Stupid Cupid escrita por Melshmellow


Capítulo 3
Capítulo 2 - Missing


Notas iniciais do capítulo

Olaaaa pessoas!!! Eu demorei mais tempo do que esperava pra postar esse capitulo mas aqui está.
n tenho mais o q dizer, entao...
Enjoy... ♥



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 Megan quase não se lembrava da sensação de estar dormindo. De ter seu corpo mole e descansado sobre o tecido macio de uma cama e sua mente mergulhada em bons sonhos, isso se não fosse o que ela estivesse fazendo naquele exato momento. Até que o sol entrou pela janela aberta, e bateu em seu rosto como um tapa de realidade, atrapalhando seu sono.

     A garota abriu seus olhos subitamente, e foi cegada temporariamente pela luz que atingiu seus olhos castanhos esverdeados naquele momento. Megan não pode resistir a fechar os olhos novamente e virar o rosto para o outro lado, tentando desviar da luz do sol, com sucesso.

     Ela suspirou cansada, e abriu os olhos novamente, dessa vez olhando para o teto. Branco foi a primeira cor que viu, e logo depois, reparou em algo verde do canto do olho. Uma planta.

     A cupido se sentou lentamente, aos poucos se lembrando de onde estava. Era a casa que Caitlin havia dado a ela.

     Quando a garota viu a casa pela primeira vez, ficou maravilhada. Em Clarinde, Meg morava sozinha em um não muito grande apartamento, que, em sua opinião, sempre fora confortável, afinal, havia sido ela que o montou, mas quando viu aquela gigante mansão Rosa, Megan percebeu que casas pequenas nunca foram para ela.

      Megan observou o quarto, vendo cada detalhe. As paredes eram Rosa escuro, e nelas havia alguns quadros famosos pendurados. A janela ao seu lado esquerdo trazia, além da luz do Sol, uma brisa para dentro do quarto, que afastava a cortina transparente levemente, dando vista para todo o Upper West Side. Ao lado da janela, havia uma pequena mesinha com um vaso de flores que Meg não conseguia identificar a espécie, assim como os demais vasos espalhados pelo quarto, que eram muitos, na cabeceira da cama em que ela estava deitada, por exemplo, continha alguns vasos e porta retratos com fotos de Megan e suas amigas.

     Do lado direito da cama, havia mais uma mesinha, mas essa parecia um dado Preto de no máximo 30 centímetros de altura, acima, mais um vaso de flores da mesma espécie que os outros dois, e, ao lado do dado, havia uma cadeira que aumentava para poder apoiar as pernas.

     O carpete do chão era Rosa, mas o chão entre a janela e a cama era de madeira, como se tivesse faltado parte do carpete quando o colocaram, mas aquilo dava um toque diferente ao quarto. Todos os tons de Rosa eram diferentes, tornando o quarto, não Paty, mas despojado.

     E por fim, a cama. Ela era Rosa bebê, e havia muitos travesseiros espalhados por ela, poderiam caber três pessoas lá e ainda sobraria espaço para que elas ficassem bem à vontade.

     A primeira vez que Megan havia visto tudo aquilo, havia pulado na cama e após cansar ela se deitou e observou a bela vista da janela. Mas após trazer Kai para aquela cama por achar que era mais confortável que ele acordasse ali, ela apenas se deitou, e logo estava dormindo.

     Meg se virou para o lado para dar de cara com um corpo adormecido ao seu lado. Era o famoso Kai Parker.

     Ela havia o trazido de volta no dia anterior, e Caitlin havia a avisado que depois que você os trás a vida novamente, eles dormem por 24 horas seguidas antes de realmente voltarem a si.

     Meg o observou, a roupa que ele estava usando era à mesma que ele havia sido morto no dia anterior. Um terno ensanguentado. Sua chefa havia dito que ele havia matado algumas pessoas em um casamento, inclusive a noiva grávida, que na verdade era sua irmã, e acabou sem cabeça. Morto por um vampiro. Amador. Meg pensou. Por isso ela havia o trazido o mais longe possível daquela cidadezinha, e agora estavam em New York.

