Miranda: Coven escrita por wickedfroot, mandyziens, HappyCookies


Capítulo 4
Fake News




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Thay Scott
Nós fomos em busca de alguma forma de acordar os pinguins no iglu de Greeny, estávamos profundamente arrasados por ter colocados para dormir... Para sempre. Entramos no iglu procurando livros, poções, qualquer coisa, enquanto procurávamos, escutamos um assovio vindo do espelho:
— O que foi isso? — perguntou Greeny olhando para os lados confuso.
— Não sei, parece ser um assovio. — respondeu Minkis também olhando para os lados.
Parecia vir do espelho, então segui em sua direção e toquei no mesmo, parecia ter alguma coisa, não sei exatamente o quê, um rádio, talvez? Não, não faz sentido algum, eu sei.
Assim que toquei, apareceram imagens de Juan correndo junto de seu ex-namorado, Dylan, porém, eles estavam gritando. Gritando por socorro. Eles gritavam coisas do tipo “Ela está voltando!”, “Ela está vindo! Corre!”.
— O quê? — gritou Minkis assustada com os berros de Juan.
— Meu santo Sensei! Vamos para caverna! — exclamou Greeny. — Temos que abrir o portal!
Abrir o portal. De novo. Só que da última vez foi em uma situação menos... egoísta?
Saímos do iglu de Greeny e corremos em direção à caverna para salvar Juan da situação de perigo que ele estava enfrentando. Não era muito longe, afinal Greeny morava bem perto das cavernas da ilha.
Chegando lá, nós tentamos abrir o portal. Eu ligo a máquina de Dylan e Minkis reescreve o resultado da equação enquanto Greeny começa mexendo suas nadadeiras em movimentos circulares e, em uma delas, se forma um tipo de energia verde, não sei explicar, porém é algo bonito e brilhante. Ele lança um raio também verde na parede da caverna, porém, o portal acaba não abrindo. Estranho, antes funcionou.
— O que aconteceu? — perguntei.
— Eu não sei... — respondeu Greeny um pouco decepcionado consigo mesmo.
De repente, uma nuvem cinza se formou vindo do chão e Gerda, esse era o nome da bruxa mãe de Greeny, apareceu sorrindo. Tomei um susto, porém passo bem. Aquela garota me assusta em níveis altíssimos. Pra quê? Qual é a necessidade de aparecer do nada?
— Olá, crianças! Parece que a tristeza pós-morte-de-pinguins-inocentes já passou... O que é esse brinquedinho aí? — Disse a bruxa.
— O que? Já? Você de novo? — Minkis se espantou.
— Já, minha querida. — Ela deu um sorriso irônico — Procurem ver as horas. O tempo passa rápido. — Terminou a frase e sumiu, me fazendo dar um pulo para trás.
Nós acabamos nos sentindo mal por não termos feito nada, então retornamos ao iglu de Greeny, para achar alguma forma de ressuscitarmos os pinguins.
No momento, eu achava que algo estava estranho, não sei bem o que, mas sentia que nós estávamos perto de alguma... Encrenca? Não sei dizer, só sabia que algo estava errado.
Eu precisava ficar sozinha e investigar as coisas longe deles, para esfriar as penas, então acabei fazendo uma coisa bem inusitada naquele momento:
— Ai, tchau! — saí batendo minhas nadadeiras, saindo do iglu e batendo a porta, deixando os outros sem entender nada.
— Quê? — perguntou Minkis, confusa e assustada olhando para Greeny.
— Também não entendi... — disse Greeny também confuso.
Comecei a descer a montanha e ir em direção ao Centro, porém, enquanto estava indo, os pinguins que estavam ao meu redor pareciam normais, alguns felizes, outros normais, alguns tristes, bem, sentimentos normais de qualquer pinguim.
Chegando ao Centro, todos os pinguins estavam bem, iguais aos que tinha acabado de passar. Eu realmente achei essa situação estranha. Eles não tinham dormido para sempre? Morrido? Por que Gerda teria dito aquilo? Saí correndo, para contar tudo a Greeny e Minkis, afinal, eles precisavam saber disso!
