu. Ele era meu melhor amigo! Meu único amigo... E se não fosse por ela, ele ainda estaria aqui. – ele enfatizou a palavra “ela” para que a morena grávida a sua frente entendesse a gravidade do que havia feito para ele.

     – Talvez se você não fosse tão mal-humorado, teria mais amigos. – Murmurou Clarisse.

     – Você não entende o que você causou garota tola? – agora ele não parecia apenas irritado, parecia irado.

      – Eu declaro essa reunião encerrada. Não podemos continuar. – Abigail declarou e estalou os dedos, fazendo as três cadeiras desaparecerem junto com eles, deixando Clarisse sozinha na grande sala branca.

     Ela se virou para a porta, sabendo que quando a atravessasse, estaria magicamente em casa novamente.

     Mas antes que pudesse fazê-lo ela teve uma ideia. Invocou Abigail e Arthur novamente, e depois de alguns segundos, apenas Arthur apareceu,

    – Abigail disse que a reunião está encerrada, eu não posso desobedecê-la. Todos devem respeitar uma ordem do conselho, até mesmo membros dele. – ele disse calmamente, olhando, intrigado, para ela com seus olhos violetas.

     – Por favor, se eu vou ficar presa em um lugar tendo filhos a cada nove meses, mesmo sem sexo, eu quero que seja em um bom lugar para criá-los, um lugar onde ninguém os julgue, ou a mim.

     – Eu poderia lhe ceder um pequeno país.

     – Não é o suficiente.

     – Então o que você quer? – Ele perguntou, ainda intrigado com o que a morena desejava.

     – Eu quero um grande reino. Só nosso. – Ela disse pausadamente.

     – Você é gananciosa. – suas palavras soaram como um insulto.

     – Não é mais a ganância, é que se eu e meus filhos formos viver um inferno, que ele ao menos seja luxuoso. – Suas palavras foram ouvidas pelo conselheiro e, rapidamente, negadas.

     – Não irei te oferecer um reino, Clarisse. – Antes que ela pudesse sequer se pronunciar, ele completou. – Vou te dar um mundo inteiro.  

     – O que? – A morena perguntou surpresa.

     – Abra está porta, e estará em sua antiga casa, – ele indicou com a cabeça a porta branca atrás de Clarisse. – Mande seus filhos fazerem as malas. Saia pela porta de sua casa, – ele estalou os dedos. – e estará em sua nova casa, Clarinde, em homenagem ao seu nome.

     Clarisse sorriu e agradeceu algumas vezes antes de sair pela porta que Arthur indicou, e ver sua tão sem graça casa de madeira, a qual ela nunca esteve tão feliz em ver, apenas pelo fato de que sabia que nunca mais teria que pisar ali a partir daquele dia. 

     – Crianças! Façam suas malas! Estamos de mudança! – ela gritou, vendo algumas crianças na sala, o resto delas deveriam estar espalhadas pela casa.

    Todos que estavam na sala a olharam confusos, mas obedeceram. Depois de alguns minutos, havia 15 crianças atrás dela, cada um com sua pequena mala improvisada. Clarisse não queria roupas ou qualquer coisa daquele lugar.

     Ela se virou para a porta e sentiu um chute fraco no estômago, era o bebê. Ela sorriu pensando em tudo que havia passado para chegar ali, do quanto fora egoísta e tola no passado, e o quanto ela se arrependera disso.

     Abriu a porta, deixando toda a sua antiga vida para trás, apenas levando suas joias mais preciosas; seus filhos. 


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Notas finais do capítulo

Esse não foi muito grande, mas não se preocupem, no próximo vocês irão começar a conhecer o resto dos personagens, e os personagens de TVD irão aparecer um pouco mais tarde, mas vão brilhar... Não como em Crepúsculo, mas vocês entenderam.
E... é isso por enquanto. Aceito críticas construtivas e elogios nos comentários e... Obrigada por lerem.
bjss



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