     A roupa do moreno estava amarrotada, e ele se encontrava de costas para a garota, ainda num sono profundo. Meg suspirou e se preparou para tomar café da manhã, mas antes que ela pudesse se levantar, ela viu o moreno se remexer ao seu lado.

     Megan levantou da cama e deu a volta nela em tempo recorde, para ficar de frente com o rosto de Kai. Não demorou, e o moreno abriu os olhos castanhos subitamente, como se acordasse de um pesadelo, mal sabia ela, que ele havia. Kai sonhava com a sua morte, repetidas vezes, sendo morto por Damon por um pequeno erro. Era humilhante.

     Ele levantou a cabeça e observou a garota a sua frente, mas sua visão ainda estava embaçada, e a única coisa que viu foi um borrão colorido, ele piscou e logo sua visão voltou ao normal, ele observou a garota ajoelhada à sua frente. Ela possuía olhos castanhos esverdeados e pequenas sardinhas em seu rosto alvo. O cabelo era definitivamente o que mais chamava atenção ali. Ela tinha longos cachos coloridos, metade do cabelo rosa, e a outra metade preta. Uma franja caia em sua testa e sua expressão parecia levemente preocupada.

     Kai fechou os olhos fortemente ao sentir uma dor de cabeça o atingir, e se sentou.

     — Você tem… algum… sei lá remédio para… — antes que ele pudesse continuar a garota já o oferecia uma pílula meio arredondada de cor marrom, ele pegou o remédio. — água?

     — Pode mastigar. Tem gosto de mel. — ela respondeu se sentando ao seu lado.

     Ele a obedeceu e mastigou, fazendo uma careta.

     — Isso definitivamente não tem gosto de mel.

     — Eu sei. Apenas disse para que você comesse. Agora engula e não fale de boca cheia, mesmo que a única coisa que você esteja comendo seja uma pílula que tem gosto de aveia. — ela respondeu sorrindo a ele.

     Ele engoliu e a dor passou no ato.

     — Wow. Isso é incrível. Nem deu tempo para que eu ficasse com raiva de você pelo gosto. — ele estalou a língua. — Oh, espera. Deu sim. — ele sorriu ironicamente para a garota.

     Ela revirou os olhos, um ato que se tornaria constante sempre que eles estivessem no mesmo cômodo.

     — Então… quem é você mesmo? — Kai perguntou confuso e Megan se lembrou de que precisava se explicar.

     — Bom. Meu nome é Megan Carter. E eu sou sua… cupido pessoal. — ela explicou se levantando e sorrindo.

     — Há. Tudo bem. E eu sou Castiel. Anjo do senhor. — ele respondeu sorrindo ironicamente para a garota.

     — Não. Seu nome é Malachai Parker. Isso eu sei. E, com certeza não é um anjo. — ela respondeu sorrindo de volta para ele, sem realmente ter entendido a referência.

     Ele revirou os olhos

     — É. Talvez você seja o Castiel. — ele murmurou e Meg não conseguiu ouvir. — Bom. Minha cupido pessoal que misteriosamente sabe meu nome. Eu vou só dar uma volta por aí, tá legal? Logo eu volto. — ele disse se levantando e indo até a porta para fugir da garota maluca a sua frente.

     Quando ele se aproximou da porta, ela se fechou fortemente. Primeiramente Kai se assustou, mas logo percebeu que só poderia ter sido Megan, e se virou para encará-la.

     — O que? Vai me manter aqui como prisioneiro? — ele perguntou a garota em um tom zombeteiro.

     — Não é uma má ideia, afinal, ouvi falar que sociopatas são um perigo para a sociedade. Lixo biológico. — ela respondeu de braços cruzados, o desafiando.

     Ele riu.

     — Olha Meg... Posso te chamar de Meg? — ele perguntou e quando a cupido abriu a boca para responder ele a cortou. — Não me importo. Vou te chamar de Meg. Então, eu não sei como você sabe meu nome, e como sabe do meu… hobbie. — ele disse se referindo aos assassinatos. — Mas se não me deixar ir, acho que terei que praticar um pouco mais cedo do que pensei.