Corri até meu iglu que não era muito longe do Centro e peguei meu telefone, discando o número do telefone dos meus amigos, porém, uma nuvem cinza apareceu, a mesma que estava na caverna, e logo Gerda e outras bruxas apareceram ao meu redor, parecia um ritual, elas formavam um círculo perfeito em minha volta e isso era muito assustador.
— Não ouse terminar essa ligação, garota! — ordenou Gerda fitando os meus olhos.
— Ah, por favor! Deixem-me passar! — falei, enquanto passava no meio de algumas delas.
— Volte aqui, mortal! Ai, esses adolescentes de hoje em dia... — Reclamou a ruiva de capuz.
Comecei a subir as escadas do meu iglu afim de poder ligar para Greeny e Minkis em paz, mas o grupo de bruxas aparece ao meu redor novamente.
Persistência.
— Ah, o que foi agora? — perguntei aborrecida;
— Seu bico é muito aberto, minha querida. Se ousar contar para seus amigos... Coisas ruins irão acontecer — disse uma das bruxas, não Gerda, outra de cabelos loiros quase que platinados.
— Uau! Estou com muito medo! Venham me impedir se puderem! — disse e entrei correndo no meu quarto, batendo a porta no bico de uma delas. Foi possível escutar um “ai”.
Mas depois me senti culpada, e se acontecer algo?
— Por que eu fiz isso, Deus? — choraminguei.
Terminei de discar o número e então sem muita demora, Minkis atendeu:
— Onde você foi garota? — perguntou Minkis.
— Fui ao Centro, e todos os pinguins estão bem. Eles estão normais, felizes e radiantes, a Gerda não estava falando a verdade, porém, ela me ameaçou, dizendo para eu não contar nada para vocês! – disse tudo muito rápido, porém, pelo silêncio dela foi possível perceber que entendeu tudo.
Logo comecei a sentir uma forte dor no pulso, como se estivesse sendo cortado com uma faca em chamas. Comecei a massageá-lo para aliviar a dor, gemendo, porém não adiantava nada.
— Você está bem, Thay? — perguntou Greeny, preocupado. O telefone estava no viva-voz — Precisa de ajuda?
— Só está doendo um pouco, já volto. — eu disse, desligando o telefone e abrindo a porta do quarto e percebendo que as bruxas já haviam ido embora.
Fechei a porta de novo e sentei no chão, observando meu pulso e acabei percebendo que ele estava marcado com uma lua minguante com sete estrelas em volta. Novamente desci as escadas e saí do meu iglu, indo em direção à biblioteca que havia no sótão, para procurar uma resposta sobre aquilo que apareceu em meu pulso. Aquela pequena biblioteca tem todos os livros bizarros que eu poderia imaginar, ia desde como ser uma princesa até como matar uma donzela indefesa com poucas gotas de veneno.
Chegando lá, comecei a procurar algum livro sobre magia, ou algo relacionado. Porém, chegando ao fim da estante, encontrei um pequeno baú de madeira entalhado com desenhos de ouro que estava meio aberto. Não demorei e acabei abrindo. Lá havia um livro de capa preta com uma linda joia vermelha na frente. Comecei a folhear as páginas amareladas e velhas até que encontrei a resposta para a minha dúvida, o mesmo desenho do meu pulso estava lá naquela maldita página com cheiro de sangue. Eu não conseguia acreditar no que eu acabara de receber, era ruim. Não. Era péssimo.
Fechei o livro e comecei a chorar em desespero, não podia revelar para meus amigos, isso só os deixaria preocupados e acabaria os distraindo. Talvez se as bruxas fossem detidas, a maldição que me pragava poderia ser desfeita antes mesmo de ser lançada.


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