     Ele sorriu e Meg riu maldosa. Sabia que não havia nada que ele pudesse fazer, não possuía magia própria, precisava roubar de um ser mágico.

     — Você pode tentar, mas não se esqueça de que é um parasita, precisa sugar força de outra pessoa.

     Ele sorriu.

     — Eu sei. — ele disse e andou até ela em passos rápidos, segurando seus braços, tentando absorver magia, e se surpreendeu ao não sentir a familiar sensação de preenchimento que a magia lhe causava, quase como uma droga.

     Megan sorriu, e, se afastando do toque do rapaz, ela o fez voar até a parede mais próxima, e o faz ficar grudado ali, usando apenas uma mão e o poder de sua mente.

     — Eu não sou um dos seres mágicos do seu mundo. Minha espécie não foi criada pelas bruxas como vampiros, lobisomens, duplicatas, etc. Não pode sugar minha magia, pois ela é angelical. Não mundana. — ela explicou sorrindo e deixou-o cair no chão e se aproximando, encarando seus olhos castanhos desorientados. — Agora. Nós vamos passar algum tempo juntos. Nesse tempo, nunca tente levantar um dedo para tentar me machucar, ou me ameaçar, Malachai. — ela disse ameaçadora de uma forma que surpreendeu até mesmo ela mesma.

     Ele a encarou surpreso e com um ódio crescente em seus olhos, mas logo se recompôs e se levantou.

     — Tudo bem. Você está no comando agora. O que você quer de mim? O que aconteceu depois do casamento? — ele perguntou contendo a raiva que ainda borbulhava dentro dele. Precisava encontrar uma forma de escapar.

     — Vamos começar do início. Eu recebi a missão de encontrar o amor para um jovem sociopata. Sim, de longe a missão mais difícil que já tive. Mas, alguns minutos depois minha missão morreu porque matou a irmã gêmea grávida no próprio casamento. E fez… outras coisas menos importantes das quais não me dei ao trabalho de ler. Morto por um vampiro. Então eu te trouxe de volta. E agora estamos aqui. Na minha casa! — ela disse a parte final com um tom empolgado como uma criança.

     — Ok. Então você simplesmente me trouxe de volta à vida como se fosse Deus? Pode brincar com a vida e a morte à vontade? — ele perguntou confuso.

     — Na verdade podemos, mas precisamos da autorização do conselho para isso.

     — E porque o “conselho” achou que me trazer de volta era uma boa coisa, afinal, sou lixo biológico, não é? — ele perguntou fazendo aspas com os dedos na palavra conselho. Megan mordeu o lábio inferior e virou o rosto para a janela aberta. — Espera. Você não pediu autorização. Pediu? — ele perguntou sorrindo. — Ai meu Deus. Você é uma garota rebelde! — ele exclamou rindo enquanto ela o olhava feio. — E você não tem orgulho disso. Significa que essa foi a sua primeira má ação, não é? — ela desviou o olhar e ele riu mais. — Tudo bem, tudo bem. Mesmo que eu me sinta lisonjeado por ter sido o seu guia pelo lado negro da coisa, eu realmente quero saber. Você realmente tem que me encontrar uma namorada? — ele parou de rir e a encarou curioso.

     — Sim. — ela respondeu e ele riu novamente, deixando-a com mais raiva.

     — Você está tão ferrada.

     — Eu te trouxe de volta à vida! Deveria pelo menos tentar colaborar comigo! — ela exclamou como uma criança birrenta.

     — Bom, eu agradeço por ter me trazido de volta, mas… — ele fez uma pausa, percebendo que havia um furo na história de Megan. — Por quê? — ele perguntou e viu uma expressão confusa de aposentar do rosto da cupido. — Por que me trouxe de volta? Por que não apenas passou para a próxima missão? Principalmente porque eu sou tão difícil como você disse. Por que, Megan? — ele perguntou desconfiado.

     Megan engoliu em seco e Kai percebeu isso, se aproximando lentamente da garota.

     — Eu… — ela deu uma pausa, pensando em uma desculpa, mas percebeu que não valia a pena mentir. Ele acabaria descobrindo. — Eu não me dou bem com a minha chefa. Então parei de pegar missões, e quase fui expulsa de Clarinde. Então você é a minha…

     — Prova de recuperação. — ele completou rindo. — Claro. Então se não conseguir me fazer “encontrar o amor” o que vai acontecer com você?

     — Eles vão literalmente me jogar da montanha mais alta de Clarinde abaixo de lá, há um buraco negro que suga nossos poderes e nos joga na terra como humanos. A maioria não sobrevive muito tempo assim. — Meg explica com certo medo.

     — Que pena. — ele comentou irônico.

     — Quer saber? Eu desisto de você! Você foi o pior humano que eu já conheci na minha vida inteira! E foi o único desde 1962 que eu vi pessoalmente. Eu vou falar com minha chefa para que ela me dê outra missão.  

     Kai suspirou aliviado.

     — Ótimo! Agora eu estou liberado? — Ele já ia indo em direção à porta, mas Meg o parou. — O que foi agora?

     — Se ela não aceitar a minha transferência, eu preciso saber onde você vai estar. Então fique!

     Ele se irritou.

     — Você não pode me impedir de sair daqui! — ele exclamou como se fosse óbvio.

     — Na verdade, — Megan mostrou a chave da porta entre seus dedos — Eu posso.

     A garota correu até a porta, sabendo que Kai correria atrás dela e a trancou antes que ele pudesse dar um passo para fora do quarto. Ouvir os punhos do moreno batendo sobre a madeira da porta até ele se cansar havia feito a cupido sentir-se satisfeita, e ela sorriu.

     Meg se teletransportou para o escritório de Caitlin, não para a sala de espera, o que era muita coragem invadir o espaço pessoal de sua chefa daquela forma, principalmente quando seu emprego estava por um triz, mas ela precisava falar com Caitlin o mais rápido possível.

     — Você aguentou bastante. — Caitlin disse ao sentir a presença de Meg na sala. Ela segurava um livro como se fosse lê-lo quando Megan chegou.  

     A morena riu.

     — Eu não posso encontrar outra pessoa se era o que você iria me pedir.

     — Eu não ia. — Megan mentiu

     — Ótimo.

     A de cabelos coloridos saiu do escritório e de sua sala de espera, entrando num elevador cor alaranjado.

     Megan sabia como aqueles elevadores funcionavam, eles levavam aos lugares em que você não poderia se teletransportar para, eram os lugares que eram monitorados pelo conselho os quais você precisa de autorização para entrar. Meg colocou seu cartão em cima do identificador e escolheu o número 13, o Jardim. Aquele era o lugar onde ela poderia ficar sozinha, afinal, não era um lugar muito popular, era algo que todos sabiam que estava sempre ali, mas nunca se interessaram em visitá-lo. As únicas pessoas que realmente frequentam aquele lugar eram Adaline, Maureen, Scott e Meg.

     Adaline. Era uma das melhores amigas de Megan. Quando o conselho a trouxe, com 11 anos de idade, o que era dois anos a menos do que um cupido normal, Meg fora encarregada de cuidar dela até que a pequena garota dos cachos negros e olhos azuis cinzentos estivesse pronta para juntar seu primeiro casal. E ela o fez, até Adaline perder seus sentimentos, aos 13 anos, como todo descendente de Milles, assim como Meg, o faz. Como sua responsável, particularmente não muito responsável, Meg a ensinou a recuperá-los, e, como todos, ela conseguiu todos os sentimentos, exceto pelo amor, e metade da intensidade de seus sentimentos se transformaram em magia.

     Agora, se passaram seis anos e ambas são como irmãs uma para a outra. Hoje, com uns 30 anos de idade, e aparência de 16, Adaline é doutora.

     Todos os cupidos precisam de uma profissão fora juntar casais. Todos devem juntar três casais por mês sem ir a Terra, usando sua Loview. É uma espécie de televisão para os cupidos observarem seus protegidos. Vendo-os, você pode fazê-los se apaixonarem facilmente mesmo sem estar lá, após juntar três casais no mês, eles podem continuar com seu outro "emprego". Simples. Bom, quase todos.

     Há também os Cupidos Lux, eles são cupidos livres para ir para a Terra juntar um casal, esses não precisam de outro "emprego".  Após o ganho do cartão de Caitlin, Meg era uma deles. Era como se ela fosse da elite agora. Antes ela costumava fazer diversos estágios em todos os tipos de empregos, mas nunca soube o que realmente queria fazer de sua vida, quer dizer, depois de escolher ela teria que fazer aquilo pelo resto de sua vida, então deveria ser o emprego perfeito.

     Um apito vindo do elevador indicou que ela havia chegado ao Jardim e a despertou de seus pensamentos.

     As portas se abrem sem um único som, mostrando o lindo cenário de um grande jardim. O céu lá era Branco e Azul, quase parecia o mesmo céu que Megan havia visto na Terra, havia incontáveis árvores tanto com frutas quanto com flores, havia alguns arbustos com flores e a grama era aparada, a sua frente, havia uma estrada de pequenos tijolos brancos, que brilhavam conforme o Sol batia neles.

     Meg sai do elevador e ele desce, fazendo um buraco no chão e desaparecendo pelo mesmo. O buraco em forma de quadrado se fechou. Primeiro com uma camada de metal, então grama brotou do metal e tudo que testemunhava que o elevador esteve ali um dia tinha desaparecido, exceto o painel Prata em forma de árvore com apenas um grande botão vermelho, que servia para chamar o elevador de volta.

     A cupido andou pelo jardim mergulhada em pensamentos, até que encontrou duas pessoas que se destacavam do Verde das folhas das árvores e da grama no chão. Uma cabeleira loira e outra ruiva.

     O cabelo loiro era de Scott. Também um de seus melhores amigos, ele, como Adaline, era um descendente de Milles, Scott possuía cabelos loiros volumosos e bagunçados, um pouco repicados, sua pele era pálida e seus olhos Azul piscina. Ele havia começado a andar mais com Meg, Adaline e Mau desde que havia brigado com seus outros amigos, o que fazia pelo menos dois meses, antes eles se falavam quase sempre, mas após a briga, o quase desapareceu da frase. Era sempre.

     A ruiva era Maureen. Meg também a chamava de Mau assim como Scott e Adaline.

     Uma das primeiras coisas que você repara em uma pessoa é o cabelo, com Maureen, você sempre olhava para o cabelo, era quase inevitável. Seus longos cachos ruivos chamavam atenção de qualquer um à sua volta, a pele alva e os olhos Azul-esverdeados não ficavam de fora. Porém o mesmo que ela tinha de beleza também tinha de gentileza. Ela não era só uma bela flor, também era uma ótima amiga.

     Megan andou até eles, a primeira a notar sua presença fora Mau, que se levantou e correu até a garota, abraçando-a.

     — Você conseguiu! Você é uma Lux! Como as crianças crescem rápido! — ela fingiu limpar uma lágrima do canto do olho.

     Meg se a afastou gentilmente.

     — Ok. Nada de drama, porque eu estou prestes a desistir do cartão.

     — Espera. O que? Por quê? — dessa vez quem se pronunciou foi Scott, se aproximando da garota.

     — Por acaso vocês já conheceram a minha missão? — Meg perguntou retórica. — É idiota, irritante, irônico, teimoso, inacreditavelmente tolo...

     Scott pigarreou.

     — Ok. Entendemos, ele é humano.

     Mau riu.

     — Acredite. Todos são assim. Você só tem que aprender a lidar com eles.

     — Não. Pra vocês entenderem, vocês tem que conhecê-lo. Ele é totalmente sem noção, e um assassino. — Megan revirou os olhos ao se lembrar de sua conversa com Kai.

     Mau sorriu.

     — Nós não estamos ocupados no momento. — comentou a ruiva dando de ombros sugestivamente e Scott concordou.

     Meg sorriu.

     — Ok. Vocês que pediram.

                                                            ***

     Ao finalmente chegarem à frente da grande mansão, Megan observou a sua fachada.

     Ela era da cor Rosa, mas também possuía detalhes em Preto, como o contorno das janelas e da porta. A casa era gigantesca, também havia um hall de entrada com quatro colunas cor de rosa.

     No quintal, havia uma piscina de 3 metros de profundidade com a água cristalina.

     Meg, Maureen e Scott entraram na casa.

     Mau pigarreou.

     — Então, como foi convencer a Cait a quebrar as regras ao trazer sua “missão” de volta à vida? — ela fez aspas com os dedos ao dizer missão. 

     Meg não teve tempo de perguntar como Mau sabia que ele havia morrido, pois Scott a interrompeu.

     — Mais quanta intimidade ao chamá-la de Cait, dona Maureen, todos se referem a ela como Caitlin. — No tom de Scott havia uma malícia um pouco disfarçada.

     Todos em Clarinde sabiam que Caitlin Nolan era gay. Já Maureen gostava de ambos, e ela teve 100 anos para finalmente assumir que também gostava de garotas, o que era uma surpresa, pois eles trabalhavam com casais, e sabiam que não havia nenhum tipo de amor que fosse errado, por isso não deveria ter demorado tanto para que Mau saísse com armário, mas de qualquer forma, é difícil para todos, principalmente para ela, pois eu sabia como sua família adotiva era religiosa, a ruiva havia me contado.

     Scott era o mais velho do grupo, tinha 209 anos, e era hétero, enquanto Meg tinha 89, a mais nova, depois de Adaline, que agora deveria estar muito ocupada com seus pacientes para conhecer o novo “trabalho” de Meg.

     Maureen corou. Uma coisa totalmente rara de se ver acontecer com qualquer cupido.

     — Ela é apenas minha amiga.

     Meg e Scott trocaram um olhar.

     — Só amiga. — ambos falaram juntos, sem se importar em esconder a malícia.

     Maureen sorriu de canto, ato que não passou despercebido pelos amigos, dando a resposta que precisavam para mudar de assunto. Chegando ao andar de cima, onde ficava o quarto de Megan, os três caminharam lentamente até a porta de lá. Levando um susto com a cena a sua frente.

     Meg fora a que ficou mais assustada com a imagem a que viu. A porta estava aberta, a fechadura estava quebrada, e Kai havia sumido.

     — Santa Clarisse. — Mau murmurou.

     — Por Milles! — Scott exclamou.

     Megan estava tão surpresa naquele momento, que ela não se deu ao trabalho de fazer seu discurso clássico sobre a história de Clarisse, que a única vítima da história era Eric, porém, nem falar ela tinha certeza se conseguia.

     A sua última chance de não ser expulsa de Clarinde estava agora, desaparecido.

     — Por acaso sua missão tinha Super-força? — Scott questionou-a.

     — Eu achei que não. Mas… é possível que tenha. — sua voz saiu um pouco rouca e ela pigarreou.

     — O que quer dizer? — perguntou Mau.

     — Ele havia se tornado um herege antes de morrer, mas não achei que ele ainda possuía os poderes, achei que fosse apenas bruxo, mas acho que estava errada. — Megan explicou. — Droga! Como pude ser tão burra de nem ao menos pensar nisso? — Meg disse se culpando.

     — Meg. Todos erram. Não foi sua culpa. — Scott disse segurando seus braços e Meg não pode evitar pensar em quando Kai havia tentado sugar sua magia e havia segurado seus braços da mesma forma que Scott fazia naquele momento.

     — Eu sei. Mas tenho que encontrá-lo, ele é minha última chance de continuar em Clarinde. Você sabe que eu não sobreviveria como humana. — ela disse tentando sorrir para o amigo, mas não havia sido muito convincente.

     — Ele é seu protegido, podemos encontrá-lo na Loview. — Mau a encorajou.

     — Certo. Ele não pode ter sumido. — Scott disse e a garota assentiu, suspirando. 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado da aparição do sociopata mais amado das series!!!
Me digam se tiver algum erro e comentem o que acharam do capítulo!!
Bjss. Até a próximaaa
:))